O DIU Mirena é o principal representante dos dispositivos intrauterinos (DIUs) de ação hormonal. Apesar de conhecido, muitas mulheres ainda têm dúvida sobre o método contraceptivo, principalmente no que diz respeito a possíveis efeitos colaterais.
Assim como os anticoncepcionais orais ou qualquer outro medicamento que contenha hormônios em sua composição, o dispositivo pode causar sim alguns desconfortos.
Por isso, nesse texto, vamos abordar vários tópicos sobre o tema e esclarecer suas possíveis dúvidas antes de escolhe-lo.
Começando “pelo começo”
Antes de abordar, ação, efeitos colaterais e outros detalhes, é necessário entender o que é o DIU Mirena. Só que ainda não podemos abordar esse tema, afinal, sequer te explicamos o que é um DIU.
Para início de conversa, DIU é a sigla para Dispositivo Intrauterino. Como o nome já diz, ele é um dispositivo que é implantado dentro do útero da paciente. Assim posicionado, ele impede a fecundação do óvulo pelos espermatozoides.
Falando sobre os tipos de dispositivo, eles podem ser divididos em dois grupos – os hormonais e os não hormonais. Os primeiros, são o foco desse texto, enquanto os segundos, geralmente, possuem cobre ou prata em sua composição.
Ambos são feitos de plástico e tem um formato similar a um “T”. Apesar de ser implantado dentro do útero da paciente, esse é um método contraceptivo reversível, ou seja, assim que tirado, a fertilidade da mulher volta ao normal.
O funcionamento do DIU Mirena
De maneira geral, o dispositivo atua liberando no organismo o hormônio progesterona. Essa ação impede a fecundação pois não permite que o óvulo se fixe no útero.
Só que essa não é a única ação do método. Ele também modifica o muco cervical, o que impede a passagem do espermatozoide para o órgão.
Depois de análises iniciais da saúde da paciente, um médico ginecologista poderá realizar a inserção. No geral, o DIU Mirena pode ser utilizado por até cinco anos sem precisar de troca.
Vantagens
As principais vantagens do uso de um DIU hormonal são as seguintes:
- Alta eficácia (0,1% de índice de falha)
- Diminuiu o fluxo menstrual
- Diminuição na duração e intensidade das cólicas menstruais
- Longa duração
- Menor chance de câncer de endométrio
Efeitos colaterais
Como explicado no começo desse texto, todo fármaco à base de hormônios pode causar alguns efeitos colaterais e com o DIU Mirena não é diferente. A boa notícia é que, conforme o organismo se acostuma com essa nova carga hormonal, ele tende a sentir cada vez menos essas reações adversas.
Os principais efeitos colaterais no começo de seu uso são:
- Aumento da oleosidade dos cabelos e da pele
- Ausência de menstruação
- Diminuição da líbido
- Escape de sangramento
Casos mais raros podem apresentar:
- Dor de cabeça e nas mamas
- Ganho de peso
- Inchaço
- Instabilidade emocional
- Intensificação das cólicas
- Irritabilidade
Alternativas
Caso você queira fazer uso de um método contraceptivo de médio ou longo prazo, mas não deseje implantar o DIU Mirena, existem sim algumas outras alternativas.
A primeira delas é o DIU, só que de cobre. Diferente do Mirena, que libera hormônios no seu organismo, o de cobre irá causar uma reação no útero, o que o tornará inviável para a permanência dos espermatozoides.
Outra opção é o chip anticoncepcional. Apesar de também atuar com a liberação de hormônios no organismo, muda o hormônio em questão, no caso o etonogestrel. Uma vantagem desse método é sua eficácia, ainda maior que a do Mirena, apenas 0,05% de índice de falha.
Como escolher o melhor método contraceptivo?
O primeiro passo para escolher (ou não) o DIU Mirena é consultar um médico especializado em ginecologia. Por meio de uma análise de seu histórico de saúde e hábitos sexuais, ele será o profissional mais capacitado para indicar o método contraceptivo ideal para o seu caso.