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Araujo investe R$ 100 mi para abrir 50 lojas em MG

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Araujo
Foto: Divulgação

A Drogaria Araujo tem planos de investir neste ano pelo menos R$ 100 milhões na abertura de 50 lojas em Minas Gerais. Com o aumento da capilaridade no Estado e crescimento acelerado, a rede espera conter o avanço de concorrentes vindas de outros Estados. As informações são do Valor Econômico, baseadas em dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Segundo a reportagem, o Grupo DPSP, dono das redes Pacheco e Drogaria São Paulo, tem planos de abrir 64 unidades no Estado neste ano. Atualmente o grupo tem 107 unidades em Minas Gerais. Já a Raia Drogasil, que lidera o setor, abriu cinco lojas no primeiro trimestre no Estado, chegando a 202 lojas. A companhia tem meta de abrir 260 lojas por ano no país entre 2023 e 2025, e Minas Gerais está incluído nessa expansão.

Até maio, a Drogaria Araujo abriu seis unidades. A expansão neste ano é maior do que em 2022, quando foram abertas 30 lojas. O foco principal são municípios com mais de 40 mil habitantes, onde a rede ainda não possui unidades. Atualmente, a companhia está presente em 50 cidades mineiras.

Araujo foca expansão no Estado

O motivo da rede dar preferência de expansão na própria base mineira se no fato do aumento dos custos em abrir lojas em outros Estados, principalmente pela necessidade de ter mais centros de distribuição. Atualmente, a companhia possui um CD de 30 mil metros quadrados em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O centro de distribuição foi instalado com capacidade para atender até 450 lojas. A Drogaria Araujo reabastece as lojas diariamente e o trabalho logístico é feito por equipe própria.

A Araujo prevê para este ano um crescimento da ordem de 20% no faturamento, chegando a aproximadamente R$ 4 bilhões. No primeiro trimestre, a rede cresceu 17,4% em comparação com o mesmo intervalo de 2022. As vendas on-line aumentaram 50% no período. O presidente também destacou o aumento da demanda por medicamentos especiais, como hormônios de crescimento e produtos oncológicos.

A Drogaria Araujo trabalha com um portfólio vasto, que inclui ração animal, artigos de papelaria, alimentos, flores e cosméticos. Ainda assim, a empresa tem 60% da receita vinda da venda de medicamentos.

A rede comemorou a recente regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da aplicação de 40 testes rápidos em farmácias. Durante a pandemia, as farmácias receberam concessão para aplicação dos testes. Segundo a Abrafarma, que representa redes de farmácias, ano passado as farmácias realizaram mais de 20 milhões de testes. É uma receita adicional para o setor.

Operação digital já é 10% do faturamento

As vendas online representaram importantes alavancas para a Drogaria Araujo, tanto que a operação digital já responde por 10% do faturamento – equivalente a R$ 300 milhões. O avanço nesse segmento foi 34% maior que o do ano anterior. A Araujo implementará, ainda este ano, parceria com a norte-americana Sales Force com a meta de personalizar a jornada do consumidor. Outro acordo foi firmado com a brasileira Meta, empresa de tecnologia e inovação focada em transformação digital.

Rede aposta ainda no potencial do WhatsApp

No fim do ano passado, a Araujo também fechou parceria com a empresa de tecnologia Take Blip, tornando-se a primeira farmácia a ter presença no WhatsApp de forma oficial. A novidade, que foi desenvolvida em apenas dois meses, foi possível após resolução que autoriza que farmácias e drogarias usem a API do WhatsApp no Brasil, da qual Take Blip é provedora oficial.

A solução permite navegação pelo catálogo para a escolha de produtos, com o pagamento sendo realizado ainda fora do aplicativo e os pedidos efetuados serão entregues em apenas 90 minutos após a confirmação da compra.

“Fomos os primeiros a adotar o modelo de drugstore, o serviço de drive-trhu e a oferecer plantão 24 horas na cidade. Agora, estamos inovando mais uma vez com as vendas por whatsapp, certos de que a digitalização no atendimento é um importante passo para alcançarmos o nosso objetivo, de manter o crescimento sustentável tendo como base a inovação e o pioneirismo, características que tornaram a marca uma referência no mercado” destaca André Giffoni, diretor de estratégia digital e cliente.

A expectativa da Araujo é de que, com o novo canal, as vendas ultrapassem a marca de R$ 1 milhão por mês durante o primeiro ano. A rede já disponibiliza uma assistente virtual, a Jô, lançada em 2018, que ajuda os clientes na tomada de decisão do que comprar. Com um catálogo de produtos que conta com mais de 10 mil itens, a primeira fase do lançamento do chatbot da Drogaria Araújo não disponibilizará a venda de remédios, que ainda não são autorizados para este formato no segmento.

A Drogaria Araújo emprega 10 mil pessoas e prevê a contratação de 150 a 200 pessoas para as novas lojas. Fundada a 117 anos, a rede é controlada pela família Araújo.

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