Análise geral sobre o uso do antiviral em pílula contra a COVID-19 e suas variantes

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Nos últimos dias e semanas, notícias calorosas e animadoras sobre a possível eficácia de uma pílula que combate a atuação das variantes da COVID-19 pairaram sobre o mundo e foram divulgadas em inúmeros veículos de comunicação.

Antes de analisar um pouco mais sobre as reportagens realizadas e também analisar de uma maneira mais técnica a eficácia e o desenvolvimento da pílula, é essencial entender qual a importância da pesquisa e do investimento em ciência e tecnologia para casos como este.

A atuação de jovens universitários e pesquisadores em seu primeiro estágio dentro da universidade é essencial para trilhar um possível caminho de atuação destes jovens como futuros cientistas e pesquisadores, sejam da rede pública ou privada.

Portanto, o desenvolvimento e reconhecimento de pesquisas de base, como a iniciação científica é essencial para o surgimento de novos pesquisadores.

Logo, o estudante deve também se atentar a detalhes acadêmicos, como fazer considerações finais no TCC de maneira correta, escolher um tema que possua relevância em sua área de atuação e entender o papel de seu orientador no desenvolvimento de sua pesquisa.

Mas, de qualquer forma, como exatamente se deu a eficácia do remédio contra a COVID-19? Como foi realizada esta pesquisa e desenvolvido este medicamento?

O anúncio da farmacêutica Merck Sharp and DohmeMerck Sharp and Dohme

Também conhecida como farmacêutica MSD, ou MRCK 34, a Merck Sharp and Dohme é uma empresa farmacêutica, química e biológica, sendo a mais antiga de todo o mundo na área.

A MSD foi fundada no ano de 1668 por Friedrich Jacob Merck e, ao longo dos séculos, foi se tornando uma das maiores empresas farmacêuticas de todo o mundo e também uma das mais respeitadas e tradicionais.

Nesta última sexta-feira, dia primeiro de outubro, a MSD realizou um anúncio que chocou o mundo da medicina e da farmácia: os resultados de seus testes clínicos para seu novo remédio anti-covid-19.

De acordo com a gigante farmacêutica, os resultados para seu novo medicamento, Molnupiravir, foram positivos, de maneira que o medicamento pode reduzir em até 50% o risco de internações, hospitalizações e óbitos por COVID-19.

Caso tenha eficácia comprovada em todas as suas fases de teste, o Molnupiravir será o primeiro medicamento eficaz desenvolvido especificamente contra a COVID-19.

O que é o Molnupiravir? Qual seu efeito?

 

Molnupiravir

Segundo a epidemiologista responsável pelo desenvolvimento do Molnupiravir, ele era um medicamento que estava sendo desenvolvido, originalmente, para tratar a gripe comum.

A atuação desta droga no organismo, ainda segundo a epidemiologista, é capaz de interromper a ação de enzimas responsáveis pelo processo de replicação do Sars-CoV-2, o vírus responsável por causar a COVID-19.

Ou seja, de maneira simples, o Molnupiravir é capaz de interromper o processo de multiplicação do vírus causador da COVID-19.

Isso é essencial, pois diversos estudos apontam para a alta carga viral como principal causa de casos clínicos graves, hospitalizações e óbitos.

O estudo de eficácia do Molnupiravir foi realizado em cerca de 770 adultos portadores da COVID-19 leve, moderada e de maior risco devido à comorbidades.

Os resultados do estudo são animadores, onde apenas 7.3% dos pacientes que receberam o medicamento apresentaram um quadro grave ou óbito após um mês. Dentre o grupo que não recebeu o remédio, este número foi o dobro, praticamente, totalizando 14.1%.

O que representa uma queda de cerca de 50% de casos de hospitalização devido à comorbidades ou óbito.

Cautelas e cuidados necessários

 

Cautelas e cuidados

Apesar dos resultados extremamente animadores em relação a eficácia do Molnupiravir, os cientistas alertam para a necessidade  de divulgação de todos os dados de todas as etapas da análise e não apenas do período de divulgação de testes, como até agora foi realizado.

Isso permitiria que a comunidade científica realizasse mais análises e estudos que colocassem a eficácia deste medicamento à prova.

Por exemplo, atualmente, ainda não foi divulgado se o estudo foi realizado entre pacientes vacinados ou não-vacinados, o que pode representar um grande viés no resultado final.

Contudo, o desenvolvimento e produção do Molnupiravir são indícios promissores do final da pandemia. Apesar de necessitar de mais estudos e revisões, este medicamento se mostra promissor para o combate dos casos graves de COVID-19 em todo o mundo.

Fonte: TOSSOX HOLDINGS


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Veja também: Parentes de vítimas da covid-19 fazem relatos e pedem mudanças na lei

Aché tem mudança na diretoria

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Ache Sergio Piza

Sérgio Piza é o novo diretor de pessoas, sustentabilidade e comunicação do Aché. O executivo também é membro dos conselhos do Instituto Jô Clemente e da Oi.

Ele acumula em seu currículo passagens por grandes companhias de diversas áreas, como Ford, Claro e Petrobras. É formado em administração de negócios pela Fundação Getulio Vargas e tem mestrado na área pela mesma instituição. Além disso, é mestre em transformações organizacionais pelo Insead.

“Vamos avançar com o fortalecimento da organização para executar a estratégia do negócio, entregar resultados com sustentabilidade e cumprir o propósito da companhia: levar mais vida às pessoas onde quer que elas estejam”, comenta.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Vendas do varejo farma avançam nos marketplaces

Vendas do varejo farma avançam nos marketplaces

As farmácias e drogarias estão à frente de setores tradicionais na cesta de compras do consumidor de marketplaces, entre as quais os de brinquedos e pet shops. É o que revela uma pesquisa inédita da consultoria independente Driven CX, com apoio das empresas de tecnologia Conecta Lá, Mind Miners e Stibo Systems.

O levantamento reuniu mais de 3,5 mil consumidores e indicou que o varejo farmacêutico já ocupa a sexta posição nas intenções de compras nessas plataformas (veja quadro).

INTENÇÃO DE COMPRA EM MARKETPLACES POR CATEGORIA
(percentual de respostas sim ou talvez para compras nos próximos três meses)

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“É um dado muito relevante se considerarmos que o canal farma foi um dos segmentos que mais demorou a aderir aos marketplaces, por ainda estar muito atrelado a um modelo de venda consultiva. Mas a atuação das farmácias como hubs de saúde na pandemia foi determinante para fidelizar esses clientes”, avalia Fernando Schumacher, cofundador da Conecta Lá e um dos responsáveis pelo estudo.

O executivo enxerga ainda um amplo potencial de crescimento para essas plataformas. Em três anos, o público que realmente entende o que é marketplace saltou de 30% para 65,2%. Para ele, o movimento recente de players com operações nacionais, como Pague Menos e Raia Drogasil, ajuda a explicar esse avanço.

“Mas há outros 34,8% que simplesmente desconhecem essa tecnologia. E o varejo farmacêutico, incluindo as redes regionais e associativistas, tem um papel importante para mudar esse panorama. É um setor com capilaridade, clientes regulares e presença em localidades de médio e pequeno porte, onde atuam até com serviços financeiros e suprem a ausência de bancos”, ressalta.

Frequência de compra

A consolidação dessas plataformas ganha evidência na avaliação da frequência de consumo. Quase 1/3 dos entrevistados (32,7%) realiza compras em marketplaces pelo menos uma vez por mês, enquanto 43,7% mantêm essa rotina trimestralmente. “A pandemia foi um gatilho para esse advento, na medida em que 57,9% ampliaram essa frequência no último ano”, acrescenta Schumacher.

Experiência e motivações

O relatório indica que 61,9% dos consumidores afirmam nunca ter vivenciado experiências ruins ao comprar nas plataformas. O preço segue como o principal benefício de compra, além da facilidade de encontrar o produto que deseja. Porém, 37,3% dos usuários destacam o valor do frete como principal ponto de reclamação.

Principais benefícios da compra em marketplaces

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Pontos negativos da compra em marketplaces

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Novo olhar sobre estoque e relação com PDV

Na visão de Schumacher, os dados forçam o varejista a lançar um novo olhar sobre a gestão do estoque. “Essa é uma tendência com prazo de validade curto. Nessa rápida migração do off para o online, o conceito de prateleira infinita determinará o sucesso ou fracasso da venda em marketplace”, argumenta.

Esses canais também podem mudar a dinâmica de relacionamento de indústrias e distribuidores com o PDV. “Fabricantes e atacadistas de pequeno e médio porte, ao ingressarem nesse ecossistema, melhoram suas capacidades de execução na last mile e ganham escala, tornando-se mais atraentes até para os grandes varejistas, dispostos a ocupar terreno em municípios de menor porte para compensar a saturação dos grandes centros”, finaliza.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/nova-lei-de-licitacoes-traz-mais-insercao-de-venda-a-varejistas/

Cannabis: 3 perguntas – cadeia produtiva, cânhamo e perspectivas

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Conversamos com Marcelo De Vita Grecco, co-fundador e CMO (Chief Marketing Executive) da Green Hub sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva da cannabis no Brasil, a inserção do cânhamo no mercado brasileiro e os caminhos que a cannabis deve percorrer no futuro. A Green Hub é uma consultoria e aceleradora brasileira com foco específico na indústria da Cannabis.

Veja também: Dia das Crianças teve 170% a mais em tentativas de fraudes que em 2020

A cannabis é uma planta única que possui espécies como o cânhamo (hemp) e a maconha. O cânhamo tem alto teor de canabidiol (CBD) e baixo de tetrahidrocanabinol (THC). Ele não gera qualquer efeito psicoativo e tem mais de 25 mil aplicações industriais. Já a maconha, ao contrário, possui baixo teor de CBD e alto de THC. Ela tem efeitos psicoativos e pode tratar inúmeras doenças, mas foi usada para demonizar a cannabis.

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O mercado legal da cannabis apresenta cinco dimensões. A primeira engloba o cânhamo como uma Commodity. A segunda é a industrial, uma das mais prolíficas e que gera produtos não voltados ao consumo direto humano. A terceira é a de Saúde & Bem-estar, direcionada a produtos para o consumo direto humano, englobando, além do setor de alimentos e bebidas, a linha de produtos over-the-counter (OTC; venda sem necessidade de prescrição médica). A quarta é a do setor farmacêutico. A quinta e última engloba o uso adulto.

A Green Hub realizará no próximo dia 23 de outubro em São Paulo a terceira edição do Cannabis Thinking, principal evento de negócios do mercado legal de cannabis na América Latina. O evento reunirá mais de 60 experts do Brasil e do exterior para discutir os novos negócios em torno do uso medicinal e industrial da cannabis, bem como o cenário no Brasil e nos países da região. A conferência será sediada no CIVI-CO, polo de impacto cívico socioambiental, e terá a correalização do Centro de Excelência Canabinoide (CEC) e do Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis (IPSEC).

Como está a inserção do cânhamo no mercado brasileiro de cannabis? Quais são as oportunidades econômicas que ele representa?

Lamentavelmente, o cânhamo ainda é tratado pelas autoridades sanitárias brasileiras como uma planta com o mesmo psicoativo da cannabis, o tetrahidrocanabinol (THC). No entanto, o cânhamo, ou hemp, tem menos de 0,3% de THC, o que faz com que ele seja incapaz de provocar qualquer efeito psicotrópico ao ser humano. Por essa interpretação errônea, a sua produção e importação estão proibidas no Brasil pela portaria 344 da Anvisa, que joga no mesmo balaio variedades com e sem princípio ativo. Esse pequeno detalhe burocrático emperra o desenvolvimento pleno de uma cadeia produtiva sustentável do cânhamo no país.

A simples liberação para importação de derivados de cânhamo já traria efeitos benéficos para o mercado, na medida em que possibilitaria o desenvolvimento de aplicações da planta made in Brazil, com mão de obra brasileira, desenvolvimento de patentes nacionais, etc. Contribuiria, ainda, para o que classificamos de ecossistema do cânhamo brasileiro.

O cânhamo industrial tem mais de 25 mil possibilidades de aplicação. Ele pode ser usado na construção civil, com o concreto à base de cânhamo, e suas fibras garantem mais resistência e durabilidade para produtos da indústria têxtil. A planta também apresenta aplicação na produção de papel e celulose. Das suas sementes extrai-se o CBD para uso medicinal, além de aplicações nas indústrias alimentícias e de cosméticos. Além de toda essa versatilidade, a planta ainda tem uma pegada sustentável, pois pode ser utilizada como bioplástico e biocombustível, em substituição à matérias-primas fósseis. O aproveitamento do cânhamo é integral, sem contar a propriedade de fito-remediação de solos degradados.

Como você tem visto o desenvolvimento da cadeia produtiva de cannabis no Brasil?

Apesar da lenta tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 399 e das restrições da Resolução 344 da Anvisa, vejo o mercado brasileiro de cannabis bastante ativo. Bastaria apenas uma mudança na 344 para facilitar, por exemplo, a vida de startups que já desenvolvem pesquisas e negócios à base de cannabis. Dezenas delas contribuem com suas iniciativas para fortalecer as bases do mercado no Brasil. São empreendedores brasileiros que apostam nesse segmento, que tem um potencial de mercado de cerca de US$ 500 bilhões. No mundo, mais de 265 milhões de pessoas já tiveram algum tipo de acesso à cannabis. Só isso demonstra toda a dimensão e o porquê de todo o interesse neste mercado.

Na sua opinião, quais são os caminhos que a cannabis deve percorrer?

O Brasil precisa aprender com os erros dos seus vizinhos. Repito: é fundamental criar um ecossistema da cannabis, uma cadeia produtiva e um mercado interno que sustentem a produção do campo. Formatar as empresas, investir em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia. Aprimorar as técnicas de produção de sementes e de sepas. Aperfeiçoar profissionais de várias áreas para atuar neste novo segmento de mercado é fundamental nessa estratégia.

Também é preciso romper as barreiras do preconceito. Ensinar a sociedade a não mais enxergar a planta como uma droga, explicando as diferenças e características de cada uma de suas vertentes, demonstrando os seus benefícios medicinais, a versatilidade para a indústria e o potencial que pode gerar em termos econômicos para o país.

Tudo isso para evitar que o País se torne mais um produtor e exportador de outra commodity agrícola, e importador de produtos elaborados no exterior, gerando receitas para outros países a partir de cannabis produzida em terras brasileiras.

O cultivo sem o respaldo da respectiva cadeia produtiva será um erro estratégico. No Uruguai, por exemplo, existe um gap entre a produção e a comercialização. No Equador, a mesma coisa: o cultivo foi legalizado, mas não tem para quem vender internamente.

O PL 399 está parado no Congresso, e com este atual governo de perfil conservador, dificilmente irá sair do papel no curto prazo. Contudo, isso vai acontecer mais dia menos dia. Para isso, temos de estar preparados, e não colocar a carroça na frente dos bois. A produção de cannabis no Brasil também não pode se tornar uma monocultura como a soja, por exemplo. Ela pode e deve gerar riqueza e oportunidades para as famílias do campo.

Fonte: Monitor Mercantil Online

Dia das Crianças teve 170% a mais em tentativas de fraudes que em 2020

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O Dia das Crianças deste ano teve aumento de 170,4% no número de fraudes evitadas no comércio eletrônico brasileiro, subindo de 55.880 pedidos potencialmente fraudulentos em 2020 para 151.114 neste ano. Em termos financeiros, foram R$ 124,67 milhões em fraudes evitadas no varejo virtual em 2021, contra R$ 66,43 milhões no ano passado – crescimento de 87,59%.

Veja também: PF solicita ao STF que determine ao Ministério da Saúde entregar cópia do contrato da Covaxin

Os dados são do levantamento da ClearSale, que avaliou o período entre 29 de setembro a 12 de outubro, e foram analisados somente pedidos pagos com cartão de crédito.

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As categorias que geraram maior número de fraudes evitadas neste ano foram: celular, eletrônicos, bebidas, drogarias e automotivo. Em 2020, a lista foi composta por alimentos, celular, eletrônicos, bebidas e joias.

