Sputnik e Covaxin: conheça as novas vacinas a serem aplicadas no Brasil

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Vacinas – As primeiras doses da vacina russa Sputnik V devem chegar ao Brasil em julho. A informação foi dada à CNN pelo governador do Maranhão, Flávio Dino. Já de acordo com o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, ainda não é possível afirmar uma data. No sábado (5), gestores-chefes do Executivo das regiões Norte e Nordeste se reuniram para definir os próximos passos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação, sob condições controladas, de 928 mil doses da Sputnik V. Também foi aprovada a importação, nas mesmas medidas, de 4 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, que ainda não têm previsão de chegada ao Brasil.

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A aprovação da Anvisa, na última sexta-feira (4), faz com que a Sputnik V e a Covaxin se juntem à Coronavac, Astrazeneca/Oxford e Pfizer, todas já em uso no Brasil. Os dois novos imunizantes a entrarem na lista foram lançados antes mesmo da conclusão dos estudos, se tornando alvo de incertezas. Agora que chegam ao Brasil, serão aplicados com diversas restrições e exigências de acompanhamento. Entenda o porquê e o que se sabe sobre as duas vacinas:

Sputnik V

Com a decisão da Anvisa, o Brasil se tornou o 67º país do mundo a autorizar a Sputnik V. Mas a marca poderia ter sido alcançada bem mais cedo. É que, ainda em março deste ano, o governo da Bahia anunciou um contrato para a compra de 9,7 milhões de doses da Sputnik V, como parte de negociação do Consórcio Nordeste com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, que fornecerá 37 milhões de doses ao Brasil. A primeira remessa, que tinha previsão de chegar em abril, seria de 2 milhões de doses. Sem autorização da Anvisa, contudo, não houve remessas.

Agora, a Anvisa autorizou a importação por seis estados, no quantitativo equivalente a 1% da população de cada um. O estado da Bahia foi autorizado a importar 300 mil doses; o Maranhão, 141 mil doses; Sergipe, 46 mil doses; o Ceará, 183 mil doses; Pernambuco, 192 mil doses, e o Piauí, 66 mil doses. A agência informou que ‘vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados’.

O secretário Vilas-Boas, em entrevista no sábado (5) à TV Bahia, informou que ações já estão sendo feitas para agilizar a chegada das doses da Sputnik à Bahia. ‘Estamos analisando de que forma podemos agilizar todas as condicionantes [impostas pela Anvisa]. Já dividimos elas. Uma pequena parte deverá ser providenciada pelo fundo russo e outra parte caberá a nós secretários estaduais de saúde, mas tudo dentro do previsto e do que já imaginávamos que seriam nossas responsabilidades de fazer todo o processo de acompanhamento de farmacovigilância da introdução dessa vacina no país’, afirmou o secretário.

Vilas-Boas, contudo, explicou que ainda não é possível dizer quando a vacina chegará em solo baiano. ‘Depende agora de uma conversa com os russos. Temos que fazer um ajuste legal no nosso contrato. O contrato que temos prevê uma quantidade de 37 milhões [de doses para o Nordeste] e nós vamos ter que fazer um aditivo informando que será de 1% inicialmente e, posteriormente, com a autorização definitiva da Anvisa, a gente poderá executar o resto do contrato’, destacou.

A Sputnik V foi o primeiro imunizante registrado contra a covid-19 no mundo. A vacina foi lançada pela Rússia em agosto de 2020, com testes ainda em andamento. A principal preocupação em torno do imunizante diz respeito ao tipo de tecnologia utilizada: vetor viral não replicante.

Isso significa dizer que os cientistas utilizaram adenovírus para simular no organismo a presença de uma ameaça mais perigosa e que se deseja combater para gerar uma resposta imune. Eles foram modificados para não serem capazes de se replicar depois que entram nas células humanas.

Ao contrário de outros imunizantes que também usam adenovírus, como o da AstraZeneca/Oxford e o da Janssen, a Sputnik V é a única a usar dois vetores: o Ad26 e o Ad5, um em cada dose. Esse é justamente o trunfo da vacina russa, em comparação com as outras.

“A ideia de modificar dois adenovírus diferentes é para reduzir uma possível resposta imune contra o próprio vetor. Por isso, ela tem uma eficácia maior do que as outras vacinas com vetor viral. A eficácia dela no estudo publicado foi acima de 90, enquanto as outras ficam em torno de 70% a 75%”, diz a infectologista e imunologista Fernanda Grassi, pesquisadora da Fiocruz e integrante da Rede Covida.

Usar um adenovírus geneticamente modificado para que não se repliquem é algo relativamente comum – acontece em vacinas como a do ebola, por exemplo. Esse tipo de imunizante costuma ser considerado seguro pela comunidade científica.

O problema, segundo a Anvisa, é que os adenovírus usados nessa vacina poderiam, sim, se replicar e isso pode fazer mal à saúde de quem for imunizado com ela. O fato está ainda em discussão e documentos estão sendo solicitados para análise e conclusão.

