A ViiV Healthcare, joint venture entre GSK e Pfizer focada no combate ao HIV, vai muito além do desenvolvimento e distribuição de terapias para o tratamento da doença. Nos Estados Unidos, a companhia implementou uma estratégia de comunicação para coibir o preconceito contra pessoas acometidas pela doença, especialmente negros, homossexuais, latinos e queers. Procurada, a filial brasileira da ViiV Healthcare disse que ainda não mantém ou planeja a médio prazo alguma ação assemelhada para destigmatizar socialmente portadores do vírus HIV.
No mercado norte-americano, a empresa acaba de lançar um podcast semanal denominado Being Seen – Sendo Visto, em português. Apresentada e narrada por Darnell Moore, escritor e ativista premiado, a primeira temporada explora o universo cultural do homem negro homossexual e o impacto da doença em suas vidas. O episódio reúne conversas com artistas afamados, escritores, ativistas e líderes comunitários, incluindo o escritor, diretor e produtor Lee Daniels; e Samira Nasr, editora-chefe da Harper’s Bazaar.
A ViiV Healthcare espera que o Being Seen incentive a criação de retratos culturais mais precisos da experiência do homem negro homossexual e gay, a fim de reduzir estigmas em torno do homossexualismo e do HIV. “Achamos que o podcast contribui para trazer esperança aos negros homossexuais e gays, que podem encontrar sua história nas narrativas que estão sendo compartilhadas e saber que não estão sozinhos”, comenta Marc Meachem, chefe de Relações Externas da ViiV Healthcare para os Estados Unidos.
“Nosso foco no HIV por mais de dez anos nos deu percepções claras sobre a importância de ouvir comunidades mais marginalizadas. E estamos comprometidos em ampliar essas vozes por meio de nosso trabalho”, complementa o executivo.
No Brasil
Um dos 15 países onde a ViiV Healthcare mantém operações, o Brasil ainda está restrito a algumas alianças para viabilizar o fornecimento de medicamentos. Desde a última década, a empresa mantém um acordo com o Ministério da Saúde que permite a distribuição do dolutegravir no SUS.
Recentemente, firmou parceria com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) para o desenvolvimento e produção de antirretrovirais. Neste projeto, está prevista a colaboração para fabricar localmente uma combinação de dolutegravir 50mg e lamivudina 300mg, que resultará em um medicamento em dose única diária, inédito no Brasil.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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