De acordo com a Reuters, um medicamento para emagrecer da Pfizer pode se tornar realidade em breve. O danuglipron, remédio oral de ingestão diária, deve avançar para os ensaios clínicos ainda neste ano. As informações são do SIC Notícias.
O fármaco não é exatamente uma novidade. Anteriormente, a farmacêutica já havia trabalhado com uma versão cuja posologia seria de dois comprimidos ao dia, mas acabou desistindo. O projeto foi paralisado pela alta incidência de efeitos adversos, como náuseas e vômitos.
Mas, ainda no ano passado, a companhia anunciou que retomaria os estudos, só que para uma nova versão. O produto seria uma inovação para o mercado, que ainda é muito cercado pelo uso off label e cujas opções costumam ser pouco acessíveis e de administração semanal por meio de canetas aplicadoras.
Medicamento para emagrecer da Pfizer deve passar por testes “robustos” no segundo semestre
De acordo com a publicação, o objetivo da Pfizer é intensificar os testes já no segundo semestre de 2024. Apesar da expectativa, o laboratório não divulgou um cronograma para o estudo.
Até o momento, o medicamento foi ministrado a 1,4 mil voluntários. A dose única diária não causou alterações nas enzinas empáticas e facilitou a manutenção do tratamento.
Novo mercado seria “salvação” para a Pfizer
Vivendo um momento delicado com o arrefecimento da Covid-19, a Pfizer, que foi umas das principais fabricantes de imunizantes para a doença, viu seus números caírem. Agora, com a chance de contar com um medicamento para emagrecer em breve, a situação parece mais confortável.
Afinal, se o mercado de emagrecedores já está aquecido, ele só tende a crescer nos próximos anos. Segundo analistas consultados pela agência de notícias, mais de US$ 150 bilhões (cerca de R$ 815 bilhões) devem ser movimentados anualmente em 2030.
Por enquanto, a farmacêutica ainda segue apertando o cinto. A expectativa é que, até 2027, mais de R$ 7 bilhões em gastos sejam cortados na companhia. A redução de despesas faz parte do programa plurianual apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em maio.