‘A Sputnik está sendo usada em mais de 60 países e não temos ouvido falar de efeitos ou reações graves. As reações que estão sendo observadas são normais de algumas vacinas. Quem recebe vacina pode ter febre, dor no local da aplicação, moleza, sintomas já esperados’, acrescenta Fernanda.

Covaxin

Já a indiana Covaxin faz parte de um contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos/Bharat Biotec para compra de 20 milhões de doses. A previsão era da chegada de 8 milhões de doses ainda em março, mas a importação não foi autorizada. A decisão de sábado da agência regulatória brasileira permitiu, por enquanto, o uso de 4 milhões de unidades do imunizante.

Anvisa ponderou o fato de não ter recebido relatórios da agência indiana, o curto prazo de acompanhamento dos participantes dos estudos e a inconclusão dos estudos da fase 3, etapa que atesta a eficácia da vacina.

A Covaxin usa versões inativadas do Sars-CoV-2. Essa é uma tecnologia tradicional e semelhante à utilizada pela Coronavac, do Instituto Butantan. ‘A partir do vírus inteiro, as substâncias químicas são inativadas e são adicionadas então substâncias que fazem aumentar a resposta imune’, explica a imunologista. A vacina, portanto, contém vírus mortos, incapazes de infectar pessoas, mas ainda capazes de instruir o sistema imunológico a montar uma reação defensiva contra uma infecção.

Vacinas com vírus inativados, como a Covaxin, têm tecnologia semelhante a de vacinas da gripe, poliomielite, entre outras. É uma plataforma bem estabelecida e considerada segura na produção de vacinas. ‘São as vacinas, digamos, mais fáceis de serem feitas. A vantagem é a facilidade e o fato de já conhecermos. Mas elas dão uma imunidade um pouco menor do que outras vacinas com outras tecnologias. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens’, pontuou Fernanda.

Outra possível vantagem das vacinas com vírus inativados é o melhor funcionamento contra mutações. Parte dos imunizantes disponíveis hoje (como o da Pfizer e o da Astrazeneca) focam na proteína S, a spike, do agente infeccioso. Se esse trecho do vírus sofre mutações, é possível que as doses percam parte da eficácia, embora isso precise ser estudado. O produto da Barat Biotech, por outro lado, apresenta o vírus todo (inativado) ao sistema imune. Com isso, a chance de reconhecer o Sars-CoV-2 mesmo se ele sofrer alterações relevantes seria maior.

Aprovação com restrição

Anvisa considera que ainda faltam informações sobre os dois imunizantes – motivo pelo qual o pedido inicial foi negado em março, no caso da indiana Covaxin, e em abril, para a russa Sputnik V. Entretanto, por votação de 4 a 1, a diretoria colegiada decidiu que o atual momento da pandemia no Brasil justificaria aprovar a importação “com condicionantes”. Isso significa que a Anvisa não se responsabiliza pela eficácia e segurança, mas permite a importação e aplicação restrita, entregando a responsabilidade aos fabricantes e compradores.

Caso o uso emergencial, que está, separadamente, em análise, seja reprovado pelo órgão brasileiro ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os estados devem suspender a importação, distribuição e uso dos imunizantes imediatamente. A autorização do uso emergencial é dada pela Anvisa após a análise e constatação de eficácia e segurança de uma vacina.

Como ressaltou o gerente geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, nenhuma das duas vacinas deve ser usada por quem tem hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula, como grávidas, lactantes, menores de 18 anos, maiores de 60 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses, pessoas que tenham enfermidades graves ou não controladas (cardiovascular, respiratória, gastrointestinal, neurológica, insuficiência hepática, insuficiência renal, patologias endócrinas) e antecedentes de anafilaxia.

Não poderão usá-las pessoas que tenham recebido outra vacina contra a covid-19, apresentem febre, tenham HIV e hepatite B ou C, tenham se vacinado nas quatro semanas anteriores, tenham recebido imunoglobulinas ou hemoderivados três meses antes, tenham recebido tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação nos últimos 36 meses e que tenham recebido terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpos.

As 5 vacinas aprovadas no Brasil: (quadro comparativo)

*No Brasil, nenhuma vacina está sendo aplicada em pessoas com menos de 18 anos.

Sputnik V

Fabricante: Instituto Gamaleya de Pesquisa (Rússia).

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante.

Data de aprovação pela Anvisa: 4 de junho de 2021.

Tipo de aprovação: Importação de lotes com restrições

Quantidade de doses: Duas. A aplicação precisará ter atenção redobrada, pois o conteúdo da primeira e da segunda dose da Sputnik são diferentes.

Intervalo entre as doses: 21 dias (com possibilidade de ser ampliado para três meses)

Taxa de eficácia: 91%.

