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PÍLULA DO DIA SEGUINTE

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A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência sobre o qual muito se fala, mas que ainda sugere muitas dúvidas e tabus. Apesar de o Ministério da Saúde facilitar sua distribuição, ainda há dificuldade de acesso às informações, principalmente quanto ao uso correto do medicamento e os problemas que ele pode causar.

 

Mulheres de todo o mundo desejam evitar a gravidez e procuram o método ideal para praticar seu planejamento familiar. Os métodos contraceptivos são bastante diversificados e devem estar adequados às necessidades específicas de cada mulher, sendo indispensável prescrição médica para definição do tipo mais eficiente. Esses métodos vão desde o coito interrompido, abstinência sexual e uso da tabelinha, passando pela camisinha, DIU – dispositivo intra-uterino, cirurgia de ligadura das trompas nas mulheres e vasectomia nos homens, até o uso regular de comprimidos anticoncepcionais, anel vaginal e da própria pílula do dia seguinte, entre muitos outros.

 

Neste texto vamos dar destaque à pílula do dia seguinte e mostrar um pouco dos principais questionamentos que norteiam seu uso. O método surgiu no Brasil em 1999, com o objetivo impedir a gravidez indesejada, mas apenas em casos específicos, como o rompimento do preservativo na hora da relação, se a mulher esqueceu de tomar o anticoncepcional, ou ainda, em casos de violência sexual.

 

Portanto, é um método contraceptivo emergencial, ou seja, o ideal é se prevenir anteriormente e/ou durante a relação sexual para evitar a gravidez.

 

Porém, o assunto causa dúvidas, principalmente entre as jovens, que muitas vezes utilizam o método de maneira inadequada, gerando preocupação aos profissionais da saúde em relação ao seu uso contínuo. Os médicos fazem questão de lembrar que altas doses de hormônios podem causar efeitos colaterais e graves danos ao organismo como, por exemplo, irregularidades menstruais. No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 a
30% das mulheres recorram à pílula do dia seguinte de maneira regular, o que é considerado um hábito nocivo à saúde.

 

A pílula é composta por um hormônio presente nos anticoncepcionais de rotina, mas em doses bem mais elevadas, que agem evitando que o óvulo seja liberado e retardando a fertilização. Caso a ovulação já tenha ocorrido, ela atua descamando o endométrio, ou seja, causando sangramento e fazendo com que o embrião não implante.

 

Sua eficácia é inferior à da pílula anticoncepcional normalmente usada no dia a dia, e varia em função do tempo para ingeri-la. A equação é a seguinte: quanto maior a demora na ingestão, maior será a chance de engravidar.

 

Os médicos orientam que o ideal é a mulher tomar a pílula o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida, já que o prazo limite de eficácia é de até 72 horas após a relação e, depois desse período, torna-se bastante reduzida: 95% até as primeiras 12 horas; 85% após as primeiras 24 horas; e menor que 55% após 48 horas. Portanto, fica claro que a pílula do dia seguinte não deve ser usada de forma planejada e que jamais deve substituir um método contraceptivo de rotina.

 

Outra dúvida constante é a relação entre a pílula do dia seguinte e a menstruação. Os ginecologistas explicam que, como ocorre uma elevação brusca do nível hormonal e a descamação do endométrio, a menstruação pode ocorrer em até 72 horas após o uso, aproximadamente. Entretanto, ela não pode ser usada como método abortivo após a implantação do embrião.

 

Finalizando, é importante lembrar que a pílula do dia seguinte não protege contra AIDS e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A melhor maneira de preveni-las ainda é usando corretamente o preservativo em toda relação sexual.

 

Para que surta os efeitos desejados, a pílula do dia seguinte deve ser usada com inteligência e responsabilidade.

Fonte: Gineco

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