Aumento da gasolina faz FGV elevar projeção da inflação para o mês de janeiro

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O reajuste de R$ 0,15 no litro da gasolina, nas refinarias, anunciado pela Petrobras e que começa a valer nesta quarta-feira (12), eleva a projeção da inflação para o primeiro mês de 2022.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) trabalhava com a marca de 0,3%. Com a decisão da estatal, o patamar subiu 33%, o equivalente a 0,1 ponto percentual, e agora está em 0,4%.

Apesar de o aumento anunciado pela Petrobras ser 4,85%, a previsão é de que, nas bombas, o impacto seja de 2%. Isto porque a gasolina comum para veículos, disponível nos postos de combustíveis, não é pura como a das refinarias.

Ela conta com 27% de etanol anidro, mistura obrigatória, imposta por lei.

Coordenador dos Índices de Preços da FGV, o economista André Braz destaca que o impacto em janeiro não será maior por causa da data em que foi anunciado o reajuste.

‘Como ocorreu quase na metade do mês, vamos captar em janeiro 50% do impacto deste aumento. Cada 1% de aumento da gasolina tem impacto de 0,07 ponto percentual na inflação daquele mês. E não estamos considerando o impacto do diesel, que onera o transporte público e o frete, porque é muito mais espalhado na economia e difícil de mensurar’, explica Braz.

O economista destaca ainda que o reajuste neutralizou a redução de preços da gasolina, anunciada em 15 de novembro, pela Petrobras. Na ocasião, o custo para as distribuidoras passou de R$ 3,19 por litro para R$ 3,09.

O preço do produto nos postos de combustíveis recuou nas últimas nove semanas consecutivas, de acordo com o Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a Associação Brasileira de Importadoras de Combustíveis (Abicom), o reajuste faz com que a Petrobras corrija a defasagem dos preços praticados em relação ao mercado internacional.

Até o anúncio, a entidade apontava que a diferença era de R$ 0,20 por litro, como destaca Sérgio Araújo, presidente da entidade.

‘Os reajustes já eram esperados pelo mercado, pois os preços praticados estavam muito abaixo da paridade de importação. A prática de preços alinhados ao mercado internacional é um compromisso da empresa com os seus acionistas e também com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)’, destaca.

Na terça-feira (11), o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial, que fechou 2021 com alta de 10,06%. Apontada como uma das principais vilãs do ano, a gasolina apresentou aumento médio de 46% ao longo dos últimos 12 meses, segundo dados do SLP/ANP.

Fonte: CNN Brasil

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Meta de inflação precisa subir para evitar juro muito alto, diz ex-BC

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Para lidar com choque de alta nos preços e evitar uma queda mais forte na atividade econômica, o Banco Central (BC) terá que ajustar a meta de inflação para cima em 2022 e para alguns anos pela frente.

Esta é a avaliação de Sérgio Werlang, ex-diretor de Política Econômica do BC, um dos autores do modelo de sistema de metas adotado no país em 1999.

A meta de inflação para este ano é de 3,50%, com intervalo de tolerância de 1,5pp para cima ou para baixo. O objetivo cai para 3,25% em 2023, e 3% em 2024, com a mesma banda de acomodação de choques inesperados.

Entre 2005 e 2018, a meta ficou estacionada em 4,5%, sendo cumprida com um resultado bem próximo apenas duas vezes, em 2007 e 2009.

‘A redução das metas virou uma armadilha para que o BC possa cumprir seu mandato. Com uma meta cadente, o Copom tem de ser mais duro do que deveria (aumentando juros). Agora, quando há uma explosão como a que estamos vivendo agora, ele terá que ser ainda mais conservador. Uma situação excepcional que justificaria uma revisão das metas’, disse Sérgio Werlang em entrevista exclusiva à CNN.

Werlang vem chamando atenção para o risco de o país conviver com metas de inflação tão baixas, na casa dos 3%, sem ter feito a reforma administrativa, condição fundamental para promover redução contínua dos gastos públicos.

O custo para o crescimento do PIB seguirá sendo alto por causa de uma taxa de juros muito maior para evitar o descontrole dos preços.

‘O argumento fiscal também é suficiente. Enquanto não houver equilíbrio consistente das contas públicas, a solução será o país ter mais inflação. Pode começar pelos salários dos servidores, fazendo com que o reajuste do funcionalismo seja feito apenas abaixo da inflação, já que não se pode demitir nem reduzir salários no setor público. Isso já ajudaria muito o Banco Central’, afirmou o ex-diretor do BC.