Efeitos colaterais: Comum – doença semelhante à gripe, dor de cabeça, fadiga, reações no local da injeção. Foi confirmado pelo Comitê Independente de Monitoramento de Dados que nenhum evento adverso sério relacionado à vacina foi observado.

Covaxin

Fabricante: Bharat BioTech (Índia).

Tipo de tecnologia: Vírus inativado.

Data de aprovação pela Anvisa: 4 de junho de 2021

Tipo de aprovação: Importação de lotes com restrições.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 4 semanas.

Taxa de eficácia: 78% (100% em casos graves)

Efeitos colaterais: Estudos publicados sobre as fases 1 e 2 não mostram efeitos colaterais graves.

Coronavac

Fabricantes: Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil).

Tipo de tecnologia: Vírus inativado. O coronavírus é inativado por ação do calor ou de algum produto químico. Quando o corpo recebe a vacina, o vírus inativado faz com que o corpo gere anticorpos contra a covid-19. Isso porque as células de resposta imune ‘capturam’ o vírus inativado e ativam a ação dos chamados linfócitos, células que são especializadas em combater microrganismos. São elas que produzem os anticorpos, que impedem que o vírus infeste outras células e fiquemos doentes.

Data de aprovação pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021.

Tipo de aprovação: Emergencial.

Quantidade de doses necessárias: Duas.

Intervalo entre as doses:2 a 4 semanas.

Taxa de eficácia: 50% (Pode chegar a 62%)

Efeitos adversos: Muito comum – dor no local da aplicação, dor de cabeça, cansaço. Comum – cansaço, febre, dor no corpo, diarreia, náusea, dor de cabeça, enjoo, dor muscular, calafrios, tosse, perda de apetite, coceira, coriza. Incomum – vômitos, dor abdominal inferior, distensão abdominal, tonturas, tosse, perda de apetite, reação alérgica, pressão arterial elevada, hipersensibilidade alérgica ou imediata, inchaço, coceira, vermelhidão, diminuição da sensibilidade, endurecimento, hematoma, vertigem

Astrazeneca/Oxford

Fabricantes: AstraZeneca (Inglaterra/Suécia), Universidade de Oxford (Inglaterra) e Fundação Oswaldo Cruz (Brasil).

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante. A vacina produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) usa um “vírus vivo”, como um adenovírus que provoca um resfriado comum, modificado para conter instruções para a produção de uma proteína característica do coronavírus. No entanto, na proporção aplicada, ele não tem capacidade de se replicar e prejudicar a saúde humana. Quando rompe as células, esse adenovírus estimula a produção dessa proteína, que é detectada pelo sistema imune. A partir daí, o corpo cria uma resposta contra o coronavírus.

Data de aprovação pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021. (Uso emergencial)

Tipo de aprovação: Definitiva. (12 de março de 2021)

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 12 semanas.

Taxa de eficácia (global possível): 81%.

Observação: No Brasil, não está sendo aplicada em gestantes.

Efeitos adversos: Muito comum – sensibilidade, dor, sensação de calor, coceira ou hematoma, indisposição, cansaço, calafrio, febre, dor de cabeça, enjoo, dor muscular ou nas articulações. Ocorrem em 1 em cada 10 pessoas. Comum – inchaço, vermelhidão ou um caroço no local da injeção, febre, enjoos, diarreia, sintomas semelhantes a resfriado, dor de garganta, coriza, tosse. Ocorrem em 1 em cada 10 pessoas. Incomum – sonolência, tontura, diminuição do apetite, dor abdominal, ínguas, suor, coceira ou erupção na pele. Ocorrem em 1 em cada 100 pessoas. Muito raro – coágulos sanguíneos graves em pessoas com níveis baixos de plaquetas. Foram observados com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos vacinados. Desconhecido – reação alérgica grave, inchaços graves nos lábios, face, boca e garganta. Não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis

Pfizer

Fabricantes: Pfizer (Estados Unidos) e BioNTech (Alemanha).

Tipo de tecnologia: mRNA. A vacina é criada a partir da replicação de sequências de RNA que mimetizam a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2. Essa versão consegue desencadear uma reação do sistema imunológico, que cria uma defesa, sem causar danos à saúde.

Data de aprovação pela Anvisa: 23 de fevereiro de 2021.

Tipo de aprovação: Definitiva.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 12 semanas.

Taxa de eficácia (global possível): 95%.

Efeitos adversos: Muito comuns – dor e inchaço no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, diarréia, dor muscular, dor nas articulações, calafrios e febre. Ocorrem em 10% dos pacientes. Comuns – vermelhidão no local de injeção, náusea e vômito. Ocorre entre 1% a 10% dos pacientes. Incomuns – aumento dos gânglios linfáticos, reações de hipersensibilidade [lesão na pele ou coceira, inchaço da pele ou mucosa, sensação de mal estar, dor no braço, insônia e prurido no local de injeção. Ocorrem entre 0,1% e 1%.. Rara – paralisa facial aguda. Ocorrem entre 0,01% e 0,1%. Desconhecido – reação alérgica grave (anafilaxia).

