O tratamento da doença falciforme por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) conta agora com três novas opções. O Ministério da Saúde anunciou que oferecerá a alfaepoetina e duas apresentações da hidroxiureia gratuitamente.
O primeiro medicamento será destinado a pessoas com declínio da função renal e piora do quadro de anemia. Já o segundo remédio, em sua concentração de 100 mg, é indicado para pacientes com pelo menos nove meses de idade, enquanto a versão de 500 mg terá seu uso ampliado para bebês de nove a 24 meses sem sintomas e complicações.
Com alta concentração de diagnósticos e óbitos na população preta e parda, a doença é a enfermidade genética com maior prevalência no Brasil e no mundo. Só em 2023, mais de 14,6 mil pacientes foram atendidos pelo SUS.
Novo tratamento da doença falciforme mostra “olhar mais cuidadoso”
Na visão do diretor do departamento de assistência farmacêutica e insumos estratégicos, Marco Pereira, a inclusão dos novos medicamentos foi uma decisão importantíssima. “Com isso, a assistência farmacêutica amplia o acesso e direciona o olhar de forma mais cuidadosa para essas crianças”, opina.
Doença pode ser diagnosticada no teste do pezinho
A doença falciforme é causada por uma mutação genética recessiva, ou seja, ambos os pais precisam possuir o gene. É possível fazer o diagnóstico durante a triagem neonatal, por meio do teste do pezinho.
A eletroforese de hemoglobina, exame disponível no SUS, também pode diagnosticar a patologia. Ele é oferecido aos genitores durante ao pré-natal. Dentre os principiais sintomas estão dores, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, AVC, priapismo, síndrome torácica aguda, além de complicações renais e oculares.