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Venda de medicamento para insônia explode no Brasil

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medicamento para insônia

 

De 2017 até 2020, as vendas do medicamento para insônia Zolpidem aumentaram 121,5%, saltando de 10,5 para 23,4 milhões de caixas comercializadas no Brasil. Em 2021, houve uma ligeira queda, porém ainda em patamar elevado, terminando o ano com 19 milhões de embalagens vendidas. Em 2022, somente nos seis primeiros meses do ano já foram 10,6 milhões.

O Zolpidem é um medicamento usado no tratamento de insônia, classificado como hipnótico. Por ser um remédio que tem efeito indutor do sono, pelo seu forte efeito, seu uso é indicado por no máximo quatro semanas.

No entanto, recentemente o Zolpidem virou moda entre os jovens pelos seus efeitos alucinógenos e tem sido usado para fins recreativos e sem prescrição médica, o que não é indicado e pode gerar uma série de problemas de saúde e podendo levar à morte.

Os riscos do uso descontrolado de medicamento para insônia

O consumo de Zolpidem só pode ser feito sob prescrição médica para que ele não afete funções importantes do organismo, no entanto, a fama sobre seus efeitos alucinógenos fez com que vários jovens começassem a usar a droga de forma recreativa, o que traz diversos riscos à saúde.

Além de ser consumido apenas sob prescrição médica e respeitar o prazo máximo de utilização, existem alguns cuidados que devem ser tomados com o uso do Zolpidem, como deitar-se imediatamente após ingeri-lo e não ingerir outras substâncias como bebidas alcoólicas juntamente com ele.

Segundo o farmacêutico Gabriel Freitas, consultor do Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Zolpidem é uma substância bem segura, tem uma boa tolerabilidade, é difícil que as pessoas tenham efeitos adversos graves com esse tipo de fármaco. “Porém, pode causar alucinação, inclusive, tem outros efeitos adversos graves, como sonambulismo, delírio, comportamento agressivo e amnésia. A alucinação é um desses efeitos adversos que podem acontecer, porém é um efeito que é muito raro, de mil pessoas que tomam, uma vai ter esse tipo de efeito”, esclarece.

O farmacêutico acrescenta que a absorção rápida do medicamento também pode facilitar essa distorção perceptiva. Para mulheres e pessoas idosas, a utilização do produto em doses elevadas são fatores que podem aumentar os riscos de efeitos adversos. Também pode elevar a ação do medicamento, o uso também de bebida alcoólica e de outros medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e medicamentos para dor e insônia, como opióides e benzodiazepínicos.

“Em pessoas que já têm problemas psiquiátricos, que já convivem com isso, ou têm algum tipo de problema mental ou desordem na ação do sistema neuronal pode ser mais fácil desenvolver sonambulismo, alucinação; enfim, mudanças no comportamento, o que pode estar associação a algum problema psiquiátrico que a pessoa já tem previamente”, aponta Freitas.

Por fim, o farmacêutico recomenda evitar a automedicação, como usar, por exemplo, uma receita que foi indicada para outra pessoa da família. Também é importante seguir o tratamento corretamente, respeitar a prescrição do médico e não interromper a utilização sem orientação do profissional da saúde. O farmacêutico também pode e deve ser consultado em relação a dúvidas sobre o medicamento e a sua utilização, bem como sobre as possíveis interações com outros fármacos.

Hub do sono

Uma alternativa ao uso de medicamentos como o Zolpidem, a startup SleepUp estreia no varejo farmacêutico com a proposta de democratizar o acesso à saúde do sono, com a primeira plataforma de terapia digital para distúrbios do sono na América Latina. Validada pela Anvisa, a plataforma hub do sono já está disponível nas lojas da Farma Ponte no interior de São Paulo e em uma unidade licenciada da Drogarias Ofertão no bairro de Ipanema (RJ).

“A farmácia é o primeiro ponto de contato do brasileiro com sua saúde, o que ganhou ainda mais evidência durante a pandemia. E a incorporação do hub do sono ao portfólio de serviços está plenamente alinhada com a missão do setor de ser o canal primário de atenção ao paciente”, avalia Renata Redondo Bonaldi, sócia e cofundadora da SleepUp.

Fonte: Redação Panorama Farmacêuti

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