O vice-presidente da EMS, Marcus Sanchez, revelou que a venda da hidroxicloroquina trouxe prejuízos para a indústria farmacêutica durante a pandemia da Covid-19. As informações foram veiculadas pela coluna Painel S.A. da Folha de S.Paulo.
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O medicamento gerou polêmica por ter sido alardeado pelo presidente Jair Bolsonaro como a solução para os casos do novo coronavírus, mesmo sem nenhuma comprovação dos seus resultados. Esse discurso contribuiu para uma corrida desenfreada às farmácias e comprometeu os estoques do remédio, voltado ao tratamento de doenças como lúpus e malária.
Segundo o executivo, a EMS teve de dobrar a produção do medicamento para esses pacientes e ainda criou um canal de atendimento exclusivo para esse público. O preço da matéria-prima, no entanto, subiu 400% e tornou o produto “economicamente inviável”. “Não é um produto que hoje traz rentabilidade. É só para atender a população“, afirmou.
A decisão de Bolsonaro de adiar por 60 dias o reajuste anual de todos os remédios também reduziu a rentabilidade, aliada à elevação das despesas com frete e insumos importados da China e da Índia.
A EMS participa de estudos que podem trazer os primeiros resultados em 30 dias, mas ressalva que ainda não há respostas sobre a eficácia contra a Covid-19.
Novo estudo questiona eficiência do medicamento
A suposta eficiência da hidroxicloroquina mais uma vez foi descartada, dessa vez por meio de uma pesquisa realizada com 1.438 pacientes e publicada na revista da Journal of the American Medical Association. O estudo passou por revisão de outros cientistas.
Na última semana, o The New England Journal of Medicine divulgou outra pesquisa após avaliar 1.376 pacientes de Nova York, na qual apontou a ausência de evidências de que a hidroxicloroquina influenciaria na redução de mortes ou até mesmo intubações por coronavírus.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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