Ministério da Saúde abre licitação para campanhas sobre vacinação

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Na contramão do que defende o presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde abriu uma megalicitação para a contratação de quatro empresas que vão cuidar das campanhas da pasta sobre diversos temas, como vacinação. Uma das metas destacadas no edital – com previsão de pagar um total de R$ 215 milhões para as vencedoras do certame – é tentar reverter o impacto das fake news sobre imunizantes, cujo alcance vem caindo nos últimos anos.

Entre os tópicos elencados no documento, o que trata dos ‘Desafios de Comunicação’ destaca desinformação e notícias falsas como pontos de alarme a serem enfrentados. Em subtópico seguinte, versando sobre ‘Motivos das Quedas Vacinais’, estão enfatizados ‘movimento antivacina e fake news’, que mencionam eventos adversos relacionados aos imunizantes e colocam em dúvida a qualidade e a eficácia das vacinas.

O edital ressalta que o Ministério da Saúde quer manter a campanha lançada em 2019, chamada ‘Vacina Brasil’. Segundo o documento, o objetivo é reforçar a preocupação com a imunização. Por isso, a pasta demanda ‘uma série de ações integradas entre diversos órgãos públicos e a empresa (a ser contratada pelo certame) para conscientizar a população da importância da vacinação e desmistificar a campanha de fake news contra as vacinas’. ‘Seguimos em um grande esforço conjunto para refazermos um pacto sobre vacina neste país’, acrescenta.

Resistência

A iniciativa do Ministério da Saúde vai de encontro ao posicionamento de Bolsonaro, crítico ferrenho, por exemplo, da vacinação contra a covid-19, especialmente de crianças. Por ações e declarações, o presidente tem tentado demover a população a se vacinar, disseminando fake news sobre imunizantes e pregando o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no combate ao vírus.

No episódio mais recente, Bolsonaro atacou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao questionar os motivos pelos quais o órgão autorizou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem trabalhado contra a imunização de crianças, num agrado ao chefe. Os dois criaram uma série de obstáculos para iniciar a vacinação de meninas e meninos, autorizada pela Anvisa desde 16 de dezembro.

Fonte: Correio Braziliense

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Mercado diminui novamente previsão de crescimento da economia

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O mercado financeiro diminuiu mais uma vez a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano. As projeções constam do segundo boletim Focus de 2022, que aponta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,28%, ante os 0,36% projetado na primeira semana do ano.

O boletim, divulgado hoje (10) pelo Banco Central (BC), reúne a projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na última semana de 2021, a previsão do mercado era de um crescimento de 0,42% e há quatro semanas, a previsão era de 0,50%.

O mercado também reduziu a previsão de crescimento do PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – para 2023, de 1,8% para 1,7%. Há quatro semanas a projeção era de crescimento de 1,9%.

Em 2024, a projeção do mercado financeiro se manteve estável em relação à semana anterior, com expansão do PIB em 2%. No boletim divulgado hoje o mercado manteve em 4,5% a previsão do PIB para o ano de 2021. Há quatro semanas a previsão era de um crescimento de 4,71%, em 2021.

Para 2022, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação das duas últimas semanas, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficando em 5,03%. Já para 2023, o mercado reduziu a expectativa de inflação para 3,36%, ante os 3,41% da semana passada. Em 2024, a previsão é mesma da semana passada com inflação em 3%.

Para 2021, a previsão para o IPCA, considerado a inflação oficial do país, também variou para baixo, de 10,01% para 9,99%. É a quinta redução depois de 35 semanas consecutivas de alta da projeção.

Selic e câmbio

A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, em 2022, aumentou em relação ao projetado na semana passada, passando de 11,5% para 11,75% no boletim divulgado hoje.

Atualmente a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), está em 9,25% ao ano. Para a próxima reunião do órgão, em fevereiro, o Copom já sinalizou que deve elevar a taxa em 1,5 ponto percentual.

Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 8% ao ano, a mesma previsão da semana passada. E para 2024, a previsão é de Selic em 7% ao ano, projeção que repete a da semana anterior.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 também se manteve igual ao projetado na semana passada, ficando em R$ 5,60. Já para os próximos dois anos, a projeção do mercado é de alta no câmbio. Para 2023, a previsão da cotação do dólar subiu de R$ 5,40 para R$ 5,45. Para 2024, a projeção passou de R$ 5,30 para R$ 5,39.

Fonte: Agência Brasil

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Pfizer antecipará 600 mil doses da vacina pediátrica contra a covid-19

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (10) ter conseguido antecipar 600 mil doses da vacina pediátrica contra a covid-19, produzidas pela empresa Pfizer. Ao defender a forma como o governo tem conduzido o combate à pandemia, Queiroga disse que a fabricação ou a importação de doses de vacina só podem ser feitas após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso contrário, a situação configuraria crime sanitário, disse o ministro.

‘Conseguimos antecipar com a Pfizer mais 600 mil doses da vacina pediátrica agora no mês de janeiro. Então serão 4,3 milhões de doses de vacina’, informou Queiroga nesta manhã ao passar pela portaria do ministério.

Segundo ele, o trâmite para aquisição e distribuição de vacinas no país é satisfatório, se comparado a outros países. ‘A indústria farmacêutica só pode deflagrar produção de doses após o aval da agência regulatória [Anvisa]. Então doses não aprovadas pela agência regulatória não podem adentrar no país, sob pena de caracterizar até mesmo crime sanitário’, argumentou o ministro.

Fonte: Agência Brasil

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Covid-19: 84% das famílias de São Paulo pretendem vacinar crianças

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Pesquisa realizada pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) apontou que 84% das famílias com crianças entre 5 e 11 anos de idade no estado de São Paulo pretendem aderir à vacinação infantil contra a covid-19. A pesquisa ouviu, por telefone, 1,12 mil pais, mães e responsáveis por crianças nessa faixa de idade em todo o estado.

O percentual de famílias que pretende vacinar as crianças é maior na Região Metropolitana de São Paulo, com 87%. No interior do estado, 81% dos pais e responsáveis dizem que levarão os filhos para serem imunizados contra o coronavírus.

Entre as mulheres, o índice que pretende imunizar as crianças é de 89% e entre os homens, de 76%.

Escolaridade e renda

A adesão à imunização também é maior entre as famílias menos escolarizadas e com menor instrução. Para aqueles com renda de até um salário mínimo, 92% pretendem vacinar as crianças, o mesmo percentual para quem estudou até o ensino fundamental.

Nas famílias que recebem mais de três salários mínimos, 72% pretendem vacinar as crianças contra a covid-19. Entre aqueles que têm o ensino superior o percentual ficou em 77%.

A grande maioria (91%) dos responsáveis por crianças que estudam em escolas ou creches públicas pretendem aderir a campanha de imunização, índice que cai para 76% para as matriculadas nas redes particulares.

Planejamento

Na quarta-feira (5), o governo federal anunciou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos de idade no plano de operacionalização de vacinação contra a covid-19. As primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas a crianças de 5 a 11 anos deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. O único imunizante aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o da Pfizer.

Fonte: Agência Brasil


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/china-deve-liderar-mercado-farmaceutico-global/

 

Abrafad estipula meta de 5,2 mil PDVs em 2022

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Abrafad estipula meta de 5,2 mil PDVs em 2022

A meta da Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (Abrafad) para 2022 é manter o crescimento acima de dois dígitos, na casa dos 15%. A entidade, que reúne 17 redes, almeja chegar a R$ 4 bilhões em faturamento e a 3% de market share, com 5,2 mil PDVs.

Veja também: Farmácias têm índice de perdas abaixo da média do varejo

No ano passado, a Abrafad registrou um faturamento de R$ 3,6 bilhões e 4.180 PDVs espalhados pelo país. Para o diretor-executivo da Abrafad, Nilson Ribeiro (foto), o patamar atual da entidade reforça os ânimos para os futuros desafios. “Os índices já consolidados nos colocam numa posição confortável e ao mesmo tempo desafiadora para continuar estruturando os negócios e realçando a importância da entidade para o mercado farmacêutico brasileiro”, destaca.

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Para a associação, o caminho para o varejo independente é se tornar um hub de saúde e bem-estar. Outros pontos de destaque para a Abrafad são consolidar as ferramentas de gestão, indicadores de desempenho, fidelização de consumidores e treinamentos.

A meta para o ano novo é atrair mais cinco associadas. “Vivemos quase dois anos de pandemia do coronavírus e ainda assim crescemos. Sinal que o mercado acredita em nosso trabalho”, comenta.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Merck compra laboratório de olho em mercado de vacinas

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Merck compra laboratório de olho em mercado de vacinas

Negócio milionário na indústria farmacêutica, com foco no futuro. De olho no mercado de vacinas, Merck anunciou que investirá US$ 780 milhões na aquisição da norte-americana Exelead. As informações são do Valor Econômico.

Veja também: Belcher traz ao Brasil spray nasal contra a Covid-19

A Exelead é especialista em formulações injetáveis, incluindo aquelas baseadas em nanopartículas de lipídio, tecnologia-chave para a criação de terapias e imunizantes baseados em mRNA.

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Por meio de nota, a diretora-presidente da Merck, Belen Garijo, destacou a importância dessas novas tecnologias. “Novas tecnologias, incluindo mRNA, são um mercado atrativo com farmacêuticas e empresas de tecnologia avançando nas terapias além da Covid-19”, aponta.

A expectativa é que o negócio seja concluído ainda no primeiro trimestre.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Belcher traz ao Brasil spray nasal contra a Covid-19

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Belcher traz ao Brasil spray nasal contra a Covid-19

O Brasil terá em breve um spray nasal contra a Covid-19. A importação e distribuição do Taffix foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e será realizada pela Belcher Farmacêutica. O produto é fabricado pela Nasus Pharma, de Israel.

Veja também: CEO da Pfizer promete vacina contra Ómicron em março

Foi cientificamente provado que o Taffix bloqueia 97% dos vírus transportados pelo ar. Apresentado em pó, o produto cria uma camada ultrafina de gel que protege a cavidade nasal. Após 50 segundos da aplicação, a camada protetora já está ativa e a proteção perdura por até cinco horas.

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É exatamente devido à essa barreira que o risco de infecção pelo Sars-Cov-2 diminui, pois ela evita que os vírus entrem nas células nasais.

“A eficácia é justificada pela união dos dois fatores, ou seja, é um produto em gel, que, ao contrário de uma solução líquida, que evapora em alguns minutos, dura cinco horas, e tem ainda a alta capacidade de criar um ambiente que elimina os vírus”, destaca Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher.

O produto é de uso livre, mas precisa de indicação médica para gestantes e crianças menores de 12 anos.

Testes comprovam a eficácia do spray nasal

Os testes foram realizados com mais de 500 voluntários não vacinados, em formato duplo-cego, ou seja, nem o paciente, nem os pesquisadores, sabiam quem recebeu o medicamento ou o placebo.

Cerca de 260 voluntários receberam o spray nasal e 257, apenas o placebo. Dentre os que receberam o placebo, 67 se queixaram de sintomas gripais, enquanto houve apenas 38 queixas entre os que receberem o Taffix.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Governo pede que Anvisa revise decisão sobre autoteste

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Governo pede que Anvisa revise decisão sobre autoteste

O Ministério da Saúde pedirá à Anvisa que reavalie a questão referente ao autoteste para a detecção da Covid-19. Segundo a pasta, ele é uma “importante ferramenta de apoio” para frear a nova onda de contaminações. As informações são do Estadão/Broadcast.

Veja também: Queiroga promete reforço no número de testes para Covid-19 e influenza

O órgão enviará uma nota técnica sobre o assunto para a agência, que recentemente decidiu não aprovar o uso do autoteste. Em outros países, o uso desse método é liberado.

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Algumas questões que rodeiam o assunto dizem respeito à sensibilidade do produto (menor que testes considerados mais precisos, como o PCR) e também à possibilidade de erro na execução pelo paciente, que não é treinado para a testagem.

“A mensagem é que o autoteste é uma ferramenta de apoio e não substitui o diagnóstico do profissional de saúde. A pessoa deve fazer o teste e, caso esteja com sintomas, deve ir ao posto de saúde ou hospital se certificar do diagnóstico”, afirma Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

O autoteste de antígeno é o mesmo que é aplicado nas farmácias. Países como Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra já aprovaram sua comercialização. Na Inglaterra, inclusive, o governo distribui algumas unidades gratuitamente e os pais precisam fazer testes periódicos nas crianças em idade escolar.

Questionada, a Anvisa levantou um outro problema. A Covid-19 enquadra-se como doença de notificação compulsória, ou seja, todos os casos devem ser notificados às autoridades sanitárias, questão que, com o autoteste, poderia não acontecer.

Infectologistas e especialistas concordam com o governo sobre a importância do autoteste. Para eles, qualquer ferramenta capaz de diagnosticar a doença de maneira confiável é bem-vinda e também evita outros problemas não tão claros da ausência de diagnóstico, como a automedicação.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Aché lança seu primeiro probiótico com tecnologia exclusiva

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Aché lança seu primeiro probiótico com tecnologia exclusiva

Em parceira com a Lonza, empresa global de biotecnologia, o Aché amplia seu portfólio de probióticos com o lançamento do ProHN. O produto é o primeiro a reunir a quantidade de dez bilhões de Bifidobaterium lactis HN019, que contribuem para o funcionamento gastrointestinal.

Nos estudos, esse probiótico demonstrou uma ação potencial no estímulo aos movimentos intestinais, conhecidos como peristálticos. Também reduziu o tempo de trânsito intestinal, aumentando assim a frequência que o paciente vai ao banheiro.

“O bom funcionamento e a regulação do intestino são fundamentais para uma melhor qualidade de vida, e estamos confiantes que este produto transformará a saúde de muitos brasileiros”, comenta o diretor executivo da unidade de negócios prescrição do Aché, Marcelo Neri.

Distribuidora: a empresa trabalha com sistema próprio de distribuição

Gerente de produto: Lorraine Freitas – 0800 701 6900

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

O que mudou no empréstimo consignado em 2022?

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A margem do crédito consignado, ou seja, o valor da renda que pode ser comprometido com o empréstimo, ficou em menor neste começo de ano – passou de 40% para 35%.

Até dezembro do ano passado, os aposentados e pensionistas do INSS podiam comprometer o limite de até 40% de sua renda líquida com o crédito consignado, sendo 35% no empréstimo convencional e outros 5% via somente cartão de crédito consignado. A partir deste mês, o limite passou para até 30% no empréstimo pessoal e 5% para despesas e saques com cartão de crédito consignado.

Com isso, o banco não pode descontar do benefício além do limite estabelecido pela margem do consignado.

Por exemplo, em uma renda líquida mensal de R$ 2 mil, o valor máximo da parcela a ser descontado mensalmente será de R$ 600 (para empréstimo consignado convencional) mais R$ 100 (para despesas e saques exclusivamente com cartão de crédito consignado).

O cartão de crédito consignado funciona como um cartão de crédito comum e é usado para o pagamento de produtos e de serviços no comércio. A diferença é que, no cartão de crédito consignado, o valor da fatura pode ser descontado, total ou parcialmente, automaticamente na folha de pagamento, limitado ao valor da margem consignável.

Outra mudança em 2022 se refere ao número máximo de parcelas mensais para pagamento da dívida. A partir deste mês, o limite passou a ser de 72 meses, ou 6 anos. Até dezembro, o número estava em 84 meses (7 anos).

