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Farmácias do Centro-Oeste crescem 73% em 5 anos

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Farmácias do Centro-Oeste crescem 73% em 5 anos

As farmácias do Centro-Oeste demonstram fôlego redobrado e vêm sendo âncoras do crescimento do setor, especialmente com o impulso das grandes redes e do associativismo.

A região foi uma das que mais avançou em participação no PIB nacional, segundo o último censo do IBGE. E o varejo farmacêutico acompanhou esse movimento, graças a uma evolução percentual de 73% em cinco anos. O faturamento saltou de R$ 9 bilhões para quase R$ 16 bi nesse período, de acordo com a IQVIA.

Os dados revelam uma evolução tímida na casa de 5% a 6% antes da pandemia, mas a Covid-19 foi decisiva para transformar esse cenário.

Farmácias no Centro-Oeste (faturamento em R$ bilhões)

2018               9,14
2019               9,71
2020               10,96
2021               12,64
2022               15,84
Fonte: IQVIA

Farmácias do Centro-Oeste veem queda das independentes

Entre as farmácias do Centro-Oeste, as que mais sofrem são as independentes, embora ainda liderem em faturamento. Esse nicho respondia por 47% do volume de negócios em 2018, mas agora o market share despencou para 38%.

Somados, o grande varejo farmacêutico e o associativismo/franquias tiveram incremento percentual na mesma proporção. Esse último segmento, em particular, viu sua representatividade saltar de 14% para 22%.

Farmácias do Centro-Oeste por nicho (em R$ bilhões e %)

Independentes                    5,96 (38%)
Grandes redes                     4,78 (30%)
Associat./franquias             3,56 (22%)
Redes peq./médias             1,54 (10%)

Uma das líderes do setor, a DPSP tem o Centro-Oeste como uma das prioridades de seu plano de expansão, que prevê 500 novas lojas em três anos.

O foco serão cidades no interior dos grandes centros e em estados onde ainda não atua, a exemplo do Mato Grosso – onde fincou bandeira no ano passado com a inauguração de cinco lojas em Cuiabá. “Estamos abrindo o leque e buscando outras oportunidades para levar mais conveniência para as regiões, já que ter lojas ajuda também na omnicanalidade”, ressalta o CEO Jonas Laurindvicius.

O Grupo CB Drogarias também mira o crescimento na região. Pouco antes do estouro da pandemia, a rede associativista montou um escritório em Cuiabá para difundir seu modelo de licenciamento de marca.

Outra companhia que reforça investimentos no Centro-Oeste é o Grupo Pereira, que administra a bandeira Sempre Fort, hoje com 16 PDVs. Em abril deste ano, fincou bandeira em Campo Grande (MS). “Com o mercado aquecido, devemos ter pelo menos seis novas unidades até o próximo semestre, sendo quatro só no Mato Grosso do Sul”, afirma Luisa Dias, gerente nacional de drogarias.

Saturação e localização central ajudam a explicar ascensão

A ascensão das farmácias do Centro-Oeste pode estar atrelada a dois fatores. “Em primeiro lugar, claramente as grandes capitais e o eixo Sul-Sudeste vivem um processo de saturação, o que força o varejo a buscar alternativas. E a localização no centro geográfico do país contribui para o escoamento logístico, facilitando a entrada das redes com menor custo”, comenta o consultor Fernando Ferreira.

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