Veja o que pesa contra e a favor do consumo neste semestre

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Qual é o comerciante que não fica entusiasmado quando sabe que o cliente vai ter mais dinheiro no bolso para gastar?

A chamada ‘PEC Kamikaze’, que coloca R$ 41,2 bilhões nas mãos de parte da população brasileira até o final do ano é, portanto, bem-vinda, a despeito do desarranjo fiscal que ela pode causar.

A grande dúvida do momento, de acordo com lojistas e economistas, é se o cenário econômico e político, desfavorável ao consumo, pode anular o efeito das tais benesses bilionárias.

Tradicionalmente, o segundo semestre do ano é sempre mais favorável para o comércio, até porque dezembro, em razão do Natal, é o melhor período de vendas para o setor.

Neste ano de juros e inflação em alta, eleições fortemente polarizadas em outubro, Copa do Mundo em novembro, o que os varejistas podem esperar?

Pergunta muito difícil de responder, dizem os comerciantes consultados, até porque os recursos da ‘PEC Kamikaze’ só começam a chegar às mãos dos consumidores em agosto.

A pedido do Diário do Comércio, comerciantes e economistas destacaram os prós e os contras do consumo neste segundo semestre de 2022.

PRÓS

Depois de dois anos seguidos de queda, a massa real de rendimento dos trabalhadores brasileiros deve subir 3,7% em 2022, de acordo com projeções da MacroSector Consultores.

Em 2020, a massa real de rendimento caiu 6,6% e, em 2021, 0,2%. O pessoal ocupado deve subir 8%, após cair 6,9% em 2020 e subir 3,6% em 2021, de acordo com a consultoria.

“Para o comerciante que estava com a corda no pescoço, quase sem ar para respirar, vai ser um alívio a injeção de R$ 41,2 bilhões na economia”, diz Fabio Silveira, sócio da MacroSector.

As condições de mercado, de acordo com ele, já estavam mais favoráveis até mesmo antes da aprovação da ‘Pec Kamikaze’, em razão do aumento do pessoal ocupado.

A massa real de salário, de R$ 260,9 bilhões por mês, prevista pela MacroSector para 2022, já apontava para um crescimento. No ano passado, o valor foi de R$ 251,6 bilhões por mês.

“O cenário está mais favorável. O país não está dando marcha à ré, está andando para a frente, devagar, depois do tombo de 2021”, diz ele.

A demanda por crédito, que cresceu 8,5% no primeiro semestre deste ano sobre igual período de 2021, de acordo com a Boa Vista Serviços, é outro indicador a favor do consumo.

Até porque o varejo não depende somente de salários para ter bom desempenho.

O acesso ao crédito é também muito importante, especialmente para os setores que comercializam produtos mais caros, como carros, eletroeletrônicos e móveis.

Apesar de ter registrado uma queda de 1,9% em junho em relação a maio, a demanda por crédito, de acordo com a Boa Vista, ainda é muito forte e deverá encerrar o ano em alta.

CONTRAS

Após cair 3,5% no ano passado, o rendimento real médio do trabalhador brasileiro deve cair 4,2% neste ano, para R$ 2.685 por mês, de acordo com a MacroSector.

No ano passado, este número era R$ 2.803 e, em 2020, de R$ 2.904. Há mais pessoas ocupadas, o que elevou a massa real de rendimento, só que os salários diminuíram.

É o que geralmente acontece com o mercado de trabalho durante uma crise econômica, uma troca de pessoal com salários mais altos por empregados com salários mais baixos.

Outro indicador desfavorável ao consumo é o de inadimplência do consumidor.

O número de inadimplentes, com atrasos de pagamento acima de 72 dias, cresceu 12,3% no primeiro semestre deste ano sobre igual período de 2021, de acordo com a Boa Vista.

No período de 12 meses terminados em junho, o aumento no número de pessoas com dívidas em atraso, que soma pouco mais de 61 milhões, de acordo com a Boa Vista, é de 7,5%.

“A inadimplência deve continuar subindo neste semestre. A situação do país é delicada em razão da alta da inflação e dos juros”, diz Rafael Ciampone, economista da Boa Vista.

A maior parte da renda extra que será injetada na economia, de acordo com ele, deverá ir para o consumo de alimentos, que sofre forte pressão inflacionária.

Até fevereiro deste ano, último dado do BC, a taxa de inadimplência de pessoa física estava em alta – subiu de 4,17% para 4,37% ao longo do ano passado.

A taxa já maior, de 4,61% registrada em janeiro deste ano, subiu para 4,71% em fevereiro (último dado divulgado pelo BC).

A projeção da Boa Vista é que a taxa de inadimplência do consumidor chegue a 5,4% neste ano, próxima à registrada em maio de 2020, de 5,6%.

O que pode também atrasar o pagamento das dívidas e a recuperação do crédito na praça, afirma Ciampone, são os juros, já elevados, que devem continuar em ritmo de alta.

No início do ano, a Boa Vista trabalhava com projeção de juros de 10,5% para o final deste ano. Recentemente, elevou a taxa para 10,75%.

“Este ganho que parte da população terá para consumir vai ter um custo lá na frente. Não é à toa que as projeções para a inflação e para os juros estão subindo”, afirma o economista da Boa Vista.

ANSIEDADE

Em uma das regiões comerciais mais tradicionais de São Paulo, o Bom Retiro, varejistas devem se reunir na semana que vem para tentar projetar o que vem por aí para o setor.

Lojistas ouvidos pelo Diário do Comércio afirmam que o clima é de ansiedade. Há grande expectativa em relação à reação do consumidor a partir de agosto.

Por enquanto, mesmo em época de liquidação de inverno, com descontos chegando a 70%, as vendas estão fracas em regiões comerciais tradicionais de São Paulo.

“É muito difícil fazer qualquer projeção. Vivemos uma situação estranha. Este mês, por exemplo, as vendas estão mais fracas do que de costume”, afirma Nelson Tranquez, vice-presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) do Bom Retiro.

Com 36 lojas, das quais 24 próprias e 12 franquias, a rede MOB, especializada em roupas femininas, ainda não conseguiu atingir a receita de antes da pandemia.

No primeiro semestre deste ano, o faturamento real da rede foi 20% menor do que o registrado em igual período de 2019.

“Ano de eleições, polaridade na política, desemprego elevado, preços subindo, insegurança com o cenário econômico, tudo isso pega no bolso”, diz Ângelo Campos, sócio da MOB.

As benesses bilionárias do governo devem ajudar o comércio, mas a retomada das vendas deve ocorrer a partir do ano que vem, para Aldo Macri, presidente do Sindilojas-SP.

Os efeitos da falta de insumos na produção ainda são sentidos, diz ele, agravados com a guerra na Ucrânia. “Acredito numa melhora deste cenário somente a partir de 2023.”

Para Silveira, apesar da taxa de inadimplência estar subindo, não está explodindo, o que pode ser um bom sinal para o comércio, pelo menos neste momento.

Fonte: Diário do Comércio

Farmácias investem em capacitação contra a síndrome de burnout

síndrome de burnout

Mais um exemplo internacional para o varejo farmacêutico brasileiro. Segundo reportagem do Pharmacy Times, as farmácias dos Estados Unidos estão procurando maneiras de apoiar suas equipes no combate à síndrome de burnout e desenvolver um modelo de atendimento farmacêutico.

A síndrome de burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Nos Estados Unidos é um dos problemas de saúde mais prevalentes entre os farmacêuticos, em função do aumento de responsabilidades e métricas de desempenho desafiadoras.

Existem várias causas do esgotamento generalizado, que foi significativamente exacerbado pela pandemia de Covid-19. Além do aumento do estresse nesse período, a frustração contínua com os programas de benefícios farmacêuticos, as métricas de desempenho e a pressão pelo status de fornecedor contribuíram para o aumento dos níveis de burnout entre os profissionais do varejo farmacêutico.

Educação como forma de evitar a síndrome de burnout

De acordo com a American Pharmacists Association (APhA), educar pacientes, formuladores de políticas públicas e até gerentes de farmácia sobre o burnout é essencial para desenvolver recursos adicionais e expectativas realistas para a equipe da farmácia. Além dos esforços de educação, mudar o fluxo de trabalho na farmácia pode melhorar significativamente o burnout. Esforços como a incorporação de tecnologia podem dar aos farmacêuticos mais tempo para se concentrar no atendimento centrado no paciente, em vez de tarefas repetitivas, por exemplo.

“Exemplos de melhorias incluem a incorporação de processamento centralizado de prescrição, melhoria de nosso aplicativo móvel para pacientes e desenvolvimento de mensagens automatizadas para nossos pacientes”, afirma Omer Gajial, vice-presidente executivo de farmácia e saúde da Albertson’s Companies.

Gajial acrescentou que a Albertson’s também introduziu uma ferramenta de agendamento durante a pandemia, que permite aos pacientes agendar consultas para vacinas e doses de reforço da Covid-19, bem como outras imunizações de rotina. A implementação de soluções como essa pode ser particularmente importante, pois os farmacêuticos assumem significativamente mais responsabilidades e avançam em direção ao status de provedor.

Na Albertson´s os técnicos de farmácia podem cumprir uma variedade de funções para dar aos farmacêuticos mais tempo para se concentrarem no atendimento ao paciente. “Nossos técnicos estão na linha de frente dos cuidados de saúde comunitários. Eles não se concentram apenas no cumprimento da prescrição, mas com treinamento adequado, são capazes de realizar imunizações e auxiliar os farmacêuticos nos serviços de consulta clínica. Eles são um recurso inestimável para nossos pacientes, ao mesmo tempo em que permitem que nossos farmacêuticos passem mais tempo cuidando dos pacientes”, ressalta Gajial.

Avançando para o futuro, o modelo de atendimento farmacêutico continuará evoluindo para oferecer atendimento integral com uma visão mais holística dos pacientes. Os farmacêuticos também continuarão a expandir os serviços, incluindo imunizações, consultas, testes no local de atendimento, prescrição, serviços de saúde mental e cuidados veterinários. Junto com essa expansão, no entanto, as farmácias devem ter infraestrutura e os funcionários da farmácia devem ter suporte suficiente para prestar esse atendimento.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

CFF se une ao MPF para suspender cursos EaD de farmácia

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cursos EaD

 A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás concedeu ao Conselho Federal de Farmácia (CFF) autorização para figurar como Amicus curiae em Ação Civil Pública que pede a suspensão dos cursos EaD na saúde.

A expressão em latin Amicus curiae é utilizada para designar uma instituição que recebe a chancela da Justiça para fornecer subsídios às decisões dos tribunais.

Segundo o próprio CFF, a decisão abrange as novas autorizações e a fiscalização de cursos de graduação na área da saúde na modalidade de Ensino a Distância (EaD) em todo o país. A ação é movida pelo Ministério Público Federal (MPF) de Goiás contra a União (Ministério da Educação).

A intenção da procuradora Mariane Guimarães era de obtenção de liminar obrigando não só a suspensão, mas a entrega de relatórios detalhados das vistorias realizadas em até 90 dias, inclusive com previsão de multa de até R$ 100 mil por danos morais coletivos. O pedido foi negado, mas a procuradora afirma que recorrerá da decisão. Independentemente desses desdobramentos, a ação continua tramitando.

Farmácia é uma que mais tem cursos EaD

De acordo com a Comissão de Educação do CFF, com a flexibilização da normatização promovida pelo MEC a partir de 2017, o número de vagas EaD na graduação em todos os cursos da saúde passou de 527,5 mil para 1,7 milhão em quatro anos.

A farmácia é o quinto curso da saúde com maior número de vagas de EaD, com 205,2 mil. Esses e outros dados foram juntados na ação, para embasar o pedido do MPF. “Além de estudar a fundo o EaD, também temos lutado de forma incansável pelo ensino presencial de qualidade e nos sentimos representados com a iniciativa do MPF”, diz o presidente do CFF, Walter Jorge João.

Na ação civil pública, o MPF-GO pede a suspensão dos cursos até o fim da tramitação do Projeto de Lei nº 5.414/2016 ou até a devida regulamentação do art. 80 da Lei nº 9.394/96. A fiscalização solicitada deverá ser presencial, abrangendo todas as autorizações já concedidas no país.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Drones no varejo acirram disputa Walmart e Amazon

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drones no varejo

Os drones no varejo ganham relevância na disputa entre duas gigantes do setor. Com a expansão das entregas no estado do Arkansas, incluindo medicamentos, o Walmart deu início ao plano para enfrentar a concorrência com a Amazon.

A meta é ambiciosa: permitir que 4 milhões de lares dos Estados Unidos usufruam dessa inovação até o fim do ano. Além do Arkansas, mais cinco estados deverão ser pilotos desse projeto de expansão – Arizona, Flórida, Texas, Utah e Virgínia.

O vice-presidente sênior de inovação e automação, David Guggina, foi um pouco mais comedido na meta. “Podemos entregar mais de 1 milhão de pacotes em um ano”, afirmou ao portal Drug Store News. A expansão dos drones acompanha uma tendência seguida de perto pela direção da companhia, que vai ao encontro do próximo normal do varejo global.

Drones no varejo com MIPs e hub de entrega

Entre 8 e 20h, os clientes do Walmart poderão encomendar desde medicamentos isentos de prescrição, como Tylenol, até fraldas e pães para hot dog – disponíveis também nas farmácias locais. A entrega por drones giraria em torno de 30 minutos, com US$ 3,99 de taxa de entrega e compras a partir de US$ 10.

Os PDVs que aderirem à entrega por drones abrigarão um hub de entrega DroneUp, incluindo uma equipe de pilotos certificados, operando de acordo com as diretrizes da Força Aérea Americana.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Promoção na área de produtos no Aché

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Promoção na área de produtos no Aché

O Aché promove Reynaldo Endo ao cargo de gerente de produtos em nível sênior. Na farmacêutica há um ano e meio, o executivo ocupava o mesmo cargo, mas em nível pleno.

Com experiência no varejo, distribuição e indústria, já soma 12 anos de carreira no canal farma. Iniciou sua caminhada no setor trabalhando na Sandvik. Passou também pela SantaCruz, Hypera, CVS Pharmacy, Walmart e Cimed.

Seu currículo inclui duas formações – em relações públicas pela Unesp e administração de empresas com ênfase em finanças pelo Mackenzie. É pós-graduado em marketing e comunicação mercadológica pela Casper Líbero.

Contato: reynaldoendo@hotmail.com

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Economia pretende reduzir IPI de 4 mil produtos na semana que vem

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O Governo Federal prepara um novo decreto que deve reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 4 mil produtos que não são fabricados na Zona Franca de Manaus. Fontes ouvidas pelo jornal Estadão, revelaram que o corte deve ser de 35%.

O novo decreto deve substituir o anterior, produzido em abril, que reduzia em 10% o IPI nesses produtos, que foi questionado por parlamentares e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, o partido Solidariedade emitiu um pedido ao STF, que argumentou que a redução de impostos afetaria o desenvolvimento da Zona Franca e a preservação da região. O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido.

Além disso, os próprios representantes de indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus reclamam que as medidas reduziriam a competitividade na região, que é conhecida por ser isenta de tributação.

Para o Ministério da Economia, o novo decreto – que deve ser publicado na semana que vem – deve trazer mais segurança jurídica para o corte dos tributos.

Fonte: Correio Braziliense

FGTS vai repassar total de R$ 13,2 bi a trabalhadores

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O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu distribuir 99% do lucro líquido do ano-base de 2021. No total, serão repassados R$ 13,2 bilhões aos trabalhadores com contas vinculadas.

É o maior valor líquido desde que o dinheiro começou a ser dividido, a partir de 2017. A decisão foi tomada na sexta-feira em reunião extraordinária do colegiado.

O lucro líquido é resultante de receitas de R$ 39,3 bilhões e despesas de R$ 26 bilhões.

A Caixa Econômica Federal estima que o rendimento do FGTS, somados o lucro distribuído e a remuneração normal das contas, fique em 5,83% ante os 2,99% da poupança.

A remuneração normal do FGTS é de 3% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). A distribuição do lucro ajuda a melhorar o rendimento dos recursos depositados no fundo. Mas, neste ano, ficará abaixo da inflação medida pelo IPCA de 10,06% no ano passado. Essa é a primeira vez desde 2017 em que os rendimentos do FGTS não conseguirão repor as perdas com a inflação.

O pagamento é feito mediante crédito nas contas do FGTS que tinham saldo em 31 de dezembro de 2021. A legislação determina que a distribuição do lucro deve ocorrer até 31 de agosto. Mas, na reunião de sexta-feira, o conselho curador também aprovou que o dinheiro seja repassado para as contas antes. Portanto, a vigência para os pagamentos começará a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União, que pode ser feita a partir dos próximos dias.

O índice a ser aplicado sobre o saldo das contas em 31 de dezembro de 2021 será de 0,02748761. Atualmente, são 106,7 milhões de trabalhadores que possuem contas vinculadas ao FGTS, e há um total de 207,8 milhões de contas com saldo.

Os titulares das contas no fundo podem retirar o dinheiro em casos especiais, como o recente programa de saque extraordinário de R$ 1 mil, ou por motivos específicos, que incluem demissão sem justa causa, término de contrato por prazo determinado, doença grave e aposentadoria.

O cálculo

Quanto cada trabalhador vai receber?

O índice a ser aplicado sobre o saldo das contas em 31 de dezembro de 2021 será de 0,02748761. Ou seja, quem tinha R$ 100, deve receber R$ 2,75, e quem tinha R$ 1 mil, por exemplo, deve ter R$ 27,49 creditados.

Como consultar o saldo?

O trabalhador precisa fazer um cadastro com as informações pessoais e também informar o Número de Inscrição Social (NIS), que pode ser obtido nos extratos do FGTS, carteira de trabalho ou cartão do cidadão. Em seguida, é preciso criar uma senha numérica de 6 dígitos.

É possível ter acesso ao extrato completo do FGTS por meio do site (www.fgts.gov.br) e do aplicativo da Caixa Econômica Federal, disponível para os sistemas operacionais Android e iOS.

Fonte: Zero Hora

Pesquisa indica que exercícios físicos inibem a fome

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Insistir que os exercícios físicos ajudam a emagrecer pode ser cansativo para quem tem dificuldade em deixar de lado a vida sedentária. Mas existe um novo e bom argumento para isso.

Uma descoberta recente de cientistas da Universidade de Stanford e da Escola de Medicina de Baylor, nos Estados Unidos, mostra que a prática intensa de atividades é capaz de produzir uma molécula que inibe a fome.

Segundo os pesquisadores, a molécula é um híbrido de dois compostos químicos que já existem no corpo humano, o lactato e a fenilalanina, e foi chamada de Lac-Phe. Ela foi identificada em ratos que apresentaram altos níveis da substância após serem submetidos a uma corrida na esteira.

Depois, essa molécula foi isolada e dada a ratos obesos, que comeram 50% a menos, nas primeiras 12 horas após a ingestão, do que os animais que receberam placebo. Mas não se observou nenhum efeito em ratos que não estavam obesos. A intenção, segundo os pesquisadores, é que essa substância possa resultar em novos medicamentos para controlar a vontade de comer.

Antes dessa descoberta, já se sabia que a prática diária de atividades, se não tem relação direta com a fome, é capaz de produzir uma sensação de bem estar e alívio da ansiedade – o que, por sua vez, dá mais vontade de cuidar do corpo e escolher melhor os alimentos, como aponta o nutricionista do esporte Giuseppe Potrick Stefani, que é professor de Nutrição Esportiva na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

– É importante falar que o exercício físico traz uma mudança no estilo de vida. Gera bem estar, alívio da ansiedade. É uma vontade de cuidar mais do corpo, de não cometer excessos – reforça Stefani.

Embora o estudo fale dos benefícios da prática intensa de atividades, não é necessário investir somente em exercícios de alto impacto para algum efeito benéfico na saúde. Na avaliação da educadora física Rejane Marcon, especialista em obesidade e exercícios físicos e que atende a pacientes de cirurgia bariátrica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, qualquer prática pode ser vantajosa e trazer resultados – ainda que não se saiba o quanto irá impactar na fome.

– Esse estudo sobre a Lac-Phe aponta para o benefício do exercício de alta intensidade, mas faz parecer que não há ganho em exercícios de menor intensidade. E não é isso. Exercícios de 10 minutos seguidos são capazes de fazer a diferença, também. Precisamos tornar nossa população ativa, e não atleta. O objetivo é que as pessoas façam atividades, e não que tenham alta performance – diz.

Na avaliação de Rejane, o caminho mais seguro para deixar de ser sedentário é começar aos poucos, fazendo mudanças sutis na rotina. Descer do ônibus uma parada antes vai encompridar a caminhada, gastando mais energia, assim como usar as escadas em vez do elevador.

Depois que esses pequenos esforços virarem habituais, dá para investir em atividades que exigem mais do corpo, como a própria caminhada, além de andar de bicicleta, fazer alongamentos no parque, jogar bola, entre outras opções. Difícil é querer que uma pessoa que não se mexe todos os dias já parta para um treino exaustivo.

– O sedentário olha alguém correndo meia maratona e pensa: “Eu nunca vou conseguir”. Mas se a gente falar para ele começar aos poucos, com 10 minutos por dia, ele vai se adaptando. É uma questão de saber incentivar – diz a profissional.

O recomendado é que cada pessoa faça 150 minutos por semana dessas atividades mais leves, além de duas a três vezes de exercícios de força. A escolha deve ser guiada pelo prazer, e não pela obrigação, observa Rejane.

Assim, haverá mais chance de abandonar para sempre a vida ociosa, fazendo da prática de exercícios um compromisso com a saúde:

– A gente deixa de tomar banho quando está frio? Deixa de escovar os dentes? Com o exercício é a mesma coisa. Isso precisa ser encarado como condição de saúde. E tem que ter prazer. As pessoas só seguem com o que elas têm prazer de fazer.

E embora a ciência esteja tentando entender de que jeito as atividades físicas podem inibir a vontade de comer, alimentar-se antes e depois de se exercitar é fundamental. Ficar com o estômago vazio depois de um treino não trará bons resultados, frisa Stefani:

– O exercício é altamente estressante para o corpo. O ideal é comer algo mais leve antes de se movimentar e, quando terminar o treino, repor esses estoques de forma mais adequada possível. Se ficar comendo pouco, os estoques de energia do músculo e do fígado se tornam insuficientes. É como se nunca completássemos o tanque de gasolina.

Fonte: Zero Hora

Cientistas avançam cada vez mais na busca pela causa da esquizofrenia

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Possessão demoníaca, hereditariedade e relacionamentos patológicos foram algumas das causas apontadas, no passado, para a esquizofrenia.

O desconhecimento sobre a doença levou a tentativas fracassadas, e, muitas vezes, torturantes, de tratamento, incluindo fazer furos no crânio (trepanação), induzir os pacientes ao coma, dar choques elétricos sem anestesia nem controle rigoroso da voltagem e confiná-los em hospícios.

Hoje, embora a origem da esquizofrenia não tenha sido completamente decifrada, há um conhecimento bem mais amplo da biologia por trás do distúrbio. Se, por um lado, é uma boa notícia, já que entender a doença pode levar ao desenvolvimento de terapias mais eficazes, por outro, os estudos estão revelando um cenário bastante complexo e, por isso, desafiador.

Já se sabia, por exemplo, que há genes envolvidos no risco da patologia. Porém, neste ano, o maior consórcio mundial de pesquisa genética psiquiátrica descobriu que o número deles é bem maior do que o imaginado. Anteriormente, o mesmo grupo havia identificado 108 regiões do DNA associadas à doença. Agora, são 287, com 120 proteínas relacionadas.

Fruto da colaboração de pesquisadores de 45 países, o estudo incluiu dados de 76.755 pessoas com esquizofrenia e 243.649 sem a doença, para fins de comparação. No Brasil, foram 600 voluntários, número que deve aumentar futuramente, pois a pesquisa continua, para incluir perfis genéticos mais diversificados. O mapeamento foi publicado em dois artigos científicos na revista Nature.

Cérebro

O peso da genética na esquizofrenia ainda não foi totalmente esclarecido, mas, com a publicação recente, os cientistas conseguiram avançar nas pistas sobre os mecanismos biológicos associados. Individualmente, as variantes comuns identificadas pela técnica de associação genômica ampla (Gwas) contribuem pouco para o risco aumentado da doença: menos de 5%.

Porém, uma das forças do trabalho do consórcio foi encontrar pistas de como essas variações agem nas causas do mal. Além disso, os cientistas descobriram alterações em 10 proteínas raras que, de acordo com eles, conferem um “risco substancial” aos portadores.

“A pesquisa mostrou que o risco genético da esquizofrenia está bastante associado a genes concentrados nos neurônios, sugerindo que o papel biológico dessas células é crucial para o desenvolvimento da doença”, explica Sintia Belangero, professora da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) e coautora do trabalho, que foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Focar nesses genes especificamente pode nos auxiliar a desenvolver novas terapias”, destaca.

Além dos neurônios, estudos têm demonstrado a participação de outros grupos celulares nas causas da esquizofrenia. Há quase duas décadas pesquisando o tema, o biólogo Daniel Martins-de-Souza, professor de bioquímica da Universidade de Campinas (Unicamp), destaca a importância das chamadas células da glia, também no cérebro, para o desenvolvimento da doença. Particularmente, dos oligodendrócitos.

De acordo com o cientista, acredita-se que variantes genéticas produzam alterações nessas células ainda na fase embrionária. “Se os oligodendrócitos não amadurecem direito, eles não desempenham o papel deles, que é fazer a bainha de mielina”, diz. “No cérebro, temos a produção de impulsos elétricos, e a bainha de mielina é como se fosse uma capinha dos fios.

Se uma pessoa tem um problema no encapamento do fio, os neurônios não vão conversar direito. Então, temos um problema neuronal, mas que vem do fato de o oligodendrócito não estar funcionando bem.” Estudos de imagem já demonstraram a deficiência dessas células em pacientes de esquizofrenia, diz Martins-de-Souza.

Canabidiol

Pesquisas lideradas pelo cientista, que têm como alvo as células da glia e os neurônios, indicam que o canabidiol (CBD) consegue atacar em várias frentes, tornando-se uma alternativa aos antipsicóticos obsoletos.

Atualmente, a base farmacológica do transtorno são medicamentos desenvolvidos na década de 1950, cujos efeitos colaterais fazem com que muitos pacientes abandonem o tratamento. Devido aos bons resultados obtidos em pacientes de uma série de doenças neurológicas, a substância não psicoativa isolada da cannabis sativa (a maconha) pode ser promissora, afirma o biólogo.

“O canabidiol não tem sido usado, ainda, para tratar esquizofrenia, mas, frente ao que ele demonstra quando empregado em outras desordens neurológicas, resolvemos estudá-lo no contexto da doença.”

Os pesquisadores desenvolveram um modelo, in vitro, de células com as características idênticas das encontradas no cérebro de pacientes de esquizofrenia. Então, trataram os tecidos com o CBD e com os antipsicóticos comuns, para comparar os efeitos das substâncias.

“É justamente nas peculiaridades do canabidiol que pode estar um benefício de fato”, diz. “A esperança é que, por conta dos processos biológicos que o canabidiol modula, ele possa ir além do que os antipsicóticos fazem.”

Na esquizofrenia, os antipsicóticos tratam os sintomas chamados positivos (alucinações, delírios, pensamentos desordenados, distúrbios no movimento), mas não os negativos, como o isolamento social.

Nos estudos conduzidos por Martins-de-Souza, o CDB foi capaz de tratar não apenas as disfunções associadas aos neurônios, mas também àquelas identificadas nos oligodendrócitos. Embora as pesquisas ainda estejam em fase inicial, o pesquisador destaca que a abordagem parece promissora.

Alterações no sistema vascular

Além do sistema nervoso, o vascular pode desempenhar um importante papel no desenvolvimento da esquizofrenia, segundo um estudo liderado pela Universidade do Chile, em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), no Brasil. Publicada na revista Molecular Psychiatry, a pesquisa abre uma janela para novos tratamentos farmacológicos, segundo os autores.

A descoberta dos cientistas é que, na doença, existem alterações em proteínas-chave que agem simultaneamente no sistema neurovascular. Essas mudanças ocorrem ainda na fase intrauterina. Para estudar a hipótese, os cientistas utilizaram células-tronco pluripotentes induzidas — retiradas de um organismo adulto e manipuladas para voltar ao estágio embrionário, quando podem se diferenciar em vários tipos — doadas por pacientes e voluntários saudáveis.

Assim, eles construíram um modelo que permitiu simular o desenvolvimento cerebral comparando as amostras retiradas dos dois grupos.

“Nós observamos diferenças moleculares e funcionais entre células endoteliais cerebrais derivadas das células-tronco reprogramadas de pacientes portadores de esquizofrenia e doadores saudáveis”, conta o neurocientista Stevens Rehen, pesquisador do Instituto D´Or e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além disso, os cientistas identificaram um problema na barreira hematoencefálica, um portão que impede a passagem de substâncias estranhas do sangue para o cérebro. “A vascularização cerebral adequada e a formação da barreira hematoencefálica são cruciais para o funcionamento adequado do cérebro.

O endotélio cerebral secreta e transporta fatores e nutrientes importantes para a atividade neuronal, neuroproteção etc. Uma falha nessas funções endoteliais pode alterar o desenvolvimento cerebral em estágios iniciais, além de interferir na recuperação cerebral após danos”, destaca Rehen.

Segundo Bárbara Casas, neurocientista da Universidade do Chile e um dos autores do estudo, a descoberta tem implicações clínicas. “Como as células endoteliais estão em contato direto com o sangue, alterações moleculares e funcionais nelas podem ser detectadas em amostras sanguíneas, auxiliando potencialmente no diagnóstico precoce e na decisão de tratamento da esquizofrenia”, explica.

Fonte: Correio Braziliense

Média móvel de casos de Covid-19 cai 27% em uma semana

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A média móvel de casos de Covid-19, que considera os últimos sete dias, teve uma redução de 27%, de acordo com dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Saúde (Conass), nesta sexta-feira (22).

Hoje o índice flutuante ficou em 43.630. Na sexta-feira passada, 15 de julho, a média móvel de infecções era 59.896.

Para fins de comparação, na quarta-feira (20) o número foi 53.931 e onte foi 51.938.

Já a média que considera as mortes nos últimos sete dias ficou 239 nesta sexta-feira. No dia 15 de julho o índice era 250 – o que significa uma redução de 4.4% em uma semana.

Nas últimas 24 horas, os estados notificaram 280 mortes pela doença, além de 49.799 novas contaminações.

Com a atualização, o painel do Conass contabiliza 676.766 vítimas fatais da Covid e 33.555.526 infecções desde o início da pandemia, em março de 2020.

Segundo levantamento feito pela Agência CNN, 45,61% da população elegível recebeu a terceira dose da vacina e 9,56% a 4ª dose, ou segunda dose adicional.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Média móvel de casos de Covid-19 cai 27% em uma semana no site CNN Brasil.

Fonte: O Debate 24 Horas