Sérgio Werlang, um dos autores pelo modelo de metas e responsável pela sua implementação em 1999, sugere que o objetivo de 2022 seja reajustado para 4,5% e para os próximos anos para 4%.

Ele lembra que a medida já foi tomada em 2003 e 2004 depois da crise de 2002, que levou IPCA a 12,5% naquele ano. A meta inicial para 2003 era de 3,25% e foi para 8,5% para evitar que taxa básica tivesse que subir até provocar uma recessão na economia.

‘Só vamos ter meta menor depois de fazer a reforma administrativa. Antes disso não dá para ter corte de custos, então não dá para ter inflação tão baixa. Temos que mexer nisso para não virar uma bola de neve. Depois da reforma, aí sim podemos estabelecer 3% como meta de inflação de longo prazo’, argumenta Werlang.

O ex-diretor do BC ressalva que dá para manter as metas como estão antes da aprovação da reforma.

O Copom teria que ‘escolher um número um pouco acima da meta’ e não ser purista com as regras do sistema. A coluna lembrou dos anos sob o mandato de Alexandre Tombini na presidência do BC de Dilma Rousseff, quando o objetivo da autoridade monetária passou a ser, não explicitamente, o chamado ‘teto da meta’, o indicador superior da banda de tolerância.

‘Dá para fazer, mas não é perfeito. O BC chegaria a um número um pouco acima da meta e sobe os juros para garantir esse objetivo’, argumentou.

Perguntei sobre o risco de perda de credibilidade se o BC repetir o erro de reduzir a transparência da política monetária.

‘O BC já perdeu um pouco desta credibilidade. Qual é o caminho mais rápido para recuperá-la? Eu não sei a resposta 100% certa, mas parece-me que a mais correta é alterar as metas de inflação e promover menor custo econômico para o país’, concluiu.

Fonte: CNN Brasil

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Farmacêuticos serão treinados sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave, Covid e gripe

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Diante do aumento do número de casos de gripe e o avanço da variante Ômicron do coronavírus, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, irá realizar uma webinar com orientações práticas aos farmacêuticos sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), covid-19 e gripe.

O objetivo é propiciar ferramentas aos profissionais para identificação de sintomas, orientação sobre o uso de medicamentos, mesmo os que não exigem prescrição, postura do profissional mediante um resultado positivo e negativo no teste.

Depois disso, como fazer o encaminhamento ao atendimento médico, notificação do resultado às autoridades sanitárias, entre outros, tendo em vista a crescente procura da população por testes rápidos e medicamentos.

Desde março de 2020, as farmácias são estabelecimentos de saúde habilitados à realização de testes rápidos para covid-19 e têm recebido alta demanda, o que tem causado inclusive falta de testes e medicamentos, entre eles antigripais.

Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), desde então, já foram realizados mais de 12 milhões de testes, sendo que mais de 2 milhões foram positivos.

Outra importante orientação para a população que será ressaltada aos farmacêuticos: enfatizar à população sobre o uso de antimicrobianos e antiparasitários, que não tem eficácia contra vírus.

Fonte: Jornal da Franca

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/sobe-para-22-o-numero-de-casos-da-omicron-registrados-no-amazonas/

Governo dará resposta à Anvisa sobre autotestes nesta semana

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou em novembro uma nota técnica à pasta debatendo os autotestes. Eis a íntegra (168 KB). A agência ainda aguarda uma resposta do ministério.

Doenças com notificação obrigatória às autoridades de saúde, como é o caso da covid-19, não podem ter autoteste. Uma resolução da Anvisa de 2015 os proíbe.

A resolução, no entanto, pode ter exceções caso sejam implementadas ‘políticas públicas e ações estratégicas’. Essas medidas precisam ser criadas pelo Ministério da Saúde e aprovadas pela agência.

O autoteste é um exame rápido de covid-19 que pode ser feito pela própria pessoa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital.

Queiroga defendeu o produto. ‘No momento em que precisamos aumentar a capacidade de testagem, a iniciativa privada e cada um dos brasileiros com sintomas gripais podem também se somar a iniciativa do governo federal’, disse.

