Uma pesquisa do Ipec revelou uma percepção positiva sobre avanços na Anvisa, mas serviços básicos da agência ainda são falhos. As informações são da Folha de S. Paulo.
O levantamento foi encomendado pela Amcham Brasil e envolveu em torno de 100 empresas reguladas pela Anvisa. Para 73% dos entrevistados, houve melhoras na autarquia após a pandemia, com destaque para a menor burocracia em processos de importação e exportação. É a maior avaliação positiva da agência na série histórica desde 2005. Em 2015, por exemplo, o percentual era de apenas 40%.
Principais reclamações sobre a Anvisa
Apesar de reconheceram avanços na Anvisa, quase metade das empresas (46%) acreditam em uma melhora parcial. Os principais pontos negativos incluem o não cumprimento de prazos, a morosidade e a falta de padronização em regulamentos, além das dificuldades para controlar processos. Para 27%, a demora na aprovação de registros, que gira em torno de nove meses na média, demonstra um gargalo grave.
Plano para acelerar registros está na pauta
A expectativa para reverter esse cenário passa pela concretização do plano da Anvisa para acelerar a fila de registro de medicamentos, em especial remédios inovadores para tratamentos de doenças de alta complexidade.
O projeto pode ajudar a desengavetar os mais de 510 pedidos de registro de medicamentos parados na agência, sendo que 249 esperam por uma resposta há mais de um ano.
Uma das intenções da Anvisa é aproveitar análises de autoridades sanitárias de outros países que tenham padrões de exigência e regulação similares aos adotados em solo brasileiro. Os dados trazidos do Exterior, de órgãos como FDA e a Agência Europeia de Medicamentos, balizariam a aprovação, o que contribuiria para derrubar algumas contradições escancaradas pelos números.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico