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Vacina BCG protege contra a tuberculose; saiba por que está em falta e entenda importância

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A primeira vacina que os bebês devem tomar, assim que nascem – a BCG – protege contra a tuberculose – doença contagiosa, provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. O imunizante é oferecido gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde de todo o país, porém desde maio, as doses estão sendo racionadas pelo Ministério da Saúde, por problemas com o fabricante nacional.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina BCG foi criada em 1921 e para prevenir a doença é necessário vacinar todas as crianças, a partir do nascimento no máximo até os 4 anos de idade. A médica Anenísia Andrade, presidente da Associação Brasileira de Pediatria no Piauí, disse que o ideal é que a vacina seja aplicada até uma semana após o nascimento do bebê.

“A tuberculose ainda é endêmica no nosso país. É muito importante que as crianças sejam vacinadas assim que nascem. A vacina protege contra as formas graves da tuberculose. A gente faz na sala de parto ainda, junto com a hepatite B. Contudo, se não for possível, enquanto ainda houver doses na rede privada, é importante vacinar no máximo até um mês ou uma semana após o nascimento”, explica.

“A tuberculose ainda é endêmica no nosso país. É muito importante que as crianças sejam vacinadas assim que nascem. A vacina protege contra as formas graves da tuberculose. A gente faz na sala de parto ainda, junto com a hepatite B. Contudo, se não for possível, enquanto ainda houver doses na rede privada, é importante vacinar no máximo até um mês ou uma semana após o nascimento”, explica.

A vacinação não requer qualquer cuidado prévio. Após a administração da vacina, na maioria das vezes, haverá uma reação no local da aplicação com posterior formação de cicatriz – a famosa e já conhecida marquinha no braço que permanece até a vida adulta.

É importante não colocar nenhum produto, medicamento ou curativo, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina. Caso a marquinha apresente um ferimento mais grave ou a criança tenha reação grave à vacina, o médico deve ser procurado. Contudo, isso não é comum de acontecer, segundo a média Anenísia Andrade.

A vacina BCG não oferece eficácia de 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar.

A médica destacou que é importante que pessoas com sintomas semelhantes aos da gripe, mas com mais de três semanas de duração, procurem um médico. “A pessoa pode estar com tuberculose e não sabe, fica transmitindo. O tratamento é relativamente simples, mas precisa de atendimento”, disse.

A tuberculose

No Brasil, embora a incidência de tuberculose pulmonar venha aumentando, quase não são mais registradas suas formas graves.

A doença não afeta apenas os pulmões mas, também, ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Os sintomas da tuberculose ativa do pulmão são tosse, às vezes com expectoração e sangue, falta de ar, dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores, principalmente ao final do dia.

Por que a vacina está em falta?

Desde 2016, a única fábrica nacional que produz a BCG e a Onco BCG, pertencente à Fundação Atalpho de Paiva (FAP), no Rio de Janeiro (RJ), passou por sucessivas interdições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – e, a partir daí, o fornecimento da vacina no país passou a ficar intermitente.

No final de abril, o Ministério da Saúde disparou para as secretarias estaduais uma circular afirmando que, “dada a disponibilidade limitada da vacina BCG no estoque nacional em razão de dificuldades na aquisição deste imunobiológico”, o envio pelo ministério diminuirá de 1,2 milhão de doses por mês (média de janeiro a março de 2022) para 500 mil doses mensais nos próximos sete meses.

As interdições aconteceram porque foram constatadas “4 não conformidades críticas” – o que significa um “desacordo com os atributos críticos” do produto ou algo que “possa apresentar risco latente ou imediato à saúde”.

Fonte: G1.Globo 

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