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Inteligência tributária amplia receita de farmácias em 23%

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Inteligência tributária
Divulgação: Farmacon

A inteligência tributária pode ser um antídoto das farmácias independentes contra a má gestão e ainda se tornar fonte de receita. Muito além da simples emissão de guias e cálculos contábeis, o conceito vem estimulando pequenos e médios varejistas a ampliar em até 23% o faturamento médio anual.

Essas são as projeções da consultoria contábil Farmacon, baseadas nos resultados obtidos por seus clientes nos últimos 12 meses. Única prestadora de serviços do gênero a ter homologação da Febrafar e com escritórios no Rio de Janeiro e Goiânia, a empresa já atende mais de 3 mil PDVs.

“Infelizmente, porém, muitos empreendedores ainda associam esse modelo a uma prática ilegal. Mas essa atividade pode ser determinante não só para evitar riscos como sonegação ou impostos pagos a maior, como também maximizar recursos por meio da recuperação de créditos tributários”, enfatiza o CEO Marcus Cordeiro.

Um levantamento da consultoria ajuda a ilustrar as profundas lacunas na gestão financeira do varejo independente. Mais de 2/3 dos proprietários de farmácias (67%) estão enquadrados em um regime fiscal inadequado. “Isso amplia a carga tributária e ainda impede o acesso a créditos”, explica.

Inteligência tributária pode estar na expansão de lojas

A inteligência tributária pode viabilizar a concessão de créditos a partir de uma estratégia pouco trabalhada pelas farmácias independentes – a expansão de lojas.

“Muitas grandes redes apostam nesse expediente para gerar créditos de ICMS e ISS. É um montante que quase sempre compensa o imposto pago. Medidas como reformas de unidades, aumento do mix e renovação de mobiliários também são saídas interessantes”, alerta.

A consultoria também promove um diagnóstico que avalia a possibilidade de obtenção de créditos a partir de inúmeras variáveis, entre as quais o volume de vendas da farmácia por categoria e produto, comparado com o valor de compra junto às distribuidoras.

Essa radiografia identifica, com frequência, que a soma entre preço de custo e o markup representa prejuízo para o PDV que adquiriu determinado item por apenas um mês.

“É uma cultura da farmácia independente fazer compras fracionadas pensando apenas no curto prazo e com receio de ter excedente de mercadorias. Mas formar estoque por dois meses ou mais pode reverter em créditos e tornar a loja menos dependente da venda no balcão para ter retorno sobre o investimento”, pondera.

Outros benefícios fiscais acessíveis para as farmácias

Até produtos vencidos, que sofreram avaria ou foram alvos de furto podem significar acesso a créditos. Isso é possível porque o setor tem um grupo elevado de produtos sujeitos à substituição tributária, ou seja, o imposto já foi recolhido na fonte antes de a venda se concretizar.

“Quando não ocorre a venda em função desses fatores, a farmácia já pagou um imposto sem que tenha obtido receita. Por conta disso, ela pode emitir uma nota de perda para se aproveitar desses créditos”, reforça.

Outros benefícios pouco aproveitados são os créditos de insumo atrelados a despesas de aluguel. Há também o pagamento do ICMS dentro da guia de PIS/Cofins, que é calculado sobre a mercadoria. Uma parte do crédito é calculada sobre o valor de compra. Já o débito é contabilizado sobre o valor de venda. Na hora de se chegar ao valor dos impostos, é preciso desonerar o ICMS para não configurar bitributação.

“Nesse caso, não só desabilitamos a duplicação do ICMS como também recuperamos administrativamente esse imposto pago em duplicidade nos últimos cinco anos e abatemos nas próximas guias”, acrescenta.

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