Covid-19 matou mais crianças pequenas do que 14 doenças em 10 anos

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Desde março de 2020, quando a covid-19 começou a se disseminar no Brasil, a doença causou no país a morte de 539 crianças entre 6 meses e 3 anos de idade. Esse número, atingido em pouco mais de dois anos de pandemia, é mais que o triplo do total de mortes que outras 14 enfermidades causaram juntas em um período de 10 anos.

Entre 2012 e 2021, neurotuberculose, tuberculose miliar, tétano neonatal, tétano, difteria, coqueluche, poliomielite, sarampo, rubéola, hepatite B, caxumba, rubéola congênita, hepatite viral congênita e meningite meningocócica do tipo B tiraram a vida de 144 crianças entre 6 meses e 3 anos de idade. Embora sejam enfermidades capazes de matar, todas elas podem ser prevenidas por vacinas.

O levantamento, divulgado hoje (25), foi realizado por pesquisadores do Observatório de Saúde na Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Eles fizeram a comparação a partir de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), desenvolvido pelo Ministério da Saúde.

As 14 doenças consideradas no levantamento fazem parte da Lista Brasileira de Mortes Evitáveis para menores de 5 anos. Trata-se de uma relação criada por especialistas da saúde infantil sob a coordenação do Ministério da Saúde. Algumas dessas enfermidades não causaram nenhuma morte infantil nos últimos 10 anos. Um exemplo é a poliomielite, erradicada no país desde 1994.

Diferente das 14 doenças, não há ainda um imunizante contra a covid-19 aprovado para a faixa etária estudada. Há duas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina CoronaVac em crianças entre 3 e 5 anos de idade. Aquelas com mais de 5 anos já estavam sendo atendidas no Plano Nacional de Imunização (PNI) desde janeiro.

Fonte: Novo MT

Cabeleireiro denuncia que foi acusado de furtar creme que tinha comprado em farmácia por racismo: ‘Foi muito humilhante’

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Um jovem 20 anos denuncia que foi vítima de preconceito ao ser confundido com um ladrão após comprar um creme em uma farmácia de Goiânia. Uma câmera de segurança registrou quando Natan Vinícius Gonçalves foi abordado por dois homens dizendo que ele tinha furtado a mercadoria.

‘Eu estava trabalhando, estava pagando. Isso para mim foi muito humilhante, principalmente por terem ido na porta do meu trabalho. Foi algo que me doeu muito’, disse.

Drogaria Santa Marta disse que repudia qualquer forma de crime, como preconceito, racismo e agressão, dentro e fora da empresa. A farmácia disse ainda que o código de ética aponta que todos os clientes devem ser tratados com imparcialidade, livres de preconceito e está apurando internamente o caso.

Natan trabalha em um salão como colorista de cabelo. Na sexta-feira (22), ele deixou uma cliente esperando e foi até uma farmácia comprar um creme para diluir a tintura. Ele pagou R$ 5,87 no produto e saiu.

‘Eu paguei com cartão e disse que não precisava da sacola, agradeci e saí direto para o salão’, contou.

Quando chegava ao local de trabalho, foi abordado por dois homens, sendo um o gerente da farmácia e um homem que ele não conseguiu identificar. ‘Eu escutei o cara falando: “ali, é ele”. Eu olhei para trás e vieram os dois homens me acusando de roubo e tentando puxar o creme da minha mão, perguntando o que eu tinha roubado’, disse o cabeleireiro.

Indignado, Natan se dispôs a voltar à farmácia para que a atendente do caixa confirmasse que ele tinha comprado o creme. ‘Logo em seguida veio uma moça falando que me viu pagando e saindo com o produto’, contou.

Com lágrimas nos olhos, Natan diz que se sentiu desrespeitado e vítima de preconceito. ‘Eu me senti um pouco humilhado, porque pessoas como eu, pessoas pretas, LGBTs, a gente sempre tenta evitar esse tipo de coisa, sempre tenta evitar passar uma imagem que as pessoas vão julgar’, completou.

Fonte: Notícias São Sebastião

Poluição pode causar infertilidade, doenças metabólicas e de pele

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Ninguém está imune à poluição, segundo alerta recente da Organização Mundial da Saúde (OMS): os níveis de poluentes estão tão altos que 99% da população respira ar que excede os limites de qualidade definidos pelo órgão. Mas a poluição não está somente no ar, ela também pode ser encontrada na água, nos alimentos (com os agrotóxicos) e, também, nos produtos químicos (cosméticos, produtos de limpeza e plásticos), os chamados desreguladores ou disruptores endócrinos – que podem afetar as funções hormonais e metabólicas do organismo, predispondo o aparecimento de diversas disfunções. ‘Todas podem causar impactos negativos à saúde da população e do ambiente. O problema se agrava nos países em desenvolvimento, como o Brasil, onde muitas vezes a legislação ambiental é deficiente, aliada à falta de infraestrutura de saneamento básico nesses países, que agrava o cenário’, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez*, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). O contato com a poluição traz diversos danos à saúde, comprometendo não só o pulmão, ao causar doenças respiratórias, mas também sendo responsável por uma cascata de danos, que acometem o coração e os rins, causa doenças metabólicas e infertilidade, e – além disso – mesmo se desconsiderarmos a poluição que inalamos, o próprio contato dela com a pele já é o suficiente para causar problemas cutâneos. Abaixo, consultamos especialistas para explicar mais sobre os problemas:

Danos ao coração: Em 2018, um estudo científico da revista Circulation, da Associação Americana do Coração, fez um alerta preocupante: a poluição do ar foi responsável por cerca de 3,3 milhões de mortes no mundo decorrentes de doenças cardiovasculares em 2016 – esse número supera o de óbitos atribuídos a problemas crônicos, como tabagismo (2,48 milhões), obesidade (2,85 milhões) e diabetes (2,84 milhões). Segundo o trabalho científico, a poluição do ar é uma mistura complexa de poluentes que gera doenças cardiovasculares por diversas vias. O material particulado 2.5 (PM 2.5), menor que 2,5 micrômetros, ou seja, trinta vezes menor que a espessura de um fio de cabelo humano, por exemplo, é considerado um fator de risco cardiovascular, uma vez que viaja até o pulmão desencadeando uma cascata de efeitos fisiológicos, de forma que as micropartículas se alojam no sangue, causando inflamação e estresse oxidativo sistêmico, com risco de aumento da vasoconstrição, pressão arterial, frequência cardíaca e resistência à insulina. Suas micropartículas provêm de usinas elétricas, fábricas e veículos, ou seja, a poeira, a queima de combustíveis e os veículos automotores são as principais fontes desse tipo de poluente.

Problemas renais: O aumento da temperatura global, cujo principal responsável é a poluição, está contribuindo para maior número de casos de doenças renais, um problema que vem aumentando e tende a crescer ainda mais nos próximos anos caso não haja uma redução dos níveis da poluição, segundo a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada*, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. ‘A sudorese induzida pelo calor e a consequente desidratação predispõem ao maior risco de desenvolvimento de doenças renais. Além disso, à medida que as temperaturas da superfície global continuam a aumentar devido à atividade humana, os impactos adversos são agravados para as pessoas que já têm doenças renais’, explica a Dra. Caroline ‘Essa população é mais vulnerável à exposição ao calor e desidratação e aumento do risco de cálculos renais e lesão renal aguda. A má qualidade do ar também está associada à insuficiência renal crônica progressiva’, completa a médica nefrologista.

Doenças metabólicas: Segundo a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, um poluente pode ter vários tipos de ações e, dependendo do composto químico, ele terá diferentes impactos nas atividades hormonais ou metabólicas de acordo com o órgão alvo. ‘Vários estudos têm associado esse composto com alterações em nosso sistema reprodutivo, aumento do risco de obesidade, neoplasias e outras disfunções. Alguns destes compostos afetam a microbiota do indivíduo e acarretam disfunções metabólicas’, conta a médica.

Infertilidade: Com anos de exposição, os agentes ambientais tóxicos, substâncias nocivas (produtos químicos, metais e poluentes) encontradas na água, ar, solo, alimentos e produtos de consumo, podem se acumular e causar mudanças em seu corpo. ‘Agentes ambientais tóxicos podem afetar a fertilidade alterando os hormônios e o ciclo menstrual de uma mulher, interferindo na qualidade do espermatozoide ou causando alterações no desenvolvimento de um feto ou uma criança. Alguns agentes podem passar de uma mulher grávida para o feto e podem levar a mutações genéticas’, explica o Dr. Rodrigo Rosa*, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e sócio-fundador do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Um dos poluentes com efeitos mais danosos à fertilidade também é o material particulado 2.5 (PM 2.5), ‘Segundo estudos, a exposição gestacional a partículas finas (PM 2.5) de poluentes esteve associada a um aumento da probabilidade de perda da gravidez em diversas regiões do mundo. Além disso, homens e mulheres que trabalham ao ar livre (agentes de trânsito, taxistas, motoristas de ônibus etc.) em cidades grandes têm maior dificuldade em engravidar’, diz o Dr. Rodrigo.

Envelhecimento e alergias de pele: Segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff*, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diversos estudos epidemiológicos mostram o impacto da poluição na pele, principalmente por conta de partículas e micropartículas que causam diversos danos e inflamação. ‘Esses processos podem levar ao aumento de doenças cutâneas inflamatórias como acne, dermatites e psoríase, degradação do colágeno e envelhecimento da pele. O sabonete comum consegue eliminar as partículas maiores de poluição, no entanto as menores são capazes de adentrar os poros e causar danos. Por esse motivo, é fundamental incluir o uso de substâncias antioxidantes e antipoluição na rotina de beleza, especialmente no caso de pessoas que moram em grandes centros urbanos, metrópoles e megalópoles’, destaca a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Rugas, manchas, olheiras e flacidez são só mais alguns dos problemas que os poluentes podem causar. Segundo a médica, um grande problema mundial tem sido encontrar um meio de evitar as micropartículas – mais o uma vez o perigo é o PM 2.5. ‘Seu potencial irritativo para a pele é gigante: elas contêm fortes agentes que se depositam na pele, causando danos à barreira cutânea, formação de radicais livres e envelhecimento celular’, conta a Dra. Paola.

Para minimizar os impactos dos desreguladores endócrinos, a Dra. Marcella explica que é necessário: preferir alimentos cultivados sem agrotóxicos; evitar alimentos embalados em plásticos com policarbonato A (essa informação está no rótulo); não colocar potes plásticos no micro-ondas, nem em contato com alimentos e líquidos aquecidos, que não sejam indicados para isso, pelo fabricante; não comprar mamadeiras que não tenham selo do Inmetro; não comprar embalagens em mau estado e latas amassadas, pois toxinas podem entrar em contato com os alimentos. ‘Para se proteger, uma dieta equilibrada, variada e o mais natural possível é sempre o melhor caminho, dando preferência aos alimentos de cultivo orgânico, evitando o consumo de alimentos ultraprocessados e o excesso de embalagens e recipientes plásticos’, conta a médica nutróloga. Os hábitos saudáveis também minimizam o impacto da poluição no coração e nos rins, segundo a Dra. Caroline. ‘Para prevenção de doenças renais, além de aumentar o consumo de água e ter uma alimentação saudável, é importante visitar um médico de confiança regularmente para detecção precoce e intervenção de doenças renais genéticas e comorbidades como hipertensão e diabetes’, conta.

Combater a poluição é um compromisso de todos, mas quando o assunto é fertilidade você deve estar ciente de que o que você come, onde você mora e seu ambiente de trabalho podem afetar sua exposição a agentes ambientais tóxicos. ‘Alguns tipos de exposição estão fora de seu controle. Para limitar a exposição que você pode controlar, comece registrando o que você come, produtos de limpeza que usa e produtos químicos ao seu redor. Leia os avisos do rótulo, procure aconselhamento sobre possíveis efeitos e pense nas mudanças que você pode fazer para reduzir sua exposição’, diz o Dr. Rodrigo Rosa. ‘Um estilo de vida saudável, adotando uma alimentação balanceada, dormindo bem e praticando exercícios físicos com regularidade, é a melhor maneira de manter o bom funcionamento do organismo e assim melhorar a fertilidade e as chances de sucesso na gravidez. E, sempre que um casal tem dificuldade para engravidar após um ano de tentativa, o melhor a fazer é buscar ajuda de um médico de Reprodução Humana’, diz o médico.

Com relação à pele, por fim, existem cosméticos com ativos antipoluição. Eles podem ter diversos mecanismos, geralmente de reparação, e algumas substâncias são incorporadas a filtros solares, justamente porque ajudam a formar um filme de proteção sobre a pele, impedindo a penetração das micropartículas, explica a dermatologista Dra. Paola. Um exemplo é o ativo antipoluição Exo-P, um polissacarídeo altamente purificado de um micro-organismo da Polinésia Francesa e que pode ser manipulado em sabonete, espuma, fluido de limpeza, cremes e séruns anti-idade ou antioxidantes. ‘Exo-P é um antipoluente que reduz a adesão das PM 2.5, além de ‘sequestrar’ metais pesados. Além disso, o ativo reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro. A concentração de 1% do ativo é suficiente, com uso preferencialmente noturno ou conforme orientação médica’, finaliza Maria Eugênia Ayres*, farmacêutica e gestora técnica da Biotec Dermocosméticos.

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*DRA. CAROLINE REIGADA: Médica nefrologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e residência em Nefrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a médica participa periodicamente de cursos e congressos, além de ter publicado uma série de trabalhos científicos premiados. Participou do curso ‘The Brigham Renal Board Review Course’ em Harvard. Integra o corpo clínico de hospitais como São Luiz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Instagram: @dracaroline.reigada.nefro

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista

*DRA. MARCELLA GARCEZ: Médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez

*DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro ‘Atlas de Reprodução Humana’ da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Instagram: @dr.rodrigorosa

*MARIA EUGENIA AYRES: Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000 onde atualmente é Gestora Técnica da Biotec. CRF 33.424.

Fonte: Portal Splish Splash

DHL Supply Chain fortalece diversidade e sustentabilidade com motoristas mulheres e 40 novos caminhões elétricos

Considerada líder global em armazenagem e distribuição, a DHL Supply Chain avança em sua agenda de descarbonização, ao mesmo tempo em que aprofunda a diversidade em sua equipe, anunciando a aquisição de 40 caminhões elétricos (VUCs) e o aumento do número de motoristas mulheres.

Assim, a frota elétrica da empresa chega aos 70 veículos (veículos utilitários e caminhões), além de contar com ciclistas para entregas de menor distância e peso e aproximadamente 40 motoristas mulheres já em atuação.

Com isso, a DHL Supply Chain estima que irá evitar a emissão de cerca de 22 mil toneladas de CO2 (WtW) em cerca de 30 anos – frota atual, mais novas aquisições -, contribuindo de forma significativa para sua meta de zerar emissões até 2050. A empresa planeja ainda continuar seu programa de aquisições, buscando ultrapassar os 150 veículos elétricos em 2022.

‘Desenhamos esse passo com muito cuidado para avançar em dois valores fundamentais para a DHL Supply Chain: a sustentabilidade e a promoção da diversidade. Com os novos caminhões, haverá um impacto grande, pois, a capacidade de carga deles é muito superior à dos veículos utilitários, possibilitando que utilizemos este perfil de veículo em uma gama maior de projetos logísticos. Conseguimos também chegar a mais mercados e regiões do país com um impacto ambiental quase zero. Em relação à diversidade, já tínhamos práticas consolidadas de promoção entre nossa equipe de armazenagem e nas lideranças e agora conseguimos chegar também aos motoristas’, afirma Fábio Miquelin, vice-presidente de Transportes da DHL Supply Chain.

Com capacidade de até 4,1 toneladas, o novo modelo adquirido foi o JAC iEV1200T, caminhão VUC, 100% movido a energia elétrica. O veículo possui baixo custo operacional, autonomia de 250 km, baterias de fosfato de ferro-lítio de 97 kWh. Outras vantagens são a isenção de restrições na circulação urbana, silêncio, baixa trepidação na rodagem e agilidade na recarga.

Estes veículos serão usados para coletas e entregas em diversas regiões do Brasil, principalmente para os mercados de varejo, e-commerce, moda, consumo e insumos médicos e remédios, incluindo pontos como shoppings, farmácias, lojas de rua e supermercados. A empresa fechou também projetos para descarbonizar trechos inteiros de distribuição, como é o caso do trabalho realizado para uma grande marca de cosméticos, no qual a DHL eletrificou as entregas para todas as lojas de São Paulo. Há a possibilidade ainda de levar este perfil de entrega há outras capitais do Brasil.

‘A DHL Supply Chain é hoje um dos operadores logísticos com a maior frota de veículos elétricos de carga do Brasil, com uma frota zero emissões inclusive na emissão indireta do consumo de eletricidade, por realizar a neutralização com iREC (Certificado de Energia Elétrica). Além do caminhão VUC, a empresa conta atualmente em sua frota de veículos elétricos com os modelos toco (caminhão semipesado) e carros utilitários elétricos’, pontua Miquelin.

Já a promoção da diversidade faz parte do projeto ‘Mulheres na Estrada’, que visa ampliar a presença de mulheres na área de transportes. Para expandir seu time atual de aproximadamente 40 motoristas, a DHL Supply Chain planeja abrir vagas para contratação de motoristas profissionais (carteira de habilitação D) na Grande São Paulo, e preencher 70% das oportunidades com profissionais mulheres e 30% homens. ‘As mudanças provocadas pela pandemia elevaram a demanda por serviços logísticos, de forma que expandimos a nossa equipe. As motoristas mulheres nos ajudam tanto nesta questão como a tornar mais diversa a nossa equipe. Temos feedbacks muito positivos de clientes e das próprias motoristas. Creio que o setor seja fortalecido com uma participação maior das mulheres’, finaliza o vice-presidente de Transportes da DHL Supply Chain.

Fonte: Log Web

Ela criou marca de cosméticos oncológicos após perder mãe com câncer

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Em abril de 2020, Natália Brezinski recebeu a notícia de que sua mãe estava com câncer. ‘Eu parei de fazer tudo para ficar responsável pelos cuidados dela e pude acompanhar todo o processo de quimioterapia e os tratamentos. Foram dois meses longos e difíceis, ela infelizmente não resistiu’, afirma.

No processo, Brezinski percebeu uma grande dificuldade para as pessoas com câncer encontrarem produtos de beleza adequados. Foi quando ela resolveu deixar a carreira de advogada para fundar a Lieve, e-commerce de cosméticos oncológicos com sede na cidade de São Paulo. Os produtos são feitos a partir de ingredientes naturais, recomendados para peles sensíveis e irritadas.”Somos uma startup com foco em lançar produtos inovadores que não estão disponíveis no mercado.”

Natália Brezinski, fundadora da Lieve (Foto: Divulgação)

Decidida a começar a empresa, Brezinski, que não tinha experiência em administração e cosmetologia, foi em busca de profissionais que poderiam ajudá-la nestas áreas. ‘Meu primeiro objetivo era criar um produto para ajudar pessoas sofrendo com a queda de cabelo causada pela quimioterapia’, diz a empreendedora.

Foi necessário um ano e meio para desenvolver a empresa. Para isso, ela contratou uma cosmetologista especialista em tricologia (tratamento dos fios de cabelo e do couro cabeludo). ‘Uma coincidência infeliz foi que esta profissional descobriu um câncer no meio do processo, então ela mesma fazia os testes da formulação que criava’, diz Brezinski.

A Lieve foi criada em novembro de 2021, e começou as vendas em abril deste ano. O primeiro produto lançado foi uma espuma para o cabelo, que substitui o shampoo, acalma a irritação e suaviza a coceira. ‘É muito mais saudável até para quem não sofre com queda de cabelo. Qualquer pessoa pode usar’, diz a empreendedora. Depois, foram desenvolvidos cremes para mãos e pés, lançados em julho de 2022. ‘Muitas pessoas com câncer sofrem com rachaduras nas mãos e nos pés, então priorizamos estes cremes’, afirma.

Segundo Brezinski, o segredo da empresa é não ter poupado investimento para criar os produtos. “Preferimos baixar nossa margem de lucro para entrar no mercado com um preço competitivo’, diz a empreendedora. Até o momento, a empresa já investiu R$ 1 milhão no desenvolvimento dos produtos, por meio de bootstrapping.

Outra estratégia foi apostar na criação de uma comunidade entre as pacientes. ‘Queremos ser uma plataforma de compartilhamento de experiências. Fizemos encontros em que os pacientes contavam suas histórias. Nosso desejo é criar uma comunidade para falar sobre câncer sem tabu’, explica Brezinski, que contou com a ajuda de médicos para se conectar a pacientes e descobrir quais eram as suas maiores necessidades. ‘Uma pessoa foi passando o contato para outra, e conseguimos já montar um grupo de 20 mulheres para o primeiro workshop.’

A expectativa é faturar R$ 400 mil ainda neste ano e, para o ano que vem, chegar a R$ 1,5 milhão com o lançamento de mais produtos, incluindo um sabonete e um hidratante líquido.

Por enquanto, a empresa vende por site próprio e em marketplaces como Amazon e Americanas. O plano inclui entrar em farmácias e clínicas oncológicas, mas abrir lojas físicas não está no radar. ‘Conseguimos abranger pessoas de todo o Brasil por meio do digital, então sempre foi minha primeira opção.’

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios Online

Como as consumidoras negras impulsionaram o mercado de beleza brasileiro na última década?

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Costuma-se dizer que o conceito de beleza é subjetivo. Mas será mesmo que estamos livres de lentes e que o entendimento do que é bonito está imune a interferências? Certamente, não. Basta checar as imagens que, por décadas, absorvemos das novelas, dos filmes, das propagandas, das revistas (nós, inclusas) e dos desfiles de moda. Referências que constroem um léxico imagético e interferem, junto de vivências e outros aspectos sociais, no entendimento do que é belo.

‘Ele está nos olhos de quem vê? Não, ele também é uma construção social. E essa arquitetura determina a estética na sociedade em que estamos inseridos – por sua vez, estritamente ocidental e colonialista’, afirma Katiúscia Ribeiro, doutora em filosofia africana.

Sim, isso significa que qualquer fuga do padrão branco-liso-magro-fino é vista com estranhamento. Problema: a recusa vira sintoma, inclusive quando falamos na indústria da beleza. Traços são negligenciados também em termos de serviços e ofertas de produtos. Felizmente, o mercado está em transformação no Brasil, especialmente dos últimos dez anos para cá. O primeiro degrau, talvez, se relacione ao cabelo. O processo de transição capilar, que teve um boom a partir de meados de 2014, fez com que as cacheadas e crespas passassem a abraçar a textura natural – o que foi além da aparência física e se tornou um movimento de resgate à identidade.

‘Começou no Orkut e encontrou espaço no YouTube. Mulheres que já assumiam os fios naturais por resistência ou que tiveram quedas, queimaduras no couro cabeludo depois de tantos procedimentos químicos passaram a buscar outras alternativas, porque o mercado tradicional não estava nem aí para elas. O que aprendiam e dava certo era compartilhado em vídeos e postagens’, conta a influenciadora digital e jornalista Carla Lemos, autora do livro ‘Use a Moda a Seu Favor’ (Record), que viveu e acompanhou de perto a movimentação.

Os experimentos mil eram pautas, e as protagonistas acumulavam seguidoras ávidas por conhecimento empírico. Tal demanda empurrou as marcas de beleza, que começaram a repensar linhas específicas ou até ampliar portfólio. Não dava mais para ignorá-las.

‘Havia uma obsessão antifrizz nos anos 2000. Se você fosse vaidosa, bem-sucedida e cuidasse de si, tinha que alisar o cabelo e deixar os fios no lugar. A gente não se via nem em novelas, porque as personagens cacheadas e crespas não eram quem o público almejava ser’, lembra Carla.

‘A internet foi muito importante ao aumentar o alcance das questões de raça e gênero, mas também dos novos referenciais de beleza”, completa.

A bolha, então, estourou. O discurso focado em ‘domar as madeixas’, finalmente, não era mais tolerado. Fórmulas também precisaram ser revistas. Se as consumidoras queriam volume, os novos finalizadores deveriam entregá-lo.

‘O movimento da transição capilar que a consumidora iniciou fez com que tivéssemos que nos mexer porque atendíamos quase que exclusivamente essa mulher’, explica Kamila Fonseca, diretora de marketing da Salon Line, rótulo com um dos maiores portfólios dedicados aos cachos e crespos do mercado brasileiro, incluindo cuidados para tranças afro.

Teve quem surfou na onda sem mudança real de mentalidade? Sim, mas o saldo ainda é positivo, aponta a jornalista Luanda Vieira. Expert em beleza com passagem por grandes títulos, como a Vogue e esta Glamour, ela acredita que não havia outra saída para quem quisesse se manter relevante.

‘Sempre digo que as empresas mudam no amor ou na dor. Mesmo que não acreditem na causa, sabem que vão deixar de existir se não olharem para mulheres negras. Não ter diversidade e inclusão mexe diretamente no lucro’, aponta. Se antes a prateleira ficaria vazia, hoje encontramos itens customizados para cada necessidade. ‘No passado, não tínhamos nem produtos focados no nosso tipo de cabelo e, hoje, até o xampu pode ser personalizado’, diz Luanda.

Mas não é só de haircare que se faz uma penteadeira decolonial. Em setembro de 2017, Rihanna dava uma pausa nas criações musicais e seguia imersa na Fenty Beauty. O diferencial? A dela era uma das primeiras marcas de beleza a já entrar no mercado com 40 tons de base disponíveis, das mais pálidas ao tom retinto, para além de subtons – essenciais para que a cobertura seja imperceptível e não manche de alaranjado ou acinzentado. A marca chegou a ser apontada pela revista Time como uma das 25 melhores invenções daquele ano. Quase cinco anos depois, também podemos dizer que ela impulsionou toda uma categoria: quem não tinha correu atrás para fazer também. E quem tinha passou a comunicar melhor.

‘Fenty Beauty deu um passo e não tinha como retroceder. As marcas não poderiam olhar para aquilo e seguir inertes, até porque os consumidores entenderam que não precisariam mais passar o perrengue de ficar misturando bases’, analisa Luanda. Carla Lemos acrescenta que a comunicação também foi ponto-chave. ‘Diziam que tons para peles negras não vendiam. Então chegou Riri e virou best-seller. Por quê? Faço o paralelo com uma frase que Beyoncé cita no documentário ‘Beychella’: ‘A gente não pode ser o que a gente não vê’. Como vai vender maquiagem para pele negra, se as pessoas não se enxergam naquele lugar? Rihanna mostrou, com imagens, que nós poderíamos, sim’, reflete.

O mesmo incômodo de uma estrela da música batia na administradora de empresas carioca Rosangela José. Fundadora da marca Negra Rosa Cosméticos, especializada em pele negra, ela e a sócia, Ana Heller, entraram no game para atender uma parcela da população que está longe de ser pequena e invisível – 56,1% dos brasileiros se autodeclaram racializados.

‘Eu, como mulher negra e consumidora, sabia da falta de produtos para nós. Sou do tempo em que os cosméticos nacionais não se importavam se a pigmentação funcionaria na gente’, conta.

O rótulo nasceu em 2016, a princípio com três tons de batons. No ano seguinte, chegaram cinco tons de base, incluindo opções para a pele retinta, que é justamente a que mais tinha dificuldade em comprar. Somam sete variações de base, além de sombras, blush, iluminador, corretivos e batons. Em uma ampliação mais recente, a Negra Rosa também investiu numa linha capilar. ‘As marcas precisam se adaptar. E não foi um movimento que partiu delas, mas uma exigência inicialmente do público’, diz Rosangela.

O mesmo não se pode dizer, entretanto, da seara de cuidados. E não estamos falando de skincare. Considerada uma das especialidades mais ‘brancas’ da medicina, a dermatologia custa para atender peles negras. O problema é primário: há lacunas profundas na própria literatura médica. ‘Quando cheguei a esta especialidade, vi que não havia sequer referências nos livros’, afirma Katleen Conceição, dermatologista especializada em pele negra, que tem Taís Araújo e Lázaro Ramos entre os pacientes célebres.

As mesmas questões foram enfrentadas por Monalisa Nunes, também dermatologista e negra. ‘O que vejo, na prática, é que as pacientes já receberam muitos ‘nãos’ – por exemplo, ouviram que peeling ou depilação a laser não podem ser realizados em pele negra – quando o tratamento era possível. O importante é que o profissional esteja apto e tenha estudado para isso’, diz a médica.

É preciso estar preparado mesmo, porque as questões também são específicas e, assim como pacientes com outros diagnósticos, carecem de soluções. Entre as principais reclamações de quem chega aos consultórios estão as manchas escuras que surgem com facilidade na pele negra em razão da maior produção de melanina.

Junto com as queixas, vem o medo dos tratamentos. ‘É uma pele que exige cuidado mais delicado. Ainda é muito reproduzida a máxima de que, por ter mais colágeno e elastina, a pele negra é mais resistente, mais rígida? Sendo que é o contrário: ela tende a ser mais sensível, pigmentar com maior facilidade, e tem mais chance de queloide’, elucida Monalisa.

Dos procedimentos clínicos aos frascos da farmácia, as peculiaridades devem ser levadas em consideração. Aliás, já nem pega bem propor ‘clareamento’ – ‘branqueamento’, então, nem se fala. Prova disso é que termos assim vêm sendo banidos das embalagens. Há dois anos, por exemplo, a L’Oréal removeu todas as palavras com conotação parecida, caso de ‘whitening’, dos produtos. O movimento rolou depois que a filial indiana da Unilever anunciou que mudaria o nome de seu creme para clarear a pele, “Fair & Lovely” (algo como “Clara & Bonita”), após denúncias de que se tratava de uma alcunha racista. Há otimismo (ainda que tardio) no ar, entretanto. Assim analisam as duas especialistas. ‘Muitas empresas me procuram para dar consultoria sobre cosméticos que, de fato, atendam a população negra brasileira. Acho que será cada vez mais fácil encontrá-los’, aposta Katleen.

Ancestralidade é caminho de futuro

‘O modelo de sociedade vigente é o modelo da branquitude. Então, por mais que você tenha uma aceitação estética, como a do cabelo, você ainda passa por um processo que faz com que a sua subjetividade não te reconheça como belo’, aponta Katiúscia Ribeiro.

Fazendo um paralelo com Frantz Fanon, que discorre sobre o assunto em ‘Pele Negra, Máscaras Brancas’, livro lá de 1952, ela explica quea negação aos traços negroides ainda é comum – ainda que estejamos falando daquele momento a sós, de frente para o espelho. ‘Por mais que você enxergue beleza, há uma estrutura que vai dizer que o belo é o outro. E essa busca por traços mais afilados, por traços fora dos padrões da negritude, é a busca da branquitude. Como diz Fanon, é colocar a máscara branca para ser aceita’, explica.

Para a filósofa, é urgente que resgatemos outros modelos de estética, seja por nós mesmas, seja para que presente e futuro sigam em revisão. ‘Os filtros no Instagram, a cosmética, os produtos dermatológicos, os tratamentos de pele? Há uma indústria por trás disso e ela também atende a uma proposta ocidental de mundo. O resgate à ancestralidade é um resgate à história. História é poder, e a construção desse poder é capaz de reconstruir um olhar sobre si mesmo’, diz, certeira.

Fonte: Glamour Brasil Online

Skincare fermentado: tudo o que você precisa saber sobre a tendência

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Skincare fermentado Você já ouviu falar em skincare fermentado, e ficou sem saber o que isso significa? Calma, que a gente te ajuda! Fermentação é um processo conhecido quando falamos de alimentos, como vinho, cerveja e iogurte. Eles podem ser ótimos para o seu organismo – e para sua pele. Estes ingredientes são uma aposta sustentável no mundo dos dermocosméticos e já até fazem parte da sua rotina, afinal, para obter o ácido hialurônico sinteticamente precisamos deste método. Vamos entender mais?

O que é fermentação?

A fermentação feita em laboratório aproveita microrganismos, como bactérias, para decompor ingredientes de cuidados com a pele em diferentes compostos. Para nos dar uma luz sobre como isso funciona conversamos com Marília Tamaki, farmacêutica, formada pela Universidade de São Paulo, e analista de pesquisa e desenvolvimento da Creamy.

‘A fermentação é um processo que a gente conhece há muito tempo, a gente faz pão, vinho, e recentemente começamos a usar esse método também nos ingredientes de cosméticos. Basicamente, é a mistura de algum extrato, óleo, ou açúcar com bactérias e fungos que são selecionadas para este processo de fermentação. Eles vão reagir com esse outro ingrediente, que vão funcionar como alimento dessas bactérias e fungos para transformar esse material’, explica ela.

‘Durante esse processo, há uma quebra dessas substâncias e é isso que nos interessa, esses metabólitos, subprodutos dessa fermentação eles vão ter algumas características específicas, proteínas e outros elementos que terão benefícios na nossa pele’, completa. Os ingredientes fermentados podem vir da natureza ou por um procedimento sintético.

‘Como estamos quebrando as moléculas de um substrato, com a fermentação vamos ter um produto final com um tamanho molecular menor e isso para o skincare é ótimo. Dessa forma, a gente consegue uma melhor fermentação desses ativos em nossa pele. E por conta desse processo, o produto final tem menos resíduos, acaba sendo mais puro já que estamos transformando esse material’, conta Marília Tamaki.

Como a fermentação pode ser benéfica para a pele?

Como dito, a fermentação é uma forma de tornar os componentes menores e aumentar o potencial de absorção na sua pele. ‘Os produtos derivados desses ingredientes podem causar menos irritações na pele, são mais suaves e também há maior eficácia. Quando você tem um ingrediente fermentado, você vai diminuir o tamanho dele, facilitando a penetração na pele para fazer a ação que você quer, seja hidratação, aumento de colágeno ou controle da oleosidade’, explica a farmacêutica. ‘E claro que isso depende também de outros fatores, princípio ativo e da formulação como um todo. Mas, no geral, eles vão ser muito bons’.

A fermentação é uma nova forma de chamar um processo já conhecido

Segundo a especialista, o termo fermentação é uma roupagem diferente para o que já era conhecido como prebióticos, probióticos e pós-bióticos. Já tinha ouvido falar disso? Esses são componentes dos dermocosméticos. Entenda a diferença entre eles:

Prebióticos: ‘Eles vão ajudar as bactérias boas a proliferar na pele, estimulando o crescimento delas e diminuindo o das nocivas’, explica Marília. Eles funcionam como uma espécie de alimento para as bactérias boas.

Probióticos: Os probióticos são os microrganismos em si e tem uma polêmica em relação a eles. ‘Como que vou garantir que os conservantes não vão matar os microrganismos ou se o mesmo não vai causar uma contaminação?’, comenta a especialista. ‘Tem bastante pesquisa acerca disso, mas a gente dá preferência para os pré e pós bióticos’, completa.

Pós-bióticos: ‘Esses são ingredientes que já passaram pela fermentação, ou seja, os subprodutos que serão estudados para ver quais ações eles têm na pele’.

Em suma, a fermentação não é um processo novo e sim um novo termo para um método já conhecido. ‘Essa questão de pré e pós-bióticos ainda é pouco difícil de entender, mas se você fala de fermentação todo mundo sabe. A gente usa fermento no bolo, usa a fermentação para fazer cerveja, vinho. Essa nomenclatura fica mais próxima da nossa realidade, talvez por isso esteja crescendo tanto’, conta Marília Tamaki.

Onde podemos encontrar ingredientes fermentados?

‘Vários ingredientes que usamos faz tempo são obtidos com fermentação como ácido hialurônico, que vemos em todos os produtos. Ele pode vir de origem animal mas também é obtido por fermentação. Também o ácido málico, o glicólico e o esqualano’, explica a farmacêutica.

E por falar em origem animal:

Marília Tamaki conta também que no ramo dos dermocosméticos os produtos de origem animal estão cada dia mais escassos: a pegada agora é a obtenção de certos derivados artificialmente. Como no caso citado acima.

Outro ponto positivo é que esse é um método sustentável também, pois são utilizados microrganismos vivos. ‘Sempre teremos aquela fonte de energia para transformar esses materiais’, pontua Marília. Além disso, essas substâncias, justamente pelo processo de fermentação, têm uma vida útil maior.

E por falar em sustentabilidade, geralmente o termo está atrelado à natureza e vivemos uma fase em que grande parte dos produtos prezam por ingredientes naturais. Marília também explica que nem sempre esse é o melhor caminho quando falamos de dermocosméticos.

‘Não necessariamente algo que é natural é mais seguro, quando temos processos naturais, há muito mais dificuldade em isolar o que é bom. Claro que existe o controle de qualidade, para entendermos o que está no extrato, mas é algo que foge do controle, pois depende muito do horário que você colheu a planta, da estação do ano’, analisa. ‘Já quando temos o processo sintético, feito em laboratório que é todo controlado, a gente tem mais certeza de que os ingredientes no final não terá impurezas e nem traços de moléculas nocivas para nossa pele. Então, é um bom balanço, ter ingredientes naturais e sintéticos’.

Fonte: Claudia Online

Auxílio para taxistas e caminhoneiros começa a ser pago em agosto

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Cerca de dez dias após a promulgação da emenda constitucional que ampliou benefícios sociais, o Ministério do Trabalho e Previdência divulgou hoje (25) o calendário para o pagamento dos auxílios a caminhoneiros e taxistas afetados pela alta do preço dos combustíveis. Os benefícios serão pagos de agosto a dezembro, com a parcela de agosto sendo paga em dobro em relação às demais parcelas.ebcebc

As parcelas de julho e de agosto do Auxílio Caminhoneiro serão pagas juntas em 9 de agosto, somando R$ 2 mil. As demais parcelas, que serão pagas até dezembro, equivalerão a R$ 1 mil. Em relação ao Auxílio Taxista, o limite máximo de cada parcela soma R$ 1 mil, podendo atingir R$ 2 mil em agosto (pagos em datas diferentes no mesmo mês), mas os valores efetivos dependerão do número de taxistas cadastrados pelas prefeituras. Caso haja mais taxistas cadastrados que o previsto, o valor para cada um ficará menor.

O Auxílio Taxista começará a ser pago em 16 de agosto. As prefeituras terão até domingo (31) para informar a lista e o número de beneficiários ao governo federal.

Confira os calendários para os dois benefícios

Auxílio Caminhoneiro

Parcela Data de pagamento Dados ativos no Ministério da Infraestrutura
Julho e agosto 9/8 (valor em dobro) até 22/7
Setembro 24/9 até 11/9
Outubro 22/10 até 9/10
Novembro 26/11 até 13/11
Dezembro 17/12 até 4/12
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência

Auxílio Taxista

Parcela Data de pagamento Dados enviados pela prefeitura
Julho 16/8 até 31/7
Agosto 30/8 até 15/8
Setembro a dezembro sem data definida` até 11/9
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência

Quem tem direito?

Poderão receber o Benefício Emergencial aos Transportadores Autônomos de Carga (BEm Caminhoneiro) os transportadores de carga autônomos cadastrados até 31 de maio no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C). O cadastro precisa estar ativo, com exigência de CPF e Carteira Nacional de Habilitação válidos.

Cada transportador receberá o valor fixo, independentemente da quantidade de veículos que possuir. Todos os meses, o Ministério da Infraestrutura repassará ao Ministério do Trabalho e Previdência os dados atualizados do RNTR-C.

Em relação ao Auxílio Taxista, terão direito ao benefício os motoristas de táxi registrados nas prefeituras, titulares de concessões ou alvarás expedido até 31 de maio. Não será necessária qualquer ação por parte dos taxistas. Em caso de dúvidas, o motorista deve entrar em contato com a prefeitura para verificar o cadastro municipal. A prestação das informações caberá inteiramente às prefeituras (ou ao governo do Distrito Federal, no caso da capital federal).

Auxílio Brasil

O pagamento da parcela de agosto do Auxílio Brasil foi antecipado. Tradicionalmente realizado nos dez últimos dias úteis de cada mês, o pagamento, que ocorreria entre 18 e 31 de agosto, passou para o intervalo entre 9 e 22 de agosto.

As novas datas foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje. Conforme a emenda constitucional promulgada no último dia 14, as parcelas mínimas terão o valor de R$ 600 até o fim do ano. As datas de pagamento de setembro, outubro, novembro e dezembro não mudaram. Os benefícios continuarão a ser pagos nos últimos dez dias úteis de cada mês.

Fonte: Agência Brasil

Conheça ações que ajudam a evitar a exaustão da equipe

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A pandemia de covid-19 acentuou casos de estresse, ansiedade e exaustão da equipe. No momento em que as organizações começam a definir um novo modelo de retorno aos escritórios prevendo maior flexibilidade, incertezas internas e externas contribuem para uma forte sobrecarga emocional.

De acordo com Wagner Gattaz, psiquiatra e professor titular de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, houve um aumento de 40% no número de pessoas com quadros de ansiedade, depressão e burnout no último ano. “O burnout leva a um sofrimento grande, pois compromete a felicidade no trabalho, que é onde passamos grande parte de nosso tempo”, afirma.

Para Oliver Kamakura, sócio de consultoria em Gestão de Pessoas da EY Brasil, o indicador de burnout aumentou no último ano e está “fundamentalmente associado à ansiedade”. “E a ansiedade, por sua vez, muitas vezes está associada à falta de direção das empresas em definir, por exemplo, como será o modelo de trabalho nesse retorno aos escritórios. A regra está aberta e as empresas não tomam uma direção”, explica o consultor.

Como as empresas podem, então, evitar a exaustão no trabalho e manter o time criativo? Na entrevista abaixo, o psiquiatra Paulo Wagner Gattaz falar sobre o burnout, como diminuir seu risco e a atuação das lideranças com o time.

 

Ainda que as empresas estejam voltando à normalidade (trabalho presencial ou híbrido), há um impacto psicológico de tudo o que foi vivido durante a pandemia. Como isto se refletiu na saúde mental dos trabalhadores?

Vivemos tempos difíceis, com forte sobrecarga emocional causada pela insegurança gerada pela pandemia: medo de contrair a Covid-19, insegurança quanto à manutenção do emprego, e tudo isso agravado pelo afastamento social e pela diminuição de possibilidades para o lazer e relaxamento do trabalho. Esta pressão gerou um estresse que contribuiu para um aumento de 40% da ansiedade, das depressões e do burnout. Principalmente o burnout leva a um sofrimento grande, pois compromete a felicidade no trabalho, que é onde passamos grande parte de nosso tempo.

 

Quais são as características do burnout?

O burnout, ou síndrome de esgotamento no trabalho, é caracterizado por três dimensões. A primeira é um esgotamento emocional, caracterizado por cansaço constante e falta de energia para o trabalho. A segunda, uma despersonalização, que se manifesta por uma atitude negativa e distanciamento das pessoas, com descaso pelas convenções sociais e uma descrença na integridade, na bondade e na honestidade das pessoas. A terceira é uma autoavaliação negativa, com sentimento de fracasso e incompetência.

 

E quais são os sintomas do burnout?

Ocorrem queixas físicas e mentais, como mal-estar generalizado, falta de energia, exaustão física e mental, insônia, dificuldade de concentração e raciocínio, irritabilidade, dores e tensões musculares. São sintomas parecidos com os que ocorrem numa depressão, com a diferença que no burnout os sintomas ocorrem apenas na situação de trabalho, podendo a pessoa ser feliz e produtiva fora dele. A depressão compromete o bem-estar geral da pessoa, enquanto o burnout afeta apenas o bem-estar relacionado ao trabalho.

 

O burnout foi incluído, a partir de 2022, como um fenômeno ocupacional na Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial de Saúde. Isto significa que o burnout passou a ser visto como uma doença do trabalho?

Não. Embora ele esteja incluído da CID, ele está incluído no capítulo de “Fatores influenciando o estado de saúde ou o contato com serviços de saúde”, mas que não são classificados como doenças. Nesta mesma categoria estão incluídas outras condições, como o sedentarismo, a pobreza e a ameaça de perder o emprego. Embora o burnout, por definição, se manifeste no trabalho, dizer que ele é uma doença do trabalho é o mesmo que dizer que a pobreza ou o emprego ameaçado também sejam condições patológicas.

 

Quais sinais mostram que uma equipe está beirando a exaustâo, em risco de burnout?

Raramente, o burnout acomete toda a equipe ao mesmo tempo. Geralmente, a exaustão acomete indivíduos mais vulneráveis e que apresentam comportamento de risco: são aquelas personalidades  ambiciosas e perfeccionistas, que querem se tornar insubstituíveis e por isso não conseguem delegar, não conseguem dizer “não” e nem estabelecer limites, se sobrecarregando com o trabalho e deixando de lado suas necessidades pessoais, como família e lazer. Para desencadear o burnout, estes comportamentos de risco interagem com fatores de risco do ambiente de trabalho, como excesso de demanda combinada com falta de autonomia e baixo apoio social. O burnout resulta, então, de uma vulnerabilidade individual combinada com o risco ambiental. Os sinais precoces são uma queda gradativa da produtividade, com dificuldade para tomar decisões, procrastinação e conflitos gerados por uma maior intolerância e irritabilidade. Queixas físicas generalizadas, com aumento de procura dos serviços de saúde e afastamentos, ocorrem também com frequência nestas fases iniciais do esgotamento.

 

O que os colaboradores podem fazer para diminuir estes riscos, principalmente considerando os efeitos do trabalho remoto?

Nestes mais de 2,5 anos de pandemia, estamos aprendendo a conviver com ela e reconhecemos alguns comportamentos que ajudam a superar estes tempos difíceis com menos sofrimento físico e mental. O trabalho em casa necessita de alguns ajustes para manter-se saudável e produtivo.

 

E como as lideranças podem atuar para manter o time produtivo e criativo,  evitando a exaustão no trabalho?

O líder tem de estar presente para dar o foco nas metas comuns e evitar micromanagements (estilo de gestão em que o líder controla de perto o trabalho de seus funcionários). Estar presente significa garantir acessibilidade, estabelecer metas claras e expectativas transparentes. A criatividade é estimulada conferindo autonomia para o colaborador, dando-lhe espaço para decidir como e quando atuar para atingir as metas estabelecidas. Isto vale também para o trabalho remoto, onde é primordial o respeito aos ritmos individuais e à flexibilidade de horários, permitindo que cada um aproveite ao máximo o seu pico circadiano [ao longo de 24 horas] de atividade biológica e mental. E, finalmente, o líder deve adotar uma comunicação assertiva, com reconhecimento sincero e feedback construtivo frente aos seus liderados.

 

Em que momento o profissional deve levar a questão ao gestor?

O primeiro passo é o profissional reconhecer, detectar em si mesmo a instalação de um processo de esgotamento no trabalho. Isto torna-se possível com um programa de informação sobre saúde mental dentro da empresa. Neste programa os gestores devem, também, ser preparados para acolher sem preconceitos colaboradores em sofrimento mental, encaminhand-os para ajuda médica e psicológica. O burnout, junto com a depressão e a ansiedade, ao lado do imenso sofrimento que causam, estão entre as causas mais frequentes de queda de produtividade no trabalho. A boa notícia é que elas podem ser diagnosticadas com precisão e tratadas com eficácia, reduzindo o sofrimento e aumentando a performance pessoal e profissional dos colaboradores.

Fonte: Diário do Comércio

Movimento do comércio sobe 0,9% no 1º semestre de 2022

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O movimento do comércio acumulou alta de 0,9% no 1º semestre de 2022 ante igual período de 2021. Porém, no acumulado em 12 meses, a indicador aponta queda de 0,8%.

Os dados, da empresa de inteligência analítica Boa Vista, também apontam que o indicador antecedente, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o território nacional, também cedeu 0,8% entre os meses de maio e junho.

Já o desempenho do varejo no mês sucedeu uma alta de 1,7% em maio, e encerrou o 2º trimestre de 2022 com estabilidade em relação ao 1º trimestre.

Na série de dados originais, o indicador avançou 0,6% na comparação interanual, e 3,1% na comparação do 2º trimestre de 2022 ante igual período do ano passado.

Em maio, a liberação do FGTS já não havia surtido o efeito esperado, e em junho não foi diferente: em um cenário de inflação e juros altos, também pesa sobre o varejo a competição com serviços, que parece estar mais acirrada, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista.

“Nesse período, o impacto tende a ser maior nas categorias que dependem mais do crédito, e para amenizar isso, alguns prazos estão ficando maiores”, explica. “Mas o risco da operação é maior e, mesmo que as parcelas caibam no bolso, o custo deste risco está embutido nelas”,

Assim, o consumidor, de modo geral, tende a focar no consumo de itens básicos, como alimentos e combustíveis. Em julho, o efeito da PEC dos Combustíveis já deve aparecer, e isto deve estimular a demanda nessas categorias, completa.

A despeito da queda observada na análise de longo prazo, a expectativa é de que o varejo encerre o ano em alta, até porque a base de comparação daqui para frente não é tão forte –  lembrando que o indicador no 2º semestre de 2021 havia caído 2,0% ante igual período de 2020. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio 9do IBGE), seguiram na mesma direção.

Fonte: Diário do Comércio