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Crescimento no número de casos de Covid reflete comportamento de parte da população

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O crescimento no número de casos de Covid reflete o comportamento de parte da população que deixou de manter o isolamento social.

Veja também: Número de casos de Covid no Brasil é o maior desde agosto

Para medir o comportamento da pandemia, hospitais. Nem precisa entrar no municipal da Brasilândia, um dos bairros mais populosos de São Paulo, para perceber que a ocupação de leitos de UTI para Covid cresceu.

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“As ambulâncias e esses carros de necrotério, é demais. Tem vez que são quatro, cinco, um atrás do outro”, conta Neusa do Nascimento, vizinha do hospital municipal da Brasilândia.

Para medir o comportamento humano, a rede. É onde sites de festas de Réveillon convidam para a virada na Bahia.

A pequena vila de Santo André, pode ser cenário de um evento de seis dias para centenas de pessoas. Os produtores dizem que o espaço é aberto, que vão seguir medidas de segurança e que a festa vai movimentar a economia da vila.

A Prefeitura de Santa Cruz Cabrália diz que o limite é de 200 pessoas, seguindo o decreto estadual. Já a comunidade isolada, que só teve cinco casos leves, se uniu.

“Nós protegemos vidas porque esta vida, aqui, é o que mais vale. Réveillon você pode fazer em qualquer ano, este não”, disse a jornalista Lea Penteado, organizadora de uma campanha contra a festa.

Ética e medicina, o individual e o coletivo, tudo isso se confunde na estatística do vírus. A curva de casos, mais acentuada em novembro, se escreve com C de consequência.

É preciso andar algumas semanas para trás para entender o ponto da curva de novembro, em que o número de casos voltou a subir. Coincide com o momento em que as famílias se abriram para eventos sociais, dizem os epidemiologistas.

Essa linha do tempo, que segue o ritmo do vírus, do contágio à internação, fez estatística daquilo que os médicos já alertavam: o comportamento humano e o comportamento da pandemia estão ligados. E, se o que fizemos antes define o ponto em que estamos, fica fácil concluir que o que fizermos hoje vai definir o que vamos ver no futuro próximo.

“Se nós tivermos um descontrole nesta época do Natal e, principalmente, na passagem do ano, nós vamos ter uma situação ao final de janeiro, início de fevereiro que será talvez equivalente ao que nós passamos em abril e maio”, disse Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da USP.

Médicos para entender a pandemia; para o comportamento humano, divã.

“Esse preceito de liberdade: ‘Eu sou livre, eu tenho o direito de ir e vir, eu tenho direito de escolher usar máscara ou não, eu diria que a gente precisa atualizar esse debate. E isso é urgente. Por quê Simplesmente porque existe o outro. E quando vem a doença e eventualmente a gravidade e a morte, qual é o custo, inclusive para mim, que exerci o meu direito de ir e vir e o meu direito de: ‘Ah, chega’? É a culpa. É o sofrimento. É muito mais pesado o que vai ser carregado do que talvez dois ou três meses de mais um pouco de contenção”, explicou Maria Homem, psicanalista, professora e escritora.

Uma noite de outubro em um bar cheio sem máscara. Duas semanas depois, oito dias de UTI.

“Fiquei com 70% dos meus dois pulmões comprometidos. Meu custo está muito alto, os dias que eu deixei de trabalhar. Teve o dano emocional, que eu estou vivendo. E as pessoas não estão. Elas acham que, porque são jovens, porque são saudáveis, não vai acontecer. Mas acontece”, disse a advogada criminalista Graziela Yumi.

Fonte: G1 

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