Contudo, o ministro disse que seria necessário ações das farmácias. Disse que os locais de venda dos autotestes precisariam orientar como realizar o teste de forma correta e como notificar o resultado do teste para que seja contabilizado pelo ministério.

Queiroga não falou sobre ações que o próprio governo desenvolveria para orientar sobre o uso dos autotestes.

Culpa festas de fim do ano por alta de casos

‘É claro que as unidades básicas de saúde experimentam um número maior pacientes, isso é fruto das festas de final de ano’, afirmou Queiroga nesta 4ª. Ele afirmou que esses eventos ‘não foram de forma alguma estimulados’ pelo governo federal.

Apesar da fala de Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a virada de ano em Santa Catarina e causou aglomeração com apoiadores na cidade.

O ministro da Saúde defendeu a importância da 2ª dose e da dose de reforço por causa da ômicron. ‘Sabemos que os indivíduos que não têm o esquema vacinal completo têm mais chance de desenvolver formas graves da doença’, disse.

Afirmou estar preocupado com Estados do Norte e Nordeste com baixa cobertura vacinal. Citou Pará, Maranhão, Amazonas, o Amapá, Roraima e Tocantis. ‘No Pará nós assistimos um aumento no número de hospitalizações e de óbito’, afirmou.

Fonte: Poder 360

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Difusão de preços atinge recorde em dezembro

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O número de subitens que tiveram aumentos de preço em dezembro passado foi o maior para todos os meses desde o início da série histórica do IPCA, em agosto de 1999, segundo levantamento da LCA Consultores. No mês passado, 74,8% dos 377 subitens que compõem o indicador (que fechou com alta de 0,73%) registraram variações acima de zero.

‘É um recorde histórico’, afirma o economista Bruno Imaizumi, responsável pelo levantamento. Além dessa marca, mais da metade dos subitens (55,2%) tiveram os preços acelerados de novembro para dezembro. Foi o terceiro maior resultado da série histórica para esse quesito, perdendo apenas para setembro de 2020 (56,4%) e novembro de 2002 (56,2%). Esses números indicam que nunca a inflação esteve tão espalhada na economia. ‘A qualidade da inflação é ruim, o que é preocupante.’

Ele atribui esse espalhamento recorde de alta de preços a uma combinação de vários fatores. Um deles foi a interrupção das cadeias de produção provocada pela pandemia no Brasil e no mundo. Isso pressionou custos de produção e levou à escassez de matérias-primas e componentes, resultando no encarecimento de produtos. Um caso típico é a produção de veículos, cujos preços subiram acima da inflação no ano passado por falta de chips.

FOnte: Isto É Online

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Preços dos alimentos em 2021: veja a variação do prato feito e do cafezinho

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Alguns dos alimentos que mais subiram foram frango, ovos, carne bovina, café, açúcar e tomate, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados na terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O óleo de soja, por sua vez, que dobrou de preço em 2020, desacelerou alta no ano passado. E, por outro lado, o feijão e o arroz registraram queda no valor ao consumidor – o arroz chegou a disparar 76% em 2020.

No geral, a inflação dos alimentos desacelerou, ao passar uma alta de 14,09% em 2020, para 7,94% no ano passado.

Ainda assim, o elevado nível de desemprego e a queda da renda comprometaram o orçamento brasileiro, que fez substituições por produtos mais em conta ou até mesmo reduziu a qualidade do seu prato.

Veja a seguir por que os alimentos subiram e as tendências para 2022:

Frango e Ovos

O frango em pedaços (+29,85%) e o ovo (+13,24%) são as proteínas animais que mais tiveram alta, puxados por uma maior procura do consumidor, após a carne bovina ter se tornado um produto de luxo no país.

Outro fator foi o aumento do preço do milho, diante da quebra de safra provocada por uma seca. O grão vira ração para as aves.

COMO DEVE FICAR:

Os preços da carne de frango e do ovo devem continuar elevados em 2022, refletindo ainda uma maior procura por proteínas mais baratas frente à carne bovina.

Outra pressão pode continuar vindo do preço do milho. Os baixos estoques e a demanda aquecida pelo grão podem limitar a possibilidade de quedas expressivas nas cotações, segundo um relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).

Além disso, o governo diminuiu a projeção de colheita por causa da atual seca no Centro-Sul do país, segundo informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na terça (11).

