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Saúde suplementar exige compartilhamento de risco em medicamentos

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Compartilhamento de risco
Foto: Freepik gerada com IA

O compartilhamento de risco dos medicamentos de alto custo voltou à tona. A prática, que já é comum no SUS, ainda não abrange a saúde suplementar, o que levou a críticas da ANS ao setor farmacêutico. As informações são do Valor Econômico.

Durante evento realizado em São Paulo, o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, tornou público seu descontentamento. “O Brasil é a Disneylândia para a indústria farmacêutica”, declarou.

A alfinetada tem uma razão. Desde 2022, os convênios são obrigados a cobrir qualquer tratamento que também seja ofertado pelo SUS. A diferença é que o sistema público de saúde consegue negociar condições de compra melhores.

Compartilhamento de risco já existe com o SUS 

Um exemplo é o tratamento com o Zolgensma (onasemnogeno abeparvoveque), da Novartis. O medicamento, destinado à atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1 em crianças, tem um custo de R$ 7,9 milhões.

Pelo contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica suíça, o governo paga R$ 6,2 milhões pelo remédio. Mas apenas 20% desse total é pago no ato do procedimento médico, enquanto o valor restante é parcelado em quatro vezes anuais.

Já na saúde suplementar, as regras e o preço são diferentes, o que causa incomodo no setor. “Atualmente, 10% das operadoras têm receita anual inferior ao valor de uma dose única do Zolgensma, de R$ 7,9 milhões. Muitas delas quebram”, afirma a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

De acordo com o laboratório, 20 pacientes fizeram uso da medicação por meio de convênios entre janeiro de 2023 e agosto de 2024. Esses tratamentos geraram despesas na casa dos R$ 160 milhões.

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