Já analisando pelo valor dos produtos, as categorias com maior índice de possíveis ações fraudulentas foram: eletrônicos, bebidas, ferramentas, celular e automotivo. No ano passado, o Top5 foi preenchido por eletrônicos, celular, joias, bebidas e magazine.

Já segundo a Pesquisa de Tecnologia Bancária 2021 (ano-base 2020) realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o mobile banking tornou-se o canal dominante, responsável por 51% das transações bancárias.

O levantamento da Febraban mostra que o aporte de recursos em tecnologia aumentou 8% em 2020, chegando a R$ 25,7 bilhões. Desse total, 10% do valor foi destinado à cibersegurança. Outras prioridades foram inteligência artificial e trabalho remoto.

A pesquisa ainda aponta que depois dos governos, o setor bancário é o maior investidor em tecnologia no Brasil e no mundo. Isso mostra que os bancos são geradores de inovações para o oferecimento de serviços com mais valor agregado, eficiência e redução de custos.

Com as normas que contribuem para a proteção das informações, o Brasil passou da 71ª posição para a 18ª no Índice Global de Segurança Cibernética 2020, ranking realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada em tecnologia da informação e comunicação da Organização das Nações Unidas (ONU). O Índice da UIT mede as iniciativas dos países para enfrentar os riscos cibernéticos. A pontuação obtida para o ranking avalia cinco aspectos: jurídicos, técnicos, cooperativos, organizacionais e de capacitação. O objetivo da avaliação é ampliar a conscientização sobre os compromissos das nações em relação à cibersegurança, identificar os pontos fortes e as áreas que precisam de melhorias.

Esse avanço deixa o país como terceiro colocado da América, ficando atrás somente dos EUA e Canadá. A posição conquistada pelo Brasil demonstra que mesmo diante de um cenário de pandemia, o país tem o compromisso de reduzir as ameaças à cibersegurança.

Fonte: Monitor Mercantil Online

PF solicita ao STF que determine ao Ministério da Saúde entregar cópia do contrato da Covaxin

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A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine ao Ministério da Saúde entregar uma cópia do contrato de compra da vacina indiana Covaxin, negociação que é alvo de suspeitas de irregularidades. A PF também pediu o aumento do prazo da investigação, que seria prorrogada por mais 45 dias para a realização de novas diligências. Além do contrato, o delegado William Tito Schuman Marinho também incluiu entre os pedidos a expedição de uma ordem para que a Anvisa entregue a documentação referente ao processo de autorização emergencial da Covaxin. Marinho justifica ter feito a solicitação ao STF e não diretamente ao Ministério da Saúde porque a pasta decretou sigilo sobre o processo da vacina. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é investigado neste inquérito por suspeita de prevaricação, ou seja, de que não teria agido para evitar corrupção.

Veja também: Farmácia: entenda como é a carreira e suas possibilidades de atuação

A vacina da Covaxin foi negociada com o Ministério da Saúde não diretamente pela fabricante, a indiana Bharat Biotech, e sim por um empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. A intenção da PF ao analisar o contrato é o de verificar a data em que a Precisa enviou um documento conhecido como ‘invoice’, um tipo de nota fiscal pelo pagamento adiantado das vacinas, se foi no dia 19 ou 22 de março. A data é importante porque, no dia 20 de março, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luís Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, relataram suas suspeitas sobre irregularidades no contrato ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Em depoimento à CPI da Covid-19, os irmãos disseram ter levado cópia do invoice ao presidente. Esse primeiro documento continha uma informação divergente do contrato: previa pagamento antecipado à Precisa, mas o acordo firmado com o Ministério estipulava que esse pagamento só seria efetuado após o recebimento dos imunizantes. Caso fique provado que Bolsonaro não agiu mesmo após saber das suspeitas, a prevaricação poderia ser considerada um crime de responsabilidade.

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Fonte: INFO MAIS

Farmácia: entenda como é a carreira e suas possibilidades de atuação

Coordenador da FPP, o Prof. Christian Boller explica as possibilidades da carreira farmacêutica, assim como os diferenciais da faculdade na preparação para o mercado de trabalho Ser farmacêutico é poder atuar em diversas áreas de conhecimento, sejam elas privativas ou não. É possível, por exemplo, ser o responsável técnico em farmácias hospitalares, comerciais, com manipulação alopática ou homeopática, entre outras.

Veja também: Campanha ‘balinha não é troco’ conscientiza consumidores e comércios em Manaus

Coordenador da FPP, o Prof. Christian Boller explica as possibilidades da carreira farmacêutica, assim como os diferenciais da faculdade na preparação para o mercado de trabalho Ser farmacêutico é poder atuar em diversas áreas de conhecimento, sejam elas privativas ou não. É possível, por exemplo, ser o responsável técnico em farmácias hospitalares, comerciais, com manipulação alopática ou homeopática, entre outras.

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Outro exemplo de atuação são os laboratórios de análises clínicas. Neles, o farmacêutico tem como atribuição zelar por toda a cadeia de realização dos exames laboratoriais.

Conforme explica o Professor Dr. Christian Boller (CRF 17402), coordenador do curso de Farmácia da Faculdades Pequeno Príncipe, existem áreas de atuação que são privativas, ou seja: o farmacêutico é o único profissional da saúde que pode exercer a atividade, como no caso das farmácias de dispensação, hospitalar ou de manipulação.

‘Em outras, como as análises clínicas e a indústria, a carreira não é privativa do farmacêutico; é uma função que pode ser exercida por outros profissionais’, explica. ‘No entanto, a formação do farmacêutico o torna mais que habilitado a exercer estas atividades’.