Carne bovina

No campo, o preço do boi bateu recordes em 2021, refletindo uma baixa disponibilidade de animais prontos para o abate. A elevação dos preços do milho e da soja também encareceram os custos com ração, enquanto a forte seca no Centro-Sul diminuiu área de pasto.

A exportação também seguiu forte, puxada pela China, até o embargo do país asiático em setembro, que foi retirado em dezembro. A suspensão gerou até uma queda dos preços da carne no atacado em outubro e novembro, que não foi repassada ao consumidor pelos supermercados.

COMO DEVE FICAR:

O preço da carne bovina deve recuar, mas ainda vai se manter caro, “em um patamar ainda proibitivo aos consumidores”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, em entrevista ao g1, em dezembro.

Um dos motivos para isso é que o dólar valorizado em relação ao real ainda mantém o Brasil muito centrado nas exportações. Outro fator é a renda do brasileiro, que não tem conseguido acompanhar os fortes aumentos de preço na economia.

Açúcar

A disparada do preço do açúcar foi resultado da combinação de uma seca prolongada e de geadas nos meses de julho e agosto, que provocaram uma redução da colheita da cana-de-açúcar.

COMO DEVE FICAR:

A tendência é de estabilidade de preços até março e depois de leve queda entre abril a julho, quando a safra entra no ápice, diz o analista Maurício Muruci, do Safras & Mercados.

“Mas a queda tende a ser muito moderada, sendo que, mesmo com uma oferta maior de cana, as usinas devem escoar a oferta de açúcar aos poucos no mercado, para não pressionar negativamente os preços”, afirma.

Café

A seca e as geadas também deixaram o cafezinho mais caro, em um ano de colheita que, naturalmente, já seria mais baixa (em ano par, a safra alta, e, em ano ímpar, baixa).

A redução da produção do Brasil, maior fornecedor global, provocou ainda aumento no preço internacional do grão.

COMO DEVE FICAR:

A planta de café não se recupera tão rápido de fortes choques climáticos e, por isso, o ano de colheita alta, previsto para 2022, não deve ser tão bom quanto o esperado.

Diante desse cenário, os preços do grão no campo devem se manter altos.

Tomate

Após ter disparado 52,7% no ano passado, o preço do tomate subiu mais 18,6% no ano passado. A principal razão é que a cultura vem sofrendo uma redução da área plantada nos últimos dois anos, segundo explicou o pesquisador João Paulo Deleo, Cepea-Esalq/USP, ao g1.

“No início da pandemia, o produtor sofreu um baque tremendo nas vendas com o fechamento dos restaurantes e ficou com receio de plantar”, disse.

Além disso, a cultura do tomate sofre muito com incidência de pragas e doenças, o que faz com que o produtor não consiga plantar na mesma terra durante um bom tempo.

COMO DEVE FICAR:

Para o Cepea, o cenário para tomate não deve mudar tanto em 2022 e, portanto, os preços devem se manter nos mesmos patamares deste ano.

Há uma expectativa de aumento de área plantada do tomate voltado para a produção industrial e, se houver algum excedente, pode ser que algo acabe indo para o mercado de mesa. “Mas a tendência é de preços similares a 2021”, afirmou Deleo.

Óleo de soja

O óleo de soja foi um dos vilões da inflação de 2020 e seu preço dobrou (+103%) naquele ano em relação a 2019, devido a uma forte exportação que diminuiu a oferta interna.

Em 2021, porém, o produto teve uma alta bem menor, de 4,16%, continuando, por outro lado, ainda caro ao consumidor.

O preço do óleo de soja é muito sensível ao comportamento da safra do grão e, no ano passado, diferentemente do milho, a colheita de soja não foi impactada tão fortemente pela seca, sendo inclusive recorde, o que favoreceu queda de preços.

COMO DEVE FICAR:

Com a próxima safra do grão do Brasil se encaminhando para um novo recorde e com boas expectativas de colheita em outros países, há espaço para uma queda de preços maior dos derivados do grão, como o óleo de soja.

Arroz

O arroz ficou 16,88% mais barato para o consumidor. Essa queda nos preços, na realidade, representou uma correção e um retorno para os parâmetros pré-pandemia, explicou a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva.

Em 2020, houve uma alta de 76% do preço do produto por causa do aumento das exportações do grão. Contudo, no início de 2021, o setor acabou não embarcando tanto, pois a comercialização estava mais rentável internamente.

COMO DEVE FICAR:

Desde novembro, as exportações voltaram a tomar fôlego. Considerando isto, a diretora acredita que, em janeiro, o estoque de arroz brasileiro já não deve ser tão grande.

Ainda assim, o preço deve se manter estável, pois, em fevereiro, entra uma nova safra para ser considerada.

Feijão

Apesar de problemas na lavoura, como a seca, o preço do feijão carioca ao consumidor recuou por causa da baixa procura depois de o poder aquisitivo da população também declinar com a ausência do auxílio emergencial.

Além disso, o volume de feijão colhido em agosto, setembro e outubro foi o suficiente para abastecer o mercado até o fim do ano.

COMO DEVE FICAR:

Há expectativa de que o consumo de feijão aumente com a disponibilização do Auxílio Brasil para a população.

Por outro lado, o aumento do preço de insumos impactou a safra que é plantada em dezembro, o que pode ser sentido quando ela for comercializada.

Fonte: G1.Globo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/alimentos-da-cesta-basica-fecharam-2021-acima-da-inflacao-aponta-pesquisa-do-nupes/

Alimentos da cesta básica fecharam 2021 acima da inflação, aponta pesquisa do Nupes

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Os alimentos da cesta básica tiveram alta acima da inflação em 2021. Na liderança dos preços está o café, que teve 70% de aumento. A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial do país, fechou 2021 em 10,06%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa foi feita pelos pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes), da Universidade de Taubaté (Unitau). De acordo com os dados, o ano de 2021 foi o segundo consecutivo com o maior índice de alta entre os alimentos da cesta básica, com 13% de aumento, seguido por 2020, quando a taxa foi de 18%.

Na prática, uma família precisa de R$ 2.298,60 para garantir a alimentação básica, limpeza e higiene. O valor é quase duas vezes maior que o novo salário mínimo, que é de R$ 1.212. Além do café, entre os produtos que puxaram a alta estão o açúcar refinado, o frango e ovos.

Com produtos mais caros, mas sem mudanças radicais no cenário de desemprego e redução do poder de compra, as pessoas passaram a mudar o prato para adaptar a alimentação ao bolso. O movimento também fez com que, com a maior procura, alguns alimentos tivessem disparado o preço, que foi o caso do ovo – considerado como uma opção para substituir a carne nas refeições, mas que teve aumento de 18%.

Veja a lista de alimentos com maior alta na região:

Vilões da inflação no Vale

Alimentos Preço Variação com relação a 2020

Café R$ 16,30 70,32%

Açucar R$ 4,23 51,07%

Frango R$ 11,51 39,68%

Ovos R$ 8,23 18,08%

Leite R$ 4,62 15,79%

Acem R$ 33,23 12,57%

Óleo de soja R$ 8,36 7,32%

Fonte: Nupes/Unitau

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Por que subiram?

No caso da alta do café, a seca e as geadas também deixaram ele mais caro, em um ano de colheita que, naturalmente, já seria mais baixa – em ano par, a safra alta, e, em ano ímpar, baixa. A redução da produção do Brasil, maior fornecedor global, provocou ainda aumento no preço internacional do grão.

O clima é o mesmo responsável pela alta no açúcar, de 51%. A combinação de uma seca prolongada e de geadas nos meses de julho e agosto, que provocaram uma redução da colheita da cana-de-açúcar, o que fez subir o preço do produto no mercado.

O frango, que teve alta de 39%, e o ovo, 18%, foram as proteínas animais que mais tiveram alta, reflexo da procura do consumidor, após a carne bovina ter se tornado um produto de luxo no país. Outro fator foi o aumento do preço do milho, diante da quebra de safra provocada por uma seca. O grão vira ração para as aves.

Fonte: G1.Globo

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Justiça condena DF por morte de bebê após superdosagem de medicamento em hospital público

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A Justiça condenou o governo do Distrito Federal a indenizar a mãe da criança Gabrielly Tauane Rabelo Sousa, de 9 meses, que morreu por intoxicação de medicamentos no Hospital Regional de Planaltina (HRP). A decisão prevê o pagamento de R$ 60 mil, por danos morais.

O GDF também foi condenado a pagar pensão mensal no valor de dois terços de um salário mínimo, no período em que a vítima teria entre 14 e 25 anos. Depois disso, a indenização passa a ser de um terço do salário, até a data em que a menina completaria 65 anos.

