Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Hospitais federais mudam para atender a doenças mais procuradas

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

RIO – Em meio à crise, o Ministério da Saúde anunciou que vai reestruturar a rede federal de hospitais da cidade para melhorar o atendimento e reduzir custos. O Rio vai ganhar seis unidades especializadas nos serviços com maior demanda: ortopedia, cardiologia e oncologia. Mas isso não será feito com novos hospitais: a ideia é rearrumar o atendimento em unidades já existentes. As mudanças deverão garantir um aumento de 20% nos atendimentos nessas três áreas.

Parte das equipes dos institutos nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), de Câncer (Inca) e de Cardiologia (INC) será redirecionada para os hospitais. Juntas, essas unidades têm 21 mil profissionais.

— É importante esclarecer que não haverá suspensões, cortes, nem diminuição dos serviços prestados — garantiu secretário de Atenção à Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.

PARA CREMERJ, ALTERAÇÃO NÃO RESOLVE PROBLEMAS

Apesar de ainda estar em fase de implantação, o novo plano de atendimento, que vem sendo estudado desde o ano passado, já está provocando a migração de serviços. De acordo com o Ministério da Saúde, já foram criados quatro novos centros de ortopedia. Os hospitais federais de Ipanema e dos Servidores do Estado ganharam alas especializadas em cirurgia de joelho e de quadril. O Hospital dos Servidores, na Gamboa, também será especializado em cirurgia de coluna. Já a unidade da Lagoa vai atender pacientes que precisam fazer procedimentos em membros superiores, como mão e ombro.

O Ministério da Saúde informou que todas as unidades terão atendimento em cardiologia, mas apenas quatro delas ficarão responsáveis por cirurgia vascular: os hospitais de Bonsucesso, do Andaraí, dos Servidores do Estado e da Lagoa. Os procedimentos em oncologia também serão feitos nas seis unidades.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Nelson Nahon, acredita que a reestruturação não resolve o problema do estado:

— Essa reestruturação me parece mais uma resposta à insatisfação da população e dos profissionais de saúde para dizer que estão fazendo algo. Como posso acreditar numa mudança como esta no momento em que o estado enfrenta sua pior crise, envolvendo hospitais federais e do estado, onde faltam medicamentos e corpo clínico? Dados do próprio Ministério mostram que hoje há 25% de profissionais temporários na saúde. Os contratos acabam e não são renovados.

Fonte: O Globo

Notícias mais lidas

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress