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Mais de 50% dos brasileiros entre 16 e 25 anos tem o vírus HPV

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Com pouca informação, grande parte da população possui o vírus e não sabe

Publicado em 15/02/2019 15h22

Última atualização em 15/02/2019 15h22241

JADE RICHOPO
Especial para o Rudge Ramos Jornal*

Uma pesquisa feita pelo Ministério público no segundo semestre de 2018, mostrou que mais de 50% dos brasileiros entre 16 e 25 anos possuem o vírus do HPV e 38% dos infectados registram um dos tipos mais perigosos, capaz de causar câncer.
O vírus do Papiloma Humano, mais conhecido como HPV, é um grupo de vírus propagado sexualmente pelo contato da pele infectada.
O uso da camisinha e também a vacinação são as formas mais eficazes de prevenção da doença, mas isso não exclui o risco do contágio, já que para o vírus se propagar basta o contato com feridas nos órgãos sexuais contaminados, por exemplo. 

A ginecologista, de Santo André, Fernanda Albuquerque, 43 comenta que o número tão grande de casos, é explicado pela falta de orientação sobre a doença e educação sexual para os adolescentes, Fernanda também ressalta que, depois da contaminação, o vírus nunca mais sai do organismo, mas pode ficar incubado, sem se manifestar por anos. Por isso, é muito importante que exames preventivos sejam feitos regularmente, explica a doutora “então, sempre que tem o diagnóstico de HPV, você tem que fazer os controles certinhos com o ginecologista, no mínimo uma vez por ano, por toda a vida”. 

Nas mulheres, as mudanças normalmente são internas como o aparecimento de manchas na parede do útero, que são detectadas em exames como o Papanicolau. 

O HPV deve ser investigado e avaliado, pois em alguns casos pode causar o câncer de colo de útero, pescoço, cabeça e garganta. 
Carolina Rezende, 23, advogada em São Bernardo, conta que descobriu que possuía o vírus no inicio de 2017 na realização dos seus exames de rotina no ginecologista. Carolina conta que não tinha tomado a vacina de prevenção, nem usava preservativo nas suas relações e que, após o descobrimento, faz exames regularmente. “Não fiz mudanças na minha vida, mas preciso fazer o exame preventivo de 6 em 6 meses.” A advogada diz que não acha a campanha contra a doença eficaz “o assunto não é bem divulgado. Assim como acredito que falte divulgação acerca da necessidade de fazer o preventivo regularmente. Eu já tinha esse costume, então, descobri bem no início, não tive nenhum prejuízo causado pelo vírus, mas quem não tem o habito pode só descobrir quando ele já está se manifestando, com o aparecimento de verrugas e tudo mais…”.

O estudante de Santo André, G.N de 20 anos descobriu que possuía HPV faz um ano, indo ao urologista, por conta do aparecimento de verrugas”. O estudante explica que não usava preservativos nas suas relações, mas que depois do descobrimento começou a fazer o uso, e que os meninos não são alertados nem orientados sobre a doença, “Eu acho que devemos ter a mesma frequência de consultas e visitas ao urologista que as mulheres no ginecologista” G.N comentou que os meninos não são incentivados a ir ao urologista “…minha primeira consulta com especialista foi com 18 anos, só depois de 4 anos da minha iniciação sexual ativa”. O estudante já passou por 3 cauterizações de verrugas e explicou que sempre que algo aparece, retorna ao médico. 

A campanha de vacinação do HPV é feita pelo SUS a 4 anos e é considerada a forma mais eficaz de prevenção, a vacina previne contra 5 tipos do vírus e diminui 98% o aparecimento de verrugas. 
A campanha voltou a ter força a partir de 2016, o foco são meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 13. Na rede privada outras pessoas de todas as faixas etárias podem tomar a vacina.

*Esta reportagem foi produzida por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo

Fonte: Rudge Ramos Online

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/04/24/vacina-contra-hpv-diminuiu-as-taxas-de-cancer-de-colo-de-utero-em-89/

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