Escolher a melhor hora para tomar remédio parece, à primeira vista, uma decisão muito fácil. Mas, na verdade, não é bem assim. Cada medicamento apresenta suas particularidades e age de maneira mais efetiva em determinadas condições.
O farmacêutico tem um papel vital nessa fase preliminar do tratamento, caso o médico não tenha esclarecido todas as dúvidas do paciente. Uma terapia realizada de maneira correta produz efeito mais rápido, o que, por si só, já ajuda o paciente a incorporá-la à sua rotina.
A maneira correta de se tomar um determinado fármaco tem um nome técnico próprio: posologia.
Posologia define a melhor hora para tomar remédio
Existem dois documentos que você deve levar em conta na hora de escolher a melhor hora para tomar remédio. O primeiro deles é a prescrição médica, também conhecida popularmente como receita.
Na receita, o profissional da saúde já deve orientar o paciente sobre como tomar aquele medicamento. Usualmente, ele dará indicações sobre o tratamento, mas também pode indicar sugestões de hora para toma-los.
O mais comum é que sua receita esteja como um desses exemplos:
- 1 comprimido pela manhã/tarde/noite
- 1 comprimido duas (ou mais) vezes por dia
- Tomar de 8 em 8 horas (ou outras variações temporais)
O segundo documento a se levar em conta é a bula do remédio. Nela você encontrará o tópico “posologia”, que te dará todos os detalhes para o tratamento com determinado medicamento.
Não somente ela irá te dizer quantas vezes por dia você deve tomá-lo, como também outras questões:
- É indicado jejum ou não
- Pode ou não tomar com outro líquido que não água
- Pode ou não tomar com outro medicamento
Seguindo essas orientações, você maximiza os resultados da terapia, pois respeita as melhores condições de absorção e metabolização do químico. Com essas informações em mente, chegou a hora de sentar na frente do relógio, pegar sua agenda e preparar sua rotina.
Uma vez por dia (24 horas)
Escolher a melhor hora para tomar remédio de uso diário costuma ser fácil. Isso porque, inicialmente, basta apenas decidir quando é mais cômodo para você. Mas antes de bater o martelo, lembre-se de checar a bula.
Por vezes, em seu dia a dia, é mais tranquilo tomar o medicamento à noite, mas ele precisa ser ingerido em jejum. Ou então o químico causa sono e você deseja toma-lo pela manhã. Por isso, leia a bula sempre.
Duas vezes ao dia (12 em 12 horas)
O esquema de 12 em 12 horas exige que você tome o remédio duas vezes no dia. Para saber quando você tomará o próximo comprimido, basta inverter o horário, ou seja, se tomou o primeiro às 10h da manhã, o segundo será às 10h da noite (22h), e assim por diante.
Três vezes ao dia (8 em 8 horas)
Agora a situação já começa a ficar um pouquinho mais complexa. Isso porque, na hora de determinar os horários, você precisa redobrar sua atenção para evitar ter que acordar no meio da noite ou madrugada.
Uma sugestão é tomar a primeira dose nas primeiras horas da manhã (6 ou 7h) e a segunda no meio da tarde (14 ou 15h), pois assim a última dose ficará para o fim da noite (22 ou 23h).
Quatro vezes ao dia (6 em 6 horas)
Conforme o intervalo entre os comprimidos diminui, mas difícil fica escolher a melhor hora para tomar remédio.
Com quatro doses diárias, ainda dá para ter uma noite de sono relativamente tranquila, mas você terá que seguir a rotina a risco. O primeiro comprimido deve ser tomado ali por volta das 6h. A partir daí, as doses serão, respectivamente, às 12h, 18h e 24h.
Seis vezes ao dia (4 em 4 horas)
Agora não tem mais jeito. Programe o despertador por que você terá que acordar no meio da madrugada. Mesmo que você comece o tratamento às 6h, repetirá as doses outras cinco vezes: 10h, 14h, 18h, 22h e 2h.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