Três grandes áreas na farmácia

A carreira farmacêutica, detalha Boller, é dividida em três possíveis segmentos de atuação: assistência, indústria e análises clínicas. Em cada uma delas as atividades que podem ser desempenhadas são inúmeras; muitas vezes, aliás, as áreas se entrelaçam.

‘Tomemos como exemplo o farmacêutico especialista em análises clínicas: é um profissional com grande potencial de atuação na área de assistência, uma vez que seu conhecimento irá auxiliar de maneira direta no acompanhamento farmacoterapêutico do paciente’, exemplifica.

Pesquisa e inovação em alta

A área que se encontra em alta no momento é a de pesquisa e inovações tecnológicas, como a produção de vacinas. Também está em evidência a que se relaciona com a análise de perfil de segurança dos medicamentos.

‘A área de farmácia clínica vem demonstrando um crescimento exponencial, que pode ser observado pela procura de farmacêuticos em cursos de pós-graduação nessa área e também em farmácia oncológica e hospitalar, entre outras’, diz Boller.

Perfil polivalente

O farmacêutico deve ser um profissional humanista, crítico e reflexivo. Isto é, além da questão técnica, o farmacêutico precisa esforçar-se e buscar aprimoramento no atendimento à pessoa, aliando o atendimento humanizado a toda teoria e prática aprendida durante o curso.

Saber interpretar as informações contidas em normas técnicas e artigos científicos – e traduzi-las de forma que a população compreenda – é essencial ao farmacêutico. ‘Isto garante que todo esmero e cuidado realizado na produção e desenvolvimento do medicamento possam exercer o maior benefício possível ao paciente’, aponta Boller.

FPP prioriza o atendimento humanizado

A FPP tem como preceito o humanismo: formar profissionais que atuem com ética e que tenham o cuidado ao próximo como ponto central de suas carreiras. Com relação as áreas, a FPP tem o cuidado de manter uma matriz curricular atual e que permita ao profissional atuar em todas as áreas de trabalho farmacêutico.

Algumas destas áreas, como a Farmácia Homeopática e Hospitalar, requerem cargas horárias mínimas a serem atendidas por lei. Para estas, inclusive, a FPP atende a legislação e o egresso pode atuar nestas áreas.

A matriz curricular atual da FPP atende ao disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Farmácia em sua edição de 2017. O tempo do Curso é de 5 anos, conforme a legislação vigente.

Na FPP, o estudante precisa cumprir carga horária complementar de cursos, palestras e oficinas à sua escolha (chamada de horas complementares), que irão fortalecer seu currículo de forma individualizada.

‘Além destes, a FPP já está preparada para atender a legislação específica de horas de extensão: durante o curso, o estudante desenvolve diversas atividades que irão atender ao público interno e, especialmente, o público externo da faculdade’, detalha Boller.

A pós-graduação não é obrigatória para o farmacêutico, mas com certeza é um diferencial. Devido às crescentes mudanças que ocorrem no cenário nacional em relação à saúde, é praticamente obrigatória a atualização constante do profissional.

‘Podemos citar a área de Farmácia Hospitalar e Clínica; ter uma especialização na área ou mesmo uma residência, como aquela ofertada por nossa instituição, com certeza farão diferença na hora de um processo seletivo’, avalia o coordenador da FPP.

Egressa conta sobre experiência no mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o farmacêutico está em constante crescimento, agora ainda mais por conta da pandemia da Covid-19, em todo o mundo. O Curso de Graduação em Farmácia da Faculdades Pequeno Príncipe é reconhecido mundialmente.

Egressa da FPP, Ruanita Veiga Queiroz Apolinário escolheu ser farmacêutica aos 16 anos: tinha curiosidade, vontade e um anseio por cuidar do próximo, contribuindo para a sociedade.

Com esse sentimento, ela deu entrada à graduação de Farmácia na FPP. ‘Sempre tive a certeza de que queria ser farmacêutica, era algo que me traria todas as coisas que eu esperava realizar profissionalmente’, conta. ‘E minha formação não poderia ter sido melhor. Até hoje, penso em o quanto fui feliz por escolher a FPP’.

Desde o início, Ruanita conta que sentiu que estava sendo preparada para desafios maiores: os professores eram altamente capacitados e, principalmente, humanos. ‘Este é o grande ponto positivo que gostaria de destacar. A instituição, por ser humanizada, preza os valores aos quais eu me identifico. Esse ambiente acolhedor foi fundamental para conseguir enfrentar os desafios da formação profissional’, destaca.

Durante o curso, Ruanita teve a chance de realizar bons estágios que foram fundamentais para sua evolução profissional e construção de um bom networking. ‘Recebi indicações para iniciação científica e apresentei meu trabalho de conclusão de curso em um simpósio internacional, que foi fundamental para abrir o caminho para a área que decidi seguir’, relembra.

Hoje, Ruanita é pesquisadora e mestranda no laboratório LEMC/Alerta da disciplina de infectologia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), sendo aprovada em primeiro lugar na classificação de um processo seletivo nacional para trabalhar e estudar no maior laboratório de resistência bacteriana do Brasil.

‘Desde o meu período probatório em São Paulo, sempre ouvi que ‘era visível’ que eu tive uma excelente formação”, conta. ‘Logo tive oportunidade de ser responsável pelo banco de microrganismos do laboratório e coordenar grandes estudos de vigilância epidemiológica internacionais. Sou extremamente grata à FPP por ter me proporcionado a realização dos meus sonhos. Tão agradecida que, em breve estarei retornando à instituição como Doutoranda. Quero contribuir com o conhecimento que adquiri e fazer com que a FPP seja cada vez melhor!’

Fonte: IMBAU FM

Campanha ‘balinha não é troco’ conscientiza consumidores e comércios em Manaus

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O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) lança nesta segunda-feira (18) a campanha ‘Balinha Não é Troco’, que tem o objetivo de conscientizar a população amazonense sobre a Lei Nº 5099, de 14/01/2020. Também conhecida como Lei do Troco, ela aponta a obrigatoriedade dos fornecedores de produtos e serviços no Amazonas em fornecer o troco em espécie.

Veja também: Parentes de vítimas da covid-19 fazem relatos e pedem mudanças na lei

O diretor-presidente do Procon-AM, Jalil Fraxe, explica que a ideia para a campanha surgiu em uma rede social, após a sugestão do consumidor Rodrigo Silva da Cruz.

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‘Muita gente não sabe que a prática de oferecer balas, chicletes ou quaisquer outros produtos no lugar do troco é considerada ilegal. Caso o comércio ou fornecedor de serviços não tenha o valor em espécie, deve arredondar de forma a beneficiar o consumidor’, afirma.

Para Rodrigo, a expectativa é que a campanha informe e ajude a população a exigir o cumprimento da Lei. ‘Muitas vezes, o consumidor não tem o conhecimento de que é uma prática ilegal. Quem ganha com essa campanha é a população, e espero que os comerciantes possam seguir o que está determinado’, resumiu.

O material da campanha já começou a ser distribuído em comércios de Manaus. O descumprimento da Lei pode ser denunciado no Procon-AM, pelas redes sociais do órgão (Facebook /Procon Amazonas e instagram @procon_amazonas) ou pelos números 0800 092 1512, 3215-4009/4012.

Fonte Portal do holanda

Parentes de vítimas da covid-19 fazem relatos e pedem mudanças na lei

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Em um dia exclusivamente dedicado a ouvir vítimas da covid-19, na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPI) do Senado, a enfermeira obstetra Mayra Pires Lima contou nesta segunda-feira (18) como foi trabalhar no Amazonas durante o colapso enfrentado pelo estado no início deste ano, em meio à falta de insumos e oxigênio hospitalar para tratar pacientes da doença.

Emocionada, a enfermeira contou que hoje é responsável por quatro sobrinhos, filhos de sua irmã, que morreu durante o colapso da saúde em Manaus. À época do falecimento da irmã, Mayra disse que as crianças menores, gêmeas, tinham apenas 4 meses de vida. ‘Muitas vezes eu assumia a assistência de saúde da minha irmã porque nós tínhamos cinco técnicos de enfermagem para cuidar de 80 pacientes graves’, destacou Mayra aos senadores. ‘Só em Manaus nós temos mais de 80 órfãos da covid. Só na minha família são quatro’, destacou, questionando o que está se fazendo por essas crianças e por essas famílias.

Mayra acrescentou que também foi infectada pelo novo coronavírus e perdeu outro irmão para a doença. ‘Um pouco de bom senso e um pouco de humanidade por parte dos gestores teriam dado um rumo diferente à pandemia no Amazonas’, disse. Segundo ela, durante todo o ano de 2020, os profissionais de saúde com quem trabalha tiveram que comprar seus equipamentos de proteção individual. Ela agradeceu aos amigos que em várias ocasiões doaram os que ela usou.

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza audiência pública destinada a ouvir o depoimento de vítimas diretas e indiretas atingidas pela Covid-19. Edilson Rodrigues/Agência Senado

Valorização

No Senado, a enfermeira comparou a situação dos profissionais de saúde a ‘um cenário de guerra’. ‘No Amazonas, tivemos uma situação bastante difícil. Quando eu me formei, tinha grande sonho de ajudar em outras calamidades. Hoje, eu falo que eu vivi uma guerra, atendi pacientes às vezes sem proteção nenhuma’, declarou.

Mayra lembrou ainda que no Amazonas a covid-19 vitimou ‘ótimos médicos e obstetras’. ‘Perdemos colegas pra depressão e suicídio’, destacou. Segundo ela, somente entre enfermeiros, foram 82 óbitos, sem contar os que ficaram com sequelas. ‘A gente via postagens sobre os nossos heróis. Nós não queremos parabéns, queremos valorização’, disse ao defender a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2564/2020, que visa aumentar o piso salarial dos profissionais da enfermagem.

Em resposta ao pleito, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comprometeu-se a pautar a matéria ‘o mais breve possível’ no plenário da Casa. A recomendação de aprovação da proposta também estará no relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Em outro depoimento, Giovanna Gomes Mendes da Silva, de 19 anos, que perdeu a mãe e o pai por complicações da doença em um intervalo de 14 dias, também falou aos senadores das dificuldades que enfrenta. Hoje a jovem, que tem a guarda da irmã mais nova, de 10 anos, diz passar por problemas psicológicos e financeiros. ‘Antes, vivia uma vida de alegria com alguns momentos de tristeza. Hoje, vivemos tristes, e uma ou outra coisa nos deixa alegres’, destacou.

A adolescente lembrou aos senadores que, antes de ser intubada, sua mãe chegou a passar uma noite inteira internada com uma máscara de oxigênio furada e que acredita que isso tenha agravado a situação de saúde dela. ‘Trocaram, mas de qualquer forma o quadro dela se agravou.’ Dois dias depois, seu pai foi internado. O homem já havia se recuperado da covid-19, mas tinha um câncer, que segundo ela, após a doença, se agravou muito. ‘A gente não teve nem tempo de sofrer pela minha mãe, pois não podia ficar chorando na frente do meu pai’, contou a jovem. ‘Perdemos as pessoas que mais amávamos.’

