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Dificuldades de Paulo Guedes no Senado deixam investidores em alerta

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NO PALÁCIO – Paulo Guedes em visita ao Planalto: sinais de desgaste

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não apareceu na reunião e designou o secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, para representá-lo. Sua atitude foi considerada um desrespeito. Os governadores desejavam defender diante do ministro critérios que beneficiariam seus estados com a venda da chamada cessão onerosa, campos imensos de petróleo que foram subdimensionados em 2010 e agora terão o excedente comercializado em leilão. A equipe econômica era a favor de uma premiação dos estados que apresentarem medidas de equilíbrio fiscal, o que implica substanciais diferenças na divisão do dinheiro, com desvantagens para os estados cujos governadores estavam na reunião. Houve gritos, troca de acusações e bate-bocas. Conhecedor do que estava em jogo, Guedes justificou sua ausência a membros de sua equipe. “Não serei o ministro a ficar exposto”, disse ele a um interlocutor ouvido por VEJA. Ele sabia que também seria cobrado pela redefinição do pacto federativo e pela reforma tributária, e, por fim, confrontado com a espinhosa nomeação de Eduardo Bolsonaro para embaixador em Washington, nos Estados Unidos.

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Em resposta a Guedes, os dias seguintes trouxeram uma sucessão de derrotas para sua Pasta, como a alteração da PEC da Previdência (com a redução em 76 bilhões de reais do montante a ser economizado em dez anos) e o adiamento da votação em segundo turno para 22 de outubro. Na quarta-feira 9, ele sofreu outro revés: a proposta para a cessão onerosa a ser enviada pelo governo ao Congresso seguirá os critérios definidos pelos governadores, e não pelo ministério, que exigia contrapartidas fiscais. Sem uma proposição própria de reforma tributária, Guedes assiste ainda à proliferação de projetos paralelos, como o que foi apresentado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-­RJ). Implacável com o silêncio ministerial, um número crescente de políticos em Brasília tem se divertido perguntando, em tom de piada, se o gás do Posto Ipiranga já acabou. O Brasil torce para que a resposta seja negativa.

Fonte: Veja

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