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Hospital de São José integra pesquisa que vai avaliar uso de hidroxicloroquina em pacientes com quadro leve do coronavírus

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Um hospital privado de São José dos Campos está entre os que participam de uma pesquisa nacional para identificar a eficácia da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves da infecção pelo novo coronavírus. Por meio deste estudo, será avaliado se a medicação pode evitar complicações da doença quando utilizado no quadro inicial e, consequentemente, reduzir as internações.

A pesquisa é coordenada pelo Hospital Oswaldo Cruz e tem a participação de outras entidades de referência, como o Albert Einsten, Sírio-Libânes e HCor. No Vale do Paraíba e o único que participa da pesquisa é o Policlin, que começou a recrutar voluntários há uma semana.

Alvo de uma polêmica na área científica, a hidroxicloroquina chegou a ter pesquisas suspensas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) após um estudo indicar riscos do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina. Porém, este estudo perdeu valor científico e a OMS voltou atrás e retomou os testes, mas reforçou que isso é muito diferente de recomendar o uso do medicamento e afirmou que espera ter respostas definitivas em breve.

Em contraponto, cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que lideram um estudo sobre tratamentos para Covid-19 em mais de 11 mil pacientes no Reino Unido, anunciaram na sexta-feira (5) que não encontraram benefícios em tratar a Covid-19 com hidroxicloroquina. Por isso, essa parte dos estudos, que envolve 1,5 mil pessoas, foi suspensa.

Oito pessoas em São José dos Campos já participam da pesquisa e estão sendo acompanhadas pela equipe médica. Em todo o Brasil, 100 voluntários estão no estudo. A intenção dos pesquisadores é ter a participação de, no mínimo, 1,3 mil pessoas.

“A Hidroxicloroquina tem sido muito polemizada, sobre benefícios ou prejuízos”, diz o médico cardiologista Carlos Magalhães, que coordena o estudo no hospital em São José. “Anteontem, um estudo da Oxford, da Inglaterra, mostrou que a hidroxicloroquina não tem benefício em pacientes que já estão internados. Recentemente, um estudo publicado na revista Lancet, sobre o uso da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves, foi questionado. Então, continua a pergunta: a hidroxicloroquina tem benefícios no quadro inicial? Isso que esta pesquisa quer verificar”, afirmou Magalhães.

Voluntários
Para participar da pesquisa, há alguns requisitos. O voluntário precisa ter mais de 18 anos, estar com os sintomas iniciais da Covid-19, ter alguma comorbidade ou histórico de alguma doença do grupo de risco, e que não precise ficar internado após avaliação médica. Existem também alguns critérios para exclusão: não podem participar pessoas que tiveram problema de retina, algum problema renal ou que não tenha condições após realização de um eletrocardiograma.

Quando voluntário está apto e aceitar participar da pesquisa após assinar um termo, ele começa ser tratado com hidroxicloroquina ou placebo (comprimido que não tem efeito no organismo). O estudo é do tipo duplo cego, em que paciente e o médico não sabem qual a medicação que está sendo aplicada. A escolha da medicação é feita de forma randômica. Esta metodologia é usada como critério de validação de práticas experimentais quantitativas em ciência.

O paciente é medicado por sete dias. Entre o quinto e sétimo dia, ela realiza o teste para a Covid-19. Se der positivo, continua na pesquisa. Se o resultado for negativo, deixa a pesquisa porque ela não está infectada com o coronavírus. Os pacientes que continuarem na pesquisa serão avaliados por 30 dias. Após esse período, o hospital envia os resultados para o grupo responsável para fazer o balanço da pesquisa.

“Pessoas que têm suspeita e desejam participar do estudo, podem participar. Até o fim do mês estaremos fazendo o estudo. A pessoa vai ao hospital e tem um setor específico para esse atendimento. Se a pessoa tiver os critérios para inclusão na pesquisa e aceitar, pode participar”, disse Carlos Magalhães.

Fonte: G1

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