Sem os pais, Giovanna relatou que se mantém e cuida da irmã com ajuda de doações de parentes da mãe que contribuem ‘com o pouco que têm’. ‘Passamos a não ter nossos dois pilares e também não ter quem nos ajudasse’, disse.

Propostas legislativas

Como resultado dos trabalhos da comissão, os senadores também adiantaram que vão apresentar uma proposta legislativa para que os órfãos de responsáveis vitimados pelo novo coronavírus recebam um auxílio financeiro de um salário mínimo até completarem 21 anos de idade. A CPI vai sugerir também a inclusão da covid-19 na relação de doenças que ensejam aposentadoria por invalidez quando a perícia médica atestar.

Prevent Senior

Outra experiência ouvida pelos senadores foi a de Katia Shirlene Castilho dos Santos. Ela também perdeu pai e mãe para a covid-19. ‘Fiz do meu luto uma luta’, disse. Segundo a depoente, o pai contraiu a doença em março deste ano, uma semana antes de poder receber a vacina. O homem faleceu enquanto a esposa estava internada, em São Paulo, em um hospital da rede Prevent Senior. ‘Ele não teve nenhuma despedida digna e isso aconteceu com muitos brasileiros’, disse.

Kátia contou que sua mãe, de 71 anos, foi tratada com o chamado kit covid após uma teleconsulta feita pela operadora. ‘Não fizeram nenhum exame e acabaram mandando o kit covid’, disse. ‘Como você vai falar para uma idosa de 71 anos que confia no convênio, que aquele remédio que o médico mandou para ela, para cuidar dela, não estaria fazendo nada?’, disse. Entre outras várias denúncias, a operadora, investigada pela CPI, é acusada de obrigar médicos a prescrever medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento de pacientes com coronavírus. O plano de saúde nega as acusações.

Taxista

A CPI também ouviu hoje o taxista Márcio Antônio do Nascimento da Silva, que contou sobre a perda do filho Hugo Dutra do Nascimento Silva, de 25 anos. Hugo foi atendido em uma unidade de pronto-atendimento (UPA) em Copacabana, no Rio de Janeiro, transferido para um hospital, intubado por 15 dias, mas não resistiu.

Com a voz embargada, Silva narrou os últimos dias de vida de seu filho, quando ele começou a sentir cansaço e falta de ar. O taxista disse ter acompanhado Hugo no hospital até o seu falecimento, e lembrou com pesar do dia em que teve de reconhecer o corpo do filho.

‘A última vez que o vi, ele estava dentro de um saco’. O depoente criticou declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a covid-19 e a demora do Brasil para a aquisição de vacinas. Segundo ele, o que dói não é apenas o luto, mas o que veio após a morte de Hugo: ‘O deboche, a irracionalidade das pessoas, inclusive de amigos’. ‘Eu daria a minha vida para o meu filho ter chances de ser vacinado’, disse.

O taxista lembrou aos senadores como foi o episódio em que foi flagrado na Praia de Copacabana, em abril de 2020, recolocando as cruzes que homenageavam as 100 mil vítimas da doença à época – colocadas por uma organização não governamental – que haviam sido derrubadas por outra pessoa. Silva contou que, na ocasião, foi agredido verbalmente. ‘Quando descobriram que era apenas um pai que estava triste pelo seu filho, foi um constrangimento geral’, disse.

Para ele, o início da CPI da Pandemia foi um alívio. Ele destacou que sentiu alento em pensar que nem todas as autoridades diriam ‘e daí’ para os óbitos em decorrência da pandemia. Para mim, não importa o partido político dos senhores, o que importa é que meu Hugo não volta mais, mas tenho outros filhos e quatro netinhos’, disse.

Executivo

Durante evento em São Roque de Minas, no norte de Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre o relatório da CPI.

‘No relatório da CPI, uma das acusações é que eu retardei a compra da vacina. Exigi do meu ministro no momento só comprar vacina depois de sua certificação pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e só pagar depois que receber, e assim foi feito. É ainda emergencial? É. A decisão de tomar tem que ser de cada um de vocês. [A] todos aqueles que desejarem a vacina, como fizemos até o momento, [as doses] serão ofertadas pelo governo federal.’

No discurso, o presidente disse ainda que não vai editar decreto tornando o passaporte da vacina obrigatório. ‘Não farei isso, porque a nossa liberdade está acima de tudo. Não adianta quererem chamar o governo de negacionista, nós gastamos mais de R$ 20 bilhões por vacinas. Vacinas muitas ainda experimentais e a liberdade de tomar é de vocês. Não se pode perseguir quem quer que seja, por não ter tomado a vacina’, disse o presidente.

Próximos passos da CPI

Amanhã os senadores devem ouvir o último depoimento antes da leitura do relatório final dos trabalhos, marcada para quarta-feira (20). O representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Elton da Silva Chaves, que integra a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão consultivo do Ministério da Saúde. Ele será cobrado a dar explicações sobre a última reunião da Conitec que retirou de pauta um documento que pretendia vetar o uso de medicamentos ineficazes no tratamento contra a covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).

A votação do relatório final do colegiado foi reagendada para a próxima terça-feira (26).

