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Pandemia estimula colaboração sem precedentes entre fabricantes de vacinas

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O mercado farmacêutico é um dos mais competitivos do mundo, mas, com a urgência em atender a demanda e conseguir entregar as vacinas contra a covid-19 para os países, as indústrias e os laboratórios não tiveram outra saída a não ser unir esforços para escalar a produção.

“Antes da Covid, você não via muito isso, porque as empresas protegem bastante sua propriedade intelectual”, diz Michael Haycock, diretor sênior da Informa Pharma Intelligence.

Esta semana, a farmacêutica francesa Sanofi anunciou que ajudará a BioNTech na fabricação de 125 milhões de doses do seu imunizante – desenvolvido em parceria com a Pfizer – para a União Europeia. Uma (boa) supresa, afinal, as duas companhias são concorrentes diretas.

E elas não foram as únicas a se juntar. A AstraZeneca vai trabalhar em conjunto com a JCR Pharmaceuticals, do Japão, e o Serum Institute of India, da Índia, para acelerar o ritmo, depois das críticas sobre a demora em produzir as doses para a UE. A Moderna, por sua vez, fez uma parceria com o Lonza Group AG, da Suíça, para produzir vacinas, e já adiantou que procura mais parceiros.

No passado, aponta o portal Quartz, as farmacêuticas até trabalhavam umas com as outras, mas, no geral, apenas em pesquisa e desenvolvimento. Antes da pandemia, cerca de 300 delas se uniram para encontrar novas terapias para a tuberculose e doenças tropicais negligenciadas. Muitas patologias foram estudadas, mas sempre em caráter de pesquisa.

Mas, diante da pandemia, isso não basta, pois um passo crucial na prevenção da covid-19 é distribuir vacinas para bilhões de pessoas e o mais rápido possível – as empresas individuais não serão capazes de expandir suas operações para atender a essa demanda por conta própria.

Diante desse cenário, muitas entenderam que precisam dar as mãos e descobrir como usar o equipamento existente para pivotar a fabricação de vacinas dos concorrentes, como estão fazendo, por exempo, Sanofi e BioNTech.

Normalmente, as considerações de lucro impossibilitam esse tipo de joint venture. O mundo das farmacêuticas funciona da seguinte forma: quando uma fabrica um novo medicamento, uma patente, geralmente, lhe concede direitos exclusivos. Isso permite recuperar o custo de pesquisa e desenvolvimento e obter lucro. Caso compartilhe com outra empresa, essa ação reduziria a receita.

Com as vacinas, o processo não é muito diferente, apesar de sua produção ser ainda mais complexa. Porém, durante a pandemia de covid-19, as farmacêuticas não tiveram outra escolha a não ser dividir a capacidade de fabricação. Resta agora aguradar como será depois que a crise passar, se elas voltarão a focar no modelo anterior, ou seja, no lucro, ou se seguirão colaborando umas com as outras.

Fonte: Portal Época Negócios

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/30/as-10-maiores-fusoes-da-industria-farmaceutica-em-2020/

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