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Paraná quer realizar testes da fase 3 da vacina russa contra Covid-19

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O diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, afirmou, nesta quarta-feira, que o órgão pretende realizar a fase três de testes da vacina russa contra a Covid-19 no estado. Na última semana, o governo do Paraná assinou um memorando de entendimento com a Rússia para aquisição e produção da Sputinik V, mas o acordo só valerá de fato após acesso a dados sobre testes e eficiência da imunização.

— Nós estamos trabalhando para fazer uma fase três de testes no território brasileiro. É importante que a Rússia inicie os testes agora para a fase 3 e, dentro de algum período, após as execuções operatórias, o Brasil também realize essa fase — afirmou durante reunião da Comissão Externa do Coronavírus da Câmara.

A vacina russa é produzida pelo Instituto Gamaleya de Moscou. De acordo com o presidente da instituição, Alexander Gintsburg, que também participou da videoconferência, o país vai iniciar os testes da fase 3 em 40 mil pessoas, a partir da próxima semana.

— Agora vamos começar a terceira fase para os voluntários com autorização do Ministério da Saúde russo. Vamos ter 40 mil pessoas que vão testadas voluntariamente e vão ser vacinadas — disse.

Desde o anúncio da Sputinik V, o governo russo tem recebido críticas por não realizar todos os procedimentos utilizados para a produção de novas vacinas. Gintsburg garantiu, porém, que a nova droga é eficaz, pois utiliza a mesma tecnologia aplicada na fabricação da vacina contra ebola e Mers. Ele ainda afirmou que ela promoverá a imunização por dois anos.

— Essa tecnologia permitiu mostrar que nós podemos ter uma resposta imune de pelo menos cinco meses, porque já temos observados nossos voluntários durante cinco meses e esperamos que vamos ter esse prazo ainda mais longo. Esperamos que vai ser possível uma imunização de dois anos, como a vacina contra a ebola.

A Suptinik V usa dois adenovírus humanos para tentar produzir uma resposta imune ao coronavírus. Segundo o instituto, ela precisa ser aplicada em duas doses para ter eficácia, uma com o adenovírus tipo 26, e outra com o tipo 5.

— Para que o corpo tenha imunidade de longo prazo usamos a segunda vacinação. Entramos com o outro tipo de vírus, usamos um segundo tipo de adenovírus para termos mais eficácia, mais imunidade e uma resposta imunológica melhor — explicou.

A expectativa dos russos é realizar uma vacinação em massa a partir de outubro e produzir 10 milhões de doses até dezembro. Kirill Dmitriev, presidente do Fundo Direto de Investimento Russo, que banca a vacina, disse que a intenção é tornar o Brasil um parceiro na produção da vacina.

— Temos um potencial grande de produção da vacina no Brasil. Podemos testar e fazer ensaios clínicos no Brasil, podemos produzir no Brasil, não só para o Brasil, mas também para outros países da América Latina. A capacidade de produção brasileira é muito boa, muito forte.

O Ministério da Saúde tem adotado cautela em relação à vacina russa. O ministro interino Eduardo Pazuello não descartou uma possibilidade de parceria com a Rússia, mas declarou que as informações estão “muito rasas”.

Já os estudos da fase 1 e 2 do composto começaram a ser encaminhados ao Tecpar, segundo Callado. Para que os testes sejam realizados no Brasil, será preciso autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Yahoo Brasil 

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/08/11/parana-anuncia-acordo-com-a-russia-para-produzir-vacina/

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