‘Sputnik V não respondeu às perguntas sobre segurança’, afirma gerente-geral da Anvisa

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Em entrevista concedida à rádio Bandeirantes, o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, explicou que a agência liberou a importação de um lote específico da Sputnik V para estudo, não o uso emergencial – como aconteceu com outros imunizantes.

‘Uso da Sputnik V e da Covaxin é restrito e controlado’, explicou Mendes. ‘Colocamos como condicionante que tanto o Ministério da Saúde, que vai disponibilizar a Covaxin, quanto os governadores, que vão disponibilizar a Sputnik, informem a população de que esse uso é controlado e a Anvisa ainda está avaliando informações.’

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Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, trata-se de um caso diferente dos imunizantes já aprovados pela Anvisa. ‘Isso precisa ficar claro’, ressaltou.

Liberação de lotes específicos

A decisão acerca da Sputnik V diz respeito a um material importado da Rússia, e não da vacina que pode vir a ser produzida em laboratórios brasileiros. ‘A liberação é apenas para esses lotes que vêm da Rússia, negociados pelos governadores do Nordeste’, detalhou Mendes. ‘Não é sobre a União Química, que está buscando desenvolver a vacina no Brasil. Com relação a isso, não houve avanço.’

De acordo com o gerente-geral, a aplicação da Sputnik V ficará restrita a 1% da população dos Estados que importaram o lote da Rússia. ‘Os Estados terão de propor estudo de efetividade, para que a Anvisa possa verificar os aspectos de segurança e, aí sim, ampliar a utilização’, disse. ‘É uso restrito, ainda está em ambiente de observação. É controlado.’

Sputnik V ainda não comprovou segurança, qualidade e eficácia

Segundo Mendes, a Anvisa precisou de relatórios oficiais da Rússia para aprovar o uso desse lote da Sputnik V. ‘Ao longo desse período [de abril pra cá], tivemos acesso ao relatório da Rússia que esclareceu algumas questões’, contou. ‘O ponto principal foi o do adenovírus replicante na vacina, que repercutiu bastante, porque trata-se de um imunizante que não pode ter nada, nenhum vírus que se replique.’

O gerente-geral afirma que a Anvisa observou os laudos da empresa fabricante e concluiu que a Sputnik V ainda não fornece as garantias necessárias para sua aplicação. ‘É uma vacina que ainda não respondeu a todas perguntas sobre segurança, qualidade e eficácia, mas com base nas condicionantes que foram propostas pela área técnica, é possível uso controlado, acompanhado pela Anvisa’, explicou.

Fonte: Revista Oeste

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/primeiro-lote-da-vacina-sputnik-v-deve-ser-enviada-ao-brasil-em-dez-dias-diz-uniao-quimica/

Após aprovação da Anvisa, Gladson diz que Acre está a um passo de imunizar população

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Na noite desta sexta-feira, 4, a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), anunciou a aprovação, com restrições, da importação das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, no combate à Covid-19. A decisão será para os lotes específicos de imunizantes e ainda não dará autorização ao uso emergencial dessas vacinas. A reunião formada por cinco diretores da Anvisa, durou cerca de sete horas. Na ocasião, cada diretor, apresentou seus pareceres técnicos sobre os imunizantes. Cada vacina teve quatro votos a favor da liberação da importação e um voto contra.

O governo do Estado do Acre, juntamente com os governos da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí solicitaram a importação da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V. Já o governo federal requisitou a importação da vacina indiana, Covaxin. Por meio do Consórcio Norte e Nordeste, o governador Gladson Cameli já havia formalizado a aquisição de 700 mil doses da vacina Sputnik V, para assegurar a proteção da população acreana. O primeiro lote de vacinas, no entanto, deverá atender os estados do Nordeste, que são os pioneiros. Com a notícia da aprovação, Cameli salientou a expectativa de mais vacinas aprovadas pela Anvisa. ‘Estamos a um passo para a imunização da nossa população acreana. Estou muito feliz e em breve estaremos cumprindo uma agenda oficial para tornarmos realidade a imunização por intermédio destas vacinas’, pontuou o governador do Acre.

Anvisa já autorizou para o uso no Brasil as vacinas: CoronaVac (produzida pela Sinovac e o Instituto Butantan), a vacina de Oxford/AstraZeneca (produzida pela Fiocruz), a da Pfizer/BioNTech e a da Johnson, que ainda não é aplicada no país. A Agência Nacional de Vigilância requereu algumas condições para a liberação das importações das vacinas, entre estas, a realização de novos estudos de efetividade, a entrega de novos dados pelos fornecedores e aprovação do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS).

[Agência de Notícias do Acre]

Lavar as mãos

A lavagem deve ser feita frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.

Não tocar o rosto

Evite encostar as mãos não lavadas na boca, nos olhos e nariz. Essas são as principais portas de entradas do coronavírus no organismo.

Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar

O ideal é usar cotovelo ou lenço. Se utilizar papel, jogue fora imediatamente.

Usar álcool em gel

Se não houver água e sabonete para lavar a mão, use o álcool gel 70%, que é eficiente para matar o vírus e outras possíves bactérias.

Evitar contato se estiver doente

Quem está com sintomas de doença respiratória deve evitar apertar as mãos, abraçar, beijar ou compartilhar objeto. Se puder, fique em casa.

Usar máscara se apresentar sintomas

Quem está com sintomas como tosse e espirro deve usar máscara mesmo sem o diagnóstico confirmado de covid-19.

Fonte: O Rio Branco

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/anvisa-aprova-com-restricoes-a-importacao-das-vacinas-covaxin-e-sputnik/

Produtos farmacêuticos impactados pela pandemia

O presidente do Sindicato do Varejo Farmacêutico (Sincofarma), Maurício Filizola, afirma que, em parte, o aumento pode ser explicado pelo próprio aumento da procura por determinados produtos. E isso pode variar de região para região.

“O setor farmacêutico foi um dos poucos que não parou na pandemia. Além disso, houve uma procura grande por álcool em gel, por produtos que aumentem a imunidade e mesmo aqueles ligados ao tratamento do Coronavírus, como a azitromicina, que possuem participação importante no mix de produtos. Diante deste cenário, os preços também foram atualizados pela indústria que passou a oferecer descontos menores para as farmácias e isso também acabou se refletindo nos preços do consumidor final.”

A escalada de preços dos insumos que são usados na produção dos medicamentos, a maior parte importada, também pesa na conta. “E mesmo assim, o reajuste que foi autorizado pelo Governo varia entre 6% a 9%, dependendo da categoria. Em muitos casos, o reajuste da matéria prima foi mais que o dobro disso.”

Fonte: O Povo Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/sincofarma-esclarece-indenizacao-a-farmaceuticos-durante-a-pandemia/

Queiroga diz que Brasil receberá 3 milhões de doses da Janssen em junho

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira (4) que o Brasil receberá ainda em junho 3 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 do laboratório Janssen. Segundo o ministro, a entrega acontece de forma antecipada, já que as entregas teriam início somente no último trimestre de 2021. As informações são do G1. De acordo com Queiroga, o contrato com a farmacêutica prevê entrega de 38 milhões de doses da vacina, que é de aplicação em dose única.

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Ainda segundo ele, a distribuição do imunizante está sendo organizada. O ministro não informou a data em que as vacinas chegarão ao Brasil.

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen contra a Covid-19 em março de 2021. O governo federal já havia fechado um contrato para a aquisição de 38 milhões de doses antes da aprovação.

A vacina contra covid-19 da Janssen, uma subsidiária da Johnson & Johnson, registrou uma eficácia global de 66%, sendo que se mostrou eficaz em 85% para casos graves. Este imunizante foi o quarto aprovado para uso no Brasil.

Fonte: Jornal de Uberaba

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Anvisa aprova, com restrições, a importação das vacinas Covaxin e Sputnik

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A Agência de Vigilância Sanitária aprovou, com restrições, a importação de duas novas vacinas: a indiana Covaxin e a russa Sputnik.

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A autorização é para importação e uso de um número limitado de vacinas. No caso da Sputnik, poderão ser importadas, agora, 928 mil das 37 milhões de doses contratadas. As vacinas serão para apenas 1% da população de cada um dos seis estados do Nordeste que fizeram o pedido à Anvisa: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.

Já o governo federal poderá importar, agora, 4 milhões de doses da Covaxin. Ao todo, o contrato com o Ministério da Saúde prevê a entrega de 20 milhões de doses. Assim como a Sputnik, a Covaxin é aplicada em duas doses.

Mas antes, os lotes das vacinas têm que ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, da Fiocruz. Os fabricantes precisam entregar à Anvisa documentos que ainda estão faltando.

Anvisa autorizou o uso apenas para adultos saudáveis. Essas doses estão proibidas para grávidas, mulheres que pretendam engravidar nos próximos 12 meses, quem tem mais de 60 anos e pessoas com comorbidades. A Anvisa já tinha rejeitado um pedido anterior de importação das vacinas. Agora, diz que recebeu novos dados e que levou em conta o agravamento da pandemia no Brasil.

Tanto os estados quanto o governo federal tinham pedido autorização para importar uma quantidade maior das duas vacinas. Mas a Anvisa explicou que restringiu a importação porque, com os dados encaminhados até agora pelos fabricantes, não foi possível analisar a qualidade, a eficácia e a segurança. Mas isso foi feito pelas agências reguladoras da Rússia e da Índia. E uma lei, aprovada pelo Congresso Nacional em 2021 permite a importação nesses casos.

Os diretores da agência explicaram que essas doses devem ser aplicadas em condições controladas, sob responsabilidade dos estados, no caso da Sputnik, e do Ministério da Saúde, no caso da Covaxin. Após o uso desses lotes, a Anvisa vai analisar os dados de monitoramento e poderá autorizar a importação de mais doses.

‘À medida em que esse primeiro lote for aplicado, depois de passar por essa caminhada que eu relatei, se nenhum alerta, nenhum evento adverso, nada, chamar a atenção, nada implicar a paralisação ou suspensão, novos lotes serão autorizados. Essa é a dinâmica. Então, de fato, a primeira etapa dessa autorização controlada, desse uso controlado, demanda uma organização. Na sequência tem a dinâmica na qual falei aqui. Chegada do produto no Brasil, submissão de exame laboratorial, período de guarda do produto. Se eu pudesse fazer uma projeção, pelo menos 30 dias para que isso se desembaraçasse’, explica o diretor da Anvisa Alex Campos, relator dos pedidos.

Fonte: G1.Globo

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Primeiro lote da vacina Sputnik V deve ser enviada ao Brasil em dez dias, diz União Química

Sputnik V – O presidente da farmacêutica União Química, Fernando de Castro Marques, disse em entrevista a CNN Brasil que as primeiras doses da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, devem ser enviadas para o Brasil em até dez dias.

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Ao todo, a remessa deve ter cerca de 900 mil doses, segundo estimativas, que poderão ter como origem a União Química ou o Instituto Gamaleya, da Rússia.

“Uma vez que houve a liberação da Anvisa, acredito que em cinco ou dez dias as vacinas deverão ser embarcadas para o Brasil”, disse Marques na entrevista.

A autorização da importação do imunizante, em carárter excepcional e temporário, aconteceu na última sexta-feira (4). Nos mesmos termos, também foi autorizada a importação da indiana Covaxin.

Segundo Fernando de Castro Marques, a produção da Sputnik V está em andamento, em Guarulhos, com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) recebido da Rússia. “Em julho, vamos produzir IFA em quantidade relevante pra poder verticalizar a produção no Brasil”, disse.

O presidente da União Química disse que a Sputnik V tem eficácia acima de 94%, e atualmente é utilizada em mais de 65 países. “Nós vamos produzir em alta escala. Se houve essa liberação foi devido à documentação fornecida pela União Química. Assinamos o contrato para produzir de forma verticalizada, fora da Rússia, para atender essa situação calamitosa que nos encontramos”.

Limitação de doses

Apesar do aval da Anvisa, houve limitação do número de doses a 1% da população e a aplicação será destinada somente a um “público adulto e saudável.”

A decisão, tomada a partir do voto da maioria dos diretores das áreas técnicas do órgão, ocorreu durante reunião extraordinária de mais de sete horas, na sexta-feira (4). Pelas regras estipuladas, o Ceará poderá concluir a compra direta só de 183 mil doses e não dos esperados 5,8 milhões imunizantes da Rússia.

Os pedidos de importação foram apresentados por estados, para a Sputnik V, e pelo Ministério da Saúde para a Covaxin. O Consórcio do Nordeste planejava adquirir 39,6 milhões de doses, mas o total liberado para a região foi 938 mil.

A Covaxin também terá limite de 1% da população do País, podendo chegar até 4 milhões de vacinas importadas. Segundo a Anvisa, o quantitativo foi estabelecido para permitir o controle e observação dos lotes e poderá ser reavaliado para futuras aquisições.

A importação da Sputnik V poderá ser feita por parte dos estados somente mediante diversas condições apontadas pelas áreas técnicas, incluindo restrição de uso para alguns grupos e regras para a aquisição e distribuição dos lotes. (ler abaixo).

Ambos os imunizantes haviam sido reprovados pelo órgão em razão da falta de dados técnicos, em março e abril deste ano.

