Levofloxacino: o aliado no combate a diversas bactérias

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Levofloxacino

As bactérias podem causar infecções em diversas partes do nosso corpo. O combate para muitas delas tem um aliado em especial, o levofloxacino, medicamento com aproximadamente 30 anos de mercado.

Por ser um antibiótico de amplo espectro, o medicamento pode combater vários tipos de bactérias, entre elas aeróbios gram-positivos e negativos. Considerado um dos medicamentos essenciais pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ele também pode ser classificado como fluoroquinolona e antimicrobiano.

Quando devo usar? 

Velho conhecido, o fármaco já é utilizado há mais de 15 anos e seus efeitos são amplamente difundidos. As seguintes condições podem ser tratadas com seu uso:

  • Abcessos
  • Bronquite crônica
  • Celulite
  • Erisipela
  • Impetigo
  • Osteomielite
  • Pielonefrite aguda e outras infecções urinárias
  • Pneumonia
  • Sinusite

Outras doenças nas quais ele pode ser utilizado são a conjuntivite bacteriana, inalação de antraz e peste bubônica. Apesar da literatura científica indicar esses usos, eles não constam na bula. Lembre-se, o levofloxacino só pode ser comprado com receita e ela ficará retida na farmácia.

Como o medicamento funciona? 

Assim que você toma um comprimido, o princípio ativo é rapidamente absorvido pelo corpo. Ele é excretado principalmente pela via renal e sofre pouca metabolização em nosso organismo.

Para combater a infecção bacteriana, ele impede a replicação e divisão celular desses organismos, agindo nas enzimas DNA girasse e topoisomerase IV, que são essenciais para o processo. Sem essa multiplicação, as bactérias sofrem a morte celular.

Uma vez administrado, ele leva entre uma e duas horas para começar a fazer efeito, e, em aproximadamente dois dias, os sintomas já começam a diminuir. Vale destaque que, vários fatores, como a idade do paciente e a existência de outras doenças, podem interferir no efeito de qualquer medicamento.

Qual a duração do tratamento? 

O tratamento com o levofloxacino é delicado e deve ser administrado apenas quando não há outras opções, devido ao risco de resistência bacteriana. Como o esquema de doses sempre é personalizado, não dá para determinar uma duração específica, mas costuma ficar entre cinco a sete dias.

Não interrompa o tratamento quando começar a notar a melhora, tão pouco reduza a dose. Se houver reincidência dos sintomas, não retome por conta própria o tratamento.

Remédio referência e apresentações 

O medicamento referência é o Levaquin, fabricado pela Janssen, divisão farmacêutica da Johnson & Johnson. Ele possui versão genérica, vendida pelo nome do princípio ativo.

Algumas dessas versões genéricas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser retirados de graça nos postos de saúde, mediante apresentação de receita.

As apresentações disponíveis no mercado são duas:

  • Comprimidos: Três versões – 250 mg, 500 mg e 750 mg
  • Solução injetável de 500 mg

Vantagens e desvantagens 

Seguindo as orientações de um profissional da saúde, o tratamento com o remédio é seguro e eficaz. Como deve ser usado por um período relativamente curto e feito em dose única diária, o tratamento é considerado fácil.

O problema é que não há eficácia e segurança claras de seu uso em crianças e adolescentes. Fora isso, os efeitos colaterais que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC), também merecem uma atenção em especial.

Contraindicações 

Se você for alérgico, ou em sua família houver algum caso de alergia ao fármaco ou qualquer outro elemento de sua fórmula, não realize o tratamento e peça uma outra opção ao profissional da saúde.

Outros públicos que têm o uso contraindicado são:

  • Crianças, adolescentes e idosos (mais de 60 anos)
  • Gestantes, lactantes ou mulheres que estão realizando tratamento para engravidar
  • Pacientes que fazem uso de corticosteroides
  • Pacientes com lesões cerebrais derivadas der AVC ou algum outro problema neurológico
  • Pacientes com problemas no coração ou rins
  • Distúrbios venosos
  • Doenças relacionadas à glicose, como o diabetes
  • Miastenia grave

Por que crianças e idoso não podem usar? 

