Para atingir o faturamento de R$ 4 bilhões em 2027, a Prati-Donaduzzi está preparada para investir. As informações são da Exame.
Para iniciar um novo ciclo de avanço, a empresa irá realizar um aporte de R$ 1,2 bilhão. A publicação adiantou o anúncio, que será feito oficialmente durante a inauguração da planta no complexo industrial de Toledo, a 500 km de Curitiba, no Paraná.
Ainda em 2020, a Prati-Donaduzzi já havia anunciado investimentos de R$ 650 milhões, que financiaram a construção da nova fábrica e de um centro distribuição, além da modernização de outras estruturas.
Nova planta da Prati-Donaduzzi produzirá 17 bi de doses
Somente a nova fábrica da farmacêutica será responsável pela fabricação de 17 bilhões de unidades de medicamentos de diferentes apresentações.
Esse incremento na produção gerará um avanço de 25% na capacidade produtiva da companhia. A ampliação também servirá como motor para um setor que tem sido a menina dos olhos para a empresa. Desde 2020, os medicamentos de referência entraram no radar dos paranaenses e já representam 10% de seu faturamento de R$ 2,1 bilhões em 2022.
“A estratégia é termos produtos para o sistema nervoso central e cuidando das doenças complexas, como Parkinson, Alzheimer, esquizofrenia, autismo e depressão”, explica Eder Maffissoni, presidente.
O dobro de faturamento a cada cinco anos
A meta pode parecer ousada, mas é exatamente para atingir esse patamar que a farmacêutica investirá mais R$ 1,2 bilhão em sua operação. Metade desse aporte será destinado à sua divisão de pesquisa e desenvolvimento.
Duas iniciativas diferentes receberão os R$ 600 milhões restantes. O primeiro braço da Prati-Donaduzzi contemplado será seu parque fabril, que será modernizado, e sua atuação em distribuição e nutracêuticos, que serão ampliadas.
A entrada no mercado de medicamentos injetáveis fecha os setores que receberão o investimento. A previsão é que a planta exclusiva para esses fármacos esteja em pleno funcionamento em até quatro anos.
Nutracêuticos dizem welcome
Fincar bandeira nos Estados Unidos é outro projeto que está no radar da companhia. Para tal empreitada, os nutracêuticos serão seu cartão de visitas. Seus produtos já estão no país como private label, mas agora a Prati-Donaduzzi como marca própira começará a falar inglês também.
A farmacêutica já trabalha com os órgãos reguladores locais para adquirir as certificações necessárias. Os planos são levar também para a terra do Tio Sam os medicamentos da companhia.
Aquisições inéditas
Em seus quase 30 anos de atuação, a Prati-Donaduzzi sempre apresentou um crescimento orgânico. Só que isso está prestes a mudar. O conselho de administração da farmacêutica aprovou uma busca no mercado de empresas com sinergia para aquisição.
Essas fusões seriam um motor a mais para acelerar a chegada ao mercado internacional.
Farmacêuticas brasileiras em alta
A Prati-Donaduzzi ainda não integra o seleto grupo das dez brasileira com mais vendas nas farmácias, mas já sonha com a expansão internacional. Isso é o reflexo claro do bom momento vivido pelo setor no país.
As empresas desse “olimpo” do canal farma nacional faturaram R$ 50 bilhões em vendas. Sozinhas, essas companhias respondem por 27% da receita da indústria nas farmácias.
A EMS sustenta a liderança, com R$ 9,8 bilhões, valor 14,9% superior ao registrado entre maio de 2021 e abril de 2022. No retrovisor, a farmacêutica vê cada vez mais próxima a Eurofarma, que soma R$ 9,6 bilhões.