O Brasil tem, hoje, duas vacinas registradas (Pfizer e AstraZeneca) e três autorizadas para uso emergencial (CoronaVac, Janssen e Covishield – a AstraZeneca produzida na Índia). A Anvisa analisa o pedido de uso emergencial da Cansino/Convidecia.

Quantitativos de doses da Sputnik V para os estados do Nordeste, segundo a Anvisa:

Bahia – 300 mil doses

Pernambuco – 192 mil doses

Ceará – 183 mil doses

Maranhão – 141 mil doses

Piauí – 66 mil doses

Sergipe – 46 mil doses

Segundo a Anvisa, após o uso dessas vacinas, serão analisados os dados de monitoramento do uso do imunizante e, assim, avaliados os demais quantitativos a serem importados.

Solicitação da importação da Sputnik V

Além do Ceará, pedidos de importação da Sputnik V também foram realizados pelo Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins, além dos municípios de Maricá e Niterói.

Aprovação

O principal motivo que levou à reprovação anterior da Sputnik foi a presença de adenovírus replicante (vírus capaz de se reproduzir) na composição da vacina.

Todavia, após avaliar o relatório apresentado pelo Ministério da Saúde da Federação Russa, a Anvisa concluiu que as normas que determinam a quantidade do adenovírus estão em concordância com as recomendações da agência federal do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

Apesar da aprovação, o órgão definiu diversas regras para a distribuição da Sputnik devido a incertezas em relação ao controle de qualidade e sobre as repostas imunes.

‘Recomenda-se a adoção de condicionantes na eventual autorização da importação excepcional, para fins de distribuição e uso em condições controladas pelos estados solicitantes da importação’, informou Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED).

Grupos não poderão tomar as vacinas

Dentre as orientações, está a contraindicação da aplicação da Sputnik V em gestantes, lactantes, menores de 18 anos, mulheres em idade fértil que desejem engravidar nos próximos 12 meses, além de pessoas com enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia.

Os lotes a serem enviados para o Brasil devem ser oriundos das plantas produtivas inspecionadas pela agência reguladora. Os estados também deverão disponibilizar às unidades de saúde as informações de rótulos e bulas em português.

Durante a reunião, foram apresentadas ainda as pendências técnicas de estudos clínicos da Covaxin. Para a autorização desta vacina, também foram definidas as mesmas condicionantes da Sputinik, mas com a ampliação do grupo de pessoas que não poderá tomar a vacina (ver lista abaixo).

A Gerência frisou que há pendências técnicas, portanto, o Ministério da Saúde deverá comunicar à sociedade que não possui avaliação quanto aos critérios de qualidade, eficácia e segurança da Covaxin.

Histórico da Sputnik V

Anvisa já havia negado o pedido de importação de 30 milhões de doses feito por 14 estados em abril último, incluindo o Ceará. O órgão justificou que não havia informações necessárias para avaliar a segurança da vacina.

Após a recusa, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês) disse que as análises da Anvisa sobre o imunizante estavam “incorretas” e que a decisão poderia ter “motivação política”.

Fonte: Diário do Nordeste Online

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Avanço da vacinação esbarra na dificuldade de obtenção de insumos

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A promessa de acelerar a campanha de imunização contra a covid-19 em junho, lema da gestão do quarto ministro da saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, esbarra em desafios como a dificuldade na obtenção de insumos para a produção de vacinas e as entregas de doses previstas apenas para o segundo semestre. Desde a atualização da projeção de entregas de fármacos, em 24 de abril, o governo reduziu em mais de 14 milhões a previsão de injeções que receberá em junho.

Veja também: São Paulo espera vacinar 1 milhão contra Covid nesta semana; veja postos na capital

Na última quarta-feira, a pasta diminuiu, mais uma vez, a estimativa da disponibilidade deste mês. O ministério informou que receberá, ao todo, 39,8 milhões de doses, baixando a expectativa de entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan, que produzem, respectivamente, a vacina da AstraZeneca e a CoronaVac no Brasil.

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Ao comparar os dois últimos cronogramas divulgados pelo ministério, foram reduzidos 2,9 milhões de vacinas da AstraZeneca e 1 milhão da CoronaVac. Para especialistas, a falta de regularidade da imunização no país passa pelo problema de recebimento de insumos do exterior, necessários para produção, em território nacional, dos principais fármacos utilizados contra a covid-19 no Brasil.

‘O maior problema, hoje, é o atraso no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), por conta dos problemas de negociação com os governos produtores. Nossa política internacional não ajuda’, explica a professora Anamélia Lorenzetti Bocca, do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB).

Em maio, a Fiocruz e o Butantan chegaram a suspender a produção por causa da falta do insumo. Com isso, a vacinação contra o novo coronavírus desacelerou, e o país registrou menos aplicações, na média diária, do que em abril.

Anamélia afirma que a instabilidade na produção dos laboratórios nacionais não garante o programa vacinal prometido pelo governo para este mês. ‘As doses da Pfizer só chegarão em maior número no segundo semestre. Até lá, estaremos muito vulneráveis ainda. Particularmente, não vejo melhora a curto prazo se a importação do IFA não for estabilizada’, disse a especialista.

Atraso

O ministério assinou dois contratos com a Pfizer para adquirir 200 milhões de doses da Cominarty, produzida pela farmacêutica, mas a maior parte das doses só chegará ao país no terceiro e no quarto trimestres. A demora no fechamento de contrato para a compra na gestão do general Eduardo Pazuello foi exposta na CPI da Covid, e é criticada por médicos infectologistas e epidemiologistas. Agora, o ministro Marcelo Queiroga tenta adiantar a entrega de imunizantes já contratados, a fim de acelerar a campanha nacional de imunização.

Na última sexta-feira, em entrevista ao CB.Poder, programa realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília, Queiroga anunciou a chegada das primeiras doses da vacina contra a covid-19 da Janssen para este mês. Segundo a previsão inicial do contrato firmado com a empresa, as primeiras unidades do imunizante só estariam no país em julho. As novas injeções ainda não foram incluídas no cronograma, que amanhã será atualizado novamente.

Queiroga voltou a prometer atender toda a população com mais de 18 anos até o final do ano. No entanto, Anamélia Bocca pontua que o avanço do cronograma depende da velocidade de vacinação e da disponibilidade de doses. ‘Não estamos vendo melhora em nenhum desses dois parâmetros. A previsão no Brasil é de vacinarmos 57% da população em dezembro, o que é um percentual baixo, considerando a redução da eficácia das vacinas com as novas variantes’, alerta.

O país se vê, ainda, sob a ameaça de uma terceira onda da pandemia do novo coronavírus e se preocupa com o avanço da cepa indiana, que já tem casos confirmados no Brasil. Pesquisadores da Fiocruz ressaltaram, na última edição Boletim do Observatório Covid-19, divulgado na sexta-feira, que ainda há um longo caminho a percorrer para que o país alcance um percentual próximo de 75% da população vacinada com duas doses, apontado pelos estudos como capaz de interromper a circulação do vírus.

Anvisa aguarda papeis da Butanvac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, ontem, que o processo de pedido de anuência dos estudos clínicos da vacina Butanvac contra a covid-19, desenvolvida pelo Instituto Butantan, está em fase de ‘exigência’. Isso significa que a agência reguladora aguarda ainda o envio complementar de documentação necessária para que a análise científica seja concluída. Em 26 de maio, o diretor-executivo do Instituto Butantan, Rui Curi, disse que havia uma expectativa de que o órgão regulador desse uma resposta, hoje, sobre o início dos testes clínicos da Butanvac. Mas a segundo a Anvisa, a entrega da documentação é essencial para permitir a finalização da análise.

Fonte: Correio Braziliense Online

Doutora cannabis: Salvador ganha 1ª clínica popular que usa canabinoides em tratamento

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As mães que lutam para melhorar a qualidade de vida dos filhos com enfermidades crônicas inspiraram a fundação da primeira clínica popular, em Salvador, com atendimento terapêutico baseado no uso medicinal da cannabis sativa. Inaugurada, há pouco mais de um mês – pelo biomédico Guilherme Cardoso e a médica Beatriz Sampaio -, a Dra. Sativa (@espaco_sativa), localizada no Caminho das Árvores, oferece consultas com valores a partir de R$ 200 e, desde que foi aberta, já acumula uma lista de espera de, aproximadamente, 60 pessoas. A busca é por uma opção alternativa para o tratamento de doenças com quadros de difícil controle.

Outros 25 pacientes aguardam pelo atendimento gratuito que também faz parte da proposta inclusiva da clínica. Além do atendimento presencial, a consulta pode ser feita online em todo Brasil. A terapia é voltada para patologias como autismo, epilepsia, Alzheimer, dores crônicas, ansiedade e depressão. ‘Atualmente, 90% da clientela são mães desses pacientes. Esse é o amor que vence tudo. Elas são as grandes médicas doutoras sativas que lutam pelo tratamento e inspiram o nome da nossa clínica. É recompensador ajudar uma mãe que tem uma filha, que antes sofria várias crises convulsivas por dia, conquistar mais qualidade de vida e dignidade. A sensação que tenho é de esperança’.

Apesar de não abrir os dados de faturamento e expectativas de crescimento para o ano, a ideia do negócio nasceu quando, ainda na faculdade, Guilherme teve contato com estudo dos canabinoides. A equipe conta com sete médicos da área clínica, biomédica, neurologia, especialista em dor e nutrologia.

‘A cannabis é uma abordagem revolucionária na medicina assim como o antibiótico foi há décadas. Levamos cinco anos para organizar e estruturar o projeto que se transformou na primeira clínica particular independente com a proposta popular e única na Bahia. Nos nossos planos está a expansão do modelo para outros estados’, destaca o CEO, Guilherme Cardoso.

Para entender o tratamento, primeiro a gente precisa explicar o que são canabinoides. As substâncias estão presentes na cannabis sativa – o nome científico da maconha – que possui mais de 480 compostos, entre eles, uma infinidade de tipos de canabinoides. É aqui que entra o Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD), dois dos principais princípios ativos, utilizados para fins medicinais. Bom, esses compostos ativam e interagem com o sistema endocanabinoide que está presente no corpo humano. Eles são capazes de melhorar sintomas específicos daquela determinada doença, como, por exemplo, conter espasmos, no caso da esclerose múltipla ou controlar convulsões severas em pacientes com epilepsia.

Nos últimos dois anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a fabricação e a venda de produtos para uso medicinal, nas farmácias, mediante prescrição médica. O primeiro produto de cannabis autorizado pela Anvisa foi aprovado em abril do ano passado e produzido pela farmacêutica brasileira Prati-Donaduzzi. Um ano depois, a agência liberou mais dois produtos importados e fabricados nos Estados Unidos. Segundo Guilherme Cardoso, o preço dos produtos chega a variar de R$ 300 a R$ 2 mil, o que limita sua aquisição a uma parcela pequena da população.

‘Sabemos que o custo é alto. Por essa razão, os valores aplicados por nossos médicos são menores, em comparação a outros profissionais. Porém, conseguimos tornar o negócio sustentável e seguir com a proposta de atendimento popular e isso de certa forma é uma maneira humanizada de fazer medicina’.

Regulação

Os próximos dias serão decisivos para o avanço do marco regulatório da cannabis no Brasil. A votação do Projeto de Lei (PL) 399/15 que regulamenta o plantio da maconha para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta foi adiada no mês passado. A lei, no entanto, não trata de autocultivo, nem do uso recreativo, religioso e ritualístico. Pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Renato Filev, analisa que mesmo que seja um avanço, ainda existem barreiras que impedem o maior acesso.

‘A PL não deixa de ser um ganho, porém, é incipiente quando não contempla o cultivo pessoal para fins terapêuticos e impõe um ‘sarrafo’ de regras rígidas, sobretudo, para associações que estão mais próximas de um extrato artesanal do que de um medicamento farmacêutico’. Ele destaca que quem precisa do tratamento, muitas vezes, enxerga ali, um último recurso.

‘O Brasil ainda é muito conservador. O maior gargalo é não reconhecer a importância de regular de uma maneira responsável os processos de produção, distribuição e consumo da cannabis’, acrescenta.

A nova reunião da Comissão Especial para votação do parecer pelo relator está prevista para terça-feira (08), às 9h. ‘A gente tem que preparar, informar as pessoas dessas potencialidades e catalisar as pesquisas aqui no nosso país. Ou seja, organizar um debate amplo, que altere essa regulação para que o acesso a esses produtos seja, de fato, mais democrático’, defende Filev.

Fonte: Correio 24 Horas Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/farmacias-argentinas-passam-a-vender-oleo-de-cannabis/

‘Score’ de imunidade: procura por teste que mostra anticorpos pós-vacina cresce até 80%

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Depois do medo de se contaminar, o sonho de ser imunizada, finalmente, se realizou. A aposentada Norma*, 68 anos, estava vacinada contra a covid-19. Protegida pela vacina e com viagem marcada para o feriadão de Corpus Christi, foi a sua médica quem sugeriu que ela fizesse a testagem de anticorpos, já que viajaria para fora do estado. Exame feito. Até que o resultado gerou uma desconfiança tanto quanto à eficácia da vacina, quanto à exatidão da análise: ‘Tomei duas doses da Coronavac. Na última semana, por segurança, fiz o exame de Sorologia para covid e o resultado deu não reagente para anticorpos. Fiquei decepcionada e insegura. Desisti da viagem, cheguei a questionar o resultado junto ao laboratório. Será que o vírus ainda é uma grande ameaça para mim?’

