O projeto de reestruturação da Jequiti, iniciado em 2021, vai ser retomado e acelerado segundo Renata Abravanel, presidente do conselho de administração do Grupo Silvio Santos. O movimento é uma resposta à negociação de venda da companhia para a Cimed, que colapsou em agosto, conforme noticiado pelo Panorama Farmacêutico.
A falta de consenso quanto aos valores da transação e o futuro da empresa foram os principais empecilhos durante as tratativas, revela a empresária. “Nós acreditamos na empresa, temos um ecossistema único e o próprio setor de beleza cresce ano após ano”, explica.
A Jequiti busca ainda expandir seu portfólio para além dos “perfumes das celebridades do SBT”, e atingir a população de maneira mais efetiva por meio de parcerias com grandes empresas do varejo físico, como as redes C&A e Pernambucanas.
Reestruturação da Jequiti foca em rentabilidade
O primeiro passo no processo de reestruturação, na primeira oportunidade, foi a nomeação de Eduardo Ribeiro à presidência da companhia. Com conhecimento do setor e experiência na liderança da Avon Internacional, o executivo tem como principal objetivo uma melhoria na rentabilidade da empresa.
Em 2023 a Jequiti registrou receitas superiores a R$ 466 milhões. O valor é estável em relação ao faturamento do ano anterior, mas considerado positivo pela administração devido ao aumento de sete pontos percentuais na margem bruta, que atingiu a marca de 63,2%.
A previsão para 2024 é de um faturamento de R$ 410 milhões, o que significaria um recuo de 12%. De acordo com Ribeiro, a prioridade em curto prazo é a rentabilidade e não o aumento na receita. A companhia trabalha, no entanto, com a meta de atingir R$ 1 bilhão em vendas até 2029.