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Pfizer faz recall de medicamento para hipertensão nos EUA

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recall de medicamento para hipertensão

 

Em mais um capítulo da longa história envolvendo o recall de medicamento para hipertensão, a Pfizer anunciou nesta sexta-feira (22) o recolhimento voluntário de cinco lotes de comprimidos de Accupril (Quinapril HCl) nos Estados Unidos. O motivo foi a presença da nitrosamina N-nitroso-quinapril, observada em testes recentes, acima da diária aceitável de ingestão.

Segundo a farmacêutica, o Accupril é indicado para o tratamento da hipertensão e também para insuficiência cardíaca como terapia adjuvante quando adicionado à terapia convencional.

No dia 21 de março, a Pfizer já havia emitido um recall  do Accuretic (cloridrato de quinapril/ hidroclorotiazida), juntamente com dois genéricos para pressão alta. No início do mês, a empresa retirou oito lotes do mesmo medicamento no Canadá, apenas três dias após ter anunciado o recolhimento de 15 lotes de outro anti-hipertensivo – o Inderal (cloridrato de propranolol).

Outra farmacêutica que recentemente também recolheu medicamentos para hipertensão das prateleiras das farmácias americanas foi a Sandoz. A divisão de genéricos da Novartis fez o recall de 13 lotes de comprimidos da orfenadrina oral. A medida foi tomada após testes sinalizarem níveis inaceitáveis ​​de NMOA, ou Nitroso-Orfenadrina – substância potencialmente cancerígena.

No Brasil, o caso mais recente envolveu a Sanofi Medley, que anunciou o recolhimento voluntário de todos os lotes de losartana potássica. A informação foi divulgada pelo Panorama Farmacêutico no dia 24 de fevereiro.

As nitrosaminas são comumente encontradas no ar, água potável, laticínios, vegetais e carnes curadas e grelhadas. Pessoas expostas a essas substâncias por longos períodos de tempo têm risco ampliado de contrair um tumor maligno.

Recall de medicamento para hipertensão ocorre desde 2018

Em 5 de julho de 2018, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) iniciou a revisão dos anti-hipertensivos contendo a substância ativa valsartana, fornecida pela Zhejiang Huahai Pharmaceuticals. O processo foi desencadeado depois que a farmacêutica chinesa detectou uma impureza inesperada, a N-nitrosodimetilamina (NDMA), no insumo farmacêutico ativo (IFA). A partir daí, as autoridades nacionais de toda a União Europeia ordenaram o recall de medicamentos com valsartana fornecidos pelo laboratório.

No dia 13 de julho do mesmo ano, foi a vez de a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, iniciar o processo de revisão e alertar os profissionais de saúde e pacientes sobre um recall voluntário de vários medicamentos à base de valsartana. Nas semanas seguintes, foi constatado que o IFA de outros fabricantes também apresentavam a mesma impureza.

No Brasil, as medidas de controle promovidas pela Anvisa envolveram 30 fabricantes, nas quais foram inspecionados 111 produtos. Como resultado, 31 ações sanitárias foram efetuadas.

Em 2019, foi reportada a presença de nitrosaminas em outras classes de medicamentos, como nizatidina, ranitidina e metformina, o que levou à publicação de suspensões da importação, distribuição, comercialização e uso de determinados produtos.

Em 2020, foi lançado o programa de monitoramento de nitrosaminas, realizado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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