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Assim como Norma*, com a expansão da vacinação, mesmo que a passos lentos, muita gente tem buscado testes sorológicos que medem anticorpos na tentativa de checar se estão realmente protegidos contra a covid-19. Em laboratórios como o Sabin, por exemplo, na comparação entre os meses de abril e maio, a busca por métodos que apontam a presença de anticorpos neutralizantes (aqueles capazes de bloquear a interação do vírus no sistema imunológico) cresceu 80%. Já na rede DNA, até o momento, o aumento foi de 30%.

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Em sete unidades de análises clínicas que o CORREIO entrou em contato e que disponibilizam os testes Anticorpos Neutralizantes e o Anticorpos IgG, a média de preço varia de R$ 140 a R$ 300, a depender do exame, e pode ser parcelado de três a até 12 vezes. O resultado dos testes realizados em amostras sanguíneas sai em de dois a seis dias. Redes de farmácias como a Pegue Menos também já disponibilizam a testagem rápida de anticorpos neutralizantes em 10 cidades, entre elas, Salvador. O resultado sai em 10 minutos e o valor é de R$ 139. Apesar de confirmarem o crescimento na procura, os laboratórios reconhecem que toda e qualquer necessidade de fazer o exame deve ser avaliada e recomendada por um médico.

Mas será que a resposta da imunização está mesmo nesses exames? A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, destaca que não há necessidade de fazer a testagem sorológica pós-vacinação. ‘Todas as vacinas que são aplicadas no Brasil mostram dados suficientes de eficácia de segurança. Nesse momento, o que nós temos visto é que o exame pode gerar muito mais interpretações erradas do que a segurança que as pessoas visam buscar. Há uma gama de testes de eficácias, objetivos diferentes e nenhum deles contempla toda a complexidade da imunidade depois da covid, nem traduzem a situação individual de imunização’, explica. Ou seja, são testes que só analisam uma parte do todo diante de uma variedade de moléculas capazes de defender o nosso corpo.

‘Existe a imunidade nata, em que você tem uma resposta que é mais eficaz em algumas pessoas do que em outras. Porém, o ser humano conta com um mecanismo de imunidade celular que pode ser muito efetivo protegendo a pessoa contra a doença e isso não é medido por testes sorológicos’, esclarece.

Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Rede CoVida, Viviane Boaventura concorda que a corrida para fazer esse tipo de testagem não deve ser uma preocupação de quem se vacinou. Um resultado negativo não significa que aquela pessoa está menos protegida. ‘O teste pode não ser adequado para detectar anticorpos produzidos em resposta aos componentes da vacina. Da mesma forma, um exame negativo não irá excluir a possibilidade de estar imunizado. Não é apenas a dosagem de anticorpos que conta’, explica.

Score

No caso do biólogo Maurício Freitas, de 49 anos, o fato de trabalhar em um hospital de tratamento para pacientes com covid o levou a fazer a testagem logo depois da segunda dose da Coronavac. O teste indicou a produção de anticorpos neutralizantes acima do valor de corte para positividade. O resultado gerou comparação com outros conhecidos vacinados: ‘Meus colegas de trabalho e outros amigos da área de saúde que tomaram imunizantes diferentes tiveram resultados satisfatórios em relação à produção de anticorpos neutralizantes, inclusive, com dobro de valor no resultado. Mas para mim, o que importa é estar vacinado, independente de qual vacina a pessoa tomou’.

O psicoterapeuta Jordan Campos, 42, tomou conhecimento da testagem de anticorpos neutralizantes através de blogs e sites sobre coronavírus. Antes da vacina, ele desenvolveu a forma grave da infecção e permaneceu internado em uma UTI durante nove dias.

‘Gastei cerca de R$ 300 e decidi fazer porque eu queria estar mais seguro em relação aos anticorpos IgG que eu já tinha. Fiquei realmente bem mais aliviado quando vi ali um score de anticorpos acima de 400, depois da primeira dose da Astrazeneca’, relata.

No geral, os testes sorológicos são feitos para estudos que identificam a prevalência de infecção na população. Eles podem ser solicitados também para diagnóstico de covid-19 quando os sinais se iniciaram há mais de uma semana e não foi feito o exame PCR (teste molecular realizado entre 3 e 5 dias após o início dos sintomas). Nesse caso, a única maneira de comprovar diagnóstico é com a sorologia.

Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota técnica sobre os testes que avaliam a efetividade das vacinas e a proteção contra o coronavírus. No documento, o órgão esclareceu que não existe definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes necessários para conferir proteção imunológica contra infecção, reinfecção, formas graves da doença e novas variantes. Além disso, acrescentou que os produtos para diagnóstico aprovados pela agência para detecção de anticorpos neutralizantes não determinam proteção vacinal.

Na teoria, os testes sorológicos indicam a presença de anticorpos contra as diferentes proteínas existentes no novo coronavírus, porém, não são capazes de dar nota para uma capacidade de imunidade relacionada à covid. O presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Carlos Eduardo Ferreira é mais um que reforça que a testagem após a vacina é desnecessária. Ele explica, inclusive, como os exames sorológicos funcionam:

‘Basicamente, as proteínas se dividem em duas: a proteína N (nucleocapsídeo) e a proteína S (espícula). A proteína S é a que se liga à célula para entrar nela e se reproduzir. A partir do momento que existe um anticorpo que se liga a esta proteína S, o vírus é bloqueado e não entra na célula. A proteína S é o substrato mais utilizado nas vacinas e, por isso, são os anticorpos que agem contra esta proteína, que os testes pós-vacinais tentam buscar. Mas existem outras formas de defesa contra o vírus. Estamos aguardando mais evidências’, ressalta Ferreira.

Proteção em massa

Enquanto a pandemia não estiver controlada e grande parte da população imunizada, existe uma proteção efetiva contra o coronavírus? A resposta vem de um estudo recente feito no município paulista de Serrana por pesquisadores do Instituto Butantan. De acordo com a análise feita pelos cientistas, com 75% de vacinados, a pandemia no país pode ser controlada. Em abril, Serrana já apresentava uma queda expressiva na incidência da covid-19. De 699 casos no mês anterior, esse número reduziu para 251 e, além disso, as mortes passaram de 20 para 6, no mesmo período. A cidade de 45 mil habitantes foi escolhida pelo alto índice de contágio. Quase toda a população adulta recebeu duas doses de Coronavac.

