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Pague Menos anúncia saída de VP de supply chain

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Pague Menos

A Pague Menos informou a saída de Marcos Colares, vice-presidente comercial e supply chain. O anúncio oficial se deu por meio de um comunicado interno ao qual o Panorama Farmacêutico teve acesso.

Segundo apurações da redação, os efeitos da falta de medicamentos para a terceira maior rede do varejo farmacêutico nacional contribuíram para essa decisão.

De acordo com o texto, o desligamento é efetivo a partir de quinta-feira, dia 20. A varejista agradeceu a dedicação do executivo, que chegou à empresa em 2019.

Pague Menos
Marcos Colaress deixará vice-presidentecia comercial e de supply chain

As áreas, agora, serão lideradas por profissionais da companhia. O vice-presidente de operações, real state e gente, José Rafael Vasquez, e o vice-presidente financeiro, RI e M&A, Luiz Novais, acompanharão a operação.

A rede divulgou o seguinte posicionamento:

“A Pague Menos e a Extrafarma comunicam oficialmente a saída de Marcos Colares da Companhia. Colares ocupava o cargo de Vice-Presidente Comercial e Supply e desempenhou um papel crucial nas empresas ao longo de quase quatro anos, contribuindo significativamente durante sua jornada. A Pague Menos e a Extrafarma expressam sinceros agradecimentos a Marcos Colares por sua dedicação durante todo o período em que esteve nas empresas.

Alinhada às suas práticas transparentes e de comunicação responsável com seus stakeholders, a organização informará devidamente a todos quando houver definição de um novo nome para ocupar a Vice-Presidência Comercial e Supply.”

Pague Menos sofre com prejuízo financeiro e desabastecimento

A Pague Menos tem na saída de Colares mais um indicativo de tempos difíceis que afligem parte do varejo farmacêutico. A falta de medicamentos, problema que pautou a agenda do setor em 2022, também comprometeu as operações e a gestão de supply chain. E a rede atribuiu o cenário à indústria.

Segundo Luiz Novais, fornecedores teriam destinado à Pague Menos somente metade do que a rede demandou para absorver os estoques necessários para as lojas que a empresa incorporou após a compra da Extrafarma. Mas um detalhe: esse valor de R$ 180 milhões já representou o dobro do que a varejista estimou antes de concluir a aquisição.

Para conter impactos da falta de medicamentos, a Pague Menos investiu em negociações com a indústria para estender prazos de pagamento. Dos 24 dias acordados no quarto trimestre de 2021, o limite passou para 34 dias nos três últimos meses de 2022.

Mas aparentemente, não só esse desabastecimento motiva esse alongamento. A rede se viu obrigada a aprimorar o controle sobre as despesas após pagar R$ 737,7 milhões pela Extrafarma. A aquisição fez dobrar a alavancagem da dívida, que saltou de R$ 535,5 milhões para R$ 1,1 bilhão em um intervalo de apenas 12 meses.

Primeiro prejuízo em três anos

Para completar, pela primeira vez em três anos a varejista apresentou prejuízo. Em paralelo, foi anunciada uma redução no plano de abertura de lojas.

No balanço da companhia referente ao primeiro trimestre, a Pague Menos anunciou prejuízo líquido de R$ 55,3 milhões, bem distante dos R$ 24,4 milhões de lucro dos três primeiros meses do ano passado. E longe também dos R$ 192 milhões de lucratividade da Raia Drogasil.

Em entrevista ao Exame In, Luiz Novais definiu o cenário como “mais um efeito pontual do que regra para o restante do ano”. Os fatores que teriam motivado esse prejuízo incluem o aumento das despesas de marketing e custos operacionais associados à aquisição da Extrafarma.

Mas especialistas ouvidos pelo Panorama Farmacêutico dizem que esse pode não ser um caso tão isolado assim. Isso porque a projeção inicial de novas lojas para este ano era de 60 e agora despencou para 20.

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