O Grupo Ultra decidiu se desfazer da Extrafarma como parte da estratégia de concentrar esforços no negócio de óleo e gás, seu carro-chefe. Segundo informações de O Estado de S.Paulo, a tendência é que uma grande varejista do canal farma adquira a rede, que hoje reúne cerca de 400 lojas e tem faturamento de R$ 1,5 bilhão.
A Extrafarma havia sido adquirida pelo grupo há sete anos, pelo valor de R$ 1 bilhão. A ideia do Ultra era constituir um hub de farmácias, usando a rede de postos de combustíveis Ipiranga para garantir capilaridade em território nacional. No entanto, sua divisão de varejo não alcançou o patamar necessário para competir com players como Raia Drogasil e Grupo DPSP.
De acordo com o ranking da Abrafarma, a rede detinha o nono maior faturamento do grande varejo farmacêutico em 2013. Chegou a atingir a sexta colocação em 2018, mas caiu uma posição no ano seguinte.
O Bradesco BBI foi escolhido para conduzir o processo de venda e encontrar companhias interessadas. Fontes do mercado avaliam que somente outra grande rede do setor terá caixa e disposição para avançar nessa negociação. A análise leva em conta a redução de investimentos em farmácias próprias por cadeias de supermercados como BIG (ex-Walmart), Carrefour e Pão de Açúcar, além de fracassos como a formação da BR Pharma pelo BTG Pactual. Porém, há quem acredite em um movimento do Pão de Açúcar.
Procurado pela reportagem, o Grupo Ultra informou que não tem nada a acrescentar após a publicação de fato relevante no último dia 14, quando reforçou o foco em investimentos no segmento de óleo e gás. A holding já havia dado pistas de que deixaria outros mercados de lado ao destinar à sua principal atividade 80% do orçamento de R$ 1,891 bilhão previsto para 2021.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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