A Roche Brasil prevê que a concorrência no segmento de biossimilares ganhará força neste ano, mas aposta no seu novo portfólio de medicamentos inovadores para manter a consistência no mercado brasileira. A informação foi relatada pelo presidente Patrick Eckert em entrevista ao Valor Econômico.
No último ano, a farmacêutica aumentou o faturamento no país em 4%, o que representou um movimento total de R$ 3,5 bilhões – com 28% de participação no setor público e 72% no privado. A Roche Diagnóstico faturou R$ 671,8 milhões, crescimento de 5%, e a Roche Diabetes gerou R$ 286,2 milhões no país, expansão de 3,5%. O resultado foi considerado superior às expectativas.
Para 2020, Eckert projeta uma receita entre R$ 3,3 bilhões e R$ 3,4 bilhões, inferior à de 2019 em razão justamente do advento dos biossimilares. A retomada está projetada para 2021, quando terá passado o impacto dos genéricos e vários dos produtos inovadores da companhia já estarão integrados no Sistema Único de Saúde (SUS).
No Brasil, o grupo suíço tem o projeto de fechar sua única fábrica, localizada no Rio de Janeiro, nos próximos cinco anos. Os remédios do futuro vão ser produzidos em dois polos, nos EUA e na Europa, e talvez também num polo na Ásia pela importância da China. Mas, ao mesmo tempo, diz Eckert, a Roche aumenta outros investimentos no Brasil que não são produção. Exemplifica que em 2019 a companhia investiu R$ 256 milhões (+36%) em pesquisa clínica, que é uma ferramenta de acesso à saúde. O total investido nessas pesquisas alcançou R$ 564 milhões em três anos. Foram trazidos 70 novos estudos em áreas como Alzheimer, câncer e doenças raras.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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