Para a diretora da SBIm, o estudo reflete que é possível reverter a situação epidemiológica, desde que haja um avanço na campanha de vacinação e que todos continuem tomando todas as medidas protetivas como o uso de máscaras, higienização das mãos, isolamento quando possível e o distanciamento social. ‘Esse é o principal desfecho que queremos: evitar internações graves e morte a vacinação em massa mostrou esses dados pra gente na vida real’, diz Mônica.

Dados da última sexta junto a secretarias de Saúde apontam que 22,53% das pessoas tomaram a primeira dose, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Já a segunda dose foi aplicada em 10,74% da população. Até o início da noite de sexta, o Painel de Vacinação do Ministério da Saúde registrava mais de 68 milhões de doses aplicadas no país. A Bahia ocupa a 4ª posição no ranking de estados com cerca de 4,5 milhões de vacinados.

A maioria dos vacinados recebeu o imunizante Coronavac (2,6 milhões), seguido da AstraZeneca (1,8 milhão) e Pfizer (137 mil). Já em Salvador, até às 18h de sexta-feira eram 1,17 milhão de vacinados na capital, que a partir do sábado (5) vacinaria exclusivamente pessoas com 55 anos ou mais. A imunização dos outros públicos prioritários segue na segunda-feira (7).

Não existe uma vacina melhor que a outra, mas, sim, organismos diferentes que vão reagir a esses imunizantes de acordo com a eficácia de cada um deles. Os pesquisadores ainda buscam identificar quanto tempo a vacina terá efeito em nosso corpo. Existem dúvidas, sobretudo, se todas se as vacinas disponíveis são capazes de combater as novas versões do coronavírus. O teste de anticorpos pode ser dispensável, mas a segunda dose da vacina não, como ressalta Mônica: ‘É imprescindível que se faça essa segunda dose para ter a proteção máxima que vacina possa oferecer’.

*Nome fictício, já que a personagem pediu para não ser identificada pela reportagem.

***

TIRA-DÚVIDAS: O QUE É IMPORTANTE SABER SOBRE A TESTAGEM DE ANTICORPOS

Com relação às vacinas contra a covid aplicadas no Brasil, qual a capacidade de imunização de cada uma?

Todas as vacinas foram licenciadas por mostrar dados suficientes de eficácia de segurança, como explica a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi. ‘A Coronavac demonstrou uma eficácia de 50,7% em prevenir qualquer infecção que tenha sintoma e durante a imunização já alcançou uma alta proteção contra casos graves e morte. A Pfizer possui uma eficácia de 95%, em prevenir casos confirmados de covid e a AstraZeneca mostrou eficácia de 62% a 90%, após duas doses para covid sintomática’.

Afinal, é preciso se testar após a vacina?

Pesquisas estão sendo desenvolvidas para verificar se vai existir essa obrigação. No momento, especialistas em patologia clínica e imunização apontam que a testagem de anticorpos não é necessária.

O que é importante esclarecer, sobretudo, para quem está correndo para os laboratórios em busca desses testes depois de imunizado?

A diretora da SBIm reforça que a corrida para a realização desse tipo de testagem pode gerar uma falsa sensação de segurança quando dá positivo e uma frustração de achar que a vacina não funcionou para um resultado negativo, quando nenhum teste sorológico foi desenvolvido no sentido de avaliar a imunidade pós-vacina contra covid. ‘A gente tem outros setores do sistema imunológico que funcionam na proteção que não são identificadas por essa testagem. Por todos esses motivos, nós desconsideramos a efetividade de se fazer testes depois da vacinação. O que reconhecemos é que que a pessoa deve ter adquirido o máximo possível da proteção conferida por cada uma das vacinas, duas semanas depois da segunda dose’, destaca Mônica.

Como o nosso corpo reage ao vírus?

Quem esclarece essa dúvida é a pesquisadora da Fiocruz e da Rede Covida, Viviane Boaventura. Tudo depende do tipo de vacina e da resposta de cada indivíduo. ‘Há dois componentes do sistema imune importantes para serem avaliados. Um, é a resposta humoral (que inclui dosagem de anticorpos) e outro, a celular. Os testes disponíveis avaliam apenas uma parte dessa resposta’, diz.

É verdade que quando o resultado mostra ‘pouco’ ou ‘nenhum’ anticorpo, quer dizer que a vacina não funcionou ou que a proteção é insuficiente?

Não se sabe ainda se há um nível de anticorpo a partir do qual seja garantida a proteção. Um exame negativo não quer dizer que não houve imunização. ‘O teste pode não ser o mais recomendado para identificar anticorpos produzidos em resposta aos componentes da vacina e, além disso, não avalia a resposta imune celular, componente importante contra infecções virais’, complementa Viviane.

Que cuidados precisam ser mantidos mesmo após estar vacinado?

Além das medidas principais de proteção como o uso correto de uma máscara segura, higienização das mãos e distanciamento social, Mônica acrescenta a importância de não deixar de tomar a segunda dose do imunizante. ‘É uma atitude imprescindível para ter a proteção máxima que vacina possa oferecer. Continue usando as medidas preventivas, tanto para colaborar com a redução da circulação e do vírus, como para aumentar o grau de proteção individual’, enfatiza a especialista.

Fonte: Correio 24 Horas Online

Sputnik e Covaxin: conheça as novas vacinas a serem aplicadas no Brasil

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Vacinas – As primeiras doses da vacina russa Sputnik V devem chegar ao Brasil em julho. A informação foi dada à CNN pelo governador do Maranhão, Flávio Dino. Já de acordo com o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, ainda não é possível afirmar uma data. No sábado (5), gestores-chefes do Executivo das regiões Norte e Nordeste se reuniram para definir os próximos passos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação, sob condições controladas, de 928 mil doses da Sputnik V. Também foi aprovada a importação, nas mesmas medidas, de 4 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, que ainda não têm previsão de chegada ao Brasil.

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A aprovação da Anvisa, na última sexta-feira (4), faz com que a Sputnik V e a Covaxin se juntem à Coronavac, Astrazeneca/Oxford e Pfizer, todas já em uso no Brasil. Os dois novos imunizantes a entrarem na lista foram lançados antes mesmo da conclusão dos estudos, se tornando alvo de incertezas. Agora que chegam ao Brasil, serão aplicados com diversas restrições e exigências de acompanhamento. Entenda o porquê e o que se sabe sobre as duas vacinas:

Sputnik V

Com a decisão da Anvisa, o Brasil se tornou o 67º país do mundo a autorizar a Sputnik V. Mas a marca poderia ter sido alcançada bem mais cedo. É que, ainda em março deste ano, o governo da Bahia anunciou um contrato para a compra de 9,7 milhões de doses da Sputnik V, como parte de negociação do Consórcio Nordeste com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, que fornecerá 37 milhões de doses ao Brasil. A primeira remessa, que tinha previsão de chegar em abril, seria de 2 milhões de doses. Sem autorização da Anvisa, contudo, não houve remessas.