Fonte: Correio 24 Horas Online

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Médicos fazem família comprar medicação em falta no SUS e não usam

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SUS – A família de um paciente de covid-19 foi surpreendida com a devolução de medicamentos que foram solicitados pelos médicos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário.

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Segundo o filho do paciente, Albert Rojas, o pai dele de 53 anos apresentou sintomas do coronavírus no dia 27 de maio e buscou atendimento no local. Por recomendação médica o homem ficou internado, mas o quadro agravou e ele precisou ser transferido.

Os médicos que atenderam o pai de Albert pediram para que a família comprasse remédios que não tinham na farmácia do SUS (Sistema Único de Saúde). As receitas foram entregues no dia 1º de junho.

“Pediram quatro ampolas de uma medicação e três de outra. Os remédios seriam usados na quarta e na quinta-feira. A orientação médica era para comprar com urgência para garantir melhora da saúde do meu pai”, relembra Albert.

Em um novo boletim, a família foi orientada a comprar novamente a medicação para ser utilizada sexta e sábado. “Ontem à noite, conseguiram vaga para ele e transferiram para o Hospital Regional, mas quando entregaram os pertences, veio a fralda e os remédios que não foram administrados”.

A família conta que o paciente recebeu apenas uma dose de uma medicação, sendo que a receita médica pedia duas. “Falaram que meu pai não podia deixar de tomar nenhum dia os remédios. E é uma medicação que está difícil de encontrar em Campo Grande. Aí a gente descobre que não aplicaram”, revela.

Ao todo foram gastos R$ 1.175,00 com ceftriaxona e enoxaparina. A família não foi informada po motivo de não terem administrado a medicação. Eles decidiram manter guardado o remédio até a melhora do paciente e depois vão doar para quem precisa.

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não há nenhuma orientação da pasta para que familiares dos pacientes façam a compra de medicamentos, materiais ou insumos. “Pedimos que essa pessoa formalize a denúncia na Ouvidoria através do 3314 9955 para que seja aberto um processo de sindicância para apurar essa situação”.

A secretaria ainda informou que o abastecimento das medicações nas farmácias do município foi regularizado.

Fonte: Campo Grande News

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São Paulo espera vacinar 1 milhão contra Covid nesta semana; veja postos na capital

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Com o início nesta segunda-feira (7) da vacinação de pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente, a partir dos 18 anos, e gestantes e puérperas, também a partir da mesma idade, além de profissionais da educação, a Secretaria Estadual da Saúde planeja vacinar cerca de 1 milhão de pessoas contra a Covid-19 nesta semana no estado de São Paulo.

Na capital paulista, a Secretaria Municipal da Saúde irá abrir cerca de 500 locais para vacinação nesta segunda, inclusive os pontos de drive-thru, em que não é preciso descer do carro para ser vacinado, e os megapostos para pedestres (veja lista abaixo). No município é obrigatória a apresentação de comprovante de residência.

Cerca de 550 mil pessoas com deficiência permanente, que recebam o BPC (Benefício de Prestação Continuada), e as com comorbidades devem ser vacinadas. Como isso, a gestão João Doria (PSDB) encerra imunização desses dois grupos contra o novo coronavírus no estado, já que todas as faixas etárias a partir de 18 anos já tiveram calendário aberto -o PNI (Plano Nacional de Vacinação) ainda não prevê no país vacina contra a Covid para menores de idade.

Para tomar a vacina, a pessoa precisa comprovar a comorbidade por meio de receita de medicamentos, relatório, exames ou prescrição médica. Os cadastros previamente existentes em UBSs também podem ser utilizados. A Prefeitura de São Paulo, gestão Ricardo Nunes, passou a reter os documentos para comprovação de casos de fraudes.

SAIBA COMO COMPROVAR COMORBIDADES PARA TOMAR A VACINA ?

Já as pessoas com deficiência permanente devem apresentar o comprovante do recebimento do BPC. No caso da capital paulista e em vários municípios do estado, todas as pessoas que vão tomar a vacina contra o novo coronavírus precisam apresentar comprovante de endereço.

Nesta segunda também começa na cidade de São Paulo, em São Bernardo do Campo (ABC) e em Campinas a vacinação de grávidas e mães que deram à luz nos últimos 45 dias. Segundo o governo estadual, serão aplicadas doses da vacina da Pfizer nos três municípios.

Nas demais cidades paulistas, as mulheres desse grupo começam a ser vacinadas na quinta-feira, também com imunizante da Coronavac. O uso da vacina da Fiocruz/Astrazeneca para grávidas e puérperas está suspenso desde maio por orientação do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Segundo Regiane de Paula, coordenadora geral do Plano Estadual de Imunização, a meta é vacinar cerca de 400 mil gestantes e puérperas no estado. Na cidade de São Paulo, a expectativa é imunizar cerca de 100 mil mulheres desses grupos.

Para se vacinar, as grávidas em qualquer período gestacional deverão apresentar nas unidades de saúde um relatório ou atestado médico em que o profissional indique que ela deva tomar a vacina contra o coronavírus. ?”Para essa situação, é necessário que a gestante tenha uma indicação médica, que o médico ateste que ela tenha que tomar essa vacina”, disse o prefeito Ricardo Nunes na semana passada.

Também nesta semana, a partir da próxima quarta-feira (9), começam a ser vacinados profissionais de educação do ensino básico, com idade entre 45 e 46. São esperadas 80 mil pessoas.

Até este domingo, cerca de 18,1 milhões de vacinas contra a Covid-19 haviam sido aplicadas no estado, sendo 12,2 milhões para primeira dose e 5,9 milhões com a segunda.

Fonte: Agora São Paulo

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O custo do atraso tecnológico

Tecnológico – Na corrida mundial pela vacina para combater a covid-19, o Brasil largou na lanterna, infelizmente, porque não tem mais, como  no passado, capacidade nem competitividade para produzir Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), moléculas fundamentais para a fabricação de medicamentos em larga escala. Mudar esse quadro não será nada fácil.

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Atualmente, o país produz apenas 5% dos insumos utilizados na fabricação de medicamentos no país, mas já foi capaz de elaborar cerca de 50%, na década de 1980, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). Segundo o presidente da entidade sediada em São Paulo, Norberto Prestes, “serão necessários US$ 1 bilhão em investimentos para ampliar a capacidade nacional de produção da IFA para cerca de 20%, dentro de cinco a 10 anos”.

“Será preciso muito investimento e muita pesquisa para conseguirmos chegar a 20% de produção do IFA consumido no Brasil nesse prazo, o que poderá ajudar a reduzir preços de medicamentos”, informa o executivo.

De acordo com Prestes, o país poderá aproveitar as novas tecnologias utilizadas no desenvolvimento das vacinas contra a covid-19 — algumas delas, criadas por startups da área de biofármacos –, que reduziram drasticamente os prazos para o lançamento dos imunizantes. “Essas empresas fazem modelos de moléculas e de medicamentos artificiais que não precisam ser testados em humanos, porque tiveram êxito em simuladores”, destaca.

Nesse sentido, Prestes acredita que o Brasil poderia explorar mais a capacidade do acelerador de partículas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Sirius, lançado em 2018 e orçado em R$ 1,8 bilhão. “O Sirius está sendo subutilizado, porque precisa ter a tecnologia aprimorada, e poderia ser mais bem aproveitado no desenvolvimento dos IFAs no país”, afirma.

O executivo defende a destinação de investimentos tanto para o desenvolvimento de moléculas novas, quanto para aquelas que têm patentes quebradas ou em vias de serem quebradas — cujo prazo de desenvolvimento é menor, em torno de três a quatro anos.

Capacidade de reação       “O país precisa investir em infraestrutura e no desenvolvimento tecnológico dos IFAs para ter conhecimento e capacidade para reagir a uma situação de pandemia, como a que estamos vivendo. Os Estados Unidos, por exemplo, importam da China 78% do IFA utilizado no país, mas, se quiserem mudar isso, eles têm infraestrutura e conhecimento para reagir em um ano ou dois e produzir insumos locais para os principais medicamentos, como antibióticos, remédios para câncer, para pressão alta ou para colesterol”, explica.

Prestes lembra que o Brasil é muito mais dependente das importações de IFA. No caso dos antibióticos, compra no exterior 100% dos insumos, porque não tem escala suficiente para produção local desses produtos para competir com os chineses.

Norberto Prestes abordará o desafio de investir na produção de IFA no país durante o VI Summit Brasil — evento on-line que será realizado no próximo dia 8 e que antecede a participação brasileira na BIO Digital 2021, maior encontro de biotecnologia do mundo, a ser realizado entre 10 e 18 de junho.

A Abiquifi desenvolve o projeto Brazilian Pharma & Health (BH&P), de estímulo à internacionalização e ao aumento das exportações das empresas do setor, em parceria com a Apex-Brasil. O programa selecionou cinco startups brasileiras para serem apresentadas no evento virtual sediado nos Estados Unidos. Entre elas, está a PHP Biotech, de Botucatu, no interior de São Paulo, startup que pesquisa uma molécula para o triplo-negativo, um dos tipos mais agressivos de câncer de mama, ainda sem tratamento eficaz e que atinge 300 mil mulheres todos os anos.

Projeto de lei       O projeto de lei nº 4.209/2019, que determina, para fins de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quais os medicamentos que contenham IFA nacional sejam enquadrados na categoria prioritária, será importante para o avanço da produção nacional desses insumos, na avaliação do presidente da Abifiqui. A matéria, aprovada pelo Senado Federal em maio, foi encaminhada para a Câmara dos Deputados e o executivo está otimista em relação à tramitação da proposta.

“Esse projeto de lei é muito importante e, quando for  sancionado, vai garantir mais um mecanismo para o setor farmacêutico poder avançar nos investimentos de IFAs e nos pedidos junto à Anvisa“, completa Prestes.  Segundo ele, o Ministério da Ciência e Tecnologia tem melhorado a interlocução com o setor e passou a dar prioridade a essa agenda, sinalizando que pretende transformar o atual grupo de trabalho temporário que trata de temas relacionados à saúde em um departamento permanente da pasta.

“O Sirius está sendo subutilizado, porque precisa ter a tecnologia aprimorada, e poderia ser melhor aproveitado no desenvolvimento dos IFAs no país”

Fonte: Correio Braziliense

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Vacinação ainda travada

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Vacinação  – A promessa de acelerar a campanha de imunização contra a covid-19 em junho, lema da gestão do quarto ministro da saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, esbarra em desafios como a dificuldade na obtenção de insumos para a produção de vacinas e as entregas de doses previstas apenas para o segundo semestre. Desde a atualização da projeção de entregas de fármacos, em 24 de abril, o governo reduziu em mais de 14 milhões a previsão de injeções que receberá em junho.

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Na última quarta-feira, a pasta diminuiu, mais uma vez, a estimativa da disponibilidade deste mês. O ministério informou que receberá, ao todo, 39,8 milhões de doses, baixando a expectativa de entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan, que produzem, respectivamente, a vacina da AstraZeneca e a CoronaVac no Brasil.

Ao comparar os dois últimos cronogramas divulgados pelo ministério, foram reduzidos 2,9 milhões de vacinas da AstraZeneca e 1 milhão da CoronaVac. Para especialistas, a falta de regularidade da imunização no país passa pelo problema de recebimento de insumos do exterior, necessários para produção, em território nacional, dos principais fármacos utilizados contra a covid-19 no Brasil.

“O maior problema, hoje, é o atraso no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), por conta dos problemas de negociação com os governos produtores. Nossa política internacional não ajuda”, explica a professora Anamélia Lorenzetti Bocca, do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB).

Em maio, a Fiocruz e o Butantan chegaram a suspender a produção por causa da falta do insumo. Com isso, a vacinação contra o novo coronavírus desacelerou, e o país registrou menos aplicações, na média diária, do que em abril.

Anamélia afirma que a instabilidade na produção dos laboratórios nacionais não garante o programa vacinal prometido pelo governo para este mês. “As doses da Pfizer só chegarão em maior número no segundo semestre. Até lá, estaremos muito vulneráveis ainda. Particularmente, não vejo melhora a curto prazo se a importação do IFA não for estabilizada”, disse a especialista.

Atraso

O ministério assinou dois contratos com a Pfizer para adquirir 200 milhões de doses da Cominarty, produzida pela farmacêutica, mas a maior parte das doses só chegará ao país no terceiro e no quarto trimestres. A demora no fechamento de contrato para a compra na gestão do general Eduardo Pazuello foi exposta na CPI da Covid, e é criticada por médicos infectologistas e epidemiologistas. Agora, o ministro Marcelo Queiroga tenta adiantar a entrega de imunizantes já contratados, a fim de acelerar a campanha nacional de imunização.

Na última sexta-feira, em entrevista ao CB.Poder, programa realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília, Queiroga anunciou a chegada das primeiras doses da vacina contra a covid-19 da Janssen para este mês. Segundo a previsão inicial do contrato firmado com a empresa, as primeiras unidades do imunizante só estariam no país em julho. As novas injeções ainda não foram incluídas no cronograma, que amanhã será atualizado novamente.

Queiroga voltou a prometer atender toda a população com mais de 18 anos até o final do ano. No entanto, Anamélia Bocca pontua que o avanço do cronograma depende da velocidade de vacinação e da disponibilidade de doses. “Não estamos vendo melhora em nenhum desses dois parâmetros. A previsão no Brasil é de vacinarmos 57% da população em dezembro, o que é um percentual baixo, considerando a redução da eficácia das vacinas com as novas variantes”, alerta.

O país se vê, ainda, sob a ameaça de uma terceira onda da pandemia do novo coronavírus e se preocupa com o avanço da cepa indiana, que já tem casos confirmados no Brasil. Pesquisadores da Fiocruz ressaltaram, na última edição Boletim do Observatório Covid-19, divulgado na sexta-feira, que ainda há um longo caminho a percorrer para que o país alcance um percentual próximo de 75% da população vacinada com duas doses, apontado pelos estudos como capaz de interromper a circulação do vírus.

