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China pode gerar nova falta de medicamentos no Brasil

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Uma nova onda de Covid-19 na China pode gerar um efeito cascata global e provocar falta de medicamentos e insumos médicos no Brasil. E diferentes especialistas ao redor do mundo parecem corroborar com essa ideia.

Juntamente com a Índia, a China responde por mais de 90% dos insumos farmacêuticos e médicos utilizados em nível global.

Estimativas de organismos de saúde internacionais apontam que 10% da população mundial deve contrair Covid nos próximos 90 dias, mas esse índice deve saltar para 60% no caso da população chinesa. Segundo relatos veiculados pela CNN, a nova onda estimulou uma corrida dos pacientes chineses às farmácias para comprar remédios contra dor e também analgésicos voltados ao combate à gripe.

Falta de medicamentos já se espalha para fora da China

A falta de medicamentos já se disseminou para fora das fronteiras da China. Hong Kong, Macau, Taiwan e até a Austrália já vêm testemunhando, especialmente, escassez de genéricos do Advil e Tylenon. Com isso, farmácias locais começaram a impor restrições e limites na compra de remédios nas lojas. A agência reguladora de medicamentos de Macau determinou que as lojas estabeleçam uma cota máxima para venda de analgésicos, remédios para febre e até mesmo kits de testes de antígeno.

No distrito comercial de Wan Chai, em Hong Kong, a marca local do Tylenol está esgotada há duas semanas, de acordo com informações dos vendedores. Quando alguma das farmácias da região obtém suprimentos, o processo para viabilizar a entrega a todos os pacientes que solicitaram a compra leva até duas semanas.

Os efeitos estendem-se também para mercados mais distantes, como os Estados Unidos. Grandes redes norte-americanas, como CVS, Walgreens e Rite Aid, veem uma corrida por medicamentos para dor infantil e já implementaram restrições à venda desses itens.

Fim das restrições motivou nova onda na China

 O epidemiologista chinês Eric-Feigl-Ding, que integra um comitê de especialistas sobre Covid na ONU, o fim das restrições sanitárias no país incentivou a nova onda. Segundo informações do UOL, o médico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, atribui também a situação da China à residência de idosos a se vacinar e a utilização restrita à primeira geração de imunizantes – ainda não adaptada à variante ômicron.

A OMS informa que a China vacinou 89% da população com duas doses, mas somente 57% receberam doses de reforço.

Falta de insumos já é sentida no Brasil

Infectologista da Fundação Oswaldo Cruz, Júlio Croda acompanha de perto esse panorama e alertou em entrevista à CNN. “Os chineses estão utilizando mais os produtos e a oferta pode diminuir a ponto de não termos equipamentos de proteção necessários”.

Para o especialista, outro risco está associado à possibilidade do surgimento de uma nova variante. “Quando temos maior transmissão do vírus, há risco de um nova variante que pode escapar da resposta imune e ser responsável por uma onda de casos aqui no Brasil”, declarou.

Embora com um leve recuo no início de dezembro, o volume de resultados positivos da Covid-19 após os testes rápidos realizados nas farmácias permanece superior a 30%.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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