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Para criar vacina contra a malária, startup cria guilhotina para mosquitos

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De acordo com a Unicef, 440 mil pessoas morreram por conta da malária em 2016. Apesar de a doença já ser conhecida há décadas, ainda não foi desenvolvida uma vacina totalmente eficiente contra ela. Agora, uma startup norte-americana assumiu o desafio de buscar uma solução contra o mal de uma forma inusitada: a Sanaria, que criou uma guilhotina contra os mosquitos causadores da doença.

A empresa, vale dizer, não criou a guilhotina para exterminar os insetos. Na verdade, a startup precisa extrair o parasita que vive dentro dos mosquitos para criar as vacinas. A “máquina de matar”, portanto, acelera este processo.

Em boa parte dos casos, as vacinas usam versões “desativadas” dos organismos que causam as doenças. Por exemplo, o remédio contra a gripe tem vírus inativos da doença, que forçam os pacientes que recebem a vacina a gerar anticorpos, que defendem o corpo contra a enfermidade.

No caso da malária, a dificuldade é maior. Para criar a vacina, os pesquisadores precisam extrair os protozoários que causam a doença sem que eles tenham lesões. Além disso, eles precisam receber uma dose de radiação para neutralizá-los.

O processo de extração do parasita é complexo e lento. Antes da criação da guilhotina, cada mosquito era decapitado individualmente. Agora, a criação permite que 30 animais sejam mortos de uma só vez.

O passo seguinte é dissecar os mosquitos, retirar suas glândulas salivares e encontrar o parasita, localizado nesta região do corpo dos animais.

Para desenvolver a guilhotina, a Sanaria contou com a assistência de engenheiros da Universidade Johns Hopkins.

Atualmente, as vacinas da malária garantem a proteção contra a doença por apenas seis meses. A meta da Sanaria é que seu medicamento ofereça imunidade por um prazo mais longo.

Foto da guilhotina (Foto: Divulgação)

Os “executores” da Sanaria treinam por dois meses para dominar a decapitação dos animais. Com esse treinamento, um cientista pode fazer uma média de 300 extrações por hora. A guilhotina busca aumentar ainda mais esse número.

A foto acima mostra os mosquitos “alinhados” antes de ter suas cabeças cortadas. À “Wired”, pesquisadores da Sanaria mostraram otimismo: eles afirmam que o lançamento da vacina é uma questão de tempo.

Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/04/18/rede-dos-eua-passa-a-orientar-viajantes-sobre-vacinas/

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