Uma fusão entre a Elfa Medicamentos e a Viveo é o assunto do momento nas rodas de investidores. Os rumores surgiram na sequência do lançamento da oferta subsequente (follow-on) da Viveo, no último dia 24 de julho. As informações são do Valor Econômico.
Ambas as empresas, segundo a reportagem, estão estudando um M&A para aumentar sua estrutura, mas entendem que esse não é um movimento para o futuro próximo. Mas representantes das duas companhias já se sentaram para conversar sobre uma fusão.
Na visão do mercado, os primeiros passos nesse sentido devem começar a ser dados. Com o follow-on, a Viveo pode levantar R$ 800 milhões na tranche primária e, considerando a secundária, o total pode chegar a R$ 1,4 bilhão.
Recursos de follow-on da Viveo serão usados em expansão
O anúncio de que os valores reunidos com a oferta subsequente serão utilizados para expandir a atuação da companhia só aumentou os rumores de uma possível fusão.
Só que, apesar da aposta dos investidores, pelo menos por hora, a possibilidade de um M&A com a Elfa é negada. A empresa, que foi procurada pela reportagem do Valor, negou que usará os fundos para esse fim.
Além disso, a companhia afirma que vive um período de silêncio devido ao follow-on.
Pátria investe na Elfa de olho em lucro futuro
A venda para um investidor estratégico é exatamente o que o Grupo Pátria planeja com seus investimentos alocados na Elfa Distribuidora. Ou seja, uma possível fusão com a concorrente cairia como uma luva para tal estratégia.
Outra investidora, a Lumina, gestora de Daniel Goldberg, também fez aportes similares. Após injetar US$ 130 milhões na Elfa em longo prazo, a gestora pode sair aos poucos do negócio, seja por meio de IPO, fusão com empresa listada na bolsa de valores ou com uma venda privada.
Empresas estão no topo do setor
Com crescimento fortemente alicerçado em aquisições nos últimos anos, Elfa e Viveo estão entre as maiores do setor, acompanhadas pela Oncoprod. Ou seja, uma fusão entre elas não será um negócio simples.
Um M&A de tal magnitude precisará da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