Como já adiantamos, o levofloxacino não deve ser utilizado por crianças ou adolescentes, pois não existem estudos que atestem sua segurança e eficácia para este público.

No caso dos idosos, não existe uma contraindicação específica, mas, devido à sensibilização do SNC, há um risco para convulsões. Caso o tratamento com o medicamento seja necessário, ele deve ser acompanhado de perto e eventuais ajustes na dose podem ser realizados.

Profissional da saúde é essencial para grávidas e lactantes 

Gestantes e mães em fase de amamentação podem sim fazer uso do remédio, desde que o quadro seja avaliado e acompanhado de perto por um profissional da saúde.

No caso das grávidas, o profissional indicará o tratamento apenas quando os riscos justificarem a prática. Já com as lactantes, o mesmo será feito, mas pode haver também a indicação da interrupção da amamentação.

Como devo tomar? 

O profissional da saúde irá indicar a posologia, que deve ser seguida à risca. O horário da dose, que é única no dia, deve ser repetido, exemplo, se você tomou o comprimido hoje às 13h, tome amanhã novamente no mesmo horário.

Não modifique os aspectos do tratamento (dose ou duração) por conta própria. Você não deve partir os medicamentos e tome-os com bastante água.

Qual a melhor hora? 

Não existe um horário melhor ou pior para tomar o fármaco.

E se eu esquecer de tomar?

Caso você esqueça da dose diária, tome assim que lembrar e readéque o sistema de uso. Exemplo, se você deveria tomar o comprimido às 13h e tomou às 16h, a próxima dose deve ser ingerida às 16h do dia seguinte.

Para evitar futuros esquecimentos, você pode atrelar a medicação a uma atividade cotidiana do seu dia (ex: tomar o comprimido antes do banho), caso essa atividade se repita sempre no mesmo horário. Se nem assim for possível, você pode programar alarmes para o horário desejado.

Não duplique a dose para “compensar” a esquecida.

Quais os efeitos colaterais? 

Dentre as reações adversas mais comuns estão diarreia, dor de cabeça, náusea, ruptura de tendão, sensibilidade à luz e tendinite. Outros efeitos menos comuns são:

  • Agitação
  • Ansiedade
  • Descontrole dos níveis glicêmicos
  • Dormências ou contrações em braços e/ou pernas
  • Gastrite
  • Palpitação
  • Tremores

Interações medicamentosas

O fármaco pode causar interação medicamentosa com outros princípios ativos, que podem alterar sua ação ou reduzir seu efeito. Caso faça algum tratamento com os medicamentos citados abaixo, notifique o profissional da saúde:

  • Ácido acetilsalicílico (anti-inflamatórios não esteroidais)
  • Amiodarona (antiarrítimicos)
  • Amitriptilina (antidepressivos tricíclicos)
  • Azitromicina (antibióticos)
  • Ciclosporina (imunossupressores)
  • Clozapina (antipsicóticos)
  • Glipizida (antidiabéticos)
  • Prednisona (corticosteroides)
  • Sucralfato (antiácidos)
  • Teofilina (antibroncoespasmódicos)
  • Varfarina (anticoagulantes)

A literatura sobre o tema não é farta, mas indica-se evitar a ingestão do levofloxacino ao mesmo tempo em que suplementa nutrientes como ferro, magnésio e zinco.

Pode beber? 

Segundo especialistas, o paciente pode beber durante o tratamento pequenas quantidades de álcool, só que, o efeito do medicamento pode cair, enquanto a incidência de efeitos colaterais pode aumentar.

Fora isso, existem certas doenças tratadas com o fármaco que, por si só, já contraindicam o consumo de bebidas alcoólicas.

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