O consignado é um tipo de empréstimo em que a prestação é descontada diretamente do benefício previdenciário todos os meses. Além dos aposentados e pensionistas do INSS, podem pedir este tipo de empréstimo os trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos. Nesses dois últimos casos, as parcelas são descontadas dos salários.

Como é garantido que as parcelas serão pagas em dia, o consignado é um tipo de crédito mais barato do que outras opções do mercado. E os aposentados e pensionistas são os que mais recorrem a esse tipo de empréstimo. O valor máximo depende de quanto eles recebem por mês para que a renda não fique comprometida.

Dados do INSS mostram que o número de pedidos de empréstimo consignado entre aposentados e pensionistas subiu de 32,5 milhões em 2019 para 40,5 milhões em 2021 devido ao aumento da margem de empréstimo para 40%.

Juros voltam a subir

Em dezembro do ano passado, o teto dos juros do consignado voltou ao patamar pré-pandemia, passando de 1,8% para 2,14% ao mês no empréstimo convencional. No caso das operações com cartão de crédito consignado, os juros passaram de 2,7% para 3,06% ao mês. Assim, os bancos não podem ultrapassar esse limite de taxa. Com esse aumento, os juros ao ano podem chegar a 30%.

Os juros menores do consignado valiam desde março de 2020, quando o governo havia anunciado a redução para dar mais recursos aos aposentados e pensionistas para atenuar os efeitos da pandemia.

Último levantamento do Banco Central mostra que, em dezembro de 2021, a taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas estava entre 1,37% e 2,14% entre 36 instituições financeiras pesquisadas.

Consignado lidera número de reclamações

Levantamento publicado pelo g1 em junho do ano passado mostrou que o empréstimo consignado foi o serviço financeiro com maior número de reclamações no país. No primeiro trimestre, a modalidade foi a que teve o maior número de queixas procedentes no levantamento do Banco Central.

Do total de 26.700 registros contra bancos e financeiras, 6.798 foram referentes à oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado de forma inadequada. Ou seja, o empréstimo correspondeu a 25,5% do total.

O Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) aponta o alto número de denúncias de segurados do INSS que recebem ofertas de consignados logo após terem a aposentadoria ou qualquer benefício previdenciário concedidos e também referentes a empréstimos fraudulentos feitos em seu nome.

Joseane Zanardi Parodi, coordenadora adjunta do IBDP, aponta que, mesmo com a Lei Geral de Proteção de Dados, o vazamento de dados continua. “Inclusive com bloqueio do número do celular no site www.naomeperturbe.com.br, a situação permanece, pois cada hora a ligação é feita de um número”, diz.

O “Não me Perturbe” é uma ferramenta na qual o consumidor pode proibir instituições financeiras e correspondentes bancários de entrar em contato por meio telefônico para oferecer crédito consignado.

Segundo Joseane, o incômodo aos beneficiários é diário e se torna pior quando constatam que foi feito um empréstimo sem a sua ciência, percebendo somente quando verificam o desconto no extrato de pagamento.

Isso acontece ainda mesmo com as regras estabelecidas pelo INSS em 2019. Os recém-aposentados só podem receber ofertas de empréstimo consignado 180 dias após a concessão do benefício. E nos primeiros 90 dias, a conta do aposentado fica bloqueada para a contratação de empréstimos. O beneficiário pode ainda realizar o bloqueio e desbloqueio do benefício a qualquer momento após o prazo de 90 dias através da Central de Atendimento 135 ou pelo Meu INSS.

As instituições financeiras que violam as regras estão sujeitas a suspensão e rescisão de contratos com a Previdência. Por isso, os segurados podem denunciar a instituição ao INSS, seja na ouvidoria do órgão, na central de teleatendimento 135, pelo site Meu INSS ou pessoalmente em qualquer agência.