Agora, a Anvisa autorizou a importação por seis estados, no quantitativo equivalente a 1% da população de cada um. O estado da Bahia foi autorizado a importar 300 mil doses; o Maranhão, 141 mil doses; Sergipe, 46 mil doses; o Ceará, 183 mil doses; Pernambuco, 192 mil doses, e o Piauí, 66 mil doses. A agência informou que ‘vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados’.

O secretário Vilas-Boas, em entrevista no sábado (5) à TV Bahia, informou que ações já estão sendo feitas para agilizar a chegada das doses da Sputnik à Bahia. ‘Estamos analisando de que forma podemos agilizar todas as condicionantes [impostas pela Anvisa]. Já dividimos elas. Uma pequena parte deverá ser providenciada pelo fundo russo e outra parte caberá a nós secretários estaduais de saúde, mas tudo dentro do previsto e do que já imaginávamos que seriam nossas responsabilidades de fazer todo o processo de acompanhamento de farmacovigilância da introdução dessa vacina no país’, afirmou o secretário.

Vilas-Boas, contudo, explicou que ainda não é possível dizer quando a vacina chegará em solo baiano. ‘Depende agora de uma conversa com os russos. Temos que fazer um ajuste legal no nosso contrato. O contrato que temos prevê uma quantidade de 37 milhões [de doses para o Nordeste] e nós vamos ter que fazer um aditivo informando que será de 1% inicialmente e, posteriormente, com a autorização definitiva da Anvisa, a gente poderá executar o resto do contrato’, destacou.

A Sputnik V foi o primeiro imunizante registrado contra a covid-19 no mundo. A vacina foi lançada pela Rússia em agosto de 2020, com testes ainda em andamento. A principal preocupação em torno do imunizante diz respeito ao tipo de tecnologia utilizada: vetor viral não replicante.

Isso significa dizer que os cientistas utilizaram adenovírus para simular no organismo a presença de uma ameaça mais perigosa e que se deseja combater para gerar uma resposta imune. Eles foram modificados para não serem capazes de se replicar depois que entram nas células humanas.

Ao contrário de outros imunizantes que também usam adenovírus, como o da AstraZeneca/Oxford e o da Janssen, a Sputnik V é a única a usar dois vetores: o Ad26 e o Ad5, um em cada dose. Esse é justamente o trunfo da vacina russa, em comparação com as outras.

“A ideia de modificar dois adenovírus diferentes é para reduzir uma possível resposta imune contra o próprio vetor. Por isso, ela tem uma eficácia maior do que as outras vacinas com vetor viral. A eficácia dela no estudo publicado foi acima de 90, enquanto as outras ficam em torno de 70% a 75%”, diz a infectologista e imunologista Fernanda Grassi, pesquisadora da Fiocruz e integrante da Rede Covida.

Usar um adenovírus geneticamente modificado para que não se repliquem é algo relativamente comum – acontece em vacinas como a do ebola, por exemplo. Esse tipo de imunizante costuma ser considerado seguro pela comunidade científica.

O problema, segundo a Anvisa, é que os adenovírus usados nessa vacina poderiam, sim, se replicar e isso pode fazer mal à saúde de quem for imunizado com ela. O fato está ainda em discussão e documentos estão sendo solicitados para análise e conclusão.

‘A Sputnik está sendo usada em mais de 60 países e não temos ouvido falar de efeitos ou reações graves. As reações que estão sendo observadas são normais de algumas vacinas. Quem recebe vacina pode ter febre, dor no local da aplicação, moleza, sintomas já esperados’, acrescenta Fernanda.

Covaxin

Já a indiana Covaxin faz parte de um contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos/Bharat Biotec para compra de 20 milhões de doses. A previsão era da chegada de 8 milhões de doses ainda em março, mas a importação não foi autorizada. A decisão de sábado da agência regulatória brasileira permitiu, por enquanto, o uso de 4 milhões de unidades do imunizante.

Anvisa ponderou o fato de não ter recebido relatórios da agência indiana, o curto prazo de acompanhamento dos participantes dos estudos e a inconclusão dos estudos da fase 3, etapa que atesta a eficácia da vacina.

A Covaxin usa versões inativadas do Sars-CoV-2. Essa é uma tecnologia tradicional e semelhante à utilizada pela Coronavac, do Instituto Butantan. ‘A partir do vírus inteiro, as substâncias químicas são inativadas e são adicionadas então substâncias que fazem aumentar a resposta imune’, explica a imunologista. A vacina, portanto, contém vírus mortos, incapazes de infectar pessoas, mas ainda capazes de instruir o sistema imunológico a montar uma reação defensiva contra uma infecção.

Vacinas com vírus inativados, como a Covaxin, têm tecnologia semelhante a de vacinas da gripe, poliomielite, entre outras. É uma plataforma bem estabelecida e considerada segura na produção de vacinas. ‘São as vacinas, digamos, mais fáceis de serem feitas. A vantagem é a facilidade e o fato de já conhecermos. Mas elas dão uma imunidade um pouco menor do que outras vacinas com outras tecnologias. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens’, pontuou Fernanda.

Outra possível vantagem das vacinas com vírus inativados é o melhor funcionamento contra mutações. Parte dos imunizantes disponíveis hoje (como o da Pfizer e o da Astrazeneca) focam na proteína S, a spike, do agente infeccioso. Se esse trecho do vírus sofre mutações, é possível que as doses percam parte da eficácia, embora isso precise ser estudado. O produto da Barat Biotech, por outro lado, apresenta o vírus todo (inativado) ao sistema imune. Com isso, a chance de reconhecer o Sars-CoV-2 mesmo se ele sofrer alterações relevantes seria maior.

Aprovação com restrição

Anvisa considera que ainda faltam informações sobre os dois imunizantes – motivo pelo qual o pedido inicial foi negado em março, no caso da indiana Covaxin, e em abril, para a russa Sputnik V. Entretanto, por votação de 4 a 1, a diretoria colegiada decidiu que o atual momento da pandemia no Brasil justificaria aprovar a importação “com condicionantes”. Isso significa que a Anvisa não se responsabiliza pela eficácia e segurança, mas permite a importação e aplicação restrita, entregando a responsabilidade aos fabricantes e compradores.