*Estagiária sob a supervisão de Odail Figueiredo

Anvisa aguarda papeis da Butanvac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, ontem, que o processo de pedido de anuência dos estudos clínicos da vacina Butanvac contra a covid-19, desenvolvida pelo Instituto Butantan, está em fase de “exigência”. Isso significa que a agência reguladora aguarda ainda o envio complementar de documentação necessária para que a análise científica seja concluída. Em 26 de maio, o diretor-executivo do Instituto Butantan, Rui Curi, disse que havia uma expectativa de que o órgão regulador desse uma resposta, hoje, sobre o início dos testes clínicos da Butanvac. Mas a segundo a Anvisa, a entrega da documentação é essencial para permitir a finalização da análise.

Fonte: Correio Braziliense

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Hypera Pharma investirá R$ 11 milhões em três cidades goianas

Juntos pelo Araguaia
Foto: Secom-GO

A Hypera Pharma anunciou neste sábado (5) o investimento de R$ 11 milhões em três municípios goianos – Santa Rita do Araguaia, Mineiros e Portelândia, como parte do projeto Juntos pelo Araguaia – maior programa de recuperação de uma bacia hidrográfica do mundo.

Os recursos serão destinados para ações de recuperação de 166 hectares em Santa Rita do Araguaia e em Portelândia, além da construção de um viveiro de mudas na cidade de Mineiros, com capacidade para produzir 500 mil mudas por ano, que serão utilizadas nos projetos de recuperação da cabeceira do Rio Araguaia.

O anúncio foi realizado em Santa Rita do Araguaia, com presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e dos prefeitos dos três municípios que concentrarão os projetos apoiados pela Hypera Pharma, além de outras autoridades estaduais e municipais. Durante a solenidade, foram plantadas mudas para simbolizar a recuperação das matas nas margens do rio, um dos principais do Centro-Oeste Brasileiro.

A escolha dos municípios levou em consideração sua localização na cabeceira do rio, com nascentes e áreas de proteção permanentes, além de áreas definidas como prioritárias para conservação da biodiversidade pelo Ministério do Meio Ambiente. A região também abriga comunidade quilombola e unidades de agricultura familiar.

“Nosso apoio ao Juntos pelo Araguaia reforça nosso compromisso com a população goiana para além dos planos de investir R$ 2 bilhões em nossas operações no Estado”, diz Breno Oliveira, CEO da Hypera Pharma. “De forma concreta, vamos contribuir para o avanço coletivo em direção aos princípios do Pacto Global da ONU, do qual somos signatários desde o final do ano passado”, completa o executivo.

As ações executadas no âmbito do projeto serão realizadas em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás (Semad-GO), e as instituições executoras serão avaliadas segundo as políticas de Compliance da Hypera Pharma, com acompanhamento de projetos por meio de relatórios periódicos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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RaiaDrogasil entre as 10 empresas que mais empregam

Lucro da Raia Drogasil aumenta 42% no 1º trimestre

O ranking das 10 empresas que mais empregam pessoas com carteira assinada no Brasil revela uma mudança em função da pandemia. Antes liderada por empresas de telemarketing, hoje a campeã é o Banco do Brasil. O levantamento também  mostra que o setor de farmácias está em alta, aparecendo pela primeira vez no levantamento. A análise é do (M)Dados, do portal Metrópoles, com base nas informações do Ministério da Economia.

Posição 2021 2019
1 Banco do Brasil Atento Brasil
2 Correios BRF
3 Itaú Vale
4 BRF Delima Comércio e Navegação
5 Bradesco Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
6 Caixa Seara Alimentos
7 Seara Itau Unibanco
8 Atento Liq Corp
9 RaiaDrogasil Empresa Brasileira de Servicos Hospital – Ebserh
10 Atacadão Almaviva do Brasil Telemarketing e Informática

 

O movimento mostra uma das tendências causadas pela pandemia de Covid-19. Antes dela, três empresas do setor de telemarketing estavam entre as 10 que mais tinham vínculos formais. Hoje, apenas uma está na lista. Segundo a reportagem,  o melhor exemplo é o do primeiro lugar há dois anos, que era da Atento Brasil, empresa de telemarketing. Ela caiu para oitavo neste ano.

O ranking em 2021 é liderado por duas empresas estatais. Além do Banco do Brasil, com 120 mil vínculos formais, também está nela os Correios, com 117,5 mil funcionários. As mudanças revelam bem as mudanças no mercado de trabalho durante a pandemia, aponta o professor do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Ramos.

‘Um problema da pandemia é que tem choques setoriais. Alguns setores estão crescendo e outros são muito afetados’, explicou. Um exemplo na lista é o da RaiaDrogasil, rede de farmácias que engloba as marcas Droga Raia, Drogasil e Drogaria Onofre.

Já entre os setores mais penalizados, o que se destaca é o de telemarketing. Nesse ponto, a pandemia pode ter acelerado uma tendência que já existia no setor, o de automação. ‘A substituição de mão de obra por capital [máquinas ou robôs] é uma tendência latente no ramo. A pandemia muito provavelmente acelerou isso’, pontuou.

