Pessoas com Covid-19 devem monitorar respiração e saturação, diz estudo

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Covid – A falta de ar é uma das principais manifestações clínicas que podem indicar quadros graves de Covid-19. Mas, apesar de frequente, nem todos os pacientes com baixo nível de oxigênio no sangue experimentam dificuldades para respirar – é a chamada “hipóxia silenciosa”. A condição intrigante causada pelo novo coronavírus é caracterizada pela ausência de sinais de asfixia, ainda que o indivíduo se encontre em estado de hipoxemia (queda de O2 no sangue).

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Por isso, um estudo publicado no periódico Influenza and Other Respiratory Viruses nesta segunda-feira (24) sugere que a lista de sintomas que orientam a busca por atendimento médico em casos de Covid-19 deve incluir duas novas condições: baixo nível de oxigênio no sangue (hipoxemia) e respiração curta (taquipneia). Se monitorados em casa, esses indícios poderiam ser mais eficazes em prever a evolução da doença.

Liderada por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington (UW Medicine), nos Estados Unidos, a pesquisa chegou a essa conclusão após analisar os desfechos clínicos de 1.095 pacientes internados com Covid-19 nos hospitais da UW Medicine, em Seatlle, e no Centro Médico Universitário Rush, em Chicago. Majoritariamente formado por homens (62%), o grupo tinha idade média de 58 anos, com alta frequência de comorbidades.

Ao final da avaliação, os cientistas perceberam que, embora a maioria dos pacientes apresentasse baixo nível de oxigênio no sangue (média de saturação de 91%) ou respiração curta (frequência média de 23 respirações por minuto), apenas 10% relataram falta de ar e 25% tiveram tosse. Foram esses dois fatores silenciosos que, no entanto, se mostraram os principais responsáveis pelas 197 mortes ocorridas durante o período. “Nós e outros [pesquisadores] demonstramos que a hipoxemia é frequentemente assintomática, o que pode resultar em um atraso no tratamento que salva vidas”, alerta o documento.

Em comparação às pessoas que chegaram ao hospital com nível de saturação normal, os pacientes hipoxêmicos tiveram risco de mortalidade de 1,8 a quatro vezes maior. O mesmo foi observado ao considerar o ritmo respiratório do grupo: a probabilidade de morrer foi de 1,9 a 3,2 vezes maior entre aqueles que tinham sido hospitalizados com respiração curta. De acordo com os pesquisadores, ainda, o aumento do risco de mortalidade associado a hipoxemia e taquipneia estava presente independentemente de comorbidades – embora estudos anteriores sugiram uma maior probabilidade de asfixia imperceptível entre obesos.

Diante desses resultados, o estudo propõe ao Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e à Organização Mundial da Saúde (OMS) que considerem expandir suas diretrizes a fim de incluir a hipoxemia e a taquipneia à lista de fatores que justificam a busca por atendimento médico em casos da doença – atualmente, a dificuldade para respirar e a dor persistente no peito são os sintomas que regem essas orientações mundo afora.

“Se os pacientes seguirem a orientação atual, considerando que podem não ter falta de ar até que o oxigênio no sangue esteja bastante baixo, estaremos perdendo a chance de intervir precocemente com um tratamento que salva vidas [uso de oxigênio suplementar combinado com glicocorticoides redutores de inflamação, segundo o estudo]”, avalia, em comunicado, Nona Sotoodehnia, coautora da investigação.

Os pesquisadores sugerem que todas as pessoas que testarem positivo para o novo coronavírus – particularmente indivíduos com maior risco de resultados adversos devido a idade avançada ou obesidade – comprem ou peçam emprestado a alguém um oxímetro de pulso a fim de monitorar o comportamento desses sinais vitais.

Sotoodehnia compartilha, ainda, um método alternativo para se ter uma noção do próprio ritmo respiratório: pedir a um amigo ou parente para ser monitorado por um minuto enquanto não estiver prestando atenção à respiração. “Se você atingir 23 respirações por minuto, deve entrar em contato com seu médico”, afirma a médica da UW Medicine.

De acordo com o estudo, a recomendação pelo monitoramento doméstico desses sinais deve ser reforçada pelos médicos que estão atendendo de forma virtual – plataforma frequentemente procurada por pessoas que estão no estágio inicial dos sintomas da Covid-19. “Essas descobertas se aplicam à experiência vivida pela maioria dos pacientes com Covid-19: estar em casa, sentir-se ansioso, se perguntando como saber se sua doença irá progredir e se perguntando quando faz sentido ir ao hospital”, avalia Neal Chatterjee, coautor da análise.

Fonte: Revista Galileu

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Israelenses falam em remédio com 100% de eficácia em casos graves de COVID

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jornal “The Jerusalem Post” publicou reportagem, no sábado (29/5), em que afirma que dez pacientes receberam um medicamento para o tratamento da COVID-19, recuperaram-se e deixaram o hospital em um dia. Segundo a publicação, os  pacientes estavam em estado grave, mas o medicamento foi capaz de reduzir em 40% a inflamação pulmonar.

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De acordo com o jornal, o medicamento é desenvolvido por uma companhia de biotecnologia de Israel e obteve sucesso de 100% nos primeiros dez pacientes tratados. Os pacientes fazem parte de um ensaio clínico realizado pelo câmpus “Rambam Health Care” em Haifa.
A companhia “Bonus” apresentou os resultados preliminares das fases I e II dos testes para a Sociedade Internacional para Célula e Gene Terapia em uma conferência em Nova Orleans há algumas semanas e divulgou os resultados em um comunicado à Bolsa de Valores de Tel Aviv.
O medicamento recebeu o nome de MesenCure e consiste no uso de células isoladas do tecido adiposo de doadores saudáveis. De acordo com os pesquisadores, o medicamento pode reduzir a inflamação e aliviar os sintomas respiratórios causados pela COVID-19 .

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
  • CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
  • Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
  • Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Como funciona o ‘passaporte de vacinação’?

Os chamados passaportes de vacinação contra a COVID-19 estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países.

O sistema de controle tem como objetivo garantir o trânsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.

Especialistas dizem que os passaportes de vacinção impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo:

O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Fonte: Estado de Minas

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Pandemia aumenta interesse por cursos da área da Saúde no Brasil

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Saúde – Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, biomédicos. Do teste para detecção do novo coronavírus ao lento restabelecimento depois de uma internação hospitalar por causa da covid, cada um desses profissionais tem papel essencial. Após mais de um ano de pandemia, o segmento ganha não apenas reconhecimento da sociedade como vê explodir o número de interessados em tornar-se atuante na área.

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Em algumas instituições de ensino superior do País, os processos seletivos registraram um crescimento de mais de 200% em cursos da área da Saúde, em relação a edições anteriores. Foi o que aconteceu, por exemplo, na Faculdade Israelita de Ciência da Saúde Albert Einstein, vinculada ao Hospital Israelita Albert Einstein. O curso de Enfermagem, oferecido em São Paulo, teve aumento de 209% no total de inscritos na seleção de 2021, em relação a 2020.

Em Porto Alegre, na Faculdade de Ciências da Saúde Moinhos de Vento, o curso de Enfermagem registrou um crescimento de 130% nas matrículas realizadas no primeiro semestre de 2021, comparadas ao total no segundo semestre do ano passado.

Ao mesmo tempo em que a procura dos universitários cresce impulsionada pela pandemia, as instituições são desafiadas a formatar seus cursos de forma que preparem os estudantes para este novo contexto. No Moinhos do Vento, o curso começou a ser ofertado em 2019 e no ano passado já passou pela primeira adaptação curricular. “Nas atividades práticas, por exemplo, agora nós temos de lidar com um controle de infecção muito mais exacerbado que antes, com um cuidado muito maior com os alunos em serviço. Nós inserimos tecnologias com sistemas e softwares específicos”, explica Susane Lopes Garrido, diretora da Faculdade de Ciências da Saúde Moinhos de Vento.

O curso da instituição tem como premissa formar enfermeiros com caráter investigador, indo além da prática assistencialista. “Instigamos os alunos a exercerem a autonomia e sua veia científica. Eles têm de buscar o conhecimento, pesquisar fontes de referência, ‘papers’. Desde o início do curso são estimulados a buscar sua iniciação científica para que no terceiro semestre já possam estar aptos a concorrer a bolsas”, conta Susane.

Sem fake news

Foi a pandemia que trouxe a João Pedro Batista de Souza, de 19 anos, a certeza de que seu futuro está na Medicina. Mas engana-se quem pensa que a convicção veio apenas das cenas de médicos exaustos, com as “cicatrizes” das máscaras no rosto após plantões que se mediam pelo número crescente de procedimentos de entubamento. Essa abnegação própria da profissão sempre esteve na mente de João Pedro. Mas o que deu a ele a certeza foi a vontade de ser um médico comprometido com as evidências científicas.

“A pandemia deixou evidente que a Medicina, como qualquer outra profissão, tem profissionais extremamente capacitados, e outros não. O senso comum acha que o médico nunca vai passar uma informação incorreta, e ver que isso pode acontecer deixa a gente chocado”, afirma o estudante.

A fala do jovem faz menção ao “tratamento precoce”, um kit de medicamentos que preveniria a covid e que foi e continua sendo prescrito por muitos médicos, ainda que inúmeros estudos científicos tenham demonstrado que não trazem benefícios nem na prevenção nem no tratamento da doença.

João Pedro está no primeiro semestre do curso de Medicina da Faculdade Israelita de Ciência da Saúde Albert Einstein, instituição ligada justamente ao hospital no qual foi registrado o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, ainda em fevereiro de 2020. Enquanto se preparava para o vestibular, sentiu na pele os efeitos da pandemia.

Sua família inteira, composta pelos pais e dois irmãos, foi contaminada pelo novo coronavírus. “Meu pai ficou em estado mais grave, internado por oito dias. Foi justamente na época das provas, o que mexeu bastante comigo. Mas deu tudo certo e ele se recuperou.”

No futuro, o estudante quer se dedicar à área de Medicina da Família, exatamente a especialidade caracterizada por um olhar mais integral sobre a saúde dos pacientes e o acompanhamento ao longo de todas as fases da vida. No Brasil, a especialidade ganhou força no Sistema Único de Saúde (SUS) e ficou ainda com evidência maior com o programa Mais Médicos.

Em 2020, os vestibulares de fim de ano para Medicina nas universidades públicas já mostravam a tendência de aumento. A graduação na Universidade de São Paulo (USP) registrou 18,8 mil inscritos, um aumento de 19% em relação aos 15,8 mil inscritos de 2019. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o curso de Medicina teve 33,9 mil candidatos em 2020, um crescimento de 18,5%, frente aos 28,6 mil candidatos em 2019.

Uso racional

A corrida às farmácias em busca de vermífugos – o que fez com que se tornasse obrigatória a prescrição médica para alguns medicamentos antes comercializados sem essa exigência – mostra os riscos da automedicação, uma prática bem comum no Brasil. Uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia mostrou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros. Desses, um quarto consome medicamentos por conta própria todo dia ou ao menos uma vez por semana. Entre as principais fontes influenciadoras para a decisão do uso estão amigos e familiares (25%).

Trabalhar para mudar essa realidade é um dos objetivos do curso de Farmácia oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, que também viu a procura pela graduação aumentar. Entre os processos seletivos do início de 2020 e de 2021, o crescimento foi de 10%. “Temos disciplinas como Atendimento Farmacêutico, na qual o estudante se prepara para dialogar com o paciente, expondo todo seu conhecimento para orientar a correta dispensação de medicamentos”, explica Letícia Cefali, coordenadora do curso.

Isso porque, de modo geral, o currículo prevê formar profissionais aptos a lidar não somente com os processos técnicos que envolvem os medicamentos, mas também com fatores políticos e sociais que dão complexidade ao sistema de saúde. “Tratamos de temas como os problemas da saúde pública e da sociedade, fundamentais para o profissional da saúde. São conhecimentos importantes para o desenvolvimento de novos medicamentos e produção de vacinas”, diz Letícia.

Novos exames dão destaque a profissionais

PCR, teste de antígeno, sorologia, IGG, IGC. Até que o novo coronavírus surgisse, termos técnicos como esses eram desconhecidos da maior parte da população. Pois agora, depois de um ano e meio de pandemia, se ouve sobre eles o tempo inteiro nos noticiários. E também muita gente já precisou realizar um desses testes de detecção da doença.

O diagnóstico laboratorial de cada uma das amostras passa pelo olhar do biomédico, profissional da saúde especializado em diagnóstico laboratorial e de imagem. Ele também tem a possibilidade de atuar em estudo de alimentos e da genética, análises em perícias criminais, estética e vigilância sanitária.

Na Universidade São Judas, a graduação em Biomedicina registrou um aumento de 13% no número de alunos matriculados no primeiro semestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020.

Afinal, foi uma biomédica, a baiana Jaqueline Goes de Jesus, que liderou a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma do vírus SARS-CoV-2 em tempo recorde, apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no Brasil.

De Nutrição a Gerontologia

Quem deseja atuar na área da Saúde tem um cardápio amplo e diverso de cursos para escolher. A diversidade fica por conta dos temas, tipo e duração dos cursos.

Dá para estudar de Gerontologia a Nutrição, passando por Educação Física e Radiologia. A duração também é muito variada: há desde bacharelados com seis anos de duração (como Medicina) a cursos de graduação tecnológica (caso de Gestão Hospitalar), com conclusão após dois anos.

De acordo com o Censo da Educação Superior, os cursos da área de Saúde e Bem-Estar podem ser encontrados em mais de 1 mil faculdades pelo País e abrangem atualmente 1,2 milhão de alunos. Todo ano são oferecidas cerca de 900 mil vagas nas mais diversas graduações.

Fonte: GP1

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WhatsApp para farmácias: o que diz a política do aplicativo?

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Utilizar WhatsApp para farmácias é um assunto que vem sendo discutido e fortemente questionado.

Os aplicativos de mensagem, de modo geral, invadiram a vida do indivíduo do século XXI, com toda a intensidade. Em função disso, eles se tornaram também um canal de divulgação e vendas para várias empresas.

Ferramentas de comunicação online, especialmente o WhatsApp, estão em todos os lugares e segmentos de mercado e, ao longo do tempo, essas ferramentas foram se atualizando e criando novas funcionalidades para atender às necessidades organizacionais.

Atualização: no dia 27 de janeiro de 2021, o WhatsApp liberou a integração da API para algumas empresas farmacêuticas. Essa nova abertura possibilitará que consultas e serviços sejam marcados. Continue a leitura para descobrir ainda mais!

Porém, para alguns desses segmentos, existem dificuldades a serem superadas. Lendo o artigo a seguir, você vai entender sobre a proporção que as vendas por WhatsApp vem tomando, quais são as implicações sobre o uso do app nas farmácias e a política comercial envolvida neste contexto.

Criamos um guia e você pode navegar entre os tópicos clicando abaixo:

Vendas pelo WhatsApp

Há alguns anos o WhatsApp se tornou o aplicativo mais popular no Brasil. A estimativa é que existam mais de 120 milhões de usuários na plataforma.

As pessoas estão no WhatsApp, ou seja, os clientes estão no WhatsApp e, independentemente do segmento de mercado que uma empresa atua, elas precisam encontrar meios de usar essa ferramenta para alcançar o seu público.

Hoje, são disponibilizados diversos recursos que facilitam a entrada de organizações no aplicativo, o WhatsApp Business, por exemplo, foi criado para atender empresas e dispõe de funções convenientes às necessidades corporativas.

Entretanto, nem todos os tipos de negócio podem usar esse valioso meio de comunicação. A utilização do Whatsapp para farmácias é um mercado que ainda está restrita para esse tipo de venda.

WhatsApp para Farmácias

Para contextualizar, é importante ressaltar que o WhatsApp se envolveu em um processo jurídico, por ter bloqueado mais de 500 contas de farmácias em 2019.

Na ocasião, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) representou as farmácias nesta ação contra o aplicativo, pois o número de contas vedadas só crescia.

Evidentemente, a impossibilidade de enviar mensagens via app prejudicou as vendas das farmácias, uma vez que o aplicativo tinha grande participação no que diz respeito a esclarecimentos de dúvidas, envio de orçamentos etc.

A justificativa para o bloqueio das contas alegava que as práticas dos negócios farmacêuticos violavam a política de uso do WhatsApp Business.

Portanto, vamos entender o que a Política Comercial do WhatsApp diz a respeito de vendas realizadas via plataforma e as implicações com relação a esse tipo de atividade comercial.

Políticas do WhatsApp Business

Todos os termos contidos na Política Comercial do WhatsApp devem ser seriamente levados em consideração antes de iniciar atividades comerciais pelo app.

Com isso, antes de entender especificamente sobre as considerações do WhatsApp para farmácias, devem ser observados alguns cuidados gerais no que se refere a vendas neste canal.

  • Privacidade de dados: a empresa vendedora é responsável pelo fornecimento de informações que se aplicam a termos de venda, termos de privacidade e outros termos relacionados à interação com o usuário.
  • Transações financeiras: o WhatsApp não se responsabiliza pelos acordos feitos com relação a pagamentos, nem por mediar conclusões de compras. Portanto, esse é um alinhamento que deve ser planejado pela empresa.
  • Tributações: a determinação, coleta, retenção, declaração e envio de impostos concernentes a venda de produtos e serviços, também são de responsabilidade da empresa.
  • Autorização de contato com usuário: o termo prevê que o contato realizado com os usuários da plataforma deve ser previamente autorizado pelo mesmo, bem como o fornecimento dos seus dados deve ser cedido pelo mesmo.

Restrições de produtos farmacêuticos

Especificamente com relação à indústria farmacêutica, existem algumas premissas que englobam a comercialização de drogas recreativas, sujeitas a prescrição médica ou outras drogas.

Segundo a Política do app, “as empresas não podem vender nem promover a venda de drogas ilegais, recreativas ou sujeitas a prescrição médica”.

Na sequência, o texto apresenta uma lista de exemplos de artigos proibidos:

  • drogas, incluindo maconha e produtos à base de maconha;
  • acessórios para uso de drogas, como cachimbos e bongos;
  • drogas sujeitas a prescrição médica.

Outra categoria de produtos, que não podem ser vendidos na plataforma, são os categorizados como produtos médicos e de saúde que, embora não sejam diretamente ligados às drogas vendidas pelas farmácias, esses produtos são comumente encontrados no catálogo de itens disponíveis em farmácias.

Por esse motivo, é fundamental ter conhecimento de quais são esses itens:

  • lentes de contato;
  • curativos e proteções contra lesões físicas;
  • termômetros;
  • kits para exames médicos ou doenças;
  • bombas de tirar leite materno;
  • kits de primeiros socorros.

Portanto, a venda de produtos incluídos nas duas classificações acima é proibida dentro do WhatsApp Business e caso seja praticada, estão sujeitos a intervenção em suas atividades.

Qual foi a atualização liberada pelo WhatsApp para empresas farmacêuticas

Como citado, a partir do dia 27 foram liberadas algumas exceções que envolvem WhatsApp para empresas farmacêuticas – que se distinguem de farmácias como um comércio.

As seguintes verticais adicionais podem ser integradas na API para a sua utilização comercial (o que inclui também o aplicativo WhatsApp Business). Se enquadram nesse contexto:

  • Fabricantes farmacêuticos;
  • Fabricantes de dispositivos médicos;
  • Clínicas de aprimoramento e modificação corporal.

Para o atendimento via aplicativo, a Política também permite:

  • Na relação entre profissionais médicos: consulta de medicamentos, solicitação de representantes, solicitação de amostra grátis, envio de convites e lembretes de eventos e conteúdos científicos.
  • Na relação com o consumidor: consulta de bula, posologia, participação nos programas de medicamentos, laboratórios, dúvidas sobre medicamentos e reações adversas.

Isso permite que essas empresas farmacêuticas possam oferecer e agendar via app consultas médicas e procedimentos. No entanto, ainda não é permitido comercializar qualquer produto medicinal já destacado acima.

Resumindo: é permitido a venda de serviços, mas não de produtos — principalmente aqueles relacionados à farmácia.

Qual o cenário atual

Com relação ao bloqueio das contas de farmácias em 2019, o WhatsApp diz que o cancelamento das contas acontece ao “receber feedbacks negativos em excesso, causar danos ao WhatsApp ou aos usuários, ou se violar ou incentivar outros a violar nossos termos e políticas, conforme determinado a nosso critério exclusivo”.

Outra situação que pode ocasionar a interrupção de contas de negócios na plataforma é o envio de mensagens não autorizadas em massa. Esse é um tipo de prática comum, em algumas empresas, para captação de novos clientes, porém também vai contra os termos de uso do WhatsApp.

Diante disso, entende-se que, por enquanto, a venda de produtos médicos e de saúde e drogas sujeitas a prescrição médica não podem ser vendidos via WhatsApp. Pois esse seria uma violação da política comercial do app.

Entretanto, é possível que, futuramente, exista um reajuste destes termos considerando a inclusão de farmácias – a nova atualização engloba apenas indústrias farmacêuticas –, para que elas possam dispor dessa ferramenta em seus estabelecimentos.

Ainda que as vendas pelo WhatsApp sejam, de certa forma, impedidas, existem outros meios conversacionais pelos quais elas podem usar para se comunicar com os seus clientes.

O uso de mensagens em sites é um dos recursos para manter uma conversa online, mesmo que fora de aplicativos. Além disso, vale considerar a aplicação de um chatbot nesse processo, para que essa interação seja mais otimizada.

Fonte: Blip Blog

Você sabe qual remédio grávida pode tomar? Descubra aqui!

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A gestação é um período repleto de aprendizados, e um dos assuntos que mais gera dúvida e preocupação nas mulheres diz respeito ao uso de medicamentos. Saber qual remédio grávida pode tomar é muito importante tanto para a saúde da mãe quanto do seu bebê.

Por isso, continue a leitura do nosso artigo e descubra quais remédios são permitidos ou não durante a gravidez. Confira e esclareça todas as suas dúvidas!

Por que é importante saber qual remédio grávida pode tomar?

Ao longo da gestação, é comum os futuros pais terem muitas dúvidas sobre a saúde da mãe e do seu bebê, buscando aprender sobre os cuidados necessários com a alimentação, a prática de atividades físicas, o repouso e outros temas.

