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Distribuidoras de medicamentos especiais faturam R$ 25 bi

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Distribuidoras de medicamentos especiais superam R$ 25 bi de receita

O ano de 2022 termina com mais um recorde para as maiores distribuidoras de medicamentos do Brasil de especialidades. As 17 empresas do setor associadas à ABRADIMEX superaram pela primeira vez a marca de R$ 25 bilhões de faturamento, reforçando seu protagonismo no ecossistema de atenção a pacientes crônicos e de alta complexidade.

De acordo com indicadores da IQVIA, a receita de R$ 25,3 bi nos últimos 12 meses até outubro representou um incremento de 12,8% frente ao mesmo período anterior – quando o faturamento bateu R$ 22,5 bilhões. A rede de distribuidoras que integram a associação responde por 72% desse mercado.

Paulo Maia, presidente executivo da ABRADIMEX, valoriza o resultado especialmente em um ano desafiador, marcado pelas crescentes dificuldades que a pandemia e a guerra na Ucrânia impuseram à aquisição de insumos.

“O setor de distribuição manteve o compromisso de assegurar o acesso a medicamentos, por meio de inovações tecnológicas e de um posicionamento focado na prestação de serviços – não só com atuação junto à indústria e aos provedores de saúde, como também junto ao paciente no ambiente intra-hospitalar”, ressalta.

Distribuidoras de medicamentos crescem no canal privado

Nos últimos 12 meses até outubro, as distribuidoras de medicamentos associadas à ABRADIMEX tiveram 24,4% de ampliação no volume de unidades comercializadas. E a iniciativa privada vem ganhando representatividade, ao concentrar 90% das vendas.

Destacaram-se especialmente as transações com planos de saúde, cujo avanço chegou a 34,8%, mesmo que esse subcanal contabilize 8,9% dos negócios. O segundo maior aumento foi registrado nas clínicas especializadas – 29,1%. As operações com hospitais privados cresceram 21,2%.

Representatividade das vendas por canal (em %)

“A rede pública mantém um ritmo de aquisição naturalmente mais lento, atrelado a processos como licitações e tomadas de preços. O canal privado vive uma evolução natural e vem cada vez mais aprimorando seus processos de gestão, ampliando seu rol de beneficiários e tratamentos”, avalia Maia.

Entre as áreas terapêuticas mais relevantes, a que mais se sobressaiu foi a oncologia. Os medicamentos vinculados a essa categoria movimentaram R$ 16,9 bilhões entre novembro de 2021 e outubro de 2022. “É o segmento mais importante para a atividade de specialty care, pois 84% desse montante é comercializado via distribuidoras”, acrescenta.

Protagonismo crescente na atenção ao paciente

Para especialistas do mercado farmacêutico, o cenário atual da saúde brasileira torna ainda mais preponderante o papel das distribuidoras como hubs de atenção ao paciente.

Na visão de Paulo Paiva, vice-presidente da Close-Up International, a pandemia mobilizou todo o sistema de saúde entre 2020 e 2021. A Covid-19 mudou o perfil de internações hospitalares e interrompeu os chamados tratamentos eletivos, cuja retomada começou em 2022.

“Mas agora, temos não apenas a necessidade de absorver os novos pacientes, como também os de 2020 e 2021. E esses ainda chegam com pelo menos dois anos de atraso, o que acarreta mais custos e pressão sobre a rede de atendimento”, adverte.

Nesse contexto, a logística de distribuição ganha importância. Mas muito além da tarefa de transportar os medicamentos, existe a necessidade de monitorar o paciente. “Mesmo que ele esteja em algum programa de suporte da indústria, ele não é um paciente do laboratório e sim de toda a cadeia de saúde. As farmacêuticas, por essência, vão pensar inicialmente no seu medicamento. Quem tem o olhar mais sistêmico e a maior isenção para acompanhar a adesão ao tratamento? É a distribuidora”, acredita.

“As associadas à ABRADIMEX já vêm trilhando esse caminho voltado à prestação de serviços, a partir de iniciativas como o delivery de medicamentos de alto custo, o que contempla orientações sobre uso de remédios e alertas sobre horários de ingestão. Vivemos claramente uma transformação, assumindo mais funções estratégicas na jornada do paciente”, conclui Paulo Maia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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