O estudo Digital Health Monitor revelou o desempenho das multinacionais farmacêuticas nas mídias sociais e as conclusões são preocupantes. O setor pouco explora o potencial desses canais e perde oportunidades preciosas para projetar suas marcas.
O relatório foi compilado pelo Worldcom Public Relations Group, uma parceria global de empresas independentes de relações públicas, que analisou sites, blogs e redes sociais administrados por 25 laboratórios atuantes em 27 países.
O conteúdo digital e as prioridades de comunicação foram altamente influenciados pela região onde as empresas farmacêuticas estavam sediadas, com a maioria focando as mensagens na perspectiva cultural de seu país de origem. Essa diretriz aponta as dificuldades da indústria em trabalhar divulgações com enfoque global.
Farmacêuticas nas mídias sociais: conheça as 5 melhores
O levantamento destacou também as cinco melhores farmacêuticas nas mídias sociais. A Roche subiu duas posições em relação ao levantamento de 2023 conquistando o topo do ranking deste ano. A Pfizer subiu do quinto para o segundo lugar e a AbbVie substituiu a Sanofi no top 5. As mudanças em relação à primeira edição do estudo indicam os desafios para alavancar a presença online.
Análise por canal
- Website – Todas as empresas farmacêuticas têm um site global, não mantendo páginas cobrindo cada país onde atua. As farmacêuticas que mais exploram conteúdo local foram a Pfizer e a Roche, ambas com sites em 24 dos 27 países em que operam
- Blogs – O “impacto do blog” ainda é muito modesto, com uma porcentagem média de uso de apenas 29%
- X (Twitter)– Houve um grande êxodo da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. Apenas 9% das farmacêuticas mantêm conteúdos regulares nessa mídia. É uma mudança drástica em relação a 2018, quando o índice era de 32%
- Facebook– Após um declínio em 2023, muitas corporações reiniciaram suas atividades nesta rede social em 2024. O percentual de empresas que exploram, de fato, a rede subiu de 9% para 12% em um ano
- LinkedIn– Todas as empresas têm contas globais no LinkedIn. Enquanto a Novartis e a Roche permaneceram no topo da lista, outros cinco laboratórios registram eficiência acima de 20% nessa rede
- YouTube– Contas locais do YouTube foram criadas apenas em alguns países. A mesma situação acontece em outros canais com foco visual, como o Instagram
- TikTok– Apenas 1% das farmacêuticas aproveitaram o canal neste ano. Isso representa uma oportunidade perdida de engajar e construir confiança nessa plataforma com um público demográfico maior e mais diverso