Um dos assuntos que mais causa preocupação nas pacientes e em seus acompanhantes é saber qual remédio  grávida pode tomar e quais são as fórmulas proibidas.

Trata-se de uma conscientização muito importante, pois o uso de medicamentos contraindicados durante a gravidez pode levar à ocorrência de problemas como aborto e alterações na formação dos órgãos e sistemas do bebê.

Dica: Conheça as particularidades de cada fase da gestação

Isso acontece porque todas as substâncias com as quais o corpo da mulher entra em contato chegam ao organismo do bebê por meio da placenta, incluindo alguns componentes dos medicamentos, o que exige alguns cuidados essenciais.

Quais os cuidados necessários para proteger a saúde de mãe e filho?

O uso de remédios sem orientação médica é ainda mais perigoso durante os três primeiros meses da gestação, embora possam ocorrer complicações em qualquer etapa da gravidez.

Por essa razão, quando surgir o sinal alguma doença, o acompanhamento do obstetra é fundamental para garantir o bem-estar da mãe e preservar as condições ideais para o desenvolvimento de seu filho.

Somente o médico poderá fazer o diagnóstico correto e prescrever os remédios adequados para cada caso, sem oferecer qualquer risco para a manutenção de uma gravidez saudável.

Além de respeitar o intervalo e a dosagem prescrita pelo médico, as grávidas devem seguir as orientações relativas à ingestão dos medicamentos (antes ou depois das refeições, por exemplo) e à possíveis cuidados com a rotina alimentar.

Dessa forma, o primeiro passo para evitar problemas é conhecer quais são os medicamentos permitidos durante a gestação, conforme mostraremos agora.

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Quais medicamentos são permitidos para grávidas?

Segundo a classificação da FDA (Food and Drug Administration, um órgão norte-americano que é referência mundial em saúde pública), os medicamentos dos grupos A e B podem ser usados por grávidas. A seguir, listamos alguns dos mais conhecidos.

Paracetamol

Entre os analgésicos, o paracetamol é um dos remédios permitidos para as grávidas mais comumente receitados pelos ginecologistas e obstetras, por ser bastante seguro e oferecer poucos riscos para o desenvolvimento fetal.

Ele atua no controle da dor e no combate à febre, que estão entre os sintomas de doenças perigosas ao longo da gravidez. O uso recomendado não deve ultrapassar 1 grama do medicamento, sempre de acordo com a orientação médica.

Dipirona

A dipirona também está na lista de analgésicos permitidos durante a gravidez. No entanto, esse remédio só pode ser utilizado se a mulher estiver entre o 4º e o 6º mês de gestação, sendo contraindicado no primeiro e no último trimestre da gravidez.

Durante os três primeiros meses de vida intrauterina, a dipirona pode causar uma série de complicações no desenvolvimento do feto e, no último trimestre, seu uso pode ocasionar problemas de coagulação sanguínea tanto no bebê quanto na mãe.

Sendo assim, o médico determinará a dosagem adequada para cada paciente, de acordo com a intensidade dos sintomas a serem combatido e a idade gestacional.

Ácido fólico

O ácido fólico (vitamina B9) pertence ao grupo de vitaminas essenciais para proteger a saúde da grávida e do seu bebê, assim como a piridoxina (vitamina B6) e a vitamina D3, entre outras.

O papel do ácido fólico (e das demais vitaminas) é tão importante que seu uso costuma ser prescrito pelos médicos até três meses antes do início da gestação. Essa substância é capaz de reduzir o risco malformações no sistema nervoso do feto, atuando desde o momento de formação do tubo neural, até o final do primeiro trimestre gestacional.

Além da ingestão por meio de suplementos alimentares, de acordo com a dosagem recomendada pelo médico para cada paciente, o ácido fólico e as demais vitaminas podem ser conseguidos com a adoção de uma dieta rica em massas integrais, aveia, feijão e beterraba.

Amoxicilina

Por se tratar de um antibiótico, o uso da amoxicilina durante a gravidez deve ser bastante criterioso, dependendo exclusivamente de orientação médica devido aos riscos que essas  substâncias podem oferecer para o feto.

Entretanto, diante de um quadro de infecção urinária ou de outras doenças que podem prejudicar o bebê em um grau mais elevado que os possíveis efeitos adversos do medicamento, o médico prescreverá a amoxicilina em uma dosagem segura.

Agora que você já sabe qual remédio grávida pode tomar, confira a lista de medicamentos que são absolutamente contraindicados durante a gravidez e descubra quais são os efeitos dessas substâncias para a saúde de mãe e filho.

 

Quais são os remédios proibidos durante a gestação?

De acordo com as diretrizes da FDA, os medicamentos classificados como risco D e risco X são proibidos durante o período gestacional, por oferecerem risco extremo para a mulher e seu filho.

Por isso, é fundamental evitar a automedicação e procurar orientação médica ao menor sinal de adoecimento ou mal-estar. Além disso, é importante conhecer alguns dos principais medicamentos proibidos para as gestantes, entre eles:

  • enalapril;
  • penicilina
  • tetraciclina;
  • minociclina;
  • atorvastatina;
  • ribavirina;
  • finasterida;
  • talidomida.

Entre as disfunções no estado de saúde feminino causados por esses medicamentos estão os sangramentos, as cólicas e o risco elevado de aborto.

Já para a saúde do bebê, o uso de remédios proibidos para as gestantes pode causar malformações em vários sistemas do organismo e atraso no desenvolvimento durante o primeiro ano de vida.

Para evitar todos esses possíveis problemas e garantir uma gravidez saudável, basta fazer o acompanhamento pré-natal, seguir as orientações da equipe médica e manter uma rotina equilibrada, baseada na boa alimentação, e na prática de atividades físicas.

Agora que você já sabe qual remédio grávida pode tomar e qual é a importância de procurar orientação médica antes de tomar qualquer medicação, assine a nossa newsletter e tenha acesso a um conteúdo especializado em gestação saudável e desenvolvimento do bebê!

Fonte: Cordvida

Como é feito um aborto seguro?

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Primeiro o médico explicou que ela tinha duas alternativas para fazer o aborto: ele podia dar os remédios para que ela tomasse sozinha ou podia fazer um procedimento de cerca de uma hora na clínica. Os medicamentos seriam menos invasivos, mas ela sentiria mais dor. Mas ele explicou que ambas as opções eram seguras. Para não sentir dor, ela escolheu o procedimento.

Assim, foi para a clínica, onde foi encaminhada para uma conversa com uma psicóloga para saber se aquela era sua escolha mesmo. Depois, foi para uma sala médica, onde foi feito um ultrassom que constatou que a gestação era de nove semanas e, em seguida, deram dois comprimidos de Misoprostol para que tomasse.

Esperou então dez minutos, quando foi encaminhada para uma segunda sala, onde o médico apresentou diversos métodos anticoncepcionais e ela escolheu o subcutâneo, que foi aplicado ali na hora. Por fim, foi a uma terceira sala, onde  foi aplicada anestesia e a aspiração intrauterina foi realizada.

“Senti um pouco de dor, como uma cólica mais forte. Depois ele fez um ultrassom para checar se estava tudo bem. Tinha acabado e eu senti um enorme alívio. Então me deram algumas orientações e eu saí andando dali”. Essa é a história de como aconteceu o aborto da estudante de direito Rebeca Mendes, 32 anos, em uma clínica na Colômbia, onde o aborto é legalizado.

