Farmácias associativistas e independentes ganham uma solução exclusiva para desenvolver suas estratégias de marketing digital. A AGL iniciou operações neste primeiro semestre com a proposta de atuar exclusivamente junto a esse nicho de mercado.
“Por ser um segmento ainda muito dirigido por proprietários de perfil mais conservador e pouco familiarizado com o universo digital, há uma certa subutilização da ferramenta como estratégia de negócios”, acredita Luis Henrique Coelho, diretor executivo da agência e que tem como sócio e diretor de operações Guilherme Araújo. Ambos acumulam cerca de dez anos de experiência em projetos de gestão de mídias sociais para esse setor.
A relevância desse trabalho é reforçada por pesquisas de mercado. Segundo levantamento da Mundipagg em parceria com o E-Commerce Brasil, 42% dos varejistas com loja virtual tiveram crescimento acima de 50% nas vendas online em 2020. Outros 23%, porém, apontaram avanço pouco expressivo ou registraram queda. Os dados atestam como a pandemia expôs um fosso digital no varejo, que se manifesta ainda mais claramente no canal farma.
De um lado, grandes redes com 45% do faturamento, mesmo tendo apenas 10% dos pontos de venda. De outro, farmácias associativistas e independentes buscando ir além de programas de fidelidade. “O preço baixo deixou de ser base para a fidelização do cliente, que preconiza agora um conjunto de qualidades no serviço, produto e atendimento. Nesse contexto, o marketing digital assumiu importância na comunicação da drogaria com seu cliente final”, observa Coelho.
Outro indicador da pesquisa ajuda a entender esse cenário. Para 83% dos varejistas, os canais de e-commerce ou de marketplace representam os principais motores de vendas, enquanto o WhatsApp e as redes sociais são minoritárias. “O pequeno e médio varejo não tem poder de fogo para investir em uma plataforma parruda, mas muitas farmácias de menor porte contam com perfis no Instagram ou Facebook e não movimentam a conta da maneira ideal. Perdem visibilidade e ficam engessadas em um modelo nada funcional”, acrescenta.
Imagem e conversão
Para Guilherme Araújo, o cuidado em montar um planejamento de mídia digital é determinante para a fidelização e o consequente aumento de vendas. Mas é imprescindível, antes de tudo, ter uma precificação em cada categoria que seja adequada à realidade daquela drogaria. Caso contrário o resultado não surte o efeito desejado.
“Passar ao cliente a imagem correta, dentro da realidade na qual a farmácia está inserida, numa combinação e sequência de postagens meticulosamente estudada, pode aumentar em 50% a conversão. É a chance de incrementar os lucros, alcançando assim maior representatividade no mercado e não somente onde atende fisicamente”, ressalta.
Araújo acrescenta que um bom trabalho de branding também envolve a gestão de redes sociais, uma vez que quanto mais a marca for lembrada, melhor a decisão de compra por parte do consumidor. “Com frequência vemos farmácias aderindo às campanhas de fidelização voltadas para o cliente final. Mas a adesão é realmente representativa? A loja afixa um cartaz e deixa o cupom no balcão, mas vai fazer diferença o que ela realmente faz para o cliente saber que a campanha existe”, questiona.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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