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Glaucoma: novo colírio 3 em 1 facilita o tratamento da doença

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O glaucoma é considerado a principal causa de cegueira irreversível e afeta mais de 2 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Por ser uma doença incurável, a forma mais efetiva de cuidar da doença é através do tratamento, que proporciona melhor qualidade de vida ao paciente e diminui o risco de cegueira. Mas, na maior parte dos casos, o cuidado se baseia em utilizar vários colírios ao longo do dia e muitos pacientes realizam o tratamento de forma inadequada, o que prejudica o controle da doença.
Para solucionar o problema, a Allergan desenvolveu um colírio 3 em 1 para reduzir a quantidade de colírios utilizados diariamente e aumentar a adesão adequada ao tratamento. Com o nome comercial de Triplenex, o medicamento é recomendado para glaucoma de ângulo aberto e hipertensão ocular que demandem o uso de terapia combinada para o controle da pressão intraocular (PIO), a principal causa da doença. 
Apesar de já existirem outras terapias combinadas, essa é a primeira a misturar três substâncias (bimatoprosta, tartarato de brimonidina e maleato de timolol) dentro de uma mesma embalagem. Ele age reduzindo a pressão ocular pela redução de  produção do humor aquoso (líquido responsável por regular a pressão interna do olho).
O tratamento é feito através da aplicação de uma gota do colírio, duas vezes ao dia. “Mais de 70% dos pacientes com glaucoma utilizam mais de uma medicação [que geralmente vêm em frascos separados]. O novo colírio traz a junção de três substâncias em um mesmo frasco. Essa facilidade deve melhorar a aderência ao tratamento”, explica Wilma Lelis Barboza, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG). 
Outra vantagem é a redução nos gastos com medicação. O Triplenex deve ser vendido por 179,73 reais (preço máximo). De acordo com a Allergan, esse valor é 17% menor do que o custo dos colírios vendidos separadamente. 
Apesar de trazer facilidade à vida do paciente, o colírio pode apresentar efeitos colaterais, como vermelhidão e coceira nos olhos, irritação e dor ocular, olho seco, conjuntivite e conjuntivite alérgica, aumento do lacrimejamento, dor de cabeça, sonolência, tontura, entre outros. Além disso, o medicamento pode não ser recomendado para todos os casos de glaucoma, portanto, consulte seu oftalmologista sobre a possibilidade de acrescentá-lo ao tratamento e não esqueça de ler a bula.
O Triplenex, que já está sendo vendido no México e no Chile, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro do ano passado e o lançamento oficial aconteceu nesta segunda-feira (18).
GlaucomaDe acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60 milhões de pessoas no mundo têm a doença. No entanto, estimativas da entidade indicam que esse número pode subir para 80 milhões em 2020 e chegar a 111,5 milhões até 2040. Como não é possível prevenir o glaucoma, a melhor maneira de evitar o avanço da doença é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
O glaucoma é uma doença que atrofia o nervo óptico – estrutura que transmite informações do olho ao cérebro –, o que pode levar a perda gradual e permanente da visão. Esse quadro se dá quando o canal de Schlemm, responsável pelo escoamento do humor aquoso, fica entupido. Se isso acontece, o líquido se acumula no olho, provocando aumento da pressão interna, o que leva a compressão dos vasos sanguíneos. Essa compressão gera danos no nervo óptico e nas células da retina.
Existem diversos tipos de glaucoma: o congênito, que afeta o indivíduo desde o nascimento; o secundário, geralmente causado pelo uso de medicações, como corticoides; e o crônico, que tende a ser hereditário, mas com outras possíveis causas. O principal grupo de risco para a doença é a população idosa, que está mais suscetível a dois tipos de glaucoma: o de ângulo aberto e o de ângulo fechado.
O glaucoma primário de ângulo aberto – responsável por cerca de 80% dos casos em indivíduos acima dos 60 anos – ocorre quando o aumento da pressão intraocular causa atrofia no nervo óptico. Isso acontece porque o funcionamento da drenagem do humor aquoso funciona de forma deficiente. Já o glaucoma de ângulo fechado apresenta atrofia semelhante, no entanto, a região de drenagem do humor aquoso já está bloqueada.
O principal fator de risco para a doença é o aumento da pressão intraocular (PIO). Indivíduos cuja PIO está acima da média (16mmHg) podem estar propensos a desenvolver o problema. Entretanto, esses valores são relativos: há pacientes com pressão intraocular de 21 mmHg sem dano no nervo óptico; outros são diagnosticados com glaucoma quando o valor está abaixo disso, por isso é necessário fazer acompanhamento regular. Outro fator é o histórico familiar: se houver algum parente, especialmente de primeiro grau, diagnosticado com glaucoma, o risco é 6 a 10 vezes maior em relação a outras pessoas.

Fonte:Bonito Net

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