A venda de medicamentos em supermercados é um assunto recorrente nos últimos anos. Com um novo governo, o varejo alimentar deseja o apoio do presidente Lula para transformar os medicamentos em mercadoria. As informações são da Folha de S. Paulo.
O Projeto de Lei (PL) que poderia autorizar a pratica está parado no Congresso e a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) deseja o auxílio do Executivo para destravar a pauta.
No ano passado, em duas ocasiões foi pedida a urgência na avaliação do PL, mas, em ambas as vezes, o pedido foi negado. As farmácias foram de suma importância para garantir que medicamentos em supermercados sejam só um desejo, e não uma realidade.
Medicamentos em supermercados são “sordidez contra a saúde pública”
A Abrafarma foi uma das entidades a levantar a bandeira contrária aos medicamentos em supermercados. A época dos pedidos de urgência, a associação chamou de “sordidez contra a saúde pública” o movimento orquestrado pelo varejo alimentar.
A entidade chegou a lançar uma campanha de combate a proposta. “A saúde dos brasileiros não pode ser cuidada pela vendinha da esquina”, criticou Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
De autoria do deputado Glaustin Fokus (PSC-GO) e com Adriana Ventura (Novo-SP) como relatora, o Projeto de Lei 1774/19 permitiria a comercialização dos MIPs em supermercados e também em estabelecimentos similares.
Até quitandas estariam habilitadas para a venda, sem nenhuma previsão de uma farmácia dentro do estabelecimento ou da presença obrigatória de um farmacêutico para assistência ao consumidor.
Sob intensa pressão do setor supermercadista, os defensores da proposta argumentam que é necessário ampliar o acesso a esses remédios e baratear os preços a partir do aumento da concorrência.
