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O choque dos juros

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Como havia prometido, o Banco Central deu um choque nos juros para conter a inflação, que já ameaça romper o teto da meta para este ano. Mas o setor produtivo sentiu – e reagiu – imediatamente à intensidade da medida, considerada precipitada por uns e exagerada por muitos.

Após seis anos de queda, a Selic subiu 0,75 ponto percentual – acima das expectativas do mercado financeiro -, e o Comitê de Política Econômica sinalizou que um aumento semelhante pode ocorrer na próxima reunião, em maio, elevando a taxa básica de juros a 3,5%, retroagindo a patamares de um ano atrás.

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Para tomar a decisão, os técnicos do Banco Central se basearam no cenário promissor da virada do ano. No quarto trimestre do ano passado, o PIB avançou 3,2%, com um bom impacto do consumo das famílias e do governo. Em janeiro deste ano, o país havia criado 260 mil empregos formais, no melhor resultado para o mês em 30 anos. O preço, porém, foi um IPCA de 5,2% em 12 meses, 0,05 ponto percentual abaixo do teto da meta para este ano.

Há dúvidas, contudo, sobre como a economia vai reagir ao colapso da rede hospitalar e à disparada da pandemia, que demandou medidas extremas de isolamento social e lockdown. Ontem, a CNI divulgou que a produção industrial manteve a tendência de queda e que apenas 69% da capacidade instalada estava sendo empregada no mês passado. Além disso, os baixos estoques atuais demandam crédito financeiro que ainda é escasso e, com a nova Selic, se tornará mais caro.

A solução do dilema entre inflação e crescimento dependerá do olhar atento e do acompanhamento severo dos índices pelo BC e de nunca ignorar a máxima de Paracelso (1493-1541): ‘a diferença entre o remédio e o veneno é a dose’.

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