CPI vai focar em contrato bilionário

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CPI – O contrato bilionário do governo federal com a Bharat Biotech, laboratório indiano responsável por produzir a vacina contra a covid-19 Covaxin, firmado em fevereiro deste ano, estará no centro das discussões desta semana da CPI que investiga as ações durante a pandemia.

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Os parlamentares querem entender o motivo de o Executivo ter disponibilizado R$ 1,614 bilhão para adquirir 20 milhões de doses do imunizante, que, até hoje, não recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no país, e esclarecer por que o governo usou a Precisa Medicamentos, representante do laboratório no Brasil, como intermediária no processo de compra, ignorando os meios oficiais de negociação.

Dos depoimentos previstos para os próximos dias, o do sócio-administrador da Precisa, Francisco Emerson Maximiano, na quarta-feira, é tido como um dos mais relevantes entre os senadores. Para alguns dos integrantes do colegiado, a Covaxin não é o problema maior, mas a maneira como o governo se portou para comprar o produto desenvolvido pela Bharat Biotech.

Há pouco mais de uma semana, o Correio mostrou que a CPI conta com um documento que informa que um terço do valor do contrato, pouco mais de

R$ 500 milhões, seria repassado à Precisa, que nega ter recebido ou que receberá essa quantia. O objetivo, com isso, seria acelerar o processo de contratação da Covaxin. Em nenhuma das outras negociações para compra de vacinas contra a covid-19, o Executivo adotou essa estratégia.

Os senadores também estão incomodados com algumas contradições do governo na aquisição da Covaxin e na compra de outras vacinas. Quando o contrato com a Bharat Biotech foi fechado, o produto ainda não tinha iniciado a terceira fase de testes no país, que é a etapa final para se demonstrar a eficácia de uma vacina e que antecede a concessão do registro sanitário de um imunizante para que ele possa ser disponibilizado à população. Os estudos clínicos de fase 3 da Covaxin só tiveram início em 14 de maio, e a fabricante ainda não disponibilizou os resultados.

Desde fevereiro, a vacina indiana não tem qualidade, segurança ou eficácia atestadas pela Anvisa. No início deste mês, a agência autorizou a importação excepcional de uma quantidade determinada de doses da Covaxin (4 milhões), que é diferente do uso emergencial, e estabeleceu uma série de condições para a aplicação do produto, como a de que ele só poderá ser utilizado no Brasil após entrega e avaliação pela Anvisa dos dados referentes a dois meses de acompanhamento de segurança do estudo clínico de fase 3.

Além disso, estima-se que o governo pagou R$ 80,70 em cada uma das doses do imunizante indiano que foram contratadas, o que faz da vacina a mais cara dentre as que já foram compradas pelo Executivo.

HipocrisiaEsses detalhes são motivo de reclamação entre os parlamentares porque, ao longo de 2020, o presidente Jair Bolsonaro declarou constantemente que só compraria as vacinas que recebessem aval da Anvisa. O exemplo do imunizante produzido pela Pfizer foi o mais emblemático. Apesar das reiteradas tentativas da farmacêutica norte-americana de estabelecer um contrato com o Brasil, o governo ignorou as ofertas da empresa por pelo menos dois meses e deixou de responder, no mínimo, a 50 e-mails. Quando finalmente escutou a proposta da Pfizer, Bolsonaro reclamou das “condições excessivas” impostas pela empresa e se sustentou na falta de autorização da Anvisa para não concluir o acordo.

O senador Humberto Costa (PT-PE), que integra o colegiado, diz que Bolsonaro deveria ter investido melhor o R$ 1,614 bilhão que destinou para o contrato com a Bharat Biotech. Segundo ele, é estranho que o presidente tente dificultar a conclusão de contratos de vacinas mais baratas que a Covaxin e que já apresentaram as estatísticas referentes a eficácia e segurança, mas aposte em um produto com qualidade ainda desconhecida.