Essa questão traz um dilema para o pós-pandemia, quando ele chegar. ‘As pessoas que ficaram desempregadas estão preparadas para ocupar vagas que serão criadas em outros setores? Essa mudança tem um custo econômico e pessoal’, explicou.

Uma mudança que já está acontecendo, sustenta, é o da saída do mercado formal para o informal, com aplicativos de entrega. ‘É um setor muito penalizado, não tem garantia de emprego. Tem toda uma legislação para preservar posto de trabalho no setor formal, mas isso não vale para o informal’, conclui.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Anvisa aguarda documentos para estudo sobre a Butanvac

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo (6) que aguarda documentos do Instituto Butantan para avaliar o pedido de início de estudos com seres humanos para o desenvolvimento da vacina brasileira Butanvac.ebcebc

De acordo com a autarquia, este momento em que são necessárias informações complementares constituem a fase do processo se que o órgão chama de “exigência”. Ainda segundo a Anvisa, o Instituto Butantan se comprometeu a fornecer os dados faltantes até amanhã (7).

O pedido foi apresentado no dia 26 de março. Conforme a Agência, desde esta data durante 48 dias os técnicos aguardaram informações complementares. Os últimos dados recebidos foram sobre o protocolo clínico, que estão sendo analisados pela equipe técnica da Agência.

O esclarecimento foi divulgado após notícias publicadas em meios de comunicação sobre uma suposta iminência da autorização dos estudos pela Anvisa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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União Química produzirá vacina russa EpiVacCorona

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A farmacêutica brasileira União Química fechou acordo de cooperação técnica com o laboratório russo Geropharma para a produção de uma nova vacina contra a covid-19 chramada EpiVacCorona. As informações são do Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, o investimento feito pela União Química deve ficar entre R$ 300 e R$ 400 milhões, e a parceria também prevê a produção de insulina. Segundo o presidente da União Química, Fernando de Castro Marques, a vacina já é usada na Rússia e em alguns países latinoamericanos.

Ele acrescentou que inicialmente, a parceria permitirá a importação da vacina. Em um segundo estágio, será possível produzir o imunizante no Brasil. De acordo com ele, este é um projeto “para o próximo ano”.

A União Química também já havia firmado parceria com o Instituto Gamaleya para produzir a Sputnik V. Neste caso, o processo já está mais avançado: a expectativa é de que a fábrica em Brasília seja certificada e que a produção comece no mês que vem.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Escassez de anticoagulante compromete saúde de gestantes na pandemia

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A falta do anticoagulante Enoxaparina nas farmácias têm preocupado as gestantes que necessitam do remédio.

De acordo com o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF/MS), desde maio de 2020, o medicamento já estava apresentando sinais de desabastecimento.

“Medicamentos como a Enoxaparina oscilam no mercado e apresentam indicação de desabastecimento desde meados de maio e junho de 2020. Temos no Brasil cerca de três fabricantes de heparina e cerca de cinco fabricantes de Enoxaparina. São medicamentos que já haviam apresentando série de indicativos de escassez e desabastecimento no mercado brasileiro”, explica o farmacêutico e doutor Adam Macedo Adami, que também e assessor técnico do CRF/MS.

Ainda conforme o profissional, a situação se tornou ainda mais preocupante durante a pandemia.

Últimas notícias

“A situação se tornou mais preocupante nesse ano de 2021 com o agravamento da pandemia a respeito dos autos custos dos laboratórios nacionais para importar a Enoxaparina. Realmente vivemos um preocupante quadro de falta e desabastecimento desse remédio”, acrescenta.

Nas redes sociais, a ginecologista e obstetra Maria Auxiliadora Budib faz um apelo pedindo para doarem o remédio para quem precisa. “Se você tem Enoxaparina (Clexane/Versa) e pode fazer doação, entre em contato conosco. Muitas gestantes de alto risco estão precisando e não há nas farmácias”, ressalta.

Uma leitora, que preferiu não se identificar, disse que está há dias procurando pelo medicamento e não encontra.

“Estou temendo a vida. Eu necessito desse remédio e não estou achando”, relata.

Remédio

A Enoxaparina é um medicamento de uso injetável por via intravenosa. É utilizado para tratamento de trombose venosa profunda (formação ou presença de um coágulo sanguíneo dentro de um vaso) com ou sem embolia pulmonar.

Também é usado para prevenção da formação de trombo na circulação extracorpórea durante a hemodiálise (método artificial para filtrar o sangue).

Além disso, conforme informado pela Anvisa, trata da angina instável (dor no peito) e infarto do miocárdio.

Age na prevenção da obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo de sangue na corrente sanguínea), em particular aqueles associados à cirurgia ortopédica ou à cirurgia geral, entre outras funções.

Fonte: Correio do Estado