A decisão é da juíza Mara Silda Nunes de Almeida, da 8ª Vara da Fazenda Pública do DF. A Procuradoria-Geral do DF informou que vai recorrer da sentença. No mesmo dia, outro bebê, Paulo Henrique Siqueira dos Santos, de 5 meses, também morreu por superdosagem de antibiótico na unidade.

Em ambos os casos, o medicamento foi prescrito pela médica Glaydes José Leite, que acabou condenada em 2015 por homicídio culposo, sem intenção de matar, e a pagar R$135 mil a família de cada uma das vítimas ().

Superdosagem

No processo, a mãe de Gabrielly contou que a filha deu entrada na unidade de saúde em 28 maio de 2012, com indícios de pneumonia. A menina precisou ficar internada e começou a passar mal depois de tomar o antibiótico.

No dia 1º de junho do mesmo ano, a criança teve um mal súbito e morreu. Segundo laudo de exame de corpo de delito, a dosagem adequada para uma criança de 7,7 quilos seria de, no máximo 10mg por quilo, por dia, ou seja, 77mg por dia. No entanto, a quantidade receitada foi muito maior.

“A dosagem prescrita foi de 1.000mg que é equivalente a 12,98 vezes a dosagem adequada para o caso, representando 129,87mg/kg/dia. Tal dosagem é extremamente elevada e de alto potencial letal”, apontou o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Ainda de acordo com o documento, a aplicação do remédio nas veias, “até para pessoas adultas se restringe a 500mg/dia de forma que fica nítido que uma dosagem de 1.000mg para uma criança de apenas 7,7 kg é bastante elevada”.

Decisão da Justiça

No processo em que foi condenada, a médica alegou que o erro foi causado por uma combinação de fatores, como desatenção de outros servidores. Ela fez um acordo com a família da criança e, segundo o advogado José Gomes da Silva Neto, que a representa, “está cumprindo com o acordo de pagamento”.

Por isso, nesta ação, o GDF sustentou “que já houve reparação do dano, uma vez que a autora e a médica que prescreveu a medicação celebraram acordo”. Porém, ao analisar o caso, a juíza Mara Silda Nunes de Almeida apontou depoimentos de outros servidores. Eles disseram que, no dia da morte da criança, “o hospital estava muito além da sua capacidade de atendimento”.

Ao invés de cinco médicos pela manhã, como era previsto, apenas três profissionais estavam escalados para o plantão. Um deles ainda adoeceu. No dia, apenas uma enfermeira cuidava de todo o hospital e, portanto, uma técnica de enfermagem aplicou as dosagens indicadas pela médica.

Também ficou constatado que o Hospital Regional de Planaltina estava sem farmacêutico, profissional responsável pela liberação e entrega de medicamentos, “o que demonstra falha na gestão do réu’.

Na decisão, a magistrada destacou que “entre a prescrição errônea e a administração do medicamento passaram-se algumas horas e havia tempo hábil para perceber e sanar o erro, evitando-se assim a morte de duas crianças, mas a insuficiência de profissionais impediu que isso ocorresse”.

“O prejuízo moral da autora é inquestionável e decorre da perda do ente querido, o que configura um dano passível de reparação”, concluiu a juíza.

Fonte: G1.Globo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/justica-pode-obrigar-vacinacao-de-criancas-contra-a-covid-em-caso-de-recusa-dos-pais-defende-advogada/

CMED divulga fatores do reajuste anual de preço de medicamentos

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O Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu em 0% o valor do fator de produtividade (Fator X) referente ao reajuste de preços de medicamentos para o ano de 2022. De acordo com o órgão regulador, que promoveu uma reunião extraordinária na segunda-feira (10/1), o Fator X é estabelecido ‘a partir da estimativa de ganhos futuros de produtividade das empresas que compõem a indústria farmacêutica no país”.

Com isso, o fator de ajuste de preços relativos intrassetor (chamado de Fator Z) também terá valor igual a zero, conforme preveem as regras da CMED que estabelecem os critérios de composição de fatores para o ajuste de preços de fármacos.

De acordo com uma nota técnica elaborada pela Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia, que compõe o Comitê Técnico-Executivo da CMED, as séries e previsões observadas e que influenciam o cálculo do Fator X indicam uma variação negativa estimada de -1,5% na produtividade da indústria para o período de julho de 2021 a junho de 2022.