“Aparentemente, ele usou dois pesos e duas medidas. Comprou uma vacina mais cara mesmo antes de ter a aprovação da Anvisa e da utilização desse imunizante em outros lugares. Temos que identificar quais fatores levaram a essa situação. Houve pressão para que essa vacina fosse rapidamente objeto de negociação? Se sim, por que aconteceu? É isso que precisamos investigar”, destaca.

Também membro da CPI, Otto Alencar (PSD-BA) acrescenta que o colegiado precisa de explicações convincentes sobre a participação de um terceiro personagem nas negociações entre o Brasil e o laboratório indiano. “Normalmente, o contato é feito por um ministro ou até mesmo por um chanceler, o que não aconteceu nesse caso. Temos de esclarecer isso”, frisa o parlamentar. “Precisamos da apuração, afinal, os depoimentos dados até aqui já demonstraram que houve negacionismo, ações erradas, má alocação da receita do Ministério da Saúde, e esse pode ser mais um caso. Não há dúvidas de que alguém será responsabilizado por isso”, acrescenta.

CalendárioOs depoimentos da CPI nesta semana

AmanhãOsmar Terra, deputado pelo MDB-RS

Quarta-feiraFrancisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos

Quinta-feiraFilipe Martins, assessor internacional da Presidência da República

Sexta-feiraJurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional e Coordenadora do Movimento Alerta

Pedro Hallal, epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas

Deu no…

Confira a repercussão na imprensa estrangeira sobre o Brasil ter superado a marca de meio milhão de mortos por covid-19

The Guardian”Milhares de brasileiros voltaram às ruas no sábado, em protesto contra a reação de Jair Bolsonaro a uma pandemia que matou cerca de meio milhão de pessoas no país — o maior número depois dos Estados Unidos”

The New York Times”Enquanto o Brasil se aproxima de 500.000 mortes por covid-19, o agravamento da seca coloca em risco a capacidade do país de impulsionar sua economia e pode preparar terreno para outra temporada de incêndios intensamente destrutivos na floresta amazônica”

The Sun”O número de mortes de covid no Brasil ultrapassa 500.000 já que o presidente Jair Bolsonaro ainda se recusa a apoiar medidas de distanciamento social. Acusado de atrasar vacinas por motivos políticos, o presidente, cuja popularidade despencou, insiste que fez o possível para comprar vacinas de vários países”

BBC News”O número de mortes relacionadas à covid-19 ultrapassa 500.000 no Brasil, o segundo maior do mundo, e especialistas afirmam que o surto pode piorar em meio à vacinação lenta e ao início do inverno. O vírus continua se espalhando, enquanto o presidente Bolsonaro se recusa a apoiar medidas de distanciamento social”

La Nación”Até o momento, o Brasil acumula um total de 17.927.928 infectados pelo coronavírus, 501.825 óbitos e 16.220.238 pacientes recuperados. O Brasil ocupa a 3ª posição dos países com maior número de infectados pelo coronavírus”

The Irish Times”Manifestantes antigovernamentais tomaram as ruas em cidades por todo o Brasil enquanto o número de mortos confirmados da Covid-19 subia para meio milhão. Muitos críticos culpam a tentativa do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de minimizar a doença”

Fonte: Correio Braziliense

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DF explica como funciona a distribuição dos remédios de alto custo

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DF
Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A população do Distrito Federal conta com o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), mais conhecido como Farmácia de Alto Custo. Com acesso a medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o serviço tem como objetivo a busca do tratamento medicamentoso integral, em nível ambulatorial.

Atualmente, são distribuídos 268 medicamentos para doenças consideradas importantes do ponto de vista clínico-epidemiológico. Entre essas patologias, também se destacam asma grave, doença de Alzheimer, esclerose múltipla e esquizofrenia. Há 35 mil pacientes cadastrados no serviço.