  • Bloqueio: é possível bloquear o benefício previdenciário para realização de empréstimo consignado no site ou aplicativo meuinss.gov.br ou pelo telefone 135.
  • Cadastro no “não perturbe”: o beneficiário do INSS deve cadastrar os números dos telefones no site nãomeperturbe.com.br para evitar o recebimento de ligações.
  • Reclamação no Consumidor.gov.br e no Procon: se as ligações não cessarem, o beneficiário pode também registrar reclamação no site www.consumidor.gov.br para gerar estatística e identificar a instituição bancária que está desrespeitando o pedido de não perturbe. Além disso, recomenda-se registrar reclamação no Procon local.
  • Boletim de ocorrência: se não houve interrupção das ligações perturbadoras ou se for verificado que houve empréstimo consignado sem consentimento do beneficiário, também deverá registrar boletim de ocorrência para que sejam investigados crimes de acesso indevido a dados pessoais, bem como importunação e fraude.
  • Ação judicial: caso o empréstimo consignado não tenha sido efetuado pelo beneficiário, ele deverá procurar um advogado especializado para ingressar com pedido de liminar para suspender os descontos e dano moral por toda a dor de cabeça contra o INSS e a instituição financeira responsável. A advogada lembra que é importante destacar a importância de registrar as reclamações para que seja apurado como esses dados chegam aos bancos e quais estão cometendo as infrações.

Recomendações do Banco Central antes de contratar um consignado

  • Não faça qualquer pagamento adiantado para obter o empréstimo;
  • Pesquise e compare as taxas de juros e condições oferecidas por outros bancos. Em especial, repare no Custo Efetivo Total – CET, que resume o custo total da operação em percentual;
  • Verifique se o banco está autorizado a funcionar pelo Banco Central e se tem convênio com sua fonte pagadora; por exemplo, no caso dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS, se a instituição está conveniada com o INSS;
  • Nunca assine um contrato ou uma proposta de contrato em branco;
  • Não aceite a intermediação de pessoas com promessas de acelerar o crédito;
  • Não forneça o cartão magnético ou senha do banco a terceiros;
  • Lembre-se de que esse tipo de operação representa dívidas que poderão afetar sua renda pessoal e familiar futura, em razão do desconto mensal com o pagamento do empréstimo;
  • Caso queira fazer a transferência do contrato para outro banco, leia atentamente as informações sobre portabilidade de crédito.

Recomendações do INSS

  • Monitore os valores da aposentadoria e do empréstimo consignado no site Meu INSS.
  • Não contrate empréstimos pelo telefone.
  • Nunca dê seu CPF nem o número do cartão do INSS para quem quer que seja.
  • Leia com atenção cada documento antes de assinar.
  • Se algum dinheiro não esperado aparecer em sua conta, veja a origem e entre em contato com a instituição para devolver o valor recebido.
  • INSS não entra em contato por meio de mensagens de telefone ou aplicativos como WhatsApp, ligação ou e-mails para oferecer serviços de empréstimo consignado, nem envia motoboys para a casa dos beneficiários. Não devem ser passados, em nenhuma hipótese, dados como senhas e dados bancários.
  • As cláusulas desses acordos feitos entre o INSS e as instituições financeiras preveem que cabe aos bancos a adoção de cuidados para evitar o vazamento de dados, consignações fraudulentas e assédio comercial.
  • Em caso de fraudes ou em que não reconheça o empréstimo, o segurado deve procurar imediatamente a instituição financeira e registrar também sua reclamação no Portal do Consumidor (consumidor.gov.br), para fins de tratamento e exclusão de descontos.
  • O próprio beneficiário pode solicitar o bloqueio de contratação de operações de crédito consignado por meio do Meu INSS, site ou aplicativo ou pela Central 135, que funciona das 7h às 22h, de segunda a sábado.
  • O atendimento deste serviço será realizado à distância, não sendo necessário o comparecimento presencial nas unidades do INSS.
  • O segurado que se sentir ameaçado pode registrar reclamação na ouvidoria e um boletim de ocorrência na polícia.

Fonte: G1