Ela tentou na Justiça o direito de fazer o procedimento no Brasil, mas teve seu pedido negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, por isso, buscou ajuda para fazer o aborto no exterior. “Os profissionais eram todos muito humanizados e preparados para atender”. Na época, Rebeca tinha um emprego temporário, fazia faculdade com bolsa e já criava sozinha seus dois filhos. Sem condições para bancar a viagem, ela teve a ajuda de uma organização internacional.

Leia mais: Quando é permitido interromper uma gravidez no Brasil
Rebeca queria que todas as mulheres brasileiras que decidem interromper uma gestação tivessem a experiência que ela teve, por isso luta pela descriminalização do aborto no Brasil e está fundando uma organização para levar mulheres para abortar no exterior, como ela fez.

No entanto, atualmente mulheres que não têm condições para viajar, encaram uma situação bem diferente no Brasil. Para ajudar na redução dos danos do aborto inseguro, reunimos aqui informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas na área.

O ABORTO NO BRASIL HOJE
Atualmente, o aborto no Brasil é crime, com três exceções. A lei permite que uma mulher interrompa a gravidez  apenas nos seguintes casos:

Vítimas de estupro;
Quando há risco de vida à mulher;
Anencefalia do feto (ausência ou má formação do sistema cerebral).
Nesses casos, a mulher pode procurar um dos hospitais da rede de referência que realiza o aborto legal. Há 176 hospitais cadastrados no Ministério da Saúde como provedores de serviço de aborto legal para vítimas de estupro no Brasil, segundo o Mapa do Aborto Legal. Mas ainda assim existem dificuldades para conseguir o atendimento, conforme mostramos nessa reportagem.

É importante saber que vítimas de estupro não precisam apresentar boletim de ocorrência para ter direito ao procedimento. A Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamento, do Ministério da Saúde, informa que o Código Penal não exige qualquer documento para a prática do abortamento nos casos de estupro e que a mulher não é obrigada a noticiar o fato à Polícia. “Deve-se orientá-la a tomar as providências policiais e judiciais cabíveis, mas, caso ela não o faça, não lhe pode ser negado o abortamento”, orienta o Ministério da Saúde.

Em todas as demais situações, fazer um aborto ou ajudar em um aborto é crime previsto no Código Penal brasileiro e pode ser punido com prisão de um a três anos para a mulher que aborta e de até 10 anos para quem realiza o procedimento.

COMO É FEITO O ABORTO QUANDO ELE É LEGALIZADO
As leis em relação ao aborto variam muito ao redor do mundo. Existem países em que ele é completamente proibido; outros que possuem leis com algumas exceções, como o Brasil; alguns que usam variáveis socioeconômicas para permitir e outros em que é completamente legalizado. Nesse mapa do Center for Reproductive Rights é possível ver como é em cada lugar do mundo. Em alguns países, a mulher pode tomar o medicamento para fazer o aborto em casa, caso da Escócia.

Para direcionar as políticas públicas nos países que permitem a interrupção da gravidez, a Organização Mundial da Saúde conta com uma orientação técnica para abortamento seguro que trata de tudo: desde os procedimentos para a interrupção até orientações sobre contracepção que devem ser dadas à mulher após o procedimento.

O médico ginecologista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Jefferson Drezett, explica que o aborto legal no Brasil é feito de acordo com essas orientações. Ele dirigiu por 24 anos o hospital Pérola Byington, em São Paulo, referência em realização de aborto legal no país.

A mulher que busca um aborto legal aqui no Brasil tem a possibilidade de fazer uma aspiração intrauterina ou tomar o Misoprostol (mais conhecido como Cytotec, seu nome comercial), dependendo da idade gestacional e de outros fatores de saúde. Entenda como é usado cada protocolo.

ANTES DO ABORTO
Antes de tudo, é preciso fazer um exame de sangue Beta-HCG quantitativo para confirmar a gravidez. Além disso, a OMS recomenda fazer um ultrassom para ver o tempo de gravidez e também se o feto está no útero.

Caso seja identificado que a mulher tem uma gravidez ectópica (quando o feto está fora do útero), ela não é viável e representa um risco à vida da mulher, portanto a interrupção da gestação é assegurada pela lei. O procedimento deve ser feito por um médico, pois o uso de medicamentos nesse caso é perigoso.

Se o feto estiver no útero, o aborto pode então ser feito por meio da aspiração intrauterina ou com remédios.

Onde o aborto é legal, as mulheres sempre passam por uma conversa com psicólogo antes para:

Explicar o que vai ser feito e os riscos envolvidos;
Ter certeza de que ela quer fazer o procedimento;
Garantir que ela não está sendo forçada a abortar – se alguém estiver forçando a mulher a abortar, no Brasil, ela pode ligar para o 180 e fazer uma denúncia.
ABORTO COM REMÉDIOS
O aborto com remédios, se feito de forma correta, é um método seguro. A OMS indica duas possibilidades para o aborto com remédio. O primeiro é feito com o uso combinado de dois remédios, o Misoprostol e a Mifepristone. No entanto, como a Mifepristone não é encontrada em todo lugar, existe um protocolo da OMS também seguro para aborto com o uso somente do Misoprostol. No Brasil, nem para o aborto legal a Mifepristone está disponível.

Também conhecido como Cytotec (nome comercial com o qual era vendido no passado no Brasil), “o Misoprostol deixa o colo do útero mais macio e fácil de se abrir, ao mesmo tempo em que produz contração, para a expulsão da gestação por um colo mais preparado”, explica o médico Jefferson Drezett.

Além da interrupção da gravidez, o Misoprostol é usado no SUS para indução do parto, tratamento de hemorragia uterina e amolecimento cervical antes do parto. Segundo dados obtidos via Lei de acesso à Informação pela Revista AzMina, o Ministério da Saúde gastou R$ 18 milhões na compra de Misoprostol em 2018. A venda dele, no entanto, é feita somente para o Ministério da Saúde no país.

A compra do Misoprostol por mulheres no Brasil acontece somente por meio do mercado ilegal ou de algumas ONGs internacionais que enviam o medicamento para mulheres que solicitam, como Women Help Women, Women on Web e Safe2Choose.

Drezett reforça a importância do Misoprostol, um medicamento usado anteriormente para o tratamento de doenças gastrointestinais. “O Misoprostol quando chegou ao Brasil, primeiro de maneira legal com o Cytotec, e agora de maneira clandestina, ele foi responsável por uma dramática (a palavra é essa) redução de complicações por aborto inseguro”, diz o especialista.

Segundo ele, utilizar um comprimido, ainda que sem orientação médica, é melhor do que outros métodos primitivos e perigosos que são usados em abortos clandestinos, como inserção de sonda e outros objetos dentro do útero ou uso de ervas e substâncias tóxicas.

A médica Debora Anhaia explica em vídeo que o remédio tem menos riscos de infecção do que um procedimento cirúrgico, principalmente considerando o cenário das clínicas clandestinas no Brasil.

Leia depoimento de mulher que fez aborto com Misoprostol
No entanto, esse remédio não pode ser usado por qualquer mulher e nem de qualquer forma.

AS RECOMENDAÇÕES PARA TOMAR MISOPROSTOL
Segundo o manual da OMS, o Misoprostol pode ser tomado com segurança por mulheres de até 23 semanas de gestação, depois disso não há dados suficientes. O ideal é que o procedimento tenha a orientação e acompanhamento de um profissional de saúde.

A OMS recomenda o uso do remédio isolado (sem a Mifepristone) de duas formas: sublingual ou vaginal. O sublingual é feito colocando os comprimidos debaixo da língua e esperando meia hora para engolir. O uso vaginal consiste em inserir o comprimido no fundo do canal vaginal, bem onde ele encontra o útero, e esperar meia hora deitada.

