A MSD decidiu recorrer da decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde (Conitec), que vetou o uso de um medicamento contra Covid na rede pública.
A farmacêutica norte-americana pleiteia a incorporação do antiviral molnupiravir no rol de tratamentos para pacientes com diagnóstico de coronavírus. A distribuição no SUS seria possível a partir do acordo de cooperação técnica com a Fiocruz/Farmanguinhos.
O contrato firmado em abril prevê a transferência de tecnologia para a produção do medicamento. O laboratório público ficaria responsável pela fabricação e fornecimento do antiviral, enquanto ambas as farmacêuticas desenvolveriam também estudos sobre o uso do remédio para casos de chikungunya e dengue.
Líder da empresa surpreso com veto a medicamento contra Covid
Em entrevista ao portal JOTA, o presidente da MSD no Brasil, Hugo Nisenbom, se disse surpreso com o veto da Conitec ao medicamento contra Covid. Para o executivo, a decisão retira uma alternativa de acesso a medicamentos para pacientes com quadro leve a moderado e que não estejam hospitalizados. Além disso, ele ainda vê riscos para a continuidade do acordo de cooperação técnica.
A Conitec negou a inclusão do antiviral sob a alegação de não haver evidências suficientes sobre a segurança do medicamento, embora a Anvisa tivesse aprovado sua aplicação em caráter emergencial – mas com foco em pacientes vulneráveis.
Nisembom ressaltou que o molnupiravir estará disponível para comercialização no mercado privado a partir de outubro.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