‘Para receber o medicamento, o paciente deve atender os critérios estabelecidos pelos PCDT [Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas] publicados pelo Ministério da Saúde, ou pelos protocolos clínicos da Secretaria de Saúde [SES]’, explica a diretora de Assistência Farmacêutica, Walleska Borges. Os protocolos detalham os critérios de diagnóstico, tratamento e acompanhamento de cada doença e regulam o acesso a práticas e medicamentos no âmbito do SUS.

As três unidades das Farmácias de Alto Custo – Gama, Ceilândia e Plano Piloto (Asa Sul) – realizam cerca de 500 atendimentos por dia. De acordo com Walleska, antes da pandemia, esse número era em torno de mil atendimentos diários; com a implementação do serviço de entrega de medicamentos em casa, em abril de 2020, houve uma redução no fluxo de pessoas no atendimento presencial, o que leva mais segurança e comodidade para a população.

Cadastro

Para ser atendido, é preciso solicitar o medicamento administrativamente, por meio de um cadastro. O paciente pode ligar para 160, Opção 3 (Farmácia Ambulatorial Especializada); e, caso o medicamento solicitado faça parte do rol disponível no Ceaf, devem ser agendadas data e horário para levar o requerimento a uma das farmácias mais próximas à residência do solicitante.

A análise dos documentos é feita por um médico especialista da SES, conforme a doença para qual o paciente solicita a medicação, a fim de verificar se ele se enquadra nos critérios estabelecidos pelos PCDT. Em até cerca de 30 dias, o médico elabora um parecer e devolve para a farmácia. O resultado da análise pode resultar na aprovação do processo, na devolução para resolver alguma pendência de informação e/ou exame necessário para avaliação do paciente ou na reprovação, quando o paciente não apresenta os critérios exigidos.

Agendamento para receber a medicação em casa deve ser solicitado por telefone, somente após o paciente ter passado pela consulta farmacêutica

Após essa etapa, caso a pessoa tenha a solicitação aprovada, é chamada para uma consulta presencial com um farmacêutico. ‘Essa primeira entrega é realizada dentro de um consultório farmacêutico’, informa Walleska. ‘O paciente recebe as orientações de uso do medicamento, armazenamento, interações medicamentosas, bem como [orientações] sobre o funcionamento da farmácia’.

Depois que faz a primeira retirada, o beneficiário pode ir mensalmente à farmácia na qual está cadastrado para retirar a medicação ou optar pelo recebimento em casa. Além disso, quando há disponibilidade em estoque, o paciente pode levar a quantidade para um período maior.

Walleska alerta que o medicamento só pode ser retirado na unidade cadastrada mais próxima à residência do paciente. ‘Caso haja mudança de endereço, o paciente deve atualizar o cadastro, mediante apresentação de comprovante de residência’, indica.

Já para receber o medicamento em casa, é necessário que o paciente já tenha feito a retirada do remédio, esteja com o cadastro atualizado e com a autorização vigente. O agendamento deve ser solicitado pelo telefone (61) 3029-8080. Os novos pacientes precisam antes passar pela consulta farmacêutica e, só após isso, estão aptos a receber os medicamentos em casa.

Os pacientes podem indicar até cinco representantes para retirada de medicamentos. Para isso, é preciso apresentar uma declaração preenchida e assinada e cópia do documento de identificação da pessoa designada. Isso vale tanto para a retirada presencial quanto para o recebimento do medicamento em casa. O produto só será entregue ao titular do pedido ou a um representante devidamente autorizado.

Renovação

Para manter o cadastro ativo, é preciso renovar o processo semestralmente com a entrega do laudo para solicitação, avaliação e autorização de medicamentos (LME), receita médica válida e exames de monitoramento, quando solicitados.

Em virtude da pandemia, o Ministério da Saúde flexibilizou as regras de renovação. Assim, caso a pessoa não consiga os documentos, o processo será renovado de forma automática para mais três meses de uso.

‘Pedimos que o paciente se organize para entregar os documentos no último mês da retirada antes da próxima renovação para que não haja atrasos na liberação do medicamento no mês seguinte’, recomenda Walleska. ‘Se ele já tem autorização para receber de janeiro a junho, deve entregar a documentação no mês de junho para continuidade do tratamento para os meses de julho a dezembro’.