A organização Women on Web, que ajuda mulheres ao redor do mundo a abortar, reforça que na vagina o Misoprostol leva até quatro dias para se dissolver e podem ser encontrados restos do remédio caso a mulher tenha complicações e tenha que recorrer a um hospital.

A quantidade de remédio varia de acordo com o tempo de gestação e nem toda mulher pode fazer uso do Misoprostol. Drezett explica que mulheres com problemas circulatórios e cardíacos podem ter complicações, assim como aquelas que possuem cicatriz no útero de cesárea ou outra cirurgia anterior ou fazem uso de anticoagulantes.

Na imagem abaixo, é possível conferir as dosagens de Misoprostol que a OMS recomenda. As pílulas podem ser 200 μg (microgramas), 400 μg ou até 800 μg. As pílulas costumam ser brancas e têm formato circular ou hexagonal.

Segundo o médico Jefferson Drezett, a taxa de sucesso do Misoprostol é de 85% dos casos.

OS EFEITOS DO MISOPROSTOL NO CORPO
Se tudo correr bem, a mulher que tomar o Misoprostol vai sentir cólicas fortes e ter um sangramento mais intenso que o de uma menstruação. A Fundação Orientame, que realiza abortos legais na Colômbia, explica que é comum ter enjoo, diarreia, calafrios, vômito e dor de cabeça durante o abortamento.

Segundo Drezett, o processo até a expulsão completa do feto pode levar até dois dias. Para controlar a dor, é recomendado uso de Ibuprofeno uma hora antes de começar a tomar o Misoprostol e novas doses a cada três horas se a dor persistir.

Compartilhe essas informações – fizemos um resumo em imagens para você
COMO SABER SE DEU CERTO?
É normal que o sangramento moderado (como uma menstruação) e as cólicas durem por alguns dias, podendo chegar até 20 dias. Nesse cenário, o ideal é fazer um ultrassom sete dias após tomar os remédios para verificar se o aborto foi completo.

No caso do aborto incompleto, sem sintomas de hemorragia ou febre, Jefferson Drezett diz que a mulher pode repetir a dose do medicamento ou fazer um esvaziamento do útero por meio de aspiração ou curetagem.

No entanto, outros sintomas não são normais: febre alta, desmaios, tontura, cheiro ruim e sangramento muito intenso. Eles podem ser sinal de um aborto incompleto, infecção ou hemorragia. Se houver algum desses sintomas, é importante procurar um hospital ou médico de confiança urgentemente.

O ATENDIMENTO PÓS-ABORTAMENTO NO BRASIL
Os hospitais brasileiros devem atender mulheres que dão entrada com complicações por aborto, seja ele espontâneo ou não. Vale lembrar que tudo que é dito ao profissional de saúde está sujeito a sigilo médico, por isso médicos e enfermeiros não podem fazer denúncia de mulheres que fizeram aborto ilegal – no entanto, existem casos de mulheres denunciadas por médicos no Brasil.

A  norma técnica do Ministério da Saúde  orienta o atendimento humanizado a todas as mulheres que buscam serviços de saúde após um aborto (seja ele espontâneo ou não). Nela é explicado como proceder caso haja um aborto incompleto, infecção e hemorragia, sem julgamento ou preconceitos com a mulher.

Apesar dessas orientações, mulheres ainda encaram uma realidade diferente ao buscar ajuda. A enfermeira e epidemiologista Emanuelle Goes estudou como é o atendimento às mulheres que buscam atendimento pós abortamento nos serviços de saúde. “Independentemente do tipo de aborto, elas são maltratadas, passavam por dificuldade no atendimento. Meu estudo fez uma observação entre mulheres negras e brancas e mesmo sendo o aborto um estigma que atinge todas as mulheres, atinge de forma mais potente as mulheres negras, sobretudo as pretas”, conta.

A ASPIRAÇÃO MANUAL INTRAUTERINA
O aborto cirúrgico só pode ser feito até 12 semanas de gestação e a OMS recomenda a aspiração manual intrauterina (AMIU) como procedimento, pois é considerada mais segura que a curetagem. No procedimento da aspiração, cânulas de plástico são inseridas dentro do útero e usadas para esvazia-lo. É usada anestesia local ou apenas remédios para dor. A OMS não recomenda anestesia geral para esse procedimento.

“O procedimento é feito pela manhã, no almoço ela pode ir pra casa.  Não tem dor, recebe anestesia, é muito seguro e tem ótima recuperação”, explica o médico Jefferson Drezett.

Leia o depoimento de uma mulher que realizou um aborto em clínica com aspiração
Outro método conhecido é a curetagem, que não é recomendado pela OMS, por ser mais perigoso. Drezett explica que a curetagem é um processo mais agressivo e demorado que a aspiração.

No entanto, a curetagem ainda é feita no Brasil e como o aborto é crime, fora dos casos de aborto legal é difícil ter certeza de qual método uma clínica clandestina vai usar e isso pode colocar a vida da mulher em risco.

DEPOIS DO ABORTO, PREVENIR GRAVIDEZ
O manual da OMS tem também orientações para depois do aborto. Além de indicar remédios para evitar dor, explicar os sintomas possíveis e os sinais de alerta, os médicos devem orientar as mulheres a não terem relações sexuais, nem inserir objetos na vagina, até que pare o sangramento.

Outra recomendação é de que as mulheres recebam na hora informações sobre métodos contraceptivos para evitar uma nova gravidez indesejada, como foi o caso de Rebeca Mendes, que colocou o implante contraceptivo já na clínica.

Para abortos realizados ainda no primeiro trimestre e sem complicações, a OMS considera seguras as seguintes opções de contraceptivos:

Pílula,
Adesivo anticoncepcional,
Anel anticoncepcional,
DIU,
Anticoncepcional injetável,
Anticoncepcional,
Implante anticoncepcional,
DIU de cobre e hormonal,
Camisinha,
Diafragma.

Fonte: AZ Mina

Nível de serotonina aumenta quando a depressão desaparece, diz estudo

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Uma das possíveis causas da depressão é o baixo nível de serotonina no cérebro e muitos antidepressivos agem bloqueando a proteína que transporta a serotonina para longe das células nervosas. Um estudo de imagem cerebral no Karolinska Institutet prova que o nível médio do transportador de serotonina aumentou consideravelmente em um grupo de 17 indivíduos que se recuperaram da depressão após a terapia cognitivo-comportamental.

“Nossos resultados sugerem que as mudanças no sistema da serotonina fazem parte da biologia da depressão e que essa mudança está relacionada ao episódio, e não a uma característica estática – um estado em vez de um traço”, disse Johan Lundberg, autor do estudo e pesquisador do Departamento de Neurociência Clínica, Karolinska Institutet.

Isso porque a serotonina é um neurotransmissor que afeta o humor e a emoção. Sua proteína transportadora é considerada um papel crítico na depressão, por bombear a serotonina para longe dos neurônios cerebrais, portanto, regula a quantidade de serotonina ativa no cérebro.

Muitos antidepressivos modernos inibem esse transportador, por outro lado, o efeito desses medicamentos pode ser retardado por várias semanas e não surtir efeito algum. Por isso a necessidade de mais conhecimento sobre as causas biológicas da depressão.

No estudo, os cientistas investigaram como o transportador da serotonina muda quando uma pessoa que está deprimida é tratada com sucesso. Para fazer isso, eles mediram os níveis dos transportadores de serotonina em 17 indivíduos com depressão antes e depois de um curso de terapia cognitivo-comportamental.

