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Preço de remédios varia até 67% em Fortaleza

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Se o consumidor não estiver atento, aquela dorzinha de cabeça pode ser acentuada se o remédio para o problema for bem mais caro do que na farmácia ao lado. De acordo com pesquisa realizada pelo O POVO em quatro estabelecimentos de diferentes redes, na avenida Santos Dumont, na Aldeota, a disparidade de preços chega a 67% entre farmácias localizadas num raio de dois quilômetros de distância.

O preço mínimo praticado pela caixa com 30 comprimidos de Miorrelax, medicamento indicado para alívio de dores associadas à contraturas musculares, incluindo dor de cabeça, é de R$ 9,05, na Pague Menos, na esquina da avenida Santos Dumont com rua Ildefonso Albano. O maior preço encontrado pelo mesmo produto foi observado na Drogasil, que fica na mesma esquina. O valor do medicamento era de R$ 15,12, o que gerou uma variação de 67%.

Na pesquisa, O POVO analisou dez dos remédios mais comprados nas farmácias e que podem ser considerados de uso básico, como os que combatem dores, alergias e sintomas de gripe, por exemplo.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE), Antônio Felix, comenta que para todos os remédios existe o preço de fábrica e preço de venda ao consumidor. Segundo ele, essa variação de valores nas prateleiras é considerada normal.

“Hoje, devido à concorrência, quase todas das farmácias, seja de grande rede, pequena ou média, repassa os descontos negociados com os laboratórios”, pontua.

Antônio Felix denuncia que há aproximadamente dois anos as farmácias que estão sendo inauguradas não atendem pelo programa Farmácia Popular do Governo Federal, pois o cadastro na iniciativa não está mais sendo realizado.

Lançado em 2003, o programa se propõe a oferecer, por meio de estabelecimentos próprios ou de farmácias privadas credenciadas, medicamentos de uso comum a preços reduzidos. O convênio se dá por meio de parceria com prefeituras municipais do País.

De acordo com o economista e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Álvaro Martins de Carvalho Filho, resta ao consumidor estar atento aos valores e pesquisar o melhor preço. Isso porque há casos de farmácias que conseguem melhores ofertas com laboratório que produz medicamento “a” e outro estabelecimento consegue desconto mais vantajoso com remédio “b”.

O economista ainda destaca que o mercado farmacêutico brasileiro é muito competitivo e no País a tributação sobre os medicamentos são “altíssimas”.

“Quando a rede é de maior porte, ela tem maior capacidade de negociação para oferecer preços mais baixos. Os preços, no geral, são altos, sim. Enquanto em alguns países não há taxação sobre medicamentos, no Brasil não se fala nisso. Para o consumidor, indico a pesquisa como saída e os genéricos como alternativa”, analisa.

Outra dica para o consumidor economizar, e que é oferecida pelos farmacêuticos, é realizar o cadastramento de dados na loja. Neste caso, os descontos são oferecidos no momento da compra a partir da análise de cada perfil.

Compradora

Nazaré Fernandes, 57 Anos, Enfermeira

Atenta ao preço de medicamentos devido à profissão, Nazaré Fernandes, 57, comenta que tem uma farmácia de confiança e prefere realizar suas compras sempre lá. Apesar da fidelidade reclama: o preço dos remédios que consome está sempre ficando mais caro.

Desde que ficou afastada do serviço após cirurgia no pé, se tornou mais atenta. “Noto que a diferença de preços entre o mesmo remédio é bastante grande. Mesmo entre remédios básicos, já encontramos diferenças”.

Fonte: O Povo

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