Após cinco anos à frente do Grupo DPSP, Marcelo Doll deixou o comando da companhia para se dedicar a outros projetos pessoais e de carreira. Porém, fontes do mercado entendem que a decisão está relacionada a pressões por resultados diante do avanço da concorrência. E para completar, persistem boatos sobre venda das operações.
Sua saída foi oficializada na sexta-feira, dia 2, em consenso com o conselho de administração. Atual diretor de logística do grupo, Jonas Laurindvicius assume o cargo e dará continuidade aos projetos de expansão da Drogaria São Paulo e das Drogarias Pacheco, que juntas formam a segunda maior rede do varejo farmacêutico nacional. O executivo tem mais de 20 anos de experiência no varejo, incluindo a gerência geral das Lojas Pernambucanas, onde trabalhou com Doll. Inclusive, chegou à DPSP dois meses depois do agora ex-CEO.
Em 2020, a rede teve um faturamento de R$ 11 bilhões, o que representou uma evolução de 10% em relação ao ano anterior. Mas a Raia Drogasil, primeira colocada no ranking da Abrafarma, se distanciou na dianteira, ao crescer 14,6% e superar a barreira dos R$ 20 bilhões.
Além da liderança mais distante, as Farmácias Pague Menos despontam como outra ameaça, principalmente após o anúncio da compra da Extrafarma por R$ 600 milhões. A transação, assim que aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), faria a rede cearense desbancar a DPSP da segunda posição e elevaria em um terço o número de lojas.
Possibilidades de venda
Em meio a esse cenário, seguem no radar as especulações sobre a venda do Grupo DPSP para um grupo internacional. No ano passado, a rede teria mantido conversações com a Femsa, mas não houve avanço. E agora, informações de bastidores dão conta de um possível interesse das Farmácias Guadalajara, varejista mexicana com mais de 2 mil drogarias e faturamento anual em torno de US$ 4 bilhões.
No entanto, fontes comentam que as negociações com a DPSP são sempre desafiadoras pela complexidade da estrutura societária. Sentam-se à mesa quase 20 sócios. De um lado, acionistas da Drogaria São Paulo seriam mais favoráveis à venda, ao contrário dos investidores das Drogarias Pacheco.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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