Os pesquisadores descobriram que os níveis eram em média 10% mais altos após o tratamento de três meses. No total de 17 pacientes, 13 relataram uma melhora em seus sintomas. “Em vez de níveis mais baixos de transportador de serotonina quando a depressão foi tratada, descobrimos o oposto – mais transportador após melhora dos sintomas”, disse Jonas Svensson, pesquisador de pós-doutorado no grupo do Dr. Lundberg.

Fonte: Olhar Digital

Sintomas, causas e como prevenir o cálculo renal

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estima-se que uma em cada 10 pessoas no Brasil sofra de cálculo renal (pedra nos rins), problema mais frequente em homens, e bastante comum em adultos jovens, entre os 20 e 35 anos, ou seja, uma fase produtiva da vida. Ainda de acordo com a SBU, metade destas pessoas podem voltar a ter um novo episódio de cálculo ao longo dos 10 anos seguintes, e por isso o tratamento e a prevenção são muitos importantes. “Calculo renal é uma patologia com alto grau de recidiva. O objetivo do tratamento é inibir seu crescimento e prevenir a formação de novos cálculos. É importante estudar os fatores de risco para evitar nova agressão aos rins e complicações que podem acabar em hemodiálise”, explica o urologista Manoel Juncal. 

Cálculo renal, ou nefrolitíase, ou urolitíase são os termos médicos para designar as pedras endurecidas que se formam nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. “O calculo é o resultado da filtração das impurezas que circulam na corrente sanguínea, produzindo a urina”, esclarece o urologista.

Os rins são duas glândulas de cor vermelho-escuro, em forma de feijão, localizadas na região lombar (costas). São os órgãos responsáveis por filtrar e excretar os dejetos presentes no sangue.

Prevenção

Boa parte da prevenção está associada à adoção de hábitos saudáveis, como:

• Beber de dois a três litros de água por dia

• Diminuir o consumo de sal

• Fazer atividade física

• Perder peso

• Diminuir o consumo de proteína animal, como carnes, especialmente as vermelhas, miúdos e mariscos

• Aumentar a ingestão de sucos cítricos naturais (como o de limão)

As causas mais frequentes do cálculo renal:

• Predisposição genética

• Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais

• Sedentarismo

• Obesidade

• Dieta rica em proteínas e em sal

• Baixa ingestão de líquidos

• Alterações anatômicas

• Obstrução das vias urinárias

• Hiperparatireodismo (transtorno hormonal relacionado ao metabolismo do cálcio)

• Imobilização prolongada

• Presença de doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn

Sintomas

Em alguns poucos casos, pode não haver sintomas e até pouca dor durante a passagem da pedra pelo ureter (canal que leva a urina do rim para a bexiga). Porém, a maioria apresenta estes sintomas:

• Dor muito forte, tipo cólica: com pico de dor intensa seguido de alívio, que começa nas costas e irradia para o abdômen em direção à virilha

• Náuseas e vômitos

• Sangue na urina

• Suspensão ou diminuição do fluxo urinário

• Necessidade de urinar com mais frequência

• Infecções urinárias

 Dr. Juncal alerta que em gestantes, a cólica renal é resultado de uma dilatação fisiológica dos ureteres, por isso é preciso ter cuidados especiais com os sintomas “podem ser confundidos com a dor lombar e abdominal decorrente da sobrecarga ortopédica, muscular e do peso uterino”, explica.

 

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Tratamento

O tratamento pode ser clínico, com medicamentos para o controle da dor e para auxiliar na eliminação espontânea do cálculo (menor que 0,5 cm). “O tratamento não especifico para 100% dos pacientes consiste simplesmente na maior ingestão de líquidos para aumentar a saída de urina, com uma diurese superior a dois litros, reduzindo a concentração das substancias envolvidas na formação de cálculos, esclarece o urologista.

Quando o cálculo não é expelido espontaneamente podem ser necessários outros procedimentos, como bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à fragmentação do cálculo, o que torna sua eliminação pela urina mais fácil (litotripsia); ou cirurgia (endoscópica ou ureteroscopia)  para retirar o cálculo dos rins ou do ureter após sua fragmentação.

Recomendações

Em caso de dores intensas nas costas ou no abdômen, e sinais de sangue na urina, tem que procurar atendimento médico, e usar apenas medicamentos prescritos pelo médico. “Nenhum tratamento fitoterápico apresentado nas redes sociais tem

evidência científica. Tratamento especifico deve ser prescrito pelo urologista ou nefrologista, e é fundamental a análise do calculo ou o diagnóstico laboratorial para o tratamento dietético e farmacológico”, alerta o urologista.

Fonte: IBahia

Teste rápido após vacina contra covid: 4 razões para fugir dele, segundo cientistas

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Tomei vacina contra a covid-19, fiz um teste rápido de anticorpos e deu negativo. Devo entender que a vacina não fez efeito?

Você não deve ter essa interpretação e nem mesmo deveria ter feito esse tipo de teste com essa finalidade, segundo cientistas.

A BBC News Brasil ouviu especialistas em biologia, virologia e doenças infecciosas e explica, em quatro pontos, por que o teste rápido de anticorpos não deve ser usado como forma de “checar se a vacina fez efeito”.

“Um teste sorológico rápido feito na farmácia não vai medir se a pessoa está protegida ou não após a vacina. Tome cuidado com isso”, diz Silvia Costa, médica especialista em doenças infecciosas e professora da Universidade de São Paulo (USP).

A bióloga Natalia Pasternak, fundadora do Instituto Questão de Ciência, também faz este alerta.

“Testes rápidos de anticorpo de farmácia não servem para dar uma resposta individual, se você está protegido ou não. Eles não servem para isso, eles só servem para fazer análises populacionais. É jogar dinheiro fora e criar minhoca na cabeça. A pessoa vai ficar preocupada à toa.”

E provoca: “Eu gostaria de saber quem levou os filhos pequenos, após tomar vacina contra sarampo, para fazer teste de anticorpo pra ver se a vacina pegou. Não, né, gente? A gente simplesmente vacina nossos filhos. É a mesma coisa.”

A explicação sobre por que esses testes não são uma forma de verificar como seu corpo reagiu à vacina tem a ver com a baixa sensibilidade deles e com o fato de analisarem só um pedaço da resposta do sistema imunológico. Veja as quatro razões principais:

1. Testes rápidos de anticorpos foram elaborados contra infecção viral (e não vacina)

O virologista Flávio da Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que, primeiro, devemos lembrar que esses testes não foram desenvolvidos com a finalidade de checar como o corpo reagiu a vacinas.

“Esses testes foram todos construídos e testados contra infecções virais. Nenhum teste foi desenvolvido contra a vacina. Então há variações na resposta imune que os testes podem não pegar”, resume o pesquisador, que integra o Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG.

Testes sorológicos, segundo os especialistas, têm papel importante do ponto de vista coletivo – quando são feitos em muitas pessoas em uma determinada comunidade, ajudam a responder sobre a circulação do vírus naquele ambiente.

“O teste sorológico é importante para ver quanto o vírus já circulou. Por exemplo, eu faço em Manaus, após a detecção da P1, e aí vejo, entre assintomáticos, quem já tem a sorologia positiva”, explica Silvia Costa.

2. Rápidos, mas com baixa sensibilidade

O segundo ponto a ser levado em conta, quando se trata da tentativa de chegar a uma resposta individual, é que esses testes não vão além de uma resposta de “sim ou não”.

“O teste de farmácia, rápido, é o menos sensível. Ele só tem uma vantagem: é rápido. Ele tem uma taxa de falso negativo elevada e, por ser um teste de verificação visual, a sensibilidade dele é menor”, diz Fonseca.