Caso o uso emergencial, que está, separadamente, em análise, seja reprovado pelo órgão brasileiro ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os estados devem suspender a importação, distribuição e uso dos imunizantes imediatamente. A autorização do uso emergencial é dada pela Anvisa após a análise e constatação de eficácia e segurança de uma vacina.

Como ressaltou o gerente geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, nenhuma das duas vacinas deve ser usada por quem tem hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula, como grávidas, lactantes, menores de 18 anos, maiores de 60 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses, pessoas que tenham enfermidades graves ou não controladas (cardiovascular, respiratória, gastrointestinal, neurológica, insuficiência hepática, insuficiência renal, patologias endócrinas) e antecedentes de anafilaxia.

Não poderão usá-las pessoas que tenham recebido outra vacina contra a covid-19, apresentem febre, tenham HIV e hepatite B ou C, tenham se vacinado nas quatro semanas anteriores, tenham recebido imunoglobulinas ou hemoderivados três meses antes, tenham recebido tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação nos últimos 36 meses e que tenham recebido terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpos.

As 5 vacinas aprovadas no Brasil: (quadro comparativo)

*No Brasil, nenhuma vacina está sendo aplicada em pessoas com menos de 18 anos.

Sputnik V

Fabricante: Instituto Gamaleya de Pesquisa (Rússia).

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante.

Data de aprovação pela Anvisa: 4 de junho de 2021.

Tipo de aprovação: Importação de lotes com restrições

Quantidade de doses: Duas. A aplicação precisará ter atenção redobrada, pois o conteúdo da primeira e da segunda dose da Sputnik são diferentes.

Intervalo entre as doses: 21 dias (com possibilidade de ser ampliado para três meses)

Taxa de eficácia: 91%.

Efeitos colaterais: Comum – doença semelhante à gripe, dor de cabeça, fadiga, reações no local da injeção. Foi confirmado pelo Comitê Independente de Monitoramento de Dados que nenhum evento adverso sério relacionado à vacina foi observado.

Covaxin

Fabricante: Bharat BioTech (Índia).

Tipo de tecnologia: Vírus inativado.

Data de aprovação pela Anvisa: 4 de junho de 2021

Tipo de aprovação: Importação de lotes com restrições.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 4 semanas.

Taxa de eficácia: 78% (100% em casos graves)

Efeitos colaterais: Estudos publicados sobre as fases 1 e 2 não mostram efeitos colaterais graves.

Coronavac

Fabricantes: Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil).

Tipo de tecnologia: Vírus inativado. O coronavírus é inativado por ação do calor ou de algum produto químico. Quando o corpo recebe a vacina, o vírus inativado faz com que o corpo gere anticorpos contra a covid-19. Isso porque as células de resposta imune ‘capturam’ o vírus inativado e ativam a ação dos chamados linfócitos, células que são especializadas em combater microrganismos. São elas que produzem os anticorpos, que impedem que o vírus infeste outras células e fiquemos doentes.

Data de aprovação pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021.

Tipo de aprovação: Emergencial.

Quantidade de doses necessárias: Duas.

Intervalo entre as doses:2 a 4 semanas.

Taxa de eficácia: 50% (Pode chegar a 62%)

Efeitos adversos: Muito comum – dor no local da aplicação, dor de cabeça, cansaço. Comum – cansaço, febre, dor no corpo, diarreia, náusea, dor de cabeça, enjoo, dor muscular, calafrios, tosse, perda de apetite, coceira, coriza. Incomum – vômitos, dor abdominal inferior, distensão abdominal, tonturas, tosse, perda de apetite, reação alérgica, pressão arterial elevada, hipersensibilidade alérgica ou imediata, inchaço, coceira, vermelhidão, diminuição da sensibilidade, endurecimento, hematoma, vertigem

Astrazeneca/Oxford

Fabricantes: AstraZeneca (Inglaterra/Suécia), Universidade de Oxford (Inglaterra) e Fundação Oswaldo Cruz (Brasil).

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante. A vacina produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) usa um “vírus vivo”, como um adenovírus que provoca um resfriado comum, modificado para conter instruções para a produção de uma proteína característica do coronavírus. No entanto, na proporção aplicada, ele não tem capacidade de se replicar e prejudicar a saúde humana. Quando rompe as células, esse adenovírus estimula a produção dessa proteína, que é detectada pelo sistema imune. A partir daí, o corpo cria uma resposta contra o coronavírus.

Data de aprovação pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021. (Uso emergencial)

Tipo de aprovação: Definitiva. (12 de março de 2021)

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 12 semanas.

Taxa de eficácia (global possível): 81%.

Observação: No Brasil, não está sendo aplicada em gestantes.

Efeitos adversos: Muito comum – sensibilidade, dor, sensação de calor, coceira ou hematoma, indisposição, cansaço, calafrio, febre, dor de cabeça, enjoo, dor muscular ou nas articulações. Ocorrem em 1 em cada 10 pessoas. Comum – inchaço, vermelhidão ou um caroço no local da injeção, febre, enjoos, diarreia, sintomas semelhantes a resfriado, dor de garganta, coriza, tosse. Ocorrem em 1 em cada 10 pessoas. Incomum – sonolência, tontura, diminuição do apetite, dor abdominal, ínguas, suor, coceira ou erupção na pele. Ocorrem em 1 em cada 100 pessoas. Muito raro – coágulos sanguíneos graves em pessoas com níveis baixos de plaquetas. Foram observados com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos vacinados. Desconhecido – reação alérgica grave, inchaços graves nos lábios, face, boca e garganta. Não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis

Pfizer

Fabricantes: Pfizer (Estados Unidos) e BioNTech (Alemanha).

Tipo de tecnologia: mRNA. A vacina é criada a partir da replicação de sequências de RNA que mimetizam a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2. Essa versão consegue desencadear uma reação do sistema imunológico, que cria uma defesa, sem causar danos à saúde.

Data de aprovação pela Anvisa: 23 de fevereiro de 2021.

Tipo de aprovação: Definitiva.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 12 semanas.

Taxa de eficácia (global possível): 95%.

Efeitos adversos: Muito comuns – dor e inchaço no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, diarréia, dor muscular, dor nas articulações, calafrios e febre. Ocorrem em 10% dos pacientes. Comuns – vermelhidão no local de injeção, náusea e vômito. Ocorre entre 1% a 10% dos pacientes. Incomuns – aumento dos gânglios linfáticos, reações de hipersensibilidade [lesão na pele ou coceira, inchaço da pele ou mucosa, sensação de mal estar, dor no braço, insônia e prurido no local de injeção. Ocorrem entre 0,1% e 1%.. Rara – paralisa facial aguda. Ocorrem entre 0,01% e 0,1%. Desconhecido – reação alérgica grave (anafilaxia).

Fonte: Correio 24 Horas Online

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