Conforme a concepção teórica do esquema regulatório mundialmente conhecido como price-cap (sistema de preço máximo), o Fator X deve gerar incentivos às empresas e ao setor regulado para buscarem ganhos de produtividade de forma organizada, não devendo assumir valores negativos, pois, neste caso, os incentivos seriam perversos: as empresas menos produtivas seriam beneficiadas com aumentos de preços.

Com base nessa metodologia, quando o modelo econométrico, que permite cálculos matemáticos, gerar previsões de queda no Índice de Produtividade do Trabalho do Setor Farmacêutico, o Fator X deve ser igual a zero.

‘Vale lembrar que, conforme determina a Lei 10.742/2003, o Fator X é apenas um dos fatores que compõem a fórmula do ajuste anual do preço de medicamentos, que ocorre em 31 de março de cada ano, tendo por base os seguintes componentes: índice de preços (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA); fator de produtividade (Fator X); fator de ajuste de preços relativos entre setores (Fator Y); e fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Fator Z)’, explicou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A CMED ressaltou que o modelo de regulação de preços adotado visa proteger os interesses dos consumidores de medicamentos, evitando reajustes muito acima da inflação (medida pelo IPCA). ‘Ao mesmo tempo, visa também garantir a viabilização de medicamentos no mercado por parte das empresas produtoras ou importadoras, sendo considerado como um modelo regulatório de incentivo. Isso porque permite ajustes maiores para empresas ou segmentos mais eficientes, estabelecendo ajustes de preços mais baixos para empresas ou segmentos que apresentam menor eficiência’, complementou.

Fornecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA é aplicado à fórmula de acordo com o acumulado no período de 12 meses anteriores à publicação do ajuste de preços. Por sua vez, o Fator Z assume três valores diferentes, conforme o grau de concentração de mercado.

Fonte: Correio Braziliense


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Cannabis pode impedir que humanos tenham covid-19, diz estudo

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Um estudo publicado nesta quarta-feira (12/1) no periódico científico Journal of Natural Products pode ser um grande passo na busca por um antiviral contra o novo coronavírus. É que pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, encontraram um par de ácidos canabinóides capaz de se ligar à proteína spike e impedir que o SARS-CoV-2 infecte células humanas.

Essa proteína é a principal porta de entrada do vírus nas células e, também, uma das maiores ameaças em variantes mais recentes, como a Ômicron, por exemplo. Assim, um medicamento que conseguisse se ligar a ela seria de grande ajuda para o sistema imune do hospedeiro e impedir que ele desenvolva a covid-19. Essa é uma estratégia-chave na ciência farmacêutica para combater diversos tipos de vírus. Com relação ao novo coronavírus, é a mesma abordagem das atuais vacinas e das terapias de anticorpos, ainda em desenvolvimento.

‘Qualquer parte do ciclo de infecção e replicação é um alvo potencial para intervenção antiviral, e a conexão do domínio de ligação do receptor da proteína spike ao receptor ACE2 da superfície da célula humana é um passo crítico nesse ciclo’, explicou Richard van Breemen, pesquisador do Centro Global de Inovação em Cânhamo do Estado de Oregon, Faculdade de Farmácia e Instituto Linus Pauling.

A vantagem desses compostos é que eles apresentam poucos riscos e são facilmente encontrados na planta conhecida como cânhamo e em muitos de seus extratos. Compostos de cânhamo já estão presentes em produtos industriais cosméticos, loções corporais, suplementos dietéticos, além do uso na produção de ração animal e de alimentos.

‘Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da maconha, e têm um bom perfil de segurança em humanos. E nossa pesquisa mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul’, explicou van Breemen em entrevista ao site especializado EurekaArlet.

Assim, a produção e administração de um possível medicamento teria poucas barreiras pela frente. ‘Esses compostos podem ser tomados por via oral e têm uma longa história de uso seguro em humanos’, disse van Breemen. Ele também detalhou como funciona o par de ácidos encontrado. ‘Eles têm o potencial de prevenir e tratar a infecção por SARS-CoV-2. CBDA e CBGA são produzidos pela planta de cânhamo como precursores de CBD e CBG, que são familiares a muitos consumidores. No entanto, eles são diferentes dos ácidos e não estão contidos nos produtos de cânhamo.’

O próximo passo da equipe é conseguir financiamento para novos estudos e desenvolvimento do medicamento.

Fonte: Correio Braziliense


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