Pasternak também aponta que esse tipo de teste tem taxa de erro alta e que depende de uma determinada quantidade de anticorpos para ser capaz de detectá-los na amostra de sangue.

“Mesmo que você não esteja dentro dessa faixa de erro – ou seja, o teste ‘funcionou’, mas não acusou anticorpos -, tem a questão da sensibilidade do teste, do quanto você precisa ter minimamente de anticorpos no sangue naquele momento que você testou para que o teste tenha capacidade de detectar”, diz ela.

Esse é um dos motivos que explicam por que um resultado negativo nesses testes não significa necessariamente que você não tem anticorpos.

3. Só medem um componente da resposta imune

Outra razão central pela qual os cientistas não recomendam o teste como forma de checar efeito da vacina é que eles só medem um componente da resposta do sistema imunológico.

“Há outros componentes da resposta imune que você não mede ao fazer teste sorológico. Ele mede simplesmente anticorpos”, diz Fonseca.

Pasternak reforça que, mesmo para um corpo vacinado e preparado para reagir a uma infecção, o teste poderia dar negativo, já que ele mede só um componente da resposta imune.

“Esse teste não consegue dizer se você tem células de memória, se você tem resposta celular de linfócitos T… Ele só vai te dizer um tipo de anticorpo e só se a quantidade for detectável de acordo com a sensibilidade do teste. Isso não quer dizer que você não está protegido. Você pode estar cheio de células de memória, prontinhas para secretar um monte de anticorpos no seu sangue na hora que você tiver contato com o vírus”, diz.

Dependendo do teste e da vacina tomada, ele pode nem mesmo estar buscando identificar o elemento correto.

“Os testes de farmácia geralmente procuram anticorpos contra a proteína N, do núcleo capsídeo, e não a proteína S, da espícula, que é justamente a proteína que está presente na maior parte das vacinas. Então, todas as vacinas que trabalham com subunidade ou as vacinas genéticas vão gerar anticorpos contra a proteína S e isso não vai aparecer no teste de farmácia porque ele procura anticorpos contra a proteína N”, explica Pasternak.

4. Comportamento do sistema imunológico não é estático

Outro ponto é que o resultado do teste seria uma fotografia do momento e não te daria uma garantia de como seu corpo estará amanhã ou depois, dizem os especialistas.

“O comportamento do sistema imunológico não é estático, ele é dinâmico. Então, se fizer um teste hoje, amanhã o resultado será diferente. Para chegar a uma conclusão, tem que ter pelo menos dois pontos – um comparando com outro, para entender a dinâmica”, diz Fonseca.

Os pesquisadores ainda buscam identificar quanto tempo a vacina terá efeito em nosso corpo. Enquanto isso e com a circulação do vírus tão alta como está no Brasil, esclarecem que as pessoas devem confiar nos testes de eficácia das vacinas, além de tomar as duas doses e não abandonar medidas de proteção – como uso de máscaras, distanciamento social e evitar principalmente locais fechados.

“Quase todas as vacinas até o momento precisam de duas doses e essa proteção vai ocorrer após, pelo menos, duas semanas da segunda dose. Então, entre uma e outra, se o indivíduo tiver uma exposição, ele pode ter a doença e pode ser grave. Em menos de duas semanas após a segunda dose, também. Então as pessoas precisam continuar se protegendo”, diz Silvia Costa.

Pasternak reforça que a eficácia da vacina já está testada e que as pessoas precisam entender que a vacinação é um movimento coletivo e não individual:

“Confie nos testes clínicos. O que disse que a vacina funciona são os testes clínicos de fase 3, quando a gente comparou grupo de pessoas vacinadas com grupo de pessoas não vacinadas. A vacina é uma atividade coletiva, não é uma atividade individual. Ela funciona na população: quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais a doença deixa de circular e ficamos todos protegidos.”

E os testes sorológicos de laboratório?

Os testes sorológicos feitos em laboratórios são mais sensíveis que os de farmácia e podem, segundo os pesquisadores, mostrar resultados diferentes em relação aos resultados aferidos num teste rápido.

Mesmo assim, não recomendam que as pessoas busquem esses testes com essa finalidade e sem acompanhamento médico.

“A sensibilidade do teste de um laboratório diagnóstico é muito maior, mas, de novo, só vai te dizer se você tem anticorpos, não vai te dizer que tipo de anticorpos são, não vai te dizer qual é a sua resposta celular, se você tem células de memória, então novamente você vai estar medindo apenas um aspecto da resposta imune, quando na verdade a resposta imune é muito mais ampla”, diz Pasternak.

Silvia Costa diz que o resultado pode ser um relaxamento indevido ou uma preocupação desnecessária.

“As pessoas podem ficar preocupadas se o teste for negativo e ao contrário, também podem achar que são superprotegidas com um teste que não tem um significado de proteção. Então, não recomendamos a realização do teste sorológico após a vacina. Pode só criar esse estresse, essa preocupação.”

Fonte: BBC

Covid: qual a melhor máscara de proteção contra o vírus e como usá-la corretamente?

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Os especialistas já deram o alerta sobre uma terceira onda da pandemia de coronavírus no Brasil. Porém, muitas pessoas ainda têm dúvidas com relação ao uso correto das máscaras e qual o modelo mais indicado. A seguir, tire suas dúvidas.

O modelo de máscara mais recomendado é o PFF2 por ser o mais seguro. Esse tipo de máscara filtra 95% das partículas que estão no ar.

As máscaras de tecido são muito variadas, não têm boa vedação e não filtram bem. Mesmo as máscaras cirúrgicas não são suficientes. Elas permitem a entrada e saída de ar pelas laterais e são limitadas contra aerossóis.

:: CPI da Covid e imunidade de rebanho: os crimes de Bolsonaro em julgamento ::

Para fazer o uso correto da máscara PFF2 não é preciso colocar outra máscara embaixo dela. Isso prejudica a vedação do rosto. É necessário, simplesmente, que a pessoa ajuste bem o clipe de metal no nariz e que assopre para ver se não está “vazando” ar pelas laterais ou pelo vão acima do nariz.

Mas atenção! Não compre máscaras do tipo PFF2 com válvulas. Compre apenas as que são lisas e dê preferência para as que têm um elástico atrás da cabeça. Dessa forma, a vedação será melhor.

As máscaras do tipo variam muito de preço, mas algumas saem por até R$ 2. Alguns perfis no Twitter e sites ajudam a informar quais são as melhores máscaras com o melhor custo e qual é a mais indicada para cada tipo de rosto. São eles: @qualmascara, @PFFparaTodos, @estoque_pff e www.pffparatodos.com.

Os cuidados mais importantes que devemos ter com as máscaras são os seguintes: deixar a máscara descansando três dias entre cada uso, não lavar, não passar álcool, não deixar no sol e descartar caso esteja com algum rasgo ou com aspecto envelhecido.

Caso o seu acesso à máscara PFF2 seja impossível, procure sempre usar uma máscara cirúrgica com uma de tecido por cima e tome cuidado para que elas fiquem bem ajustadas no rosto.

PFF2 e N95

Muitas pessoas têm dúvidas sobre a diferença entre as PFF2 e N95. Porém, não existe diferença alguma entre elas, a não ser o nome. N95 é como as máscaras PFF2 são chamadas nos Estados Unidos. Na Europa, o nome é FFP2.

Já a KN-95 deve ser evitada. Ela não tem padrão de fabricação, então é mais difícil controlar sua qualidade.

Fonte: Brasil de Fato