Caso ainda haja alguma adequação no tratamento – inclusão ou exclusão do remédio, aumento ou redução de dose -, é necessária a apresentação da documentação presencialmente.

Dispensação

Segundo a diretora de Assistência Farmacêutica, a dispensação dos medicamentos no Ceaf é dividida de acordo com o grupo de financiamento: pela União ou pelas secretarias estaduais de Saúde.

Como grande parte dos medicamentos é de responsabilidade do Ministério da Saúde, o órgão estabeleceu, por meio de portaria, as diretrizes para o funcionamento dos Ceafs. Dessa forma, toda a organização e funcionamento do serviço deve seguir o disposto na normativa (Portaria de Consolidação nº 02/2017).

Programação

Os medicamentos das farmácias de alto custo possuem duas programações. Na primeira, o Ministério da Saúde adquire os remédios e fornece às secretarias estaduais de Saúde (Grupo 1A). Na segunda, as secretarias de Saúde adquirem os medicamentos (Grupo 1B e Grupo 2).

Cabe a cada secretaria de Saúde enviar ao ministério uma lista com os pacientes e a comprovação de que estão dentro das diretrizes do protocolo. O órgão, então, faz uma análise e envia os medicamentos (Grupo 1A).

A subsecretária de Logística em Saúde, Rogéria Romanholo, explica que a programação para aquisição dos medicamentos padronizados para os grupos 1B e 2 é feita com base na cobertura de estoque de cada remédio, ou seja, de acordo com o tempo suficiente para que o quantitativo disponível nos estoques centrais e nas farmácias é possa manter a rede da SES abastecida.

‘Para isso, é realizado monitoramento diário dos estoques, bem como atualizações mensais do consumo médio mensal, a fim de obtermos dados diários referentes à cobertura de estoque’, relata a gestora.

Quando a cobertura de estoque indica que foi atingido o ponto de ressuprimento, é emitido novo pedido de compra com o intuito de garantir a manutenção do abastecimento da medicação na rede.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Raia Drogasil lança desafio para startups

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RD Saúde, nova plataforma da Raia Drogasil, em parceria com a Eretz.bio, incubadora do Hospital Israelita Albert Einstein, procura startups com soluções para gestão de cronicidades e dispositivos de diagnósticos. Trata-se da segunda edição do Desafio RD,

que tem como objetivo identificar soluções que permitam aprimorar a gestão do cuidado da saúde, por de ferramentas de suporte à decisão, diagnóstico, análise e inteligência de dados e modelos preditivos.

Os selecionados no Desafio poderão fazer networking com executivos da RD e do Hospital Israelita Albert Einstein. Os finalistas vão receber um feedback sobre a solução apresentada. Já os vencedores têm a possibilidade de ser incubados na Eretz.bio e a possibilidade de plugar sua solução na plataforma de saúde da RD.

As inscrições vão até o dia 1° de julho e devem ser feitas neste link. A divulgação das startups finalistas para a banca de avaliação será no dia 15 de julho.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Interfarma se posiciona a favor de PL dos Oncológicos Orais

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A Interfarma anunciou um manifesto favorável à aprovação do Projeto de Lei 6.330/2019, conhecido como PL dos Oncológicos Orais, de autoria do Senador Reguffe (PODEMOS-DF), o qual prevê a ampliação do acesso a tratamentos antineoplásicos domiciliares de uso oral pelos usuários de planos privados de saúde. Além disso, a associação começou a publicar conteúdo sobre o tema em suas redes sociais.

“A terapia medicamentosa administrada por via oral segue os mesmos princípios científicos da terapia endovenosa, atuando no combate a células cancerosas. É, todavia, mais moderna e confortável ao paciente, e em muitos casos apresenta menores efeitos colaterais do que os medicamentos tradicionais injetáveis”, pontua a associação no manifesto.

Além disso, o texto destaca como o uso dos oncológicos orais seria benéfico para os pacientes durante esse período de pandemia. “Em tempos de Coronavírus, a disponibilização automática de oncológicos orais pelos planos de saúde se torna ainda mais premente ao evitar que pacientes interrompam seus tratamentos, seja pelo receio de comparecerem a ambientes hospitalares, já que integram o grupo de risco para a COVID-19, seja pela dificuldade de atendimento de clínicas e hospitais nesse momento”, defende a Interfarma no comunicado.

O PL 6330/2019 está tramitando na Câmara dos Deputados, na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Em seguida, será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e pelo Plenário da Casa.

Em paralelo, foi apresentado um requerimento de urgência para que ele seja analisado diretamente pelo Plenário, sem precisar passar pelas comissões. Para que isso aconteça, o requerimento de urgência precisa ser pautado e aprovado em Plenário pela maioria absoluta da composição da Câmara.

Conteúdo nas redes sociais

A Associação também iniciou uma campanha sobre os oncológicos orais em suas redes sociais. Os posts visam a esclarecer sobre os benefícios dos medicamentos antineoplásicos orais e sobre a tramitação do PL, que já foi aprovado pelo Senado Federal em 2020.

Entre o conteúdo já publicado, há um vídeo de Ana Paula Macedo, diagnosticada com câncer de ovário bilateral em 2018. Ela teve a indicação médica de usar um antineoplásico oral, mas o convênio médico não aprovou. Em seu depoimento, Ana Paula conta como foi o processo para ter acesso ao tratamento e demonstra seu apoio à aprovação do Projeto de Lei 6.330/2019.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Laboratório não pode vender medicamento patenteado por concorrente

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A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que laboratório farmacêutico se abstenha de comercializar medicamentos com composição igual a de produto patenteado por concorrente, enquanto durar a ação principal relativa à propriedade intelectual / industrial.

Segundo os autos, o laboratório comercializa dois medicamentos – um produto genérico e outro similar – de composição igual ao produto da autora da ação, que obteve a patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Antes de conseguir o registro, porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), concedeu autorização para a venda dos medicamentos por parte do réu. De acordo com os pareceres de cinco especialistas, as bulas dos produtos indicam a mesma composição e os medicamentos contêm o mesmo princípio ativo, mesma concentração, mesma via de administração, mesma posologia, mesma indicação terapêutica e são equivalentes ao medicamento da autora.

‘Como se vê, é incontroverso – afirmado na inicial e, mais do que não negado, verdadeiramente confessado na contestação – que o laboratório comercializa o produto similar’, escreveu em seu voto o relator designado do agravo de instrumento, desembargador Cesar Ciampolini. ‘O réu reconhece que o faz, embora em quantidades que reputa desimportantes. Mais ainda, o réu, contestando, não nega o que está escrito nos pareceres de professores trazidos aos autos pela autora, no sentido de que as bulas dos medicamentos são iguais’, ressaltou o magistrado.

O relator afirmou que no caso em análise deve ser aplicada a teoria do ‘ilícito lucrativo’: ‘Trata-se de evitar que infrações patentárias – em cuja defesa sempre se poderão arguir, como aqui o faz a parte ré, questões de aparente complexidade para os leigos – persistam por todo o longo tempo de duração do processo’.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Fidelização é a principal meta das farmácias em 2021, aponta enquete

Fidelização é a principal meta das farmácias em 2021, aponta enqueteEm sua última enquete, o Panorama Farmacêutico quis saber qual será a maior prioridade das empresas do varejo farmacêutico para 2021. E a fidelização de clientes ganhou os votos de 1.362 (43%) dos 3.187 leitores que participaram do levantamento.

A diferença em relação à expansão para novos nichos superou os 20 pontos percentuais. Essa resposta foi apontada por 25% dos profissionais (802). Na sequência aparecem desenvolvimento de produtos (18%/ 566 votos), políticas de igualdade (7%/ 226), revisão de custos (4%/ 116) e investimento em TI (4%/ 115).

Um estudo da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), em parceria com a Locomotiva Instituto de Pesquisa, indica que a pandemia vem sendo determinante para posicionar a lealdade do consumidor como meta do varejo farmacêutico. Mais da metade dos entrevistados (55%) afirmou que, devido à crise econômica, passou a dar preferência a redes que dispõem de programas de fidelidade. E a troca de pontos ou milhas por produtos para casa é o principal objetivo de 67% dos participantes.

O cliente quer reforçar vínculos com as marcas, mas elas estão fazendo o mesmo? A julgar por outro levantamento, o cenário é grave. O INSV (Índice Nacional de Satisfação do Varejo), da agência de marketing Inroots, revelou um abismo entre os índices de satisfação e lealdade dos clientes das 300 maiores varejistas do país.

A análise interpretou mais de 50 mil menções espontâneas dos consumidores por meio do NPS espontâneo (Net Promoter Score). Enquanto a satisfação geral atingiu 79,82%, a fidelidade só chegou a 41,68 – em uma escala de -100 a 100, nos cinco primeiros meses de 2021.

Quando são analisados os pontos mais críticos da experiência de compra, entre os fatores que exigem mais atenção estão a operação de e-commerce muito aquém da esperada e a falta de preparo tanto dos colaboradores das lojas como das centrais de atendimento. “A Covid-19 acelerou os processos de digitalizaçãoo, mas existe uma carência clara para garantir uma jornada de compra eficiente do início ao fim. E nem sempre o atendimento na loja física acompanha a operação online”, observa o sócio-diretor da Inroots, Ricardo Pomeranz.

20.06

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias de Porto Alegre registram movimento tranquilo na vacinação contra Covid-19

As pessoas que tinham que realizar a segunda dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus chegaram cedo, nesta quinta-feira, nas farmácias parceiras da prefeitura de Porto Alegre. Nem o frio assustou o público que foi em busca da imunização.

Na farmácia Panvel, localizada no prédio 12 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o gestor comercial Mateus Vitavar, que convive com as complicações da asma, comemorou o fato de ter feito a segunda dose do imunizante. “Foi bem tranquilo. Achei que fosse demorar. O importante é que todos possam ser vacinados o mais rápido possível”, acrescentou.

A imunização contra a Covid-19 está sendo feita em 20 farmácias credenciadas pela prefeitura e em três postos de saúde – as unidades de saúde Belém Novo, Rubem Berta e Panorama. As doses são destinadas aos grupos que completaram 21 dias ou mais desde a aplicação da primeira dose.

Nas unidades de saúde, a imunização começou às 8h e seguiu até as 17h. Nas farmácias, o horário de atendimento ao público foi das 9h às 17h. Para se vacinar, é necessário apresentar a carteira de vacinação com registro da primeira dose, realizada em Porto Alegre, além de documento de identidade com foto e CPF.

Nas farmácias do Centro de Porto Alegre, Panvel, Associadas e São João, a formação das filas começou por volta das 8h. Na Panvel, da rua dos Andradas, 30 pessoas estavam na fila aguardando o começo da imunização.

A professora Lizandra Macedo afirmou que estava feliz por ter feito a imunização. “Pensei que pudesse demorar mais para receber a segunda dose da vacina”, ressaltou. Já o técnico em informática Paulo Ferreira disse que torce para que toda a população brasileira seja vacinada o quanto antes. “Podia ser melhor, mas estamos chegando lá”, explicou.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) habilitou 20 farmácias (Panvel, Agafarma, Associadas e São João) para a realização da imunização. As pessoas que receberam a primeira dose da vacina Pfizer contra Covid-19 há mais de 21 dias poderão comparecer a uma das 20 farmácias parceiras da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O atendimento é das 9h às 17h, exceto na Panvel do shopping Iguatemi, que funciona a partir das 10h.

Fonte: Jornal do Correio – RS

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Viação no Rio manda que rodoviários tomem ivermectina para evitar a Covid

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Funcionários da Viação Redentor estão sendo orientados pelo médico da empresa a tomar ivermectina para evitar a Covid. Nenhuma agência reguladora de saúde recomenda essa medicação porque não há eficácia comprovada.

Um cartaz no quadro de avisos do posto médico, assinado pelo médico do trabalho Marcelo Oliveira de Souza, diz:

“Vamos evitar Covid na nossa empresa! Usar 3 comprimidos de ivermectina (6 mg) por semana sempre no mesmo dia e tomados fora do horário de trabalho.

O uso da medicação é seguro entretando (sic) ao sinal de sintomas de mal-estar deve-se interromper o uso.

O medicamento pode ser usado sem receita.

Já existe evidência de que a medicação diminui a carga viral e permite que seu sistema imunológico reaja muito melhor à infecção.

Mantenha o distanciamento social e a higiene das mãos com água e sabão ou álcool gel. Mantenha o uso de máscara.”

Nas redes sociais, Marcelo Oliveira de Souza diz que também é chefe do serviço de Cardiologia Clínica do Hospital Central do Exército. Mas o Comando Militar do Leste informou que ele passou para a reserva em 2016.

O que diz a ciência
Especialistas ouvidos pelo RJ1 rebatem as afirmações de Marcelo Souza e alertam para os riscos do uso da substância.

O infectologista Julio Croda, da Fiocruz, reforça que a ivermectina não é uma droga recomendada.

“Não existem estudos com número de participantes suficientes que comprovem que a ivermectina melhora os sintomas do paciente com Covid ou diminui hospitalização e óbito. Não é recomendada pela OMS, não é recomendada pelo CDC e por nenhuma agencia regulatória”, afirmou.

O também infectologista Mário Dal Poz, da Uerj, considera essa prescrição “um absurdo”.

“A ivermectina é usada para parasitoses, mas numa dose bastante menor, em dose única, uma vez a cada seis meses. É o que a bula recomenda. Então doses acima disso são extremamente arriscadas, podem provocar situações de hepatite medicamentosa”, detalhou.

O que dizem os envolvidos
Ao RJ1, o médico negou ter receitado ivermectina aos rodoviários da Redentor e disse que “não tem mais aviso nenhum lá”. “Um equívoco, não tem nada lá”, afirmou.

O Rio Ônibus disse que a companhia autoriza a divulgação, exclusivamente, de métodos indicados pelas autoridades competentes e que está apurando o caso.

O Conselho Regional de Medicina informou que existem sindicâncias em andamento sobre Covid e que não há denúncias a respeito de efeitos adversos ou mortes causadas por uso de medicamentos sem eficácia comprovada.

Fonte: G1

Medicamento à base do jambu produzido no Amapá testa eficácia contra a disfunção erétil

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Disfunção erétil – Um novo medicamento à base de jambu passou a ser testado na Universidade Federal do Amapá (Unifap). A intenção é que o remédio ajude homens que têm problemas com disfunção erétil, um assunto que ainda é tabu entre o gruo que ela ataca.

Uma das principais dificuldades é encarar o problema e buscar ajuda médica. Além disso, às vezes, alguns medicamentos usados no tratamento apresentam reações nos pacientes.

“A gente percebe que, apesar de ter um número significativo, eles vão abandonando o tratamento por diversos motivos entre eles os efeitos colaterais que as medicações podem causar. A gente percebeu essa necessidade, então criamos o projeto para desenvolver um medicamento a base de produtos naturais e para acolher os pacientes”, comentou o urologista Lecildo Lira, professor de medicina na Unifap.

Planta bem conhecida na Região Norte, o jambu tem substâncias que proporcionam benefícios para pessoas que tem disfunção erétil e ejaculação precoce. Com os testes em laboratório, o grupo de pesquisa chegou a um spray.

“Nós fomos atrás de um princípio ativo que já havia relatos de populares que funcionava para disfunção erétil. Partimos para uma substância dessa planta e estamos trabalhando em nível de nanotecnologia, para melhorar os efeitos e diminuir as concentrações para não produzir um efeito tóxico colateral”, destacou José Carlos Tavares, coordenador do curso de farmácia.

Antes de chegar ao formato em spray, é preciso seguir um processo que leva cerca de uma semana.

A planta é coletada e passa por secagem. É feita uma extração com etanol para então secar o estrato e incorporar no spray. Mesmo depois de pronto, o medicamento ainda precisa passar pelo teste do controle de qualidade antes de entregar o produto para o paciente.

Essa não é uma ação simplesmente para se criar um medicamento. Mais do que isso, é um canal para ajudar dezenas de homens que não chegam até os consultórios por vergonha, ou porque não possuem meios de o atendimento correto para resolver o problema. Mas com esse trabalho, isso pode ser diferente.

Fonte: G1

O que é uma consulta farmacêutica e qual a sua importância?

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A consulta farmacêutica é uma forma acessível, segura e eficaz para o tratamento de sintomas clínicos de doenças e identificação de possíveis interações medicamentosas. Assim, ela possui um papel vital na sociedade, promovendo saúde e bem estar para todos, além de auxiliar no combate a automedicação. Quer saber mais? Leia nosso texto abaixo!

O que é uma consulta farmacêutica? 

A consulta farmacêutica se baseia em uma conversa entre paciente e farmacêutico, sendo muito semelhante à uma consulta médica usual. Entretanto, quando existe carência de acesso aos médicos, há uma grande probabilidade do indivíduo optar pela automedicação, tomando decisões de tratamento equivocadas, com pouca segurança e efetividade.

Dessa forma, a consulta farmacêutica é uma opção interessante aos pacientes, pois segue os princípios éticos dos profissionais farmacêuticos, a fim de obter o melhor resultado a partir da farmacoterapia, fornecendo assim uma indicação de tratamento, com o objetivo de promover a saúde e o bem estar do paciente, fornecendo um tratamento bem sucedido, de uma forma segura e acessível.

Nesse sentido, o profissional checa quais são os sintomas relatados pelo paciente e pode realizar uma indicação de fármacos para o uso consciente.

Farmacêuticos podem prescrever medicamentos?

Depende! Farmacêuticos podem prescrever MIP’s (Medicamentos Isentos de Prescrição). Ou seja, medicamentos que a pessoa pode acessar facilmente através de uma farmácia, porém, quando não há indicação de um profissional da saúde, pode não ser eficiente e até mesmo causar problemas maiores. Nesse sentido, em uma consulta, o profissional poderá indicar qual é o melhor medicamento para determinada queixa ou doença do paciente, assim como quantidades e doses diárias, por exemplo.

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Além disso, para os casos que o paciente necessita de medicamentos que requerem prescrição médica, o farmacêutico poderá escrever uma carta ao médico indicando porquê a prescrição do mesmo pode ser eficaz.

Importância da consulta 

Medida Emergencial

Segundo dados fornecidos pelo IBOPE, foi constatado que existe uma grave falta de orientação de saúde para a população brasileira. Conforme a pesquisa, 20% dos entrevistados são portadores de doenças crônicas (hipertensão e diabetes) e, entre eles, 53% não segue as recomendações clínicas corretamente e 22% não costuma concluir os tratamentos.

Portanto, é urgente a valorização do farmacêutico e dos profissionais da saúde de modo a orientar a população para um estilo de vida mais seguro e saudável. Assim, a consulta farmacêutica possui esse papel, promovendo saúde principalmente para populações com difícil acesso médico.

Automedicação

A falta de assistência faz com que a população tome suas próprias decisões de tratamento com os MIP’s, os quais passam a escolher terapias que além de ineficazes, possuem o risco de implicar em desfechos negativos na saúde do indivíduo, podendo até mesmo favorecer o agravamento da condição clínica, gerando novos problemas de saúde e, consequentemente, retardando o diagnóstico precoce e o início de uma terapia eficaz e segura.

Fonte: Farmaconjr