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Emergências do SUS seguem fechadas em Porto Alegre

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A administração do Hospital Restinga e Extremo-Sul (HRES), em Porto Alegre, anunciou ontem que a unidade está com restrições no atendimento adulto e pediátrico de emergência. Segundo o comunicado, todos os leitos da emergência estão ocupados e macas foram instaladas em salas de medicação para tentar dar conta dos atendimentos. Até o fechamento da edição, apenas casos de urgência estavam sendo atendidos pelo hospital.

O fechamento no HRES complica ainda mais a já precária situação das emergências que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre, causada, principalmente, pelo aumento das enfermidades com as oscilações de temperatura no inverno. A reportagem do Jornal do Comércio constatou, durante a tarde de ontem, que outras sete unidades de pronto-atendimento estavam fechadas para novos pacientes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 29 pessoas aguardavam acesso a leitos de UTI, sendo 22 pacientes do Interior e sete da Capital.

No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 88 pacientes aguardavam por internação na metade da tarde de ontem, enquanto outros 14 estavam em avaliação, somando 102 pessoas. A emergência para adultos tem capacidade para em torno de 45 pacientes. Outro hospital que atua em restrição máxima é o Nossa Senhora da Conceição, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). A emergência estava com 95 pessoas em atendimento, quando a capacidade máxima prevista é de 64 leitos. A situação, segundo a assessoria do GHC, vem se arrastando quase sem alterações há duas semanas.

No atendimento adulto pelo SUS do Hospital São Lucas da Pucrs, a situação está igualmente precária. Com capacidade para 13 atendimentos, a emergência tinha 31 pessoas no fim da tarde de ontem. A ala pediátrica seguia recebendo pacientes. No Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, quem buscava atendimento era encaminhado a outros locais, já que a unidade estava superlotada, com 19 pacientes.

Os hospitais Santa Clara e Dom Vicente Scherer, ligados à Santa Casa, estão igualmente com atendimento restrito. No primeiro, 29 pessoas recebiam cuidados em um espaço planejado para 24 pacientes. No Dom Vicente Scherer, a situação é ainda pior: as 14 vagas disponíveis estão há muito esgotadas, com 35 internados aglomerados no local. A emergência do Hospital Ernesto Dornelles também está fechada, atendendo apenas casos de extrema urgência. A recomendação da direção é que a população procure outras unidades de saúde.

Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou um plano para gerenciar o fluxo nas unidades superlotadas, transferindo pacientes de baixa complexidade internados em hospitais de grande procura para outras unidades, onde a busca por atendimento esteja menor. O gerenciamento das internações ficaria a cargo da Central de Regulação da prefeitura da Capital. No entanto, a iniciativa ainda não conseguiu ser plenamente implementada, e as dificuldades seguem ocorrendo.

Enquanto a situação não se estabiliza, a SMS pede que pacientes com casos menos agudos busquem alguma das 141 unidades de saúde do município, deixando para dirigir-se às emergências apenas em situações de sintomas persistentes ou de efetiva urgência, como infartos ou acidentes. A pasta garante que está em um esforço para ampliar a resolubilidade das consultas nas unidades, como forma de diminuir a procura a pronto-atendimentos e emergências.

Fonte: Jornal do Comércio – RS

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