Matéria atualizada às 14h48 para acréscimo de informação

Fonte: Agência Brasil

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PF pede mais 45 dias ao STF para concluir inquérito sobre suposta prevaricação de Bolsonaro

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Polícia Federal apura se Bolsonaro agiu ou se omitiu em benefício próprio ao ouvir denúncias sobre as negociações da Covaxin. Prazo inicial já terminou, mas há diligências pendentes. A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal mais 45 dias para concluir o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação no caso da vacina Covaxin.

As investigações começaram em julho e o prazo inicial, de 90 dias, já se encerrou. Os investigadores ainda têm diligências pendentes.

Prevaricação é um crime contra a administração pública e ocorre quando um funcionário público, tomando conhecimento de supostas irregularidades, deixa de comunicar a suspeita às autoridades – à Polícia Federal e ao Ministério Público, por exemplo.

A relatora do inquérito é a ministra Rosa Weber, a quem caberá decidir sobre o pedido de prazo.

As investigações têm como ponto de partida os depoimentos à CPI da Covid do funcionário do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e do irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Em 25 de junho, os irmãos afirmaram à CPI que avisaram o presidente Jair Bolsonaro sobre suspeitas de corrupção na negociação para a compra da vacina Covaxin. Relembre:

Covaxin: Luis Miranda diz à CPI que Bolsonaro citou envolvimento de Ricardo Barros ao ouvir denúncia

O preço da Covaxin foi o maior entre todas as vacinas que o governo negociou: R$ 80,70 por dose – quatro vezes mais cara que a AstraZeneca, da Fiocruz, que é a de menor custo. A rapidez para fechar o contrato chamou a atenção e teve a participação de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. O contrato de compra só foi suspenso pelo governo depois das denúncias.

No caso de Bolsonaro, a apuração envolve se houve omissão ou não a respeito das supostas irregularidades no processo de contratação da vacina, e também se o presidente, de alguma forma, se beneficiaria pessoalmente com isso.

O pedido da PF

Ao STF, a PF argumentou que precisa ainda ter acesso a documentos que envolvem as tratativas da Covaxin, mas que o Ministério da Saúde decretou sigilo às informações .

Após as inquirições de Antonio Elcio Franco Filho e de Jonathas Vieira Coelho verificou-se a necessidade de acesso aos processo do Ministério da Saúde sobre a contratação e a importação da vacina Covaxin e a íntegra do processo sobre os pedidos de autorização de uso emergencial realizados, primeiro, pela empresa Precisa Comercialização Medicamentos e depois pelo próprio Ministério da Saúde, junto à Anvisa. Ocorre que, recentemente, o Ministério da Saúde classificou os processos como sigilosos; circunstância que, legalmente impede o acesso aos processos

, escreveu o delegado William Marinho.

Caso Covaxin: entenda quem é quem nas investigações da CPI

Marinho pediu que o Supremo determine que:

o Ministério da Saúde envie cópia integral dos processo de contratação e importação da vacina Covaxin;

a Anvisa envie cópia integral dos processo de autorização do uso emergencial da vacina Covaxin.

A PF informou que ainda analisa o material que recebeu do processo de fiscalização da CGU , do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público do DF.

Já foram ouvidos pelos investigadores nesse inquérito:

Luis Ricardo Miranda – servidor do Ministério da Saúde

Luis Claudio Miranda – deputado

Francisco Maximiano – dono da Precisa Medicamentos

Emanuela Medrades – Precisa Medicamentos

Eduardo Pazuello – Ex-ministro da Saúde

Antonio Elcio Franco Filho – ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde

Jonathas Diniz Vieira Coelho – ajudante de ordens

Auxiliar de Bolsonaro confirma denúncia

A PF entregou ao Supremo parte das diligências realizadas, entre elas, o depoimento do ajudante de ordens da Presidência Jonathas Diniz Vieira Coelho. Ele confirmou ter sido procurado pelo deputado para alertar o presidente Jair Bolsonaro sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina.

Que, a partir do dia 30/01/2021, o deputado federal enviou diversas reportagens, sobre temas diversos, ao depoente. QUE em 20/03/2021, apos retomar de um evento na Cidade de Taguatinga/DF, no qual acompanhou o presidente da Republica, recebeu uma mensagem do deputado Federal na qual ele pedia para

avisar o PR que esta rolando um esquema de corrupcao pesado na aquisição das vacinas dentro do Min da Saude”, contou.

Coelho disse

que, por volta das 14h, o presidente da Republica tomou conhecimento dessa mensagem. Que, de imediato, o presidente da Republica solicitou ao depoente que entrasse em contato com o deputado Federal para pedir que ele comparecesse, ainda no dia 20/03/2021, ao Palacio da Alvorada. QUE ligou para o Deputado Federal informando sobre a orientação do Presidente da Republica. Que o deputado Federal informou que compareceria ao Palacio da Alvorada acompanhado por duas pessoas

.

O ajudante de ordens disse que não acompanhou a conversa na qual o presidente teria sido alertado.

Que o Presidente da Republica nao lhe participou o conteúdo da reunião. QUE recebeu, no dia 22/03/2021, uma mensagem, via WhatsApp, do Deputado Federal, na qual ele reencaminhou um documento e um audio. QUE reencaminhou, provavelmente no mesmo dia, ao celular do presidente da Republica as mensagens (texto e audio) que recebeu, no dia 22/03/2021, do Deputado Federal. Que quer deixar claro que o contato que manteve com o Deputado Federal foi de carater impessoal

